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Novos temporais devem atingir o RS com ventos de até 100 km/h

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou alerta para novas tempestades no Rio Grande do Sul entre quarta e quinta.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um novo aviso que preocupa o Rio Grande do Sul, que já atravessa uma tragédia climática e humana desde o início do mês. Segundo o órgão, novas tempestades devem atingir o estado entre esta quarta-feira (22/5) e a manhã de quinta (23/5).

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um novo aviso que preocupa o Rio Grande do Sul, que já atravessa uma tragédia climática e humana desde o início do mês. Segundo o órgão, novas tempestades devem atingir o estado entre esta quarta-feira (22/5) e a manhã de quinta (23/5).

Além de chuvas entre 30 e 60 mm por hora, o instituto prevê que o estado ainda pode ser atingido por ventos intensos de até 100 km/h e queda de granizo.

No alerta, o Inmet ainda avalia que os novos temporais podem provocar o corte de energia elétrica, queda de árvores e causar ainda mais inundações no estado.

As possíveis chuvas foram classificadas como perigosas, e podem afetar o sudoeste, centro, sudeste do Rio Grande do Sul, além da região metropolitana de Porto Alegre.

Tragédia
Desde o início deste mês, a maior parte do estado do Sul está sendo castigada pelas chuvas. A enchente provocou estragos e mortes em vários municípios gaúchos. Mesmo vários dias depois do início dos problemas, a água ainda não baixou completamente.

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Imagens de satélite mostram avanço das águas do Guaíba sobre a Lagoa dos Patos e alta do nível preocupa

Cidades no entorno da lagoa, como Pelotas e Rio Grande, já somam seis mil pessoas desalojadas.

Imagens de satélite divulgadas pela Universidade Federal do Rio Grande (Furg) mostram uma mancha de sedimentos que desce dos rios no interior do estado, que desembocam no Guaíba e se espalham pela Lagoa dos Patos. As fotos captadas pela Agência Espacial Europeia entre quarta e sexta-feira da semana passada, nos dias 14, 15 e 17 de maio, também ressaltam a preocupação com o aumento do nível da Lagoa, cuja média estava em 2,68 metros, enquanto a cota de inundação é de 1,30 metros.

O Laboratório de Oceanografia Dinâmica e por Satélites (Lods) da Furg estimou que a pluma já ultrapassou a latitude da Vila do Bojuru, no município de São José do Norte. O avanço dos sedimentos é lento e caracterizado pela linha vermelha nas imagens.

De acordo com o coordenador do Lods, Fabricio Sanguinetti, a mancha avermelhada é causada por uma “pluma de sedimentos”, levantada pelo grande volume de chuvas que atingiram as bacias hidrográficas ao norte do Rio Grande do Sul nas últimas semanas.

Segundo o professor, os sedimentos podem ter avançado além do que mostra a imagem do satélite, que só captura a imagem da superfície. “É possível que as águas do Guaíba já estejam alcançando regiões mais ao sul do que podemos observar nessa mancha de sedimentos”, explicou.

Como consequência desse acréscimo de sedimentos na Lagoa, e os sedimentos impedindo a penetração da luz na lagoa, a expectativa é de que a mancha possa afetar os organismos que vivem na Lagoa, que é fonte de renda e alimentos para pescadores na região.

“Haverá prejuízos ao meio ambiente, com, por exemplo, a mortalidade excessiva de peixes. O tempo que o efeito desse acréscimo exacerbado de sedimentos na lagoa irá durar vai depender muito das condições meteorológicas e hidrológicas da região”, explicou. Segundo ele, o vento vai ser fator determinante para o escoamento dos sedimentos para o oceano.

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Uma em cada 3 cidades brasileiras está suscetível a inundações, enchentes e deslizamentos de terra

Levantamento do governo federal estima que 1.942 municípios – onde vivem 73% da população brasileira – estão em risco de eventos como o que assola o Rio Grande do Sul e já provocou estragos em Petrópolis (RJ) e São Sebastião (SP). O dado, contudo, pode ser ainda maior.

Desastres climáticos como o que assola o Rio Grande do Sul e já provocou destruição e mortes em São Sebastião (SP) e em Petrópolis (RJ) podem se repetir em pelo menos outros 1.942 municípios brasileiros. É o que estima a Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, órgão vinculado à Casa Civil, em nota técnica divulgada nesta sexta-feira (17). Uma em cada três cidades está localizada em área de risco recorrente para desastre climático, como inundações, enchentes e deslizamentos de terra.

Apesar de já relevante, esse número de cidades em risco pode ser ainda maior. O documento é baseado no Atlas de Desastre e Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, que compila eventos do tipo entre 1991 e 2022. Por conta disso, as informações listadas não consideram os eventos mais recentes provocados pelas mudanças climáticas principalmente no sul do país. Apenas 142 municípios gaúchos, por exemplo, constam na nota técnica. Bem abaixo do total de 450 cidades que foram afetadas pelas fortes chuvas, segundo dados da Defesa Civil do RS.

Mas, mesmo com o número subestimado, o número de pessoas que vivem nesses municípios com algum grau de risco é equivalente a 73% da população brasileira. Nas 1.942 cidades vivem 148,8 milhões de pessoas.

Mudanças climáticas acendem alerta para futuro próximo no Brasil Cidades com risco de desastre
Para chegar à projeção, o governo federal levou em conta localidades com óbitos devido a desastres ligados ao clima entre 1991 e 2022. Assim como a ocorrência de 10 registros ou mais de desastres no período. A metodologia também abarcou a apresentação de mais de 900 pessoas desalojadas/desabrigadas; 500 pessoas ou mais em áreas mapeadas com risco geo-hidrológico; localidades com alta vulnerabilidade a inundações e a ocorrência de 400 dias de chuvas, ou mais, acima de 50 milímetros entre 1981 a 2022, diz a RBA.

Entre 1991 a 2022, essas cidades com risco de desastre registraram 3.890 mortes em 16.241 desastres. O que deixou 7,9 milhões de desabrigados/desalojados. A quantidade de pessoas em área de risco geo-hidrológico totaliza 8,9 milhões, de acordo com a nota técnica. Já os municípios suscetíveis a movimentos de massa, os chamados deslizamentos, somam 1.023. Enquanto os que podem ter alagamentos e enxurradas são 1.766 e 1.811 estão suscetíveis a inundações. Um mesmo município pode ter ainda mais de um tipo diferente de risco identificado.

Populações nos municípios em risco
O levantamento destaca que o Sudeste brasileiro concentra a maior população exposta aos riscos. Minas Gerais é o estado com maior quantitativo de cidades com risco de desastres naturais, com 283. Na sequência vem São Paulo (172), Rio de Janeiro (75) e Espírito Santo (71). No Sul, Santa Catarina desponta com o maior número de municípios (207) e pessoas expostas aos riscos, seguido do Rio Grande do Sul (142) e Paraná (80).

Já na região Nordeste, destacam-se a Bahia (137), Maranhão (110), Pernambuco (106) e Ceará (74). A Bahia também tem a maior proporção do Brasil de população de seus municípios suscetíveis em áreas mapeadas aos riscos (17,3%). O Norte, caracterizado por inundações graduais, tem no Pará (82) e do Amazonas (59) os maiores números de municípios com risco.

No Centro-Oeste o percentagem de registro de eventos e de pessoas expostas aos riscos é o menor. Com 40 cidades, Mato Grosso apresenta o maior número de municípios mais suscetíveis na região. Mas o Mato Grosso do Sul tem a maior quantidade de pessoas mapeadas em áreas de riscos (25.092).

Desastre na cidade de Teresópolis
O mapeamento de cidades sob risco começou a ser feito no início de 2011, após as fortes chuvas que atingiram a cidade de Teresópolis, na região serrana do Rio. Essa é considerada a maior catástrofe de origem geohidrológica do país. Mais de 900 pessoas morreram após dois dias de chuva que provocou deslizamento de terra e deixou ao menos 350 pessoas desaparecidas, além de milhares de desabrigados.

A tragédia levou à criação do Plano Nacional de Gestão de Crises e Respostas a Desastres Naturais, sob a coordenação da Casa Civil no governo da presidenta Dilma Rousseff (PT). No entanto, a falta de efetivação do plano e de políticas para o enfrentamento das mudanças climáticas tem levado a novos desastres. Como em 2022, em Petrópolis, também na região serrana fluminense. Deslizamentos deixaram 235 mortos e hoje há ainda 70 mil pessoas vivendo em áreas de risco na região.

Agora no Rio Grande do Sul
No início do ano passado, outras 64 pessoas morreram com deslizamento de encostas em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. Agora no Rio Grande do Sul, 154 óbitos já foram confirmados em balanço da Defesa Civil desta sexta. Ao menos 98 pessoas seguem desaparecidas e quase 620 mil pessoas estão fora de suas casas.

Atualmente, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) conta com equipamentos de monitoramento de chuvas em 1.133 municípios brasileiros. A previsão é de que eles sejam instalados nas 1.942 cidades listadas até o fim de 2027.

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Bairro de cidade do RS é varrido por enchente e some do mapa; veja antes e depois

Imagens mostram bairro de Passo de Estrela, em Cruzeiro do Sul, totalmente varrido pela água

A cidade de Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, está entre os muitos afetados pelas enchentes que atingiram o estado desde o início de maio. Imagens captadas por drone mostram a destruição no que, até então, era o bairro Passo de Estrela, localizado próximo ao leito do Rio Taquari. O local foi engolido pela força da água e desapareceu.

As imagens, gravadas nesta terça-feira (14), mostram o bairro totalmente destruído. Em meio a lama e poças de água, somente alguns resquícios do que, até então, era um bairro habitado por centenas de famílias. O vídeo abaixo, do Grupo A Hora, mostra o que sobrou do bairro.

Nova chuva no RS
Uma nova frente fria se aproxima do Rio Grande do Sul, trazendo a previsão de chuvas para a próxima quinta-feira (16). De acordo com meteorologistas, as precipitações devem ser menos volumosas do que os temporais que atingiram o estado nos últimos dias, porém ainda há risco de formação de um novo ciclone extratropical na sexta-feira (17).

As temperaturas seguem baixas no estado, podendo chegar a 0°C em alguns pontos.

Apesar de menos intensas, as chuvas projetadas para o período podem acumular entre 60 a 90 milímetros em diversas cidades gaúchas até domingo (19). Já em Santa Catarina e no Paraná, os volumes podem superar os 100 milímetros, diz a CNN.

Um levantamento da Climatempo revelou que, nos primeiros 15 dias deste mês, Fontoura Xavier, no noroeste do Rio Grande do Sul, registrou precipitação de quase 1.000 milímetros – volume equivalente a seis meses de chuva na região.

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Prefeitura de Porto Alegre planeja ‘cidade provisória’ para 10 mil pessoas desabrigadas pelas enchentes

A prefeitura de Porto Alegre está desenvolvendo um plano para construir uma “cidade provisória” no bairro Porto Seco, destinada a abrigar 10 mil pessoas desabrigadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O terreno escolhido é uma área pública do Complexo Cultural do Porto Seco, que não foi afetada pelas inundações e foi identificada como ideal para concentrar os desabrigados.

Enquanto as áreas afetadas, como as ilhas, o Bairro Humaitá e o 4º Distrito, estão em processo de reconstrução, a nova cidade provisória ofereceria infraestrutura essencial, incluindo escolas, mercados e segurança, para atender às necessidades da população deslocada.

O plano foi discutido no sábado (11) e inclui a instalação de até cinco mil barracas fornecidas pela Secretaria Nacional de Defesa Civil. No entanto, o projeto ainda está em fase de estudo e não foi oficialmente anunciado pela prefeitura.

A prefeitura busca financiamento do governo federal para viabilizar a construção da cidade provisória. A proposta será apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

A administração municipal está preocupada com a possível diminuição da mobilização de voluntários e a necessidade de devolver os imóveis emprestados por entidades privadas para uso como abrigos temporários. .

Este plano de emergência visa proporcionar um alívio imediato e estruturado para milhares de pessoas que perderam suas casas, oferecendo um local seguro e equipado até que possam retornar às suas residências originais.

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Vídeo: Abraço emocionante entre cão resgatado e voluntária viraliza

Um momento comovente durante a entrega de doações no Rio Grande do Sul, afetado por enchentes, foi capturado em vídeo e se tornou viral. Um cão resgatado abraçou a perna de uma voluntária, demonstrando gratidão e afeto.

Diversos animais também foram atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul nos últimos dias. Durante uma ação de entrega de doações, um dos cães resgatados surpreendeu uma voluntária ao abraçar a perna dela.

O momento foi flagrado e o vídeo viralizou nas redes sociais. Em entrevista, a médica veterinária Dall’Orsoletta, coordenadora do Núcleo de Atenção aos Pequenos animais (NAPA), de Chapecó, em Santa Catarina, disse que o momento foi emocionante. “Todos nós da equipe nos comovemos “, disse ela.

A veterinária também foi questionada sobre a adoção de um dos animais. Ela disse que não, justificando que muitas pessoas vão diariamente ao albergue procurando por pets perdidos.

“Às vezes, o animal vai ser a única coisa que as pessoas vão conseguir resgatar da vida delas. Por esse motivo o cãozinho não está vindo para Chapecó”, afirmou.

 

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Lula anuncia R$ 18,3 bilhões em obras do PAC nesta quarta, com R$ 1,7 bi para prevenir desastres

Anúncio ocorre em meio às tempestades que atingem mais de 300 cidades do RS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncia nesta quarta-feira R$ 18,3 bilhões em obras do novo PAC, entre elas obras de prevenção a desastres naturais. O anúncio ocorre em meio às chuvas que atingem o Rio Grande do Sul e que afetam mais de 300 cidades.

Essas obras, no entanto, representarão um investimento de apenas R$1,7 bilhão, o segundo menor entre os eixos anunciados pelo governo nesta quarta-feira. Ao todo, 91 cidades vão receber as construções para contenção de encostas.

O governo afirmou todas as propostas enviadas pelo Rio Grande do Sul foram contempladas. As construções serão em municípios críticos nas áreas de risco alto ou muito alto.

As obras serão voltadas para Abastecimento de Água — Rural; Periferia Viva — Urbanização de Favelas; Prevenção a Desastres Naturais: Contenção de Encostas; Regularização Fundiária; e Renovação de Frota.

O Palácio do Planalto afirmou que as obras “levam em conta a superação de cenários adversos da emergência climática para oferecer melhores condições de vida para a população”. Ainda não foram divulgadas as obras, o prazo para a entrega e as cidades contempladas.

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Saques e violência ampliam drama no RS e Força Nacional é convocada

Para reforçar a segurança, 400 agentes da Força Nacional chegarão ao Rio Grande do Sul (RS) nos próximos dias.

Em meio ao caos enfrentado pelo Rio Grande do Sul devido às chuvas que atingem o estado desde o início da semana passada, a polícia agora registra casos de violência, saques, furtos e roubos em diversos municípios. A situação aumenta a tensão e agrava o estado de calamidade que já se instalou em muitas comunidades.

Nas redes sociais, diversos relatos narram saques, assaltos violentos e até mesmo ações contra voluntários que auxiliam nos trabalhos humanitários. Ao Metrópoles, um morador de Porto Alegre, que preferiu não se identificar, detalhou a situação da capital: “O centro de Porto Alegre tá todo saqueado. Farmácia, supermercado, loja, mercado público, tudo”, conta.

Em Canoas, por exemplo, moradores expõem que criminosos se passam por necessitados para assaltarem os voluntários que se dispõem a ajudar. Já em Novo Hamburgo, a população precisou se armar para se defender dos bandidos. Muitos não querem abandonar suas casas por medo das ações dos criminosos.

Além de saquear casas e comércios, deixados para trás pelos proprietários que buscam locais seguros, os criminosos têm como alvo barcos, jet skis e outros equipamentos que auxiliam nos resgates de pessoas em áreas de risco.

Reforço na segurança
Para reforçar a segurança e conter a escalada dos crimes, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), confirmou, nessa terça-feira (7/5), que o estado receberá mais 400 agentes da Força Nacional. Com o efetivo combinado da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, o contingente totaliza 944 servidores.

O governador também publicou o edital do Programa Mais Efetivo. O objetivo é convocar mil policiais da reserva. Todos os agentes que estavam de férias ou atuavam em funções administrativas foram convocados para atuar nas regiões atingidas.

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Fotos aéreas mostram Aeroporto Salgado Filho antes e depois da inundação causada pelas enchentes

Voos estão suspensos por tempo indeterminado

O Aeroporto Salgado Filho, localizado em Porto Alegre, está enfrentando uma inundação completa, com previsão de permanecer fechado até o final deste mês, pelo menos. O Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), vinculado à Universidade Federal de Alagoas, divulgou nesta terça-feira (7) imagens de satélite que ilustram a dimensão da catástrofe, mostrando o aeroporto antes e depois da enchente, com a pista completamente alagada.

A inundação, resultado das intensas chuvas que assolaram a região na última sexta-feira (3 de maio), foi considerada a mais severa em 83 anos.

As imagens foram captadas pelo satélite Planet Scope, capaz de registrar objetos acima de 9 metros quadrados. A captura do aeroporto em pleno funcionamento e de seus arredores ocorreu no dia 20 de abril. Já as imagens do espaço alagado foram obtidas pelo Lapis nesta segunda-feira (6), quando o satélite Planet sobrevoou a área pela primeira vez após as chuvas recordes.

As imagens revelam a situação crítica dos fingers, locais onde as aeronaves estacionam para o desembarque de passageiros, e até mesmo um avião que permaneceu estacionado dentro do aeroporto, evidenciando o impacto devastador da inundação.

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Sobe para 83 o número de mortos no RS após enchentes; 111 pessoas estão desaparecidas

Além disso, há 276 feridos; ao todo, são 850 mil pessoas afetadas pelos efeitos da tragédia climática.

O número de mortos em razão dos temporais que atingem o Rio Grande do Sul subiu para 83, de acordo com o boletim divulgado pela Defesa Civil na manhã desta segunda-feira (6). São investigadas outras 4 mortes. Além disso, há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

Conforme o levantamento da Defesa Civil, são 141,3 mil pessoas fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (nas casas de familiares ou amigos). Ao todo, 345 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850 mil pessoas.

A previsão de chuva para a partir da metade desta semana em áreas já castigadas por temporais volta a deixar o estado em alerta. De acordo com a Climatempo Meteorologia, o avanço de nova frente fria volta a provocar aumento nas condições de pancadas fortes de chuva. A possibilidade de aumento do frio pode dificultar os resgates.

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15 desta segunda-feira (6), o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

Situação de emergência
O governo decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.

A Defesa Civil colocou a maior parte das bacias hidrográficas do estado com risco de elevação das águas acima da cota de inundação.

Causas dos temporais
Os meteorologistas afirmam que os temporais que ocorrem no Rio Grande do Sul são reflexo de, ao menos, três fenômenos que ocorrem na região, agravados pelas mudanças climáticas. Nas próximas 24 horas, há previsão de mais chuva.

A tragédia no estado está associada a correntes intensas de vento, a um corredor de umidade vindo da Amazônia, aumentando a força da chuva, e a um bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.