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Palestinos do Hamas peitam Trump “ameaças não têm valor”

O bravateiro que não resolve nem a falta de ovo nos EUA, tomando uma volta da gripe aviária, acha mesmo que vai intimidar quem dá a vida por uma causa justa contra os demônios sionistas?

Isso só aumenta a podridão da imagem de Israel-EUA

Hamas diz que está adiando a próxima libertação de reféns, alegando violações da trégua israelense

Sobre isso o caça-ovo nada fala.

Não pode sequer dizer que Trump está caçando pelo em cabeça de ovo, porque nem ovo os EUA têm.

Netanyahu que está tão proximo da cadeia quanto Bolsonaro, acha que Trump é gênio.

Não se sabe o que o macabro assassino de crianças e mulheres, Netanyahu, está maquinando para tentar fugir da ratoeira da justiça de Israel,

O fato é que Trump não intimida Palestino nenhum que, bravamente, luta por sua sobrevivência, por sua nação, sua cultura e seus valores, infinitamente mais nobres que as bestas do apocalipse sionista

O bravateiro que não resolve nem a falta de ovo nos EUA, tomando uma volta da gripe aviária, acha mesmo que vai intimidar quem dá a vida por uma causa justa contra os demónios sionistas?

Isso só aumenta podridão da imagem de Israel-EUA

Hamas diz que está adiando a próxima libertação de reféns, alegando violações do cessar-fogo israelense

Sobre isso, o caça-ovo nada fala.

Netanyahu, que está tão próximo da cadeia quanto Bolsonaro, acha que Trump é gênio.

Quanto ao cabelo de Trump na foto em destaque, faltou cola.

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Trump promete ‘comprar Gaza’ e dividir controle com outros países

Presidente dos EUA disse estar ‘comprometido’ em construir a ‘Riviera do Oriente Médio’ no enclave palestino e que poderia convidar outras nações para participar do projeto.

Em coletiva realizada dentro do avião presidencial Air Force One, transmitida neste domingo (09/02), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou a ideia de que seu país pretende assumir o controle da Faixa de Gaza, e explicou que irá fazê-lo a partir da compra do território palestino. Na resposta, ele não explicou a quem faria o pagamento dessa suposta transação.

Durante a entrevista, o mandatário estadunidense disse estar ‘comprometido em comprar e possuir a Faixa de Gaza’, mas admitiu que pode entregar partes do território palestino a outros estados, para ajudar no esforço de reconstrução.

“Posso dar partes (do território da Faixa de Gaza) a outros países no Oriente Médio, que queiram ajudar no projeto de transformá-la em um lugar privilegiado para o desenvolvimento futuro”, disse o líder de extrema direita.

O magnata voltou a defender, na coletiva, seu plano de construir um balneário de luxo na região, projeto que ele vem chamando de “Riviera do Oriente Médio”. O projeto foi repudiado por diversos líderes mundiais, como o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

Trump anunciou que, dentro das próximas semanas, terá reuniões com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, para apresentar seu projeto de reconstrução de Gaza e a possibilidade de que seus países façam parte dele.

De acordo com o Opera Mundi, a troca de uma parte dos lucros no projeto de luxo em Gaza, os governos teriam que aceitar os cerca de 2,5 milhões de palestinos que os Estados Unidos pretendem expulsar do território – Trump fez uma ressalva, dizendo que nem todos os residentes de Gaza seriam expulsos, que seria preciso analisar caso a caso, mas não explicou como essa seleção seria colocada em prática.

Ademais, o presidente dos Estados Unidos retificou um trecho da declaração feita durante a coletiva conjunta com o premiê israelense Benjamin Netanyahu, na última terça-feira (04/02). Na ocasião, ele disse que os Estados Unidos assumiriam o controle de Gaza sem precisar deslocar tropas para a região. Desta vez, admitiu que poderia enviar soldados para viabilizar a tarefa de controlar a zona.

Até o momento, o projeto de Trump tem sido fortemente criticado pelos países árabes, pelos membros da União Europeia, por Rússia e China, e por movimentos ligados à causa palestina, como o Hamas. Este último divulgou um comunicado na última quarta-feira (05/02), no qual qualificou a proposta como “uma receita para alimentar o caos e a tensão na região”.

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Deixe o inferno explodir, diz Trump a Israel sobre Gaza

“Se todos os reféns não forem devolvidos até sábado, às 12 horas, eu diria cancele [o cessar-fogo] e deixe o inferno explodir”, declarou Trump.

O inferno, no caso, é, sobretudo para crianças e bebes, assim como mulheres, idosos e doentes.

O mundo está assistindo à barbárie medieval em estado puro dos sócios do genocídio na Palestina, onde pela primeira vez na história da humanidade, as crianças são os principais alvos e consequentemente as maiores vítimas.

Nem o Nazismo de Hitler chegou a tanto.

O Sionismo é diabólico, assim como o Nazismo.

Os dois são movidos a ódio psicopata pelo Sionismo com atitude mais perversa e covarde contra crianças.

Que Israel vai sobrar disso diante dos olhos de cada cidadão do mundo?

Não importa onde esteja, no mundo inteiro ele está sendo testemunha ocular dessa história macabra de Israel e EUA contra civis palestinos que serão expulsos de suas terras à bala e bombas debaixo das barbas de toda a população mundial.

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Sindicato dos Jornalistas critica ida de profissionais a Israel por convite do lobby sionista

Delegação de comunicadores aceitou ter sua visita custeada por entidade vinculada ao Estado judeu, apesar do assassinato de 205 jornalistas pelas forças armadas israelenses.

Seis jornalistas brasileiros chegaram a Israel no dia 5 de fevereiro, para uma temporada de oito dias, com todas as despesas de viagem e hospedagem pagas pelo Instituto Brasil-Israel (IBI), uma das principais entidades sionistas com inscrição nacional. O objetivo, segundo nota dos dirigentes dessa organização, é “desexcepcionalizar Israel, isto é, mostrar que se trata de um país complexo, como todos os outros, com pessoas diversas, opiniões distintas e nuances que, muitas vezes, só podem ser compreendidas quando vistas de perto”.

Os profissionais de imprensa que integram a delegação são: Pedro Doria, fundador e editor do Canal Meio; Tatiana Vasconcellos, âncora da Rádio CBN; Filipe Figueiredo, criador do podcast Xadrez Verbal; Leila Sterenberg, que atua semanalmente nos programas do canal do IBI; Janaina Figueiredo, repórter especial do jornal O Globo; e Marcos Guterman, diretor de Opinião no jornal O Estado de S. Paulo.

A iniciativa ocorreu em paralelo com a excursão da delegação de acadêmicos brasileiros, organizada pela Stand With Us Brasil, que desembarcou em 2 de fevereiro e ficou até o dia 9. De acordo com o vice-presidente do IBI, Eduardo Wurzmann, em declaração ao boletim da associação, os participantes “terão oportunidade de conhecer e conversar com atores importantes de todo o espectro da política e da sociedade israelense”.

No comunicado emitido pelo IBI, consta um itinerário que prevê uma visita à região atacada pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, além da Praça dos Reféns “em um dia em que há a expectativa de retorno de sequestrados”. Opera Mundi entrou em contato com o instituto para obter mais informações referentes à excursão dos jornalistas, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

Para o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), Thiago Tanji, participação nas chamadas press trips sempre foi um ponto de debate, sendo que alguns veículos de comunicação tendem a proibir convites de empresas que financiam esses roteiros. Segundo o líder da categoria, a cobertura jornalística referente ao massacre na Faixa de Gaza já apresenta problemas em si, ainda mais quando há tentativa do governo israelense em utilizar “estratégia de relações públicas e lobby” para se manter próximo à imprensa.

“Os jornalistas terão liberdade e coragem de questionar as autoridades israelenses pelos mais de duzentos jornalistas assassinados desde outubro de 2023? Poderão realizar entrevistas e circular livremente pelos territórios que desejarem, conversando com a população palestina, que poderia relatar os horrores que viveram por decisões tomadas pelo Estado de Israel?”, questionou o sindicalista.

De acordo com o jornalista, sociólogo e professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), Laurindo Lalo Leal Filho, o governo israelense faz uso da tática do soft power, por meio de entidades alinhadas a Israel, como o IBI, para amenizar a repulsa global contra o país pelas denúncias de crimes contra a humanidade.

“É parte dessa política a viagem que jornalistas e professores brasileiros fazem a Israel. São convites feitos em meio a uma das agressões mais violentas da história recente, que deveriam merecer um mínimo de ponderação antes de serem aceitos. Não se pode admitir ingenuidade a essas pessoas com o tipo de formação que possuem. Ao aceitar o convite, tomaram implicitamente partido do lado agressor”, afirmou.

*Opera Mundi

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As ações de Trump criaram uma crise constitucional nos EUA

Muitos professores de direito concluíram que a os Estados Unidos enfrentam um acerto de contas, enquanto o presidente Trump testa os limites do poder executivo.

Trump, que está num cerca-frango penoso para conseguir ovos, que desapareceram das prateleiras dos supermercados, está na beira de um senhor abismo econômico, sem horas para aparecer faixo de luz.

O NYT diz que o presidente norte-americano, santificado pelo clã Bolsonaro, está metendo os pés pelas mãos e que Trump 2.0 anuncia uma demonstração agressiva de poder

As primeiras medidas do presidente Trump para cortar despesas do governo federal e expandir o território norte-americano representam mudanças ideológicas significativas em relação ao seu primeiro mandato.

Mas não só isso

Trump acatou com um Grande Relatório sobre a Natureza. Eles Estão tentando Publicá-lo de Qualquer Maneira.

Trombando de frente com o judiciário, Trump argumenta que os tribunais não podem bloquear a equipe de Musk dos sistemas do Tesouro

NYT afirmou também que a China parece imparável. Trump pensa o contrário.

A China está no centro das tarifas de Trump sobre aço e alumínio.

As tarifas norte-americanas existentes já restringem as remessas de aço e alumínio da China que, agora, está inundando outros mercados com suas exportações.

Trump está se movimentando de forma estabanada e perigosa. É o que dizem cinco ex-secretários do tesouro e que é hora de soar o alarme.

Enfim, a opinião dos próprios norte-americanos é a de que Trump está sendo um desastre para os EUA, quiçá para o mundo.

O que parece é que Trump está cavando o próprio impeachment.
Começo a duvidar que terminará seu 2º mandato.

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Trump quer desglobalizar a economia confessando a decadência do império

A economia dos EUA está prostrada diante da dinâmica chinesa.

Trump só está adicionando um cadico de carvão na queima do que resta do império.

Multilateralismo virou palavrão nos EUA de Trump.

É a velha história de culpar os sapatos confortáveis dos outros pelos próprios calos.

Louros, todos querem.

Duro é pegar pela proa um choque de ventos contrários e não saber como lidar com ele.

Isso é a síntese, até então, do carnaval de bêbados que marca a atual gestão aloprada do grandalhão de topete artificial.

Trump quer refundar uma nova ordem mundial.

É o rabo balançando o cachorro.

Trump quer mais, quer refundar o planeta pela cartilha da Ku Klux Klan, com ideais de supremacistas brancos que são contrários às leis universais, sobretudo as de direitos humanos.

O fato é que o grupo de ódio terrorista que cerca a administração Trump vai impulsionar os EUA a uma decadência já sentida no país em várias cidades fantasmas que um dia foram referência de avanço civilizatório, promovido pelo capitalismo hegemônico do império.

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Grande fornecedor dos EUA: Trump vai taxar em 25% todo aço e alumínio do Brasil

De acordo com o presidente Donald Trump, anúncio sobre as novas tarifas será feito na segunda-feira (10/2).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou que vai aplicar taxas de 25% sobre todas as exportações norte-americanas de aço e alumínio. A declaração foi realizada neste domingo (9/2), enquanto o republicano viajava para Nova Orleans, onde deve acompanhar o Super Bowl.

Guerra tarifária de Trump

  • Desde quando assumiu a Casa Branca, em 20 de janeiro de 2025, Trump iniciou uma guerra tarifária como forma de impor os interesses dos EUA.
  • Até o momento, México, Canadá e China já tiveram seus produtos taxados pelo novo presidente norte-americano.
  • As medidas levaram os governos do México e do Canadá a recuar, aceitando os termos de Trump para que as medidas fossem suspensas temporariamente.

De acordo com o presidente dos EUA, a medida vai atingir importações de metal de todos os países. Trump afirmou que deve anunciar formalmente a decisão nesta segunda-feira (10/2).

“Qualquer aço que entrar nos Estados Unidos terá uma tarifa de 25%”, declarou o presidente republicano, sem deixar claro quando a medida entrará em vigor.

Caso confirmada, a decisão de Trump pode afetar diretamente o Brasil, que atualmente é um dos principais fornecedores de aço para os EUA.

Durante seu primeiro mandato presidencial, entre 2017 e 2021, Trump chegou a adotar a mesma medida e anunciou tarifas compra importações de aço e alumínio.

Na conversa com os jornalistas à bordo do avião presidencial norte-americano, o líder norte-americano ainda revelou que deve anunciar “tarifas recíprocas” contra países que taxam as importações dos EUA.

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Trump não resolveu sequer a falta de ovos nos EUA e quer bancar o dono do mundo?

O mundo todo sabe que os ovos de galinha são sagrados nos EUA, sobretudo para o cidadão médio.

Mas os EUA de Trump malvadão vive a chamada “Crise dos ovos’

Os relatos de roubo de carga e dúzias de R$ 60 a 100, é assombrosa.

A crise atinge supermercados e restaurantes.

Quando li isso, pensei, só pode ser mentira.

Lá é a terra do imperador do planeta Donald Trump.

Como vai faltar uma fuleiragem dessas?

A maior economia do planeta refém de uma dúzia de ovos?

Até os tais ovos “orgânicos” sumiram das prateleiras.

Um dólar por um ovo?

O surtado Trump não sabe disso?

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Venezuela denuncia outro roubo de avião pelos EUA: ‘ataque contra o país’

Os EUA, agora, especializam-se em roubo de avião, já não bastam os territórios alheios.

Aeronave estava retida desde ano passado na República Dominicana; segundo Caracas, apreensão foi determinada pelo secretário de Estado norte-americano Marco Rubio.

De acordo com Lorenzo Santiago, BdF, o governo da Venezuela denunciou nesta sexta-feira (07/02) o roubo de um outro avião pelos Estados Unidos. Dessa vez, a aeronave pertence à estatal petroleira venezuelana PDVSA. Segundo Caracas, a determinação da apreensão foi feita pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.

A aeronave estava retida desde o ano passado na República Dominicana. O próprio Marco Rubio fez uma visita ao avião de modelo Dassault Falcon 200 no Aeroporto Internacional La Isabela, na capital Santo Domingo, onde está desde que foi apreendido enquanto fazia manutenção. A Casa Branca afirma que o avião foi detido porque era usado para “evadir as sanções”.

Segundo a Bloomberg, a aeronave era usada pela vice-presidente, Delcy Rodríguez, e outros funcionários do primeiro escalão do governo venezuelano. Ainda de acordo com a publicação, ele era usado para viagens para Grécia, Rússia, Cuba, Nicarágua e Turquia.

O governo venezuelano afirmou que a decisão do governo estadunidense é um “flagrante roubo” e responsabilizou o secretário de Estado pela medida. Ainda de acordo com a chancelaria venezuelana, Rubio tem “ódio” do governo chavista e adota uma postura “criminosa” dentro da política estadunidense.

“O ódio de Rubio pela Venezuela agora o levou ao crime aberto, confiscando ilegalmente um avião da PDVSA com a cumplicidade do governo fantoche da República Dominicana. Este ataque à Venezuela mostra que Rubio nada mais é do que um criminoso disfarçado de político, usando sua posição para saquear e despojar nosso país de seus bens. Seu ódio faz dele um criminoso internacional, capaz de violar qualquer regra para prejudicar nosso país”, afirmou.

O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela afirmou que tomará as “medidas necessárias” para denunciar o roubo e exigir a devolução das aeronaves.

O adido nacional para Investigações de Segurança Interna (HSI) do Departamento de Segurança Interna, Edwin Lopez, afirmou que a embaixada dos EUA no Panamá consertou o avião e enviará para Miami nos próximos meses.

O caso é parecido com a apreensão de outro avião venezuelano, realizado em 2024 pela Casa Branca, mas na gestão de Joe Biden. Na ocasião, a aeronave da companhia estatal Emtrasur estava na Argentina, foi apreendida pelos Estados Unidos e levada para a Flórida. O Boeing 747 foi retido no aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires, em junho de 2022, por causa de um tratado de cooperação judicial entre a Argentina e os EUA.

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Perigo atômico: a bomba israelense contra os palestinos e a indústria nuclear no Brasil

A dissuasão como estratégia para manter a paz é uma ilusão; em vez de evitar conflitos, a disponibilidade de armas nucleares é um convite a usá-las.

Em um mundo à beira de uma catástrofe nuclear e, tendo ainda de enfrentar a emergência climática com a resistência de grandes corporações em abolir o uso do principal responsável pelo aquecimento global, os combustíveis fósseis, a população mundial se depara diante de um impasse que coloca em risco a existência dos moradores do planeta.

Desde a criação de armas de destruição em massa, as chamadas bombas atômicas, o mundo se curvou perante alguns países que detém a tecnologia e fabricam tais artefatos (USA, Rússia, França, Reino Unido, China, Israel, Paquistão, Índia e Coreia do Norte).

O urânio natural encontrado na natureza é composto de 99,3% de urânio-238 e apenas 0,7% de urânio-235, combustível explosivo (fissionável). Para a fabricação da bomba é necessário aumentar a quantidade de urânio-235. Isto é feito separando o urânio-235 do urânio-238, atingindo níveis acima de 80%. Este processo é denominado de enriquecimento isotópico, e a ultracentrifugação é a tecnologia mais utilizada neste processo. Para a produção de energia elétrica em usinas que utilizam o urânio-235, seu nível de enriquecimento deve ser em torno de 3 a 4%.

A bomba (urânio) foi usada como arma pela primeira vez em 6 de agosto de 1945, contra Hiroshima, e a segunda bomba (plutônio) em 9 de agosto de 1945, contra Nagasaki, cidades japonesas. Segundo estimativas, juntas elas mataram mais de 200 mil pessoas. Desde então não foi mais utilizada em guerras e conflitos, até nos dias atuais, com denúncias internacionais de uso da bomba por Israel na guerra contra os palestinos.

A acusação, com fortíssimos indícios de veracidade, segundo o noticiário internacional, é de que em 16/12/2024, Israel lançou em uma zona montanhosa, próximo a cidade de Tartus, uma bomba nuclear tática, de fabricação americana, a B61, provavelmente a variante Mod 11, destinada a destruição de bunkers, de penetração no solo. Localizada na parte ocidental da Síria, na fronteira com o Líbano, a 220 quilômetros a noroeste de Damasco, está situada na costa do Mediterrâneo e conta com uma população de cerca de 450 mil habitantes.

Segundo relatos divulgados, a bomba lançada provocou um abalo sísmico de 3 graus na Escala Richter (escala de magnitude), sentido no Chipre e na Turquia. Além de picos de radiação, medidos por centros de monitoramento do clima. O artefato nuclear, caso seja confirmado, mesmo com poder explosivo reduzido, provocará uma série de efeitos devastadores, incluindo: calor, onda de choque e radiação ionizante, que pode causar câncer, doenças graves e mortes.

Lamentavelmente, pelas denúncias, nem sempre divulgadas pelas agências de imprensa do Ocidente, a suspeita é que o atual governo de extrema direita de Israel tem usado tudo que as convenções internacionais proíbem, como as Convenções de Haia (1899 e 1907), que regulamentam a condução das hostilidades, e a de Genebra (1949), que protegem as vítimas da guerra – doentes e feridos, náufragos, prisioneiros de guerra, civis em territórios inimigos e todos os civis que se encontrem em territórios de países em conflito. O uso de balas dum-dum, bombas incendiárias, fósforo branco, bombas de fragmentação, são artefatos recorrentemente utilizados, segundo denúncias. Então, usar armas nucleares não seria nenhum espanto, nem novidade.

Confirmado o uso da bomba no atual conflito, a guerra deixa de ser convencional (considerada regular?), para passar a ser irregular, se caracterizando como um extermínio étnico, limpeza étnica, genocídio. Seria mais um passo para atingir os objetivos de avanços e controle de territórios palestinos que contam com reservas consideráveis de petróleo e gás, na área C da Cisjordânia (costa do mediterrâneo) e ao longo da Faixa se Gaza. Tais informações podem ser encontradas no estudo O Custo Econômico da Ocupação do Povo Palestino: O Potencial Não Realizado de Petróleo e Gás Natural, da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

O uso da violência nos conflitos armados, sobretudo quando os Estados Nacionais não estão envolvidos, de forma direta, permite que sejam cometidas atrocidades com incomensuráveis consequências não só para os povos envolvidos, mas para toda a humanidade.

O perigo nuclear que nos ronda está não somente na fabricação e uso de bombas nucleares, mas também na proliferação de usinas nucleares para produção de energia elétrica, as chamadas usinas nucleoelétricas. Tais usinas, utilizando como combustível o urânio-235, enriquecido a 4%, aproximadamente, produzem resíduos altamente radioativos, nocivos à saúde humana por milhares de anos. Um dos resíduos produzidos é o plutônio-239, isótopo físsil utilizado na bomba lançada em Nagasaki.

O Brasil domina a tecnologia do ciclo do combustível nuclear, mas não fabrica armas nucleares, pois além do veto explícito na Constituição de 1988, também é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), assinado em 1998. O que preocupa, é que segundo a World Nuclear Association, o Brasil é uma das 13 nações capazes de enriquecer o minério. Para a fabricação da bomba atômica tupiniquim, seria necessário realizar uma reconfiguração, aumentando o número de centrífugas na fábrica de Combustível Nuclear (FCN) da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), localizada em Resende (RJ). Além de uma mudança constitucional e o abandono do TNP.

Um aspecto a ser ressaltado que está presente na cabeça dos militares e de muitos civis no país, é a fabricação da bomba atômica tupiniquim. E, assim, o Brasil entraria no clube fechado dos países detentores dessa arma. Durante o governo da extrema-direita, em 2019, o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, em uma palestra declarou explicitamente ser a favor do país ter a bomba, alegando “que assim a paz seria garantida”. Este parlamentar foi nada menos do que um dos filhos do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro.

*Heitor Scalambrini Costa/Diálogos do Sul