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Abraham Lincoln “perde a cabeça” no calor de Washington

A temperatura em Washington, capital dos Estados Unidos, passa de 35ºC e, durante o fim de semana, derreteu a cabeça de uma estátua de cera do ex-presidente norte-americano Abraham Lincoln.

Logo depois, as pernas começaram a derreter, e a cadeira em que o ex-presidente está sentado afundou no chão.

A cabeça, de cerca de 1,8 metro do Lincoln Memorial, está sob reparos, deixando para trás um fio do pescoço do ex-presidente. A estátua foi colocada ao ar livre como parte da The Wax Monument Series pela artista americana Sandy Williams IV. A réplica de cera é também uma vela, e não é a primeira vez que tem problemas com derretimento.

Em setembro do ano passado, a estátua foi instalada no mesmo lugar, mas a primeira versão do monumento de cera incluiu mais de 100 pavios que foram iluminados antes da hora, o que fez parte significativa da obra derreter antes da cerimônia de inauguração.

A nova versão tem pavios estrategicamente posicionados com uma placa abaixo, que diz: “Por favor, exploda seu pavio dentro de 1-2 minutos”.

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Família de Assange agradece a Lula e ao Papa após libertação

Detido desde 2019, a libertação do jornalista e fundador do Wikileaks é comemorada ao redor do mundo. Assange se tornou um ícone da luta pela liberdade de imprensa. Assange fez acordo com os EUA e já cumpriu a pena pelo único “crime” que aceitou.

O irmão do fundador do Wikileaks, Julian Assange, agradeceu autoridades que se manifestaram em apoio ao jornalista, entre eles, o presidente Lula. Gabriel Shipton afirmou à emissora britânica Sky News que personalidades como o Papa Francisco e o presidente brasileiro foram determinantes para a libertação de Assange.

“Eu venho trabalhando em Washington, em congressos defendendo a liberação de Julian, durante os últimos três ou quatro anos. Conquistar a liberdade de Julian Assange tem sido um esforço global, e é crédito de todos”, agradeceu Shipton.

“Do Papa, que defendeu Julian, o presidente Lula, do Brasil, o primeiro-ministro australiano, todos fizeram parte desse esforço global”, disse o irmão de Assange.

O jornalista deve se declarar culpado nesta quarta (26), em um tribunal nas Ilhas Marianas do Norte, por violar a lei de espionagem dos EUA, em um acordo que encerrará sua prisão no Reino Unido e permitirá que ele encerre sua odisseia e retorne para casa, na Austrália.

O fundador do Wikileaks está a caminho do arquipélago das Marianas, um território americano situado no oceano Pacífico, muito mais próximo da Oceania do que da América Norte.

Segundo o acordo, em um tribunal americano na ilha de Saipan, ele se declarará culpado por conspiração por obter e disseminar informações de defesa nacional dos Estados Unidos.

Assange cumpre uma pena de 62 meses, equivalente ao tempo que já cumpriu na prisão de Belmarsh, no Reino Unido, enquanto lutava contra a extradição para os Estados Unidos. Espera-se que ele seja libertado e retorne para a Austrália, seu país natal, após o desenrolar do processo judicial desta semana, segundo o Vermelho.

O Wikileaks anunciou a saída de Assange da prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, às 20h50 desta segunda (24). Após a decisão da Suprema Corte britânica por sua soltura, na manhã da segunda, do horário local, o jornalista dirigiu-se ao aeroporto de Stansted e deixou o Reino Unido.

“Julian Assange está livre. Ele deixou a prisão de segurança máxima de Belmarsh na manhã de 24 de junho, depois de ter passado 1.901 dias lá. Ele recebeu fiança do Supremo Tribunal de Londres e foi libertado no aeroporto de Stanstead durante a tarde, onde embarcou em um avião e partiu do Reino Unido”, publicou o Wikileaks no X, antigo Twitter.

“Depois de mais de cinco anos numa cela de 2×3 metros, isolado 23 horas por dia, ele em breve se reunirá com sua esposa Stella Assange e seus filhos, que só conheceram o pai atrás das grades”, disse.

Wikileaks e a defesa pelos direitos humanos e a soberania nacional

Assange se tornou um símbolo da luta pela liberdade de imprensa ao ser perseguido e condenado pelos Estados Unidos por revelar centenas de milhares de documentos que expuseram ataques do exército americano a civis no Iraque e no Afeganistão.

Em 2006, o jornalista criou o Wikileaks, um sistema de “entrega de cartas mortas” na internet para potenciais fontes. Mas foi em abril de 2010 que o site ganhou destaque ao publicar um vídeo que mostrava um helicóptero dos EUA, em 2007, matando uma dúzia de pessoas na capital iraquiana, Bagda, inclusive dois jornalistas da Reuters.

Em 2010, o Wikileaks divulgou mais de 90 mil documentos militares secretos dos EUA sobre a guerra no Afeganistão e cerca de outros 400 mil documentos sobre a guerra do Iraque, na maior quebra de segurança da história militar americana.

Em 2011, a organização revelou mais 250 mil telegramas diplomáticos secretos de embaixadas americanas em todo o mundo, que foram publicadas por jornais como The New York Times e o The Guardian.

Em um dos vazamentos, o Wikileaks revelou que a então presidente da República do Brasil, Dilma Rousseff (PT), foi grampeada pela Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês). Além da própria presidente, outros 29 telefones do governo foram espionados pela agência de inteligência.

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“O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje”, diz Lula após libertação de Assange

“Sua libertação representa uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa”, declarou o presidente Lula.

O presidente Lula (PT) celebrou pelo X, antigo Twitter, nesta terça-feira (25) a libertação do jornalista Julian Assange, fundador do WikiLeaks, que deixou a prisão no Reino Unido e já está a caminho de casa, na Austrália.

“O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje. Julian Assange está livre depois de 1.901 dias preso. Sua libertação e retorno para casa, ainda que tardiamente, representam uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa”, publicou o presidente.

Saiba mais:

Do Wikileaks – Julian Assange está livre. Ele deixou a prisão de segurança máxima de Belmarsh na manhã de 24 de junho, depois de ter passado 1.901 dias lá. Ele recebeu fiança do Supremo Tribunal de Londres e foi libertado no aeroporto de Stansted durante a tarde, onde embarcou em um avião e partiu do Reino Unido.

Este é o resultado de uma campanha global que abrangeu organizadores de base, defensores da liberdade de imprensa, legisladores e líderes de todo o espectro político, até às Nações Unidas. Isto criou espaço para um longo período de negociações com o Departamento de Justiça dos EUA, conduzindo a um acordo que ainda não foi formalmente finalizado. Forneceremos mais informações o mais breve possível.

Depois de mais de cinco anos numa cela de 2×3 metros, isolado 23 horas por dia, ele em breve se reunirá com sua esposa Stella Assange e seus filhos, que só conheceram o pai atrás das grades.

O WikiLeaks publicou histórias inovadoras sobre corrupção governamental e violações dos direitos humanos, responsabilizando os poderosos pelas suas ações. Como editor-chefe, Julian pagou caro por esses princípios e pelo direito do povo de saber.

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Assange deixa a prisão no Reino Unido após acordo com governo norte-americano

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, deixou a prisão nesta segunda-feira (24) após realizar um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O ativista estava detido no Reino Unido há cinco anos e decidiu se declarar culpado em troca da liberdade. A informação foi divulgada pela conta do WikiLeaks no X.

“O Tribunal Superior de Londres concedeu-lhe liberdade sob fiança e ele foi liberado no aeroporto de Stansted à tarde, onde embarcou em um avião e partiu do Reino Unido”, detalhou a plataforma onde foram publicados milhares de documentos dos Estados Unidos, motivo pelo qual Assange foi perseguido por anos por Washington.

O ativista e jornalista australiano estava preso em uma penitenciária nos arredores de Londres nos últimos cinco anos e antes do acordo lutava contra sua extradição para os Estados Unidos, onde é acusado de ter feito a maior revelação de documentos secretos do governo norte-americano.

“Após mais de cinco anos em uma cela de 2×3 metros, isolado 23 horas por dia, ele em breve se reunirá com sua esposa Stella Assange e seus filhos, que só conheceram o pai atrás das grades”, informou a plataforma fundada por Assange.

Assange, de 52 anos e que está doente, foi acusado em maio de 2019 de conspirar com Chelsea Manning para obter documentos oficiais e publicá-los em sua plataforma WikiLeaks. Formalmente, ele é acusado de divulgar informações sigilosas do governo dos Estados Unidos, pelo qual poderia ser condenado a uma pena de 175 anos de prisão.

“As ações de Assange causaram um grave dano à segurança nacional dos Estados Unidos em benefício de nossos adversários e colocaram as fontes humanas não redigidas em risco grave e iminente de dano físico grave e/ou detenção arbitrária”, disse na época o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

No entanto, em março passado, fontes próximas ao caso declararam ao The Wall Street Journal que as 18 acusações que o australiano enfrenta poderiam ser reduzidas a manipulação indevida de informações oficiais, um delito considerado menor no código penal dos Estados Unidos.

O fundador do WikiLeaks foi preso na embaixada do Equador em Londres em abril de 2019, depois que o governo do país latino-americano retirou seu asilo. A plataforma confirmou que a defesa do ativista australiano conseguiu um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que ainda não foi finalizado.

O relatório disse que os promotores federais dos EUA recomendam que Assange receba uma sentença de prisão de 5 anos como parte do acordo de confissão, mas ele não será obrigado a passar tempo em uma prisão dos EUA diante do “crédito” pelos cinco anos que passou detido no Reino Unido.

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Rússia convoca embaixadora dos EUA após ataque ucraniano na Crimeia

Kremlin alerta que ofensiva terá resposta, mas não especificou qual.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou a embaixadora dos Estados Unidos no país, Lynne Tracy, nesta segunda-feira (24) para dizer a ela que Moscou culpa o tanto os EUA quanto a Ucrânia por um ataque mortal com mísseis na cidade de Sebastopol, na Crimeia.

Ela enfrentou acusações de que os EUA estão “travando uma guerra híbrida contra a Rússia e, na verdade, se tornou parte do conflito”.

“Tais ações de Washington não ficarão sem resposta. Definitivamente haverá medidas de resposta”, alertou o ministério russo em uma declaração.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres sobre o ataque que “deveriam perguntar aos meus colegas na Europa, e acima de tudo em Washington, os secretários de imprensa, por que seus governos estão matando crianças russas. Basta fazer esta pergunta a eles”.

Ao menos duas crianças foram mortas no ataque a Sebastopol no domingo (23), de acordo com autoridades russas.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres sobre o ataque que “deveriam perguntar aos meus colegas na Europa, e acima de tudo em Washington, os secretários de imprensa, por que seus governos estão matando crianças russas. Basta fazer esta pergunta a eles”.

Ao menos duas crianças foram mortas no ataque a Sebastopol no domingo (23), de acordo com autoridades russas.

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“Desaparecimentos forçados”: Israel tortura, mata e amputa membros de reféns palestinos

Israel segue cometendo crimes bárbaros contra os detidos da Faixa de Gaza, incluindo execuções sumárias, e manipulam sistema judiciário para esse fim.

Wisam Zoghbour

Israel, o Estado ocupante, habituou-se a utilizar métodos criminosos ultrapassados ​​contra o povo palestino onde quer que este se encontre, incluindo a política de detenção administrativa e desaparecimento forçado, para obrigá-lo a renunciar aos seus direitos nacionais legítimos, incluindo o direito de construir um Estado independente tendo como capital Jerusalém e o direito à autodeterminação.

O estado ocupante continua a cometer o crime de desaparecimento forçado, que é uma das faces da guerra genocida na Faixa de Gaza, em curso pelo nono mês consecutivo, resultando em cerca de 50 mil mártires e desaparecidos, e cerca de 86 mil feridos, entre eles cerca de 12 mil que necessitam urgentemente de tratamento fora da Faixa. Além disso, mais de 70% da Faixa de Gaza foi destruída.

A Ocupação prossegue com a política de desaparecimento forçado contra o povo palestino, recusando-se a revelar a identidade dos seus detidos, as circunstâncias de suas detenções e, em caso de martírio de qualquer um deles, as circunstâncias do seu martírio, como ocorreu recentemente com os dois médicos Adnan Al-Barsh e Iyad Al-Rantisi, cujos martírios foram anunciados pela mídia israelense como ameaça à vida de mais de 310 detidos do corpo médico.

Vale mencionar que as forças de ocupação israelenses prenderam milhares de palestinos na Faixa de Gaza desde 7 de outubro passado. Relatórios e estatísticas de fontes ligadas à Ocupação indicam que suas forças prenderam cerca de 4 mil palestinos na Faixa de Gaza, dos quais cerca de 1.500 foram libertos. A administração prisional da Ocupação anunciou, no início deste mês de junho, a detenção de 899 prisioneiros que classifica como detidos ilegais, incluindo mulheres, crianças e idosos.

Segundo testemunhos, o Estado ocupante não faz distinção ao prender entre crianças, idosos e mulheres durante sua guerra brutal na Faixa de Gaza, utilizando diversos métodos de tortura e maus-tratos contra os cidadãos palestinos e os colocando em centros de detenção e prisões secretas que lembram os campos de concentração nazistas.

É alarmante que o Estado ocupante, Israel, continue a cometer o crime de desaparecimento forçado contra os detidos da Faixa de Gaza, chegando ao ponto de cometer execuções sumárias e manipular o sistema judiciário para esse fim.

Relatórios e investigações da imprensa internacional e israelense revelaram o martírio de cerca de 36 detidos em suas prisões e campos, além de testemunhos chocantes de detidos libertados nos últimos meses, alguns dos quais sofreram amputações de membros devido à tortura e maus-tratos, como confirmado por um dos prisioneiros que perdeu a perna devido à tortura e negligência médica, resultando em gangrena e infecção.

Impunidade é sinal verde a Israel
A contínua incapacidade do sistema jurídico internacional em responsabilizar Israel por seus crimes contra o povo palestino e suas violações da Carta dos Direitos Humanos encoraja o Estado ocupante a persistir nos seus crimes, levando o sistema internacional à beira do colapso e substituindo o direito internacional pela lei da selva.

Tudo isso ocorre com o apoio de países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, que levantam o cartão vermelho contra qualquer tentativa de responsabilizar o Estado ocupante por seus crimes contra o povo palestino.

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Argentina envia ao Brasil lista de foragidos dos atos golpistas e alerta: parte já deixou o país

Há a possibilidade de que mais tenham cruzado a fronteira devido a pontos de monitoramento precário.

A Argentina entregou ao Brasil nesta quarta-feira (19) uma lista de cerca de 60 foragidos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, confirmando a entrada deles no país. Contudo, Buenos Aires informou que aproximadamente dez desses indivíduos já deixaram o território argentino, sem detalhes sobre seus destinos.

A iniciativa argentina responde ao pedido do governo brasileiro, que forneceu uma lista com os nomes e documentos de 143 condenados pela invasão das sedes dos Três Poderes. A ação busca verificar a presença desses foragidos na Argentina, embora haja a possibilidade de que mais pessoas tenham cruzado a fronteira sem serem detectadas devido a pontos de monitoramento precários.

Em resposta às especulações de um possível acordo de proteção aos foragidos, o porta-voz de Javier Milei, Manuel Adorni, afirmou que não há pacto de impunidade com o bolsonarismo. Adorni garantiu que a Argentina acatará as decisões judiciais brasileiras.

Essa declaração desmente as esperanças dos foragidos que buscaram refúgio na Argentina, acreditando que o governo Milei, aliado do bolsonarismo, facilitaria sua permanência no país.

A lista dos foragidos enviada pela Argentina foi compartilhada com o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, que agora prepara pedidos de extradição a serem enviados à Justiça argentina.

A situação dos foragidos que solicitaram refúgio e asilo político na Argentina permanece incerta, pois seus processos aguardam análise em meio a mudanças na liderança da Comissão Nacional para os Refugiados (Conare).

Fontes diplomáticas argentinas sugerem que a burocracia brasileira tem atrasado ações relacionadas aos pedidos de extradição, enquanto os foragidos se movem rapidamente para escapar da Justiça.

Recentemente, advogados que representam os detidos após os eventos de 8 de janeiro estiveram em Buenos Aires. Eles se reuniram com deputados aliados de Milei e visitaram órgãos de migração para defender a concessão de asilo político a seus clientes.

Essa colaboração entre Argentina e Brasil reflete um esforço conjunto para lidar com as consequências dos ataques de 8 de janeiro, buscando garantir que os envolvidos enfrentem a justiça de seus respectivos países.

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Putin promete apoiar a Coreia do Norte contra os Estados Unidos

Presidente russo vai se reunir com o líder norte-coreano, Kim Jong-un

O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu nesta terça-feira (18) aprofundar os laços comerciais e de segurança com a Coreia do Norte e apoiá-la contra os Estados Unidos, enquanto se dirigia ao recluso país com armas nucleares pela primeira vez em 24 anos.

Os EUA e os seus aliados asiáticos estão tentando perceber até onde irá a Rússia em apoio ao líder norte-coreano Kim Jong-un, cujo país é o único que realizou testes de armas nucleares no século 21.

Num sinal de que a Rússia, um membro com poder de veto do Conselho de Segurança das Nações Unidas, está reavaliando toda a sua abordagem à Coreia do Norte, Putin elogiou Pyongyang por resistir ao que ele disse ser pressão econômica, chantagem e ameaças dos EUA.

Num artigo publicado pela mídia estatal norte-coreana, Putin elogiou o “camarada” Kim e prometeu “resistir em conjunto às restrições unilaterais ilegítimas”, para desenvolver o comércio e fortalecer a segurança em toda a Eurásia.

“Washington, recusando-se a implementar acordos previamente alcançados, apresenta continuamente exigências novas, cada vez mais rigorosas e obviamente inaceitáveis”, disse Putin no artigo, impresso na primeira página do Rodong Sinmun da Coreia do Norte, o porta-voz do Partido dos Trabalhadores no poder.

“A Rússia sempre apoiou e continuará a apoiar a RPDC e o heroico povo coreano na sua oposição ao inimigo insidioso, perigoso e agressivo.”

Putin observou que a União Soviética foi a primeira a reconhecer a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), fundada pelo avô de Kim, Kim Il Sung, menos de dois anos antes da Guerra da Coreia de 1950.

A mídia estatal norte-coreana também publicou artigos elogiando a Rússia e apoiando suas operações militares na Ucrânia, chamando-as de “guerra sagrada de todos os cidadãos russos”, diz a CNN.

A visita de Estado de Putin ocorre em meio a acusações dos EUA de que a Coreia do Norte forneceu “dezenas de mísseis balísticos e mais de 11 mil contêineres de munições à Rússia” para uso na Ucrânia. A Coreia do Sul, um forte aliado dos EUA, levantou preocupações semelhantes.

A Casa Branca disse na segunda-feira (18) que estava preocupada com o aprofundamento do relacionamento entre a Rússia e a Coreia do Norte. O Departamento de Estado dos EUA disse estar “bastante certo” que Putin procurará armas para apoiar a sua guerra na Ucrânia.

Moscou e Pyongyang negaram transferências de armas, mas prometeram reforçar os laços militares, possivelmente incluindo exercícios conjuntos.

A Rússia deverá superar toda a aliança militar da Otan na produção de munições este ano, então a viagem de Putin provavelmente visa sublinhar a Washington o quão perturbadora Moscou pode ser numa série de crises globais.

A Rússia vetou em março a renovação anual de um painel de peritos que monitora a aplicação das sanções de longa data das Nações Unidas contra a Coreia do Norte devido aos seus programas de armas nucleares e mísseis balísticos.

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Milei infiltra agentes e manda espancar, prender e acusar manifestantes de terrorismo

Segundo deputada Myriam Bregman, acusação de terrorismo foi construída por regime de Milei “para justificar detenções arbitrárias” e manter opositores presos.

Organismos de Direitos Humanos, advogados, organizações sociais e familiares de vítimas pediram a libertação dos 35 detidos durante a selvagem repressão de cinco forças de segurança contra manifestantes que expressavam seu rechaço à Lei de Bases que deveria ser votada pelo Senado na semana passada. Marchavam pacificamente quando foram atacados com gás de pimenta, caminhões hidrantes, balas de borracha, deixando mais de 200 feridos, entre eles cinco deputados da oposição que terminaram com queimaduras no rosto e foram internados em distintos hospitais.

Por sua vez, Avós e Mães da Praça Linha Fundadora, familiares de Desaparecidos, Assembleia Permanente, Liga Argentina pelos Direitos Humanos, Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS), entre outros, repudiaram a identificação dos manifestantes como “terroristas”, sustentada pelo governo de (Javier) Milei e Victoria Villarruel, e a acusação sem sustentação alguma de “graves delitos penais” por parte do poder judicial, segundo Diálogos do Sul.

Destacaram que o povo “reclama legitimamente em defesa de seus direitos” e demandaram terminar de “criminalizar o protesto e estigmatizar os manifestantes”.

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Denunciou-se a aparição de “grupos infiltrados em nossas filas que fizeram destroços para que se desate a repressão”, recordando que tudo está gravado e há vários organismos que monitoram “o destacamento e a ação das forças de segurança desde que se impôs o protocolo anti-piquetes de (Patricia) Bullrich”.

Os assistentes rememoraram que a Ministro da Segurança repetiu o mesmo esquema de provocação que usou quando ocupava esse cargo no governo de direitista Mauricio Macri, (2015-2019), razão pela qual foram apertadas denúncias contra ela que, no entanto, ficaram nos juizados, pela cumplicidade do chamado Partido judicial.

Neste marco, antes de partir para a Itália, o presidente disse, em uma mensagem, que se tratava de um Golpe de Estado, qualificando como “terroristas” os manifestantes, declarações com as quais Bullrich concordou.

A advogada e deputada nacional dos PST – Frente de Esquerda Unidade, Myriam Bregman, assegurou que não existe nenhum Golpe de Estado, nem organizações terroristas, e “que foi construída uma imputação para justificar detenções arbitrárias e, com o argumento de presumidos ‘sediciosos’”, os manteve detidos e passaram à Justiça Federal.

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Otan diz estar discutindo colocar mais armas nucleares em prontidão

Jens Stoltenberg falou ao jornal britânico Telegraph sobre estratégias de dissuasão contra a Rússia e a China.

A aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está em discussões para implantar mais armas nucleares, retirando-as de armazenamentos e colocando-as em prontidão, em face da crescente ameaça da Rússia e da China, disse o secretário-geral da aliança nesta segunda-feira (17).

Jens Stoltenberg disse ao jornal britânico Telegraph que há consultas em andamento entre os membros para usar a transparência em torno de seu arsenal nuclear como um elemento dissuasório.

“Não entrarei em detalhes operacionais sobre quantas ogivas nucleares devem estar em operação e quais devem ser armazenadas, mas precisamos fazer consultas sobre essas questões. É exatamente isso que estamos fazendo”, disse ele ao jornal.

“A transparência ajuda a transmitir a mensagem direta de que nós, é claro, somos uma aliança nuclear.”

“O objetivo da Otan é, obviamente, um mundo sem armas nucleares, mas enquanto existirem armas nucleares, continuaremos sendo uma aliança nuclear, porque um mundo onde Rússia, China e Coreia do Norte têm armas nucleares, e a Otan não, é um mundo mais perigoso.”

Stoltenberg disse na semana passada que as armas nucleares são a “garantia máxima de segurança” da Otan e um meio de preservar a paz.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem advertido repetidamente que Moscou pode usar armas nucleares para se defender em circunstâncias extremas. Ele acusa os Estados Unidos e seus aliados europeus de empurrar o mundo para a beira de um confronto nuclear ao dar à Ucrânia bilhões de dólares em armas, algumas das quais estão sendo usadas contra o território russo.

A Otan, que tem assumido um papel mais importante na coordenação do fornecimento de armas a Kiev, raramente fala sobre armas publicamente, embora se saiba que os EUA instalaram bombas nucleares em vários locais da Europa.