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Pesquisa Quaest produz vertigem utilizando amostra divergente do Datafolha

O que é vertigem? Vertigem é a perda de equilíbrio causado pela sensação desagradável de se estar girando em um ambiente ou de ter o ambiente girando em torno de si, mesmo sem se mexer ou sair do lugar.

Há que se tomar muito cuidado com as pegadinhas contidas em pesquisas eleitorais em que a guerra da narrativa estará a todo vapor na campanha de Bolsonaro para dar ares de grandiloquência a tudo o que eles puderem amplificar.

Dependendo do ângulo em que se olha, a percepção pode trazer resultados distintos e dois olhares sobre o mesmo ponto expressarem visões diametralmente opostas.

Parece que é com essa preocupação que o”Análises Eleitorais – @analises2022″ faz esta observação:

A pesquisa Quaest utiliza amostra de renda divergente do Datafolha e provavelmente tbm do Ipec, tanto em SP quanto no Brasil. Na Quaest, 25% dos entrevistados ganham até 2 salários mínimos em São Paulo. No Datafolha, são 44%. Nesse segmento, Lula tem 45% e Bolsonaro 28% em SP.

Como se observa nessa informação, a diferença de metodologia da Quaest para o Datafolha não é pouca coisa, do percentual.

Ou seja, é nítido que, para se chegar a esse ovo de colombo, a Quaest buscou um critério absolutamente inverso ao utilizado pelo Datafolha, o que explica uma suposta “mudança de humor” do eleitorado a favor de Bolsonaro e contra Lula.

Temos que acostumar, pegadinhas como essa que, quem paga a orquestra escolhe o repertório volta  a acontecer a balde. Nosso papel é o de ler todos os dados, critérios e metodologias além dos números. A prudência é que nos cobra não comprar gato por lebre.

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Brasileiros estão entre os que menos confiam nas Forças Armadas, diz pesquisa Ipsos feita em 28 países

Sentimento de credibilidade caiu em relação ao ano passado, segundo o Instituto Ipsos.

Os brasileiros estão entre os que menos confiam em suas Forças Armadas quando comparados com habitantes de outros países. A revelação é da edição de 2022 da pesquisa “Confiabilidade Global”, do Instituto Ipsos, que foi realizada em 28 países entre maio e junho.

De acordo com a sondagem, apenas 30% dos brasileiros acreditam nos militares. O índice é igual ao atingido entre os poloneses. E só não é mais baixo do que os verificados entre os colombianos (29%), os sul-africanos (28%) e os sul-coreanos (25%).

A taxa brasileira ficou 11 pontos percentuais abaixo da média global, de 41%. O sentimento de credibilidade também caiu em relação ao ano passado, quando 35% dos brasileiros diziam confiar nos militares.

O levantamento mediu a percepção de cidadãos sobre a confiança relacionada a algumas profissões. Os políticos também não são vistos com bons olhos: 76% dos brasileiros dizem não acreditar neles. Em seguida estão ministros do governo e banqueiros, com 64% e 53%, respectivamente.

No outro extremo, 64% dos brasileiros que responderam à pesquisa apontaram os professores como o grupo mais confiável. Depois aparecem os cientistas (61%) e os médicos (59%). O levantamento, online, consultou 21 mil adultos ao redor do mundo entre 27 de maio e 10 de junho, dos quais mil nasceram e moram do Brasil.

*Mônica Bergamo/Folha

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Miriam Leitão: Benefício eleitoral vai mudar o voto?

Dados inéditos da pesquisa Genial/Quaest indicam que os ganhos eleitorais do Auxílio Brasil não devem ajudar Bolsonaro como pensa o governo.

Dados inéditos de uma pesquisa de opinião mostram que o efeito dos benefícios eleitoreiros ainda é pequeno para Jair Bolsonaro. A propensão de votar nele, por causa da elevação do valor do Auxílio Brasil, aumenta pouco entre os mais pobres e até diminui entre os que não querem nem Bolsonaro nem Lula. Já com a queda dos impostos sobre combustível, há um aumento da propensão de votar em Bolsonaro entre os mais ricos. “O que o governo queria, que era conquistar a renda baixa, não parece que vai conseguir o tanto que ele precisa. Mas com o ICMS ele consegue mobilizar uma turma que, mais ou menos, já é dele”, diz o cientista político Felipe Nunes.

Mesmo sendo residual, o que a pesquisa da Genial/Quaest mostra é que o pouco avanço que Bolsonaro consegue com essas medidas pode levar a disputa para o segundo turno.

— Hoje o que pode acontecer é o eleitor do Bolsonaro ficar mais feliz com o Bolsonaro, o eleitor do Lula ficar na mesma, e o eleitor dos outros ter menos chance de votar no governo. Ele não consegue mobilizar os pobres e não consegue mobilizar os nem-nem. Tem efeito, mas é, mas é pequeno, diz Nunes.

Entre os que ganham até dois salários mínimos, 25% dizem que as medidas aumentam a propensão de votar em Bolsonaro. Mas 29% dizem que não aumenta e 43% acham que nada muda.

Na pergunta sobre o efeito do ICMS, 33% dos pesquisados dizem que aumenta a chance de votar em Bolsonaro, 31% dizem que diminui, e, 31%, que não faz diferença. Entre os de renda de cinco salários mínimos ou mais, há um entusiasmo com essa medida da gasolina. Sai de 34% para 43% a chance de votar em Bolsonaro.

Outro dado importante: 57% acham que as medidas foram tomadas para ganhar a eleição e 38% acreditam que são uma tentativa de melhorar a vida das pessoas. No eleitorado de Lula, 78% acham que é para ganhar a eleição e 16% acreditam que é para melhorar a vida das pessoas. Veja os gráficos abaixo.

— O efeito pode levá-lo ao segundo turno, mas não é o suficiente para virar o jogo. Dez por cento dos eleitores que hoje estão com Lula dizem que aumenta a chance de votar em Bolsonaro. Isso é compatível com a queda de quatro pontos de Lula no geral, mas o que tem acontecido é que, ao mesmo tempo que Bolsonaro tira votos de Lula, Lula tem atraído votos dos outros candidatos — diz.

O nível de conhecimento sobre o aumento do auxílio e a redução do ICMS dos combustíveis é alto. Portanto, o efeito já deveria estar sendo sentido. No eleitorado que ambos querem conquistar, dos outros que ainda estão na disputa e dos que já estão desistindo, os dados não favorecem Bolsonaro. Com o aumento do Auxílio, 15% dos eleitores desses candidatos dizem que cresce a chance de votar em Bolsonaro, mas 30% dizem que diminui, e 54% afirmam que é indiferente. No ICMS, para 23% aumenta, 28%, diminui, e, para 46%, não faz diferença.

— Voto é um recurso escasso, não é ilimitado, tem que tirar de alguém. Com o Auxílio, a chance de votar em Bolsonaro para quem já é bolsonarista é grande, mas sempre foi. Do eleitor do Lula ele tira um pouco, e é isso que a gente está vendo na aproximação deles na margem de erro. Mas o dado importante é que entre os 10% dos demais candidatos Bolsonaro mais perde que ganha — diz Nunes.

Sempre com o alerta de que pesquisa é “diagnóstico e não prognóstico”, o retrato hoje é o de que o efeito é pequeno, ainda que possa ser decisivo para levar a disputa para o segundo turno.

Outra bomba foi jogada agora pela equipe econômica de Bolsonaro para tentar mudar o humor do eleitor de baixa renda. Será absolutamente nocivo, mas pode ter efeito eleitoral, que é o consignado do Auxílio. Um especialista em finanças conta que os grandes bancos não entrarão porque sabem que é inadmissível. Mas hoje os correspondentes bancários viraram empresas grandes e, junto com as financeiras, já estão assediando os muito pobres.

— Os juros são de 80% ao ano, e o risco para a financeira é zero, já que há desconto na fonte, garantido pelo Tesouro. É o crime perfeito. O dinheiro vai direto para a Faria Lima. É surreal. Esse governo já fez de tudo, mas essa passou de todos os limites morais — disse.

Isso porque os miseráveis serão achacados pelas financeiras e pelos correspondentes bancários, em dívidas a juros escorchantes. O governo fez isso para que os muito pobres tenham a sensação de bem-estar na hora do voto. É política econômica sem qualquer escrúpulo.

*Com O Globo

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Muito cuidado com o que dizem as pesquisas eleitorais e ainda mais com as análises sobre elas

Vários fatores como gênero, raça/cor, religião ou local de moradia influenciam nas escolhas eleitorais da população, mas nada é mais determinante que sua condição econômica. Um entendimento mais profundo do rendimento das famílias brasileiras é fundamental para entender melhor como elas pensam e como tendem a votar.

O dado mais robusto disponível para esse entendimento é a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE que avalia as estruturas de consumo, de gastos, de rendimentos e parte da variação patrimonial das famílias e estabelece um perfil bastante detalhado das condições de vida da população a partir da análise dos orçamentos domésticos.

Os Institutos de Pesquisas Eleitorais também utilizam essas segmentações de gênero, raça/cor, religião local de moradia e condição econômica para construir as Amostras Estatísticas que fazem parte das Pesquisa Eleitorais.

Se fizermos um exercício estatístico comparando as Amostras usadas pelos principais Institutos de Pesquisa com os números do IBGE veremos alguns desvios metodológicos importantes porque a maioria desses Institutos estão usando números defasados em suas Pesquisas. Isso que pode explicar alguns resultados aparentemente incoerentes nas sondagens de intenção de voto.

Nas últimas Pesquisas Ipespe e FSB (maio / 2022), por exemplo, o recorte por renda mostra que a faixa de eleitores com renda familiar inferior a 2 Salários-Mínimos representavam 46% e 43% dos entrevistados; os eleitores com renda entre 2 e 5 Salários eram 35% e 39% da Amostra e acima disso, 19% e 17%, respectivamente.

Estou usando esses 2 Institutos porque são os que disponibilizaram os critérios amostrais, mas vale para todos os demais.

Enquanto os Institutos consideram apenas 3 ou 4 faixas de renda, o IBGE considera 7 faixas, sendo:

1) Até 2 Salários-Mínimos – 23,9%;

2) Acima de 2 e até 3 Salários-Mínimos – 18,6%;
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3) Acima de 3 e até 6 Salários-Mínimos – 30,5%;

4) Acima de 6 e até 10 Salários-Mínimos – 14,0%;

5) Acima de 10 e até 15 Salários-Mínimos – 6,4%;

6) Acima de 15 e até 25 Salários-Mínimos – 3,9% e

7) Acima de 25 Salários-Mínimos – 2,7%.

Para facilitar a comparação vou agrupar as faixas do IBGE também em 3 faixas: até 2 Salários-Mínimos, como Baixa Renda; de 2 a 6 Salários-Mínimos como Renda Média e acima de 6 Salário-Mínimo como Alta Renda.

Portanto, enquanto para os Institutos os mais pobres representam cerca de 45% da população para o IBGE são 23,9%. Já a parcela da população com renda média são pouco mais de 1/3 nas Amostras das Pesquisas Eleitorais e 51,1% para o IBGE. E os mais ricos são cerca de 18% para os Institutos e 27% para o IBGE

Portanto, fica claro que os Institutos de Pesquisa trabalham com faixas de renda que nem de longe retratam a estúpida concentração de renda da sociedade brasileira. Antes de mais nada é importante destacar que o motivo dessa distorção é operacional e não ideológico.

Devido a necessidade de apresentar resultados com uma frequência muito alta, muitas vezes quinzenalmente, não seria possível completar as Cotas Amostrais se fossem definidas faixas de renda mais realísticas.

Como as Amostras das Pesquisas, em geral, são compostas por cerca de 2.000 entrevistados, imaginem a dificuldade de encontrar cerca 50 entrevistados, com renda superior a R$ 25 mil que ainda atendam a critérios como raça/cor, religião ou porte da cidade onde moram. Praticamente impossível com amostras tão pequenas ou extremamente oneroso e demorado porque as pesquisas teriam que ser com amostras maiores, bem maiores.

No entanto, apesar de ser uma escolha eminentemente operacional e econômica, isso não impede que os resultados sejam analisados de maneira ideológica e esses desvios metodológicos sequer sejam mencionados para que as pesquisas não sejam desqualificadas na origem.

Em um momento em que a classe dos mais pobres (até 2 salários-mínimos) são os que mais sofrem com desemprego, inflação de alimentos e insegurança alimentar, trabalhar com uma Amostra que considera o dobro da população nessa parcela de renda, por óbvio, está favorecendo o candidato que alinha seu discurso com o combate à pobreza.

Por outro lado, no outro extremo a distorção também é importante. Para os Institutos os mais ricos são as pessoas que recebem pouco mais de R$ 5.000, que convenhamos, está longe proporcionar a quem quer que seja alguma tranquilidade financeira.

Identificar essas diferenças nos ajudam a entender as prioridades políticas e o processo ideológico de cada eleitor e de sua classe. As prioridades de um funcionário público que receba o piso da maioria das carreiras de nível superior são completamente diferentes de um empresário que recebe 5 vezes esse valor por mês.

Não é necessária uma Pesquisa muito aprofundada para saber que funcionários públicos com renda de 5 Salários-Mínimos tende a ser um eleitor do ex-presidente Lula, enquanto os empresários com renda acima de 25 salários estão muito mais propensos a votar em Bolsonaro.

Outros cortes também contribuem para uma maior imprecisão nesse tipo de Pesquisa. Os Evangélicos em todas as suas denominações, por exemplo, tiveram um crescimento espantoso nas últimas décadas. De apenas 6,6% em 1980 chegaram a 22,2% da população no Censo de 2010, mas os Institutos de Pesquisa trabalham com Amostras que se aproximam dos 30%.

Como não há dados oficiais recentes, o dado mais utilizado é uma Pesquisa do Datafolha de 2020 que aponta que os Evangélico Missionários, Pentecostais e Não-determinados chegam a 31%, mas como considera uma Amostra de pouco mais de 2 mil entrevistados também pode haver um desvio considerável e esse número ser até maior, mas não se pode afirmar isso sem o risco de reforçar o erro e o viés metodológico.

Esse desvio é bastante importante porque os Evangélicos, em sua maioria vindos dos estratos com condições indicativas de pobreza e com pouca instrução formal, demonstram ter afinidades e identificação com o discurso da direita no espectro ideológico, ou o contrário, e sua filiação religiosa tende a se traduzir em lealdades políticas quase que automáticas, traduzida por “irmão vota em irmão”. Em uma Pesquisa Eleitoral esse desvio é bastante crítico.

Posições tradicionalistas dos evangélicos em relação ao aborto e ao homossexualismo, por exemplo, foram incorporadas no discurso da extrema direita o que seduziu ainda mais esse eleitorado que, via de regra, são pouco expostos aos meios de comunicação de massa, ao mesmo tempo em que, diferentemente de qualquer grupo religioso, têm um grau bastante elevado de exposição e alinhamento às autoridades religiosas de seus respectivos cultos.

O crescimento desse eleitorado fiel à orientação religiosa somado a um discurso alinhado aos posicionamentos de candidatos mais conservadores, fizeram aumentar a representação política institucional, tanto nos Executivos quanto nos Legislativos de todas as esferas de Governo.

Associe-se a isso que, por diversos motivos, neste mesmo período houve um brutal afastamento (ou rejeição) da Igreja Católica e dos Movimentos Sociais nas periferias das grandes cidades e dos interiores mais distantes e temos o caldo de cultura necessário para formação dessa onda conservadora, política e religiosa.

Ou seja, mais Evangélicos na população gerou mais representantes políticos que alinharam seus discursos para um público específico. Isso levou a uma mobilização popular que elegeu um governo e um congresso ainda mais conservadores, contrários a um Estado Laico. O resto é apenas consequência, mas as Pesquisas Eleitorais podem não estar capturando essas dinâmicas religiosas.

Outro viés importante diz respeito a natureza dos municípios selecionados para as Amostras. Em geral são considerados 3 categorias: Capitais, Outros municípios da Região Metropolitana e Interior.

Isso, por exemplo, coloca na mesma categoria municípios como São Paulo, Rio de Janeiro ou Brasília, todos com mais de 3 milhões de habitantes e Rio Branco, Vitória e Palmas todos com população entre de 300 e 400 mil habitantes.

Por outro lado, municípios como São José do Campos, Feira de Santana ou Joinville com população entre 600 e 730 mil habitantes são considerados municípios do Interior, embora sejam polos regionais e ficam na mesma categoria de quase 5.000 outros municípios com menos de 60 mil habitantes.

Claro que, como já foi dito, a logística para chegar a um dos cerca de 1.200 municípios de fato pequenos, com menos de 5 mil habitantes, e lá encontrar um eleitor que atenda aos requisitos das cotas amostrais é muito maior do que ir a um município como Dracena ou Jales no Interior de São Paulo ou Capão da Canoa e Tramandaí no litoral do Rio Grande do Sul, todos com população abaixo de 60 mil habitantes.

Também de acordo com esses critérios a Pesquisa de intenção de votos mostra que Bolsonaro e Lula performam de modo diferente.

Enquanto Bolsonaro tem maior intenção de votos nas Capitais e nas Regiões Metropolitanas, Lula tem um desempenho melhor nas cidades do Interior que, como demonstrado acima, são sub representadas. Por óbvio, isso também distorce o resultado geral da Pesquisa.

Por fim, mas não menos importante, há um importante viés nas Pesquisas eleitorais no que se refere à construção das Amostras pelo corte do nível de escolaridade.

Os percentuais da Amostra das Pesquisas eleitorais por Faixa de Escolaridade em geral são distribuídos da seguinte forma: Ensino Fundamental – 39%, Ensino Médio – 40% e Ensino Superior 22%.

Já a mesma divisão do total da população brasileira segundo a última PNAD do IBGE nos dá os seguintes percentuais. Ensino Fundamental – 46,6%, Ensino Médio – 27,4% e Ensino Superior 17,4%.

As Amostras das Pesquisas não consideram o percentual da população de analfabetos que está em torno de 6,6% da população total (2019). Ou seja, como são considerados analfabetos as pessoas com idade acima de 25 anos, as Pesquisas simplesmente não consideram 14 milhões de eleitores, ou cerca de 10,7% do eleitorado.

Considerando que nas Amostras das Pesquisas há um percentual maior para as Faixas de Escolaridade de Nível Superior e Médio e menor para o Nível Fundamental e Analfabetos em relação ao total da população e que Bolsonaro tem seu melhor desempenho entre eleitores com nível de Escolaridade Superior e Médio e Lula tem seu melhor desempenho entre os que tem até Nível de Escolaridade Fundamental, o viés e a distorção metodológica são evidentes: os índices de intenção de votos de Bolsonaro podem estar super dimensionado e os de Lula podem estar sub dimensionados, sugerindo que a diferença de pode ser maior, mas não se pode afirmar sem considerar todas as outras distorções já apontadas.

Portanto, muito cuidado com as “verdades” apontadas pelas Pesquisas Eleitorais e ainda mais com as “análises” sem critérios técnicos que estão sendo feitas à Direita e à Esquerda.

*Roberto Xavier – Cientista Político, Mestre em Gestão de Políticas Públicas/247

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Datafolha: 61% dos eleitores dizem que objetivo do Auxílio Brasil é comprar votos para Bolsonaro

Mesmo entre os beneficiários dos auxílios, a percepção é semelhante: 59% veem motivação puramente eleitoral e 32% veem motivação de ajudar os pobres.

Apesar de Jair Bolsonaro (PL) confiar na estratégia de conceder auxílios financeiros às classes baixas a poucos meses das eleições de outubro, grande parte da população não embarcou na onda eleitoreira do chefe do Executivo. De acordo com a última pesquisa Datafolha, 61% dos eleitores afirmam que o objetivo da distribuição de benefícios por Bolsonaro é, principalmente, ganhar votos, e não ajudar quem está precisando.

Apenas 31% dos entrevistados pela pesquisa acreditam que o foco do presidente é ajudar os necessitados, ao passo que 6% entendem que há tanto uma motivação eleitoral quanto uma motivação genuína de assistência social. Mesmo entre os beneficiários dos auxílios, a percepção é semelhante: 59% veem motivação puramente eleitoral e 32% veem motivação de ajudar os pobres.

Além disso, 56% do eleitorado considera o valor de R$ 600 do Auxílio Brasil insuficiente para atender às necessidades do povo. Somente 36% consideram suficiente e 7% entendem que é mais do que suficiente.

Mesmo com o anúncio da distribuição eleitoreira de diversos benefícios, Bolsonaro segue atrás do ex-presidente Lula (PT) com larga distância nas pesquisas. Na última pesquisa Datafolha, o atual chefe do Executivo conta com 29% de intenções de voto contra 47% do petista.

O Datafolha ouviu 2.556 pessoas em 183 cidades do Brasil entre quarta (27) e quinta-feira (28). A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-01192/2022.

*Com 247

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Datafolha: Lula tem 38 pontos mais que Bolsonaro entre eleitores negros

Em maio, a distância era de 32 pontos.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (28) aponta que entre eleitores que se declaram pretos, o ex-presidente Lula (PT) tem 38 pontos de vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) em intenções de voto. Em maio, a distância era de 32 pontos.

Lula aparece com 58% – antes estava com 54% – e Bolsonaro com 20% – antes estava com 22%.

Entre os eleitores brancos, Lula tem 41% e Bolsonaro 33%. Já entre pardos o ex-presidente tem 45% contra 30% do atual chefe do governo federal.

De acordo com a pesquisa, 43% do eleitorado se declara pardo, 32% branco e 17% preto.

A pesquisa ouviu 2.556 eleitores entre 27 e 28 de julho. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro de dois pontos percentuais. O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o protocolo BR-01192/2022.

*Com 247

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Datafolha: É Lula no primeiro turno; 53% dos votos válidos

A nova pesquisa eleitoral 2022 do Datafolha, referente ao mês de julho, mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 47% das intenções de voto, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 29%. Isso representa 53% dos votos válidos.

Ex-presidente manteve o patamar da pesquisa anterior e soma mais de 50% em votos válidos, o que lhe daria a vitória já no 1º turno; diferença para Bolsonaro é de 18 pontos

Nova pesquisa Datafolha para a presidência, divulgada nesta quinta-feira (28), aponta que o ex-presidente Lula (PT) mantém liderança com ampla vantagem na disputa e, se as eleições fossem hoje, venceria o pleito já no primeiro turno.

Já Jair Bolsonaro (PL) aparece com 29% (32% em votos válidos), oscilação de 1 ponto para cima com relação ao último Datafolha. A diferença entre o petista e o atual presidente é, portanto, de 18 pontos.

Ciro Gomes, por sua vez, registrou os mesmos 8% de intenções de voto que havia registrado em junho. O cenário segue praticamente inalterado também para os outros candidatos: Simone Tebet (MDB) e André Janones (Avante) marcam menos de 2% cada, enquanto Felipe d’Avila, Sofia Manzano, Leonardo Péricles, Eymael, Luciano Bivar, General Santos Cruz não chegam a 1%.

O Datafolha realizou 2.556 entrevistas presenciais, em todo o país, entre os dias 27 e 28 de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

*Com Forum

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Datafolha: entre os jovens, Lula tem 51% dos votos, mais que o dobro de Bolsonaro

Vantagem do petista é ainda maior entre jovens mulheres. Bolsonaro é o mais rejeitado.

Pesquisa Datafolha, encomendada pela Folha da Manhã e divulgada nesta quarta-feira (27), com jovens de capitais brasileiras mostra que o ex-presidente Lula (PT) é o amplo favorito para retornar ao comando do governo federal.

O petista aparece com 51% das intenções de voto, mais que o dobro de Jair Bolsonaro (PL), que registrou 20%. O terceiro colocado é Ciro Gomes (PDT), com 12%.

  • Lula – 51%
  • Bolsonaro – 20%
  • Ciro Gomes – 12%
  • André Janones (Avante) – 2%
  • Simone Tebet (MDB), Vera Lúcia (PSTU), Pablo Marçal (Pros), Leonardo Péricles
  • (UP) e Sofia Manzano (PCB) – 1% cada
  • Eymael (DC), Luciano Bivar (UB), General Santos Cruz (Podemos) e Felipe D’Ávila
  • (Novo) – não pontuaram

Entre jovens mulheres, Lula performa ainda melhor. O petista sobe para 58%, enquanto Bolsonaro cai para 16%. Ciro Gomes fica com 10%. Entre homens, o ex-presidente registra 44%, Bolsonaro 24% e Ciro 14%.

Bolsonaro é o candidato mais rejeitado pela juventude. Dos entrevistados, 67% afirmam que não votariam nele de jeito nenhum. A rejeição de Lula é de 32% e a de Ciro Gomes de 22%.

A pesquisa ouviu presencialmente entre 20 e 21 de julho 1.000 eleitores entre 16 e 29 anos em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, Brasília, Manaus e Belém. Segundo os dados, 32% dos entrevistados se declararam como de esquerda, 30% de centro e 33% de direita. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro de três pontos. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-05688/2022.

A pesquisa ouviu presencialmente entre 20 e 21 de julho 1.000 eleitores entre 16 e 29 anos em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, Brasília, Manaus e Belém. Segundo os dados, 32% dos entrevistados se declararam como de esquerda, 30% de centro e 33% de direita. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro de três pontos. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-05688/2022.

*Com 247

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Quaest: Na Bahia, Lula tem 68,8% dos votos válidos

Lula tem vantagem de 43 pontos sobre Bolsonaro na Bahia, quarto maior colégio eleitoral do país, com mais de 11 milhões de eleitores.

Pesquisa Genial/Quaest realizada na Bahia, divulgada nesta sexta-feira (15), mostra Lula (PT) com 68,8% dos votos válidos no Estado. Jair Bolsonaro (PL) vem em segundo com 21,1% dos válidos. A Bahia é o quarto maior colégio eleitoral do país, com mais de 11 milhões de eleitores.

No principal cenário estimulado, Lula tem 62% dos votos totais, enquanto Bolsonaro marca 19%. Ciro vem em seguida com 5%. André Janones (Avante) tem 2%. Simone Tebet (MDB) e Vera Lúcia (PSTU) têm 1% cada. Os demais não pontuaram. Indecisos são 4% e brancos e nulos somam 5%.

Na pesquisa espontânea, quando não são revelados os nomes dos pré-candidatos, Lula é citado por 47% dos baianos e Bolsonaro por 15%. Ciro é lembrado por 1%, mesmo índice da soma dos demais. Indecisos são 33%. Brancos e nulos 2%.

No segundo turno, Lula vence Bolsonaro no Estado por 69% a 21%. A pesquisa ouviu 1.140 pessoas em 63 cidades da Bahia entre os dias 9 e 12/7. Margem de erro 2.9 pontos e 95% de confiabilidade. Registro no TSE número BR-03146/22 .

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Quaest: Lula cresce 4 pontos e passa a liderar disputa no Rio

Entre eleitores mais jovens, entre 16 e 24 anos, Lula tem 49% das intenções de votos no Estado.

Após incursão no Rio de Janeiro, que terminou com um ato público na Cinelândia na quinta-feira (7), Lula (PT) descolou de Jair Bolsonaro (PL) e passou a liderar a disputa presidencial no Estado, crescendo 4 pontos percentuais, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (14).

O levantamento, realizado entre os 8 e 11 de julho com 1,2 mil eleitores no estado, mostra que Lula foi de 35% em maio para os atuais 39% – 46,4% dos votos válidos. Bolsonaro oscilou um ponto para menos e marca 34% – 40% dos válidos.

Ciro Gomes (PDT) tem 6%, seguido de André Janones (Avante) e Simone Tebet (MDB), ambos com 2%. Vera Lúcia (PSTU) marca 1%. Os demais não pontuaram. Brancos e nulos são 11% e indecisos 4%.

A liderança de Lula se dá principalmente por causa da preferência dos eleitores mais jovens, que têm entre 16 e 24 anos: 49% declaram que votarão no petista, diante de 27% que dizem votar em Bolsonaro.

Na outra ponta, entre os fluminenses que têm mais de 60 anos, Lula tem 40% e Bolsonaro 30%. Na faixas intermediárias, há empate técnico entre os dois.

A maior vantagem de Bolsonaro, no entanto, está entre os eleitores evangélicos – 51% contra 24% de Lula. Já o petista tem liderança entre os católicos – 44% a 28% de seu adversário.

Na simulação de segundo turno, Lula vence por 47% a 38%, com 2% de indecisos e 13% de brancos e nulos.

A margem de erro total é de 2,8 pontos percentuais para mais ou menos com índice de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE com os números RJ-05160/2022 e BR-04560/2022.

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