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O estado policial que Bolsonaro montou para sepultar a democracia

Cadeia para quem merece – sem anistia.

Mesmo sem provas, acuse os outros do que o acusam, ensinou o finado astrólogo e autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho, o guru da família Bolsonaro.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) aprendeu a lição e, ontem, nas redes sociais, escreveu a propósito do escândalo de espionagem, outro marco do governo do seu pai:

“Mais um capítulo da ditadura do Judiciário. Cabe ao Senado brecar esta perseguição e preservar as liberdades”.

O certo seria ele ter escrito de maneira neutra:

“Mais um capítulo da ditadura que quiseram implantar no Brasil. Agora, cabe à Justiça punir os eventuais culpados”.

Seria pedir demais a Eduardo que apontasse o dedo para seu pai ou para seu colega de Câmara Alexandre Ramagem (PL-RJ), que dirigiu a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e é o pivô do escândalo.

De resto, Carlos, o vereador, e Flávio, senador, seus irmãos, além de Jair Renan, irmão de criação, estão envolvidos no maior caso de espionagem da história do país desde o fim da ditadura militar de 64.

Foi Carlos o pai da ideia de montar uma Abin paralela para bisbilhotar a vida dos adversários da família Bolsonaro, segundo contou o ex-ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria do Governo, no programa Roda Viva.

Como Bebianno, que já morreu, recusou a ideia e aconselhou Bolsonaro a não a adotar para não correr o risco de responder a um processo de impeachment, acabou demitido.

A Abin paralela produziu falsas provas para livrar Flávio de ser condenado no caso da rachadinha e ajudou Jair Renan a escapar da acusação de ter feito tráfico de influência dentro do governo.

No mais, Ramagem tornou-se um fiel serviçal da notória família de gângsteres desde que o patriarca foi esfaqueado em Juiz de Fora, em setembro de 2018. Por isso, deve ser defendido a qualquer preço, pelo menos por enquanto.

Imagine se Ramagem, que Bolsonaro quis nomear diretor-geral da Polícia Federal, mas não conseguiu, resolvesse delatar como fez o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem do ex-presidente…

Os Bolsonaro saíram em socorro de Mauro Cid até saberem que ele havia delatado, e em socorro do ex-ministro da Justiça Anderson Torres até saberem que ele guardava uma minuta do golpe.

É assim que agem: ao primeiro sinal de que alguém muito próximo da família contraria seus desejos ou pode causar-lhe embaraços, eles abandonam a pessoa para não se contaminar. Contaminados já estão.

*Blog do Noblat

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Mauro Vieira: caracterizar ação da África do Sul contra Israel como antissemitismo é ‘mudar o assunto’

Ministro das Relações Exteriores do Brasil saiu em defesa do posicionamento do governo Lula sobre ação que acusa Israel por genocídio em Gaza.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, defendeu a posição do Brasil em apoiar a ação movida pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça perante o genocídio em Gaza e afirmou, diante das críticas e ataques o governo brasileiro tem sido alvo, que “tentar caracterizar o processo como manifestação de antissemitismo é uma forma desafortunada de tentar mudar de assunto”.

Além disso, classificou tais tentativas como “uma forma desafortunada de questionar a legitimidade da democracia multirracial do Sul Global”. As afirmações foram feitas em um artigo de opinião do chanceler veiculado no jornal Folha de S. Paulo, publicado neste sábado (20/01).

Vieira escreveu sobre seu “acompanhamento com vivo interesse” sobre esse debate, lembrando que como o Brasil, 65 países se manifestaram a favor da ação sul-africana em proteção da população palestina. Ainda ressaltou que o simples “apoio político não prejudica” as decisões da Corte sobre o futuro do processo contra o governo israelense.

Assim, lembrou que o Brasil apoia o processo diante do direito internacional em Gaza e um “número alarmante de vítimas civis”, que já chegaram a 25 mil, sendo 70% mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde palestino.

“Diante da grave situação no terreno, que inclui cifras alarmantes de 142 funcionários de agência humanitária das Nações Unidas e cerca de 100 jornalistas entre os mortos, parece-nos fundamental que o principal órgão judiciário da ONU se manifeste”, instou.

O ministro do presidente Lula ainda lembrou que “evitar o risco do genocídio ao pedir a suspensão imediata das operações militares dentro e contra Gaza” podem trazer alívio humanitário em meio ao conflito.

Rebatendo argumentos de que a posição do governo brasileiro poderia comprometer sua posição como suposto mediador do conflito, o chanceler afirma que essas afirmações “partem da suposição equivocada de que o Brasil é candidato a ser uma espécie de mediador universal. Essa pretensão não existe e não é realista”, declara.

Vieira ainda escreve sobre o posicionamento ser “coerente e consistente na política externa brasileira”, reconhecendo “coragem e altivez” do governo em se posicionar a favor “dos direitos fundamentais” do povo palestino.

Vieira ainda adiciona que o apoio do Brasil à ação sul-africana não exclui o entendimento de que “Israel tem o direito de defender e proteger seus de cidadãos”, mais uma vez condenando “os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro”.

*Opera Mundi

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Abaixo-assinado tenta pressionar Lula para retirar apoio à denúncia contra Israel em Haia

Documento assinado por dezenas de empresários e figuras públicas, muitas delas ligadas a grupos sionistas, afirma que ação militar de Israel em Gaza não pode ser caracterizada como ‘genocídio’.

Um grupo de figuras públicas brasileiras, muitas delas ligadas a grupos sionistas, organizou um abaixo-assinado no qual critica a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de apoiar o processo apresentado pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ), no qual se acusa o Estado de Israel de cometer um genocídio contra os palestinos na Faixa de Gaza.

O documento divulgado nesta sexta-feira (19/01) é endereçado ao próprio mandatário e alega que “não é a percepção geral dos brasileiros de que Israel esteja cometendo genocídio” em Gaza.

Em outro trecho, o texto diz que “reconhece o sofrimento da população local”. Porém, não há menção às estatísticas apresentadas pelas autoridades locais e organismos de direitos humanos, que já contabilizam mais de 25 mil civis falecidos, equivalentes a mais de 1% da população local – estimada em 2,3 milhões de pessoas –, entre os quais mais de 10 mil são crianças.

No segundo parágrafo, onde o abaixo-assinado critica a acusação sul-africana, se utiliza o argumento de que “genocídio, por definição, implica a intenção de exterminar pessoas com base em nacionalidade, raça, religião ou etnia”.

O próprio texto, em seu conjunto, não menciona uma vez sequer a palavra “palestinos” ou faz qualquer reconhecimento à existência desse povo – usa-se somente o termo “população local”.

O documento faz fortes criticas ao Hamas, apontado como principal responsável pela crise humanitária em Gaza, ao alegar, entre outras coisas, que “o conflito teve início com um ataque terrorista do Hamas, que declaradamente busca a eliminação de Israel e de seu povo”.

Entre os signatários do abaixo-assinado, estão nomes como Luiza Trajano, presidente do conselho de administração da Magazine Luiza; Natalia Pasternak, microbiologista; Artur Grynbaum, vice-presidente do conselho do Grupo Boticário; Ellen Gracie, ex-ministra do Supremo Tribunal Federal; Fabio Coelho, presidente do Google Brasil; e Claudio Lottenberg, presidente do conselho da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e da Confederação Israelita do Brasil (Conib).

Leia também: Defensora do genocídio e da censura, CONIB é inimiga da democracia

Histórico do caso

No final de dezembro passado, o governo da África do Sul apresentou a petição à CIJ acusando Israel de descumprir a Convenção de Prevenção e Punição do Genocídio de 1951, ao considerar que a atual ofensiva militar contra os palestinos residentes na Faixa de Gaza, que já matou mais de 1% da população local, configura um crime de genocídio.

No dia 10 de janeiro, o presidente Lula, por meio de uma nota do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, manifestou seu apoio à iniciativa do governo sul-africano.

Desde então, o governo brasileiro é acusado de antissemitismo por grupos sionistas, apoiadores da ofensiva de Israel em Gaza.

Porém, a postura de Lula também reúne apoiadores: nesta quarta-feira (17/01), um grupo de ex-ministros, intelectuais, parlamentares e ativistas dos direitos humanos enviaram uma carta aberta ao presidente e ao chanceler Mauro Vieira defendendo o governo brasileiro.

Este outro manifesto conta com o apoio de nomes como Paulo Sérgio Pinheiro, ex-ministro da Secretaria de Estado de Direitos Humanos; a professora Marilena Chaui; e o jornalista Breno Altman.

Leia o abaixo-assinado na íntegra:

Prezado Presidente Luiz Inácio Lula da Silva,

Nós, cidadãos preocupados, expressamos nosso descontentamento com a decisão do governo brasileiro de apoiar a ação da África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça. Compreendemos a complexidade da situação em Gaza e o sofrimento da população local. No entanto, é imperativo avaliar todos os aspectos antes de endossar tal iniciativa, principalmente quando se trata da séria acusação de genocídio.

Genocídio, por definição, implica a intenção de exterminar pessoas com base em nacionalidade, raça, religião ou etnia. Não acreditamos que seja sua visão ou a percepção geral dos brasileiros que Israel tenha tal objetivo. Pelo contrário, reconhecemos que o conflito teve início com um ataque terrorista do Hamas, que declaradamente busca a eliminação de Israel e de seu povo.

O Hamas utiliza civis como escudos humanos e mantém reféns inocentes, o que contribui significativamente para a complexidade e gravidade da situação em Gaza. Ao apoiar o pedido da África do Sul, o Brasil pode inadvertidamente reforçar uma visão distorcida dos eventos, simplificando uma realidade complexa.

Instamos, portanto, uma reconsideração desse apoio e a adoção de uma abordagem justa e equilibrada. Enquanto buscamos aliviar o sofrimento em Gaza, é crucial pressionar não apenas Israel, mas especialmente o Hamas, para que cesse o uso de escudos humanos e liberte os reféns. A responsabilidade pela situação deve ser atribuída a todas as partes envolvidas, sem acusações infundadas, como a de genocídio praticado por Israel.

Apelamos por uma atitude que promova a verdade, a justiça e um ambiente propício para negociações de paz duradouras.

Assinam: Charles Laganá Putz, Betânia Tanure, Bruna Lombardi, Claudia Sender Ramirez, Ellen Gracie, Emilia Buarque, Luiza Helena Trajano, Natalia Pasternak, Patricia Rieper Leandrini Villela Marino, Sonia Hess, Marco Antonio Suplicy, Cecilia Dale, Marcello Brito, Malvina Muszkat, Bernardo Parnes, Maria Elena Cardoso Figueira, Christian Lohbauer, Susana Muszkat, Leonardo Viegas, Tania Casado, Ingrid Frare, Artur Grynbaum, Monica Rosenberg, Carlos Alberto Júlio, Fabio Coelho, Rubens Panelli Junior, André Magalhães Pinto, Marco Antônio Tofanell, José Jacobson Neto, Claudio Raupp, Mario Anseloni, Cassiano Scarambone, Oscar Vaz Clarke, Milton Longobardi, Roberto Oliveira Lima, Rômulo de Mello Dias, Sergio de Nadai, Paulo Fagundes de Lima, João Olyntho, Roger Ingold, Pedro Pace, Marcos Gouvêa de Souza, Roberto Giannetti da Fonseca, Paulo Kakinoff, Armando Henriques, Humberto Pandolpho, Antonio Rios,Carlos Foz, Handerson Castro, Milton Isidro, Sidney Klajner, Cesar Alberto Ferreira, Helio Ribeiro Duarte, Abramo Douek, Manoel Conde, Leon Tondowski, Georges Schnyder, Fernando Terni, Wilson Roberto Levorato, Gil Morgensztern, Walter Schalka, Paulo Meirelles, Piero Minarde, Rodrigo Abreu, Patrice Etlin, Alex Szapiro, Juarez José Zortéa, Sergio Cipovicci, João Rodart, Israel Aron Zylberman, Valmir Pedro Rossi, João Pedro Paro Neto, Marcos Knobel, Alexandre Senra, Jorge Cavalcanti de Petribú, Guilherme de Noronha Dale, Claudio Lottenberg, Norberto Birman, Angelo Augusto de Campos Neto, Alexandre Foschine, Avi Gelberg, Raul Doria, Roberto Klabin, Sergio Degese, Rui Aquino, Ricardo Bloj, Thomas Brull, Renato Velloso, Francisco Carlos Mazon,  Claudio Carvalho, Helio Rotenberg, Wilson Ferreira Jr, Sergio Zimerman, Dirley Pingnatti Ricci, Antonio Rubens Silvino, Milton Steagall, Armando Aguinaga, Lowndes de Souza Pinto, Robert Wong, João Alceu Amoroso Lima, Welder Motta Peçanha, Fernando Biancardi Cirne, Refuah Shlêma, Kol Hakavod, Jean Grinfeld, Thais Blucher, Luiz Paulo Grinberg, Luiz Paulo de Azevedo Barbosa, Angelo Tadeu Derenze,Filinto Moraes, Marcelo Fernandes, Fatima Zorzato, Daniel Méndez, General Francisco Carlos Modesto, Moises Cohen, Gilson Finkel, Renato Veloso, Dorival Dourado, Marcelo Araujo, Fábio Colletti Barbosa.

*Opera Mundi

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Vídeo: Lula acusa Lava Jato e Departamento de Justiça dos EUA de complô para acabar com a Petrobras

Durante seu discurso na retomada dos investimentos na refinaria Abreu e Lima (Rnest) da Petrobras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a perseguição judicial sofrida por ele na Operação Lava Jato foi fruto de um complô do Departamento de Justiça dos EUA com “juízes e procuradores desse país”.

As obras na refinaria estavam paradas desde 2015 por conta de denuncias de corrupção oriundas da Operação Lava Jato.

“Eu vou dizer como presidente da República: tudo o que aconteceu nesse país foi uma mancomunação entre juízes desse país, alguns procuradores desse país, subordinados ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que queriam e nunca aceitaram o Brasil ter uma empresa como a Petrobras”, disse o presidente.

“Eles não queriam que nós tivéssemos a Petrobras em 1953.

https://twitter.com/i/status/1748123682516402394

*Sputnik

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Com Bolsonaro, renda da elite dobrou e desigualdade avançou

O governo de Jair Bolsonaro (PL) foi um paraíso – mas apenas para os 15 mil brasileiros mais ricos, que correspondem a apenas 0,01% da população. É o que aponta uma nota técnica publicada pelo Observatório de Política Fiscal do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).

De autoria do economista Sérgio Gobetti, o estudo mostra que a renda dessa elite praticamente dobrou de 2017 a 2022. O crescimento médio, no período, foi de 96%. É quase três vezes o avanço registrado na renda dos 95% mais pobres, que saltou apenas 33%, em média.

Como a inflação acumulada nesses anos foi de 31%, é como se a imensa maioria da população não tivesse ganho real nenhum – o que levou ao aumento da desigualdade. “Ao que tudo indica, o nível de concentração de renda no topo bateu um novo recorde histórico, depois de uma década de relativa estabilidade”, declarou Gobetti à Folha de S.Paulo.

O levantamento teve como base dados das declarações de Imposto de Renda disponibilizados pela Receita Federal. Mesmo na faixa dos 0,1% mais rico – que inclui 154 mil pessoas –, a renda média cresceu 87%. Quem já estava num patamar privilegiado ficou ainda mais rico.

Para o economista, dois fatores contribuíram especialmente para uma desigualdade maior: o salto na renda do agronegócio, que é pouco taxada; e a disparada no pagamento de lucros e dividendos, “que passou de R$ 371 bilhões em 2017 para R$ 830 bilhões em 2022”. O Brasil é um dos poucos países que não isentam de impostos quem recebe dividendos.

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Assim como Valdemar, Cláudio Castro, também do PL, elogia Lula: “político experiente”, incapaz de fazer algo “contra o povo”

O elogio a Lula ocorre poucos dias após o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, ter chamado o petista de “figura popular”, o que causou desconforto no partido

O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), elogiou nesta terça-feira (16) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem chamou de “político experiente”, incapaz de fazer algo “contra o povo”. Em entrevista à CNN, Castro enfatizou o apoio que recebeu do governo federal, após as fortes chuvas que castigaram a Região Metropolitana no último fim de semana e que deixaram ao menos 12 mortos. Nesta terça, Castro e três ministros do governo Lula participaram da reunião em que foram discutidas medidas para evitar novas tragédias e socorrer as vítimas dos temporais.

Castro e Lula conversaram por telefone, e o presidente afirmou que vai analisar o pedido de antecipação dos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para ajudar nas obras das regiões atingidas.

— No momento de crise, pouco importa o lado político. Vejo como natural Lula ter procurado o Paes primeiro. Mas ele não deixou de me ligar quando eu o procurei. Um político experiente não faria nada contra o povo para me atingir. Ainda mais pela grandeza do cargo. Eu não ataco, não sou inimigo dele, nunca fomos — disse Cláudio Castro.

Nesta manhã, em seu perfil no X (antigo Twitter), Lula relatou que conversou por telefone com Castro ontem. “O governo federal continuará atento para apoiar todos os estados e municípios do Brasil em momentos de dificuldade, sem diferenciar partidos e sempre respeitando os governantes eleitos pelo povo”, escreveu.

Filiado ao partido de Jair Bolsonaro (PL), Cláudio Castro esteve com o ex-presidente nas eleições de 2022. Apesar da aproximação, o chefe do Executivo fluminense nunca pertenceu a ala mais ideológica do Partido Liberal.

O elogio a Lula ocorre poucos dias após o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, ter chamado o petista de “figura popular”, o que causou desconforto no partido.

Ao falar com apoiadores, Bolsonaro classificou os elogios de “declarações absurdas” que estariam implodindo o partido.

— Se continuar assim você vai implodir o partido, tem pessoa do partido dando declaração absurda como “o Lula é extremamente popular”. Manda ele vir tomar 51 aqui na esquina, não vem — disse, sem citar Valdemar nominalmente.

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Após enviar ministros para acompanhar situação das chuvas no RJ, Lula diz que ‘não diferencia partidos’

“O governo federal continuará atento para apoiar todos os estados e municípios do Brasil em momentos de dificuldade”, escreveu o presidente.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou ao Rio de Janeiro, nesta terça-feira (16/1), uma comitiva para acompanhar a situação após as fortes chuvas que atingiram várias áreas do estado.

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, vai sobrevoar as regiões afetadas e realizar visitas técnicas nesta terça. Também compõem a comitiva presidencial os secretários de Defesa Civil, Wolnei Barreiros; e de Assuntos Federativos, André Ceciliano.

“O governo federal continuará atento para apoiar todos os estados e municípios do Brasil em momentos de dificuldade, sem diferenciar partidos e sempre respeitando os governantes eleitos pelo povo”, escreveu Lula no X (antigo Twitter).

https://twitter.com/secomvc/status/1747207317458653346?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1747223816328163707%7Ctwgr%5E70361e975c41cd064405e451598650c7024d11d2%7Ctwcon%5Es3_&ref_url=https%3A%2F%2Fagendadopoder.com.br%2Fapos-enviar-ministros-para-acompanhar-situacao-das-chuvas-no-rj-lula-diz-que-nao-diferencia-partidos%2F

Por ora, não há previsão de Lula ir ao Rio. O presidente, porém, conversou por telefone com os prefeitos da capital fluminense, Eduardo Paes, e de Belford Roxo (RJ), Wagner Carneiro, o Waguinho.

Na segunda-feira (15/1), o governo decretou estado de emergência em quatro municípios do Rio em decorrência do volume de chuvas registrado no último fim de semana. São eles: Rio de Janeiro, São João do Meriti, Belford Roxo e Nova Iguaçu.

O estado do Rio de Janeiro sofre com as consequências das fortes chuvas registradas desde sábado (13/1). Foram registradas 12 mortes.

Além das mortes, a chuva provocou prejuízos materiais para moradores, causou a interdição de vias expressas importantes – como a Avenida Brasil e a Rodovia Washington Luís (BR-040, que dá acesso à serra) – e o fechamento de estações de metrô e trem.

 

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“Aproveite enquanto está só inelegível, porque sua hora vai chegar”, diz Gleisi a Bolsonaro

Jair Bolsonaro publicou vídeo contando uma série de mentiras a cidadãos de Angra dos Reis, no Rio. “Não tem serviço mesmo, né Bolsonaro?”, provocou a presidente do PT.

A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), usou o X, antigo Twitter, nesta segunda-feira (15) para rebater uma série de mentiras contadas por Jair Bolsonaro (PL) – e compartilhadas na mesma rede social – a cidadãos da Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ), no domingo (14).

No que chamou de “manhã com política”, Bolsonaro reuniu um grupo de pessoas e espalhou desinformação mais uma vez, dizendo, por exemplo, que no governo Lula (PT) o poder aquisitivo da população caiu e que sua política armamentista combateu a violência

Gleisi reagiu com ironia, afirmando que contar mentiras foi o que sobrou ao “inelegível” Bolsonaro. “Vida de inelegível é assim: contar muita mentira, espalhar muito veneno e incitar o ódio por onde passa. Não tem serviço mesmo, né Bolsonaro? Que tal falar sobre os crimes que você cometeu contra o Brasil? O genocídio na pandemia, a destruição da Saúde e da Educação, a liberação das armas pesadas para milicianos e traficantes, a paralisação e abandono de mais de 14 mil obras; a perseguição à Cultura, aos artistas, cientistas e professores; a explosão do desmatamento, do garimpo ilegal e dos assassinatos de indígenas e trabalhadores do campo; a transformação do país em um pária global, os ataques às instituições e à democracia. E que tal explicar a tentativa de golpe que você comandou contra a eleição do Lula? Falar sobre as rachadinhas, o Queiroz, o roubo das joias, que tal? Pode estar certo de que você terá de fazer isso perante a Justiça. Aproveite enquanto está só inelegível, porque sua hora vai chegar”.

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Vídeo: Bolsonaro se enfurece com elogios de Valdemar a Lula e diz que PL pode “implodir”

“Se continuar assim, vai implodir o partido. Pessoa do partido dando declaração absurda, como ‘o Lula é extremamente popular'”, disse Bolsonaro, sem citar Valdemar Costa Neto.

Jair Bolsonaro (PL) afirmou que seu partido pode “implodir” devido as declarações elogiosas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) feitas pelo presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, qualificadas por ele como “absurdas”.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a afirmação do ex-mandatário foi gravada em vídeo durante uma conversa que ele manteve com apoiadores do Rio de Janeiro. “Tudo na vida puxa um pouquinho para vida familiar de cada um de nós. Problemas têm. Essa semana tive um problema sério, não vou falar com quem. Se continuar assim, vai implodir o partido. Pessoa do partido dando declaração absurda, como ‘o Lula é extremamente popular’. Manda ele tomar uma [cachaça] 51 ali na esquina ali. [Lula] Não vem”, diz Bolsonaro no vídeo sem citar Valdemar diretamente.

Valdemar Costa Neto, por sua vez, defendeu-se, alegando que um vídeo editado foi divulgado de forma enganosa, retirando trechos de suas declarações, e atribuiu a divulgação do vídeo a uma estratégia da oposição para criar divisões entre ele e Bolsonaro, explorando essa situação nas eleições municipais, especialmente em São Paulo.

No vídeo, Valdemar elogia Lula, destacando seu prestígio e popularidade, mas também menciona as qualidades de Bolsonaro, como seu carisma. Contudo, o dirigente do PL alega que sua fala foi tirada de contexto, sendo parte de uma comparação entre os dois líderes políticos. “Valdemar diz ainda que a repercussão do vídeo foi ‘coisa do PT’, e minimizou o episódio, dizendo que Bolsonaro nem ligou para ele por isso”.

https://twitter.com/i/status/1746925465531474235

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General ligado a Villas Bôas atuou em compra de software espião pelo Exército, diz o filho do general Santos Cruz

Luiz Roberto Peret foi contratado pela Verint Systems.

Um dos conselheiros fundadores do Instituto General Villas Bôas, o general Luiz Roberto Peret atuou como intermediário da empresa Verint Systems para negociar com o Exército a compra de sistemas de inteligência, entre eles, o software First Mile. O uso da tecnologia pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é investigado.

A atuação de Peret foi relatada por Caio Santos Cruz, filho do general Santos Cruz. De acordo com informações publicadas neste sábado (13) pelo jornal Folha de S.Paulo, Peret foi contratado pela Verint Systems. Ele é general reformado do Exército. Ele se formou na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) em 1973, mesma turma de Villas Bôas.

Caio Santos Cruz afirmou que a ferramenta foi vendida a outros órgãos públicos, e citou o antigo Departamento Penitenciário Nacional (Senappen – Secretaria Nacional de Políticas Penais), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Aeronáutica e a Marinha.

A Senappen e a PRF negaram o uso do First Mile. A Marinha afirmou que “desenvolve a referida atividade em conformidade com a Constituição Federal e com as normas constantes no ordenamento jurídico nacional”. “No que tange às declarações do sr. Caio Cesar dos Santos Cruz, a M

A Aeronáutica também se negou a comentar o assunto e afirmou “que todas as atividades são desenvolvidas no estrito cumprimento de sua missão institucional e em conformidade com a Constituição Federal”.