Categorias
Política

Vídeo: Ministro de Lula insinua que militar passou joia valiosa a Bolsonaro em aperto de mão secreto

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, insinuou que Jair Bolsonaro recebeu um objeto de valor ao apertar a mão de uma militar, durante cerimônia das Forças Armadas. Segundo o colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, Teixeira escreveu em sua rede social, ao postar o vídeo do cumprimento:

“Imagem repugnante! Vejam esse vídeo que mostra o momento em que uma pessoa passa um objeto dourado escondido nas mãos do ex-presidente, que guarda no bolso. Alguém suspeita o que poderia ser esse objeto?”, questionou Paulo Teixeira em uma rede social (veja vídeo ao final da matéria).

A postagem do ministro de Lula ocorre três dias após operação da Polícia Federal que mira suposto esquema de venda de joias que Bolsonaro teria recebido quando presidente.

Militares que participaram da cerimônia, que ocorreu no governo Bolsonaro, confirmam a autenticidade do vídeo. Contudo ponderam não haver qualquer irregularidade no cumprimento.

Afirmam que a cena retrata a entrega de uma medalha simbólica, sem valor financeiro, por meio do aperto de mão. E que essa é uma tradição antiga entre militares, um sinal de respeito.

Categorias
Política

Câmara pode votar esta semana PL que privilegia com verbas Globo e grupos tradicionais já superados pela internet

Na contramão da tendência mundial de reconhecimento do predominio avassalador da audiência das notícias via internet, em detrimento de jornais impressos e emissoras de TV abertas, a Câmara dos Deputados pode votar esta semana um projeto de Lei, conduzido pelo presidente da Casa, Arthur Lira que manobra para que as verbas publicitárias sejam concentradas na esmagadora maior com os veículos tradicionais de comunicação, sobretudo a Globo.

O critério afronta uma promessa de campanha de Lula, que prometeu democratizar a distribuição dos recursos para veículação de anúncios, embora em mais de seis meses de governo ainda não tenha feito nada neste sentido. Pelo contrário, concedeu a maior parte da verba publicitária para TV e para as seis empresas familiares que dominam a mídia brasileira.

A Câmara dos Deputados se prepara para votar nesta semana um projeto de lei desenhado para fortalecer economicamente a Globo e outros grupos de comunicação, que perderam relevância e influência diante da ascensão da internet. Neste último sábado, dia 12 de agosto, o deputado federal Elmar Nascimento, representante da União Brasil-BA, apresentou um relatório decisivo para o projeto de lei que visa estabelecer o pagamento de direitos autorais e remuneração a veículos de imprensa e artistas pela reprodução de conteúdos em ambiente digital, incluindo nas redes sociais. Também conhecido pelo PL da Globo, o projeto foi desenhado pela Abert (Associação Brasileira das Empresas de Radiodifusão), e visa capturar recursos da publicidade digital para os grandes grupos de comunicação, em especial a Globo, o que vai contra a promessa do governo Lula de democratização da mídia.

Além disso, para facilitar sua aprovação, o texto propõe a inclusão de “sermões” e pregações religiosas no escopo das obras protegidas por direitos autorais, e busca regular a transparência dos anúncios veiculados em plataformas digitais durante os períodos eleitorais.

O projeto atual, que transfere recursos da publicidade digital para as empresas de jornalismo, vai contra a lógica do modelo atual, em que as empresas de comunicação são remuneradas pela publicidade digital, a partir da audiência que alcançam, e não a partir de acordos construídos com base em seu poder de influência e barganha na sociedade.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

PIX: 45013993768

Agradecemos o seu apoio

 

Categorias
Política

Cúpulas fardadas são responsáveis pela bandalheira sistêmica de Bolsonaro

Jeferson Miola*

Julgar, condenar e prender Bolsonaro e seus comparsas operacionais não é só um ato de justiça, mas também uma demanda da democracia.

A condenação do bando criminoso flagrado no roubo, interceptação ilegal e venda de jóias, relógios e objetos de ouro pertencentes ao Estado brasileiro é uma providência essencial.

Mas esta será apenas uma medida parcial e incompleta enquanto o foco não for posicionado nos reais responsáveis por esta bandalheira sistêmica, que são as cúpulas partidarizadas das Forças Armadas.

Afinal, como justificou o Comando do Exército ao mandar o tenente-coronel apresentar-se fardado na CPMI dos atos golpistas, os delinquentes fardados “cumpriam missão militar”.

Numa notável síntese, o jornalista Otávio Guedes disse: “hoje a gente vai ver uma notícia interessante: uma joia trazida por um almirante, transportada por um avião da FAB e negociada por um general. Ou seja, almirante, general e FAB. Provavelmente a maior operação militar desde a guerra cisplatina”.

A essas alturas, com tudo o que vem sendo revelado sobre o envolvimento central de altos oficiais em crimes de distintas naturezas – de corrupção, genocídio a tentativas de golpe de Estado –, é inaceitável se restringir a responsabilidade criminal a Bolsonaro e seu entorno.

O omisso ministro da Defesa José Múcio Monteiro, representante das cúpulas partidarizadas perante o poder civil, mais uma vez confirma a máxima do Barão do Itararé – de onde menos se espera, é daí que não sai nada mesmo.

Até hoje Múcio não cobrou dos comandantes sequer a abertura de investigação dos oficiais flagrados nos ataques às instituições no 8 de janeiro. Pior: por lobby dele, o governo contemplou as Forças Armadas com 52,8 bilhões no PAC.

Contando com a camaradagem de Múcio, o comando do Exército mais uma vez prevarica para proteger os seus. Em nota, diz que “vem acompanhando as diligências”. Acompanhando …

E cinicamente afirma que “A Força não se manifesta sobre processos apuratórios conduzidos por outros órgãos”. Considerando-se como um Poder de Estado autônomo, justifica que “esse é o procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais instituições da República”.

O comando afirma ainda que “não compactua com eventuais desvios de conduta de quaisquer de seus integrantes”, mas na vida real nada faz em relação ao tenente-coronel, ao coronel, ao almirante e ao general implicados no esquema de roubo e venda de joias da União.

A solidariedade no crime não se restringe aos comandos militares da ativa. É também consignada aos bandidos fardados tanto pela família militar como por dirigentes do partido dos generais já na reserva. O general conspirador Sérgio Etchegoyen, por exemplo, saiu em defesa de Lorena Cid, pai do multi-delinquente Mauro Cid.

A despeito da imagem do colega de farda refletida na fotografia de uma escultura roubada, Etchegoyen declarou: “acredito e confio no general Cid. Conheço-o há muitos anos”.

Nunca antes como atualmente estas Forças Armadas que mais uma vez jogaram o país no precipício estiveram tão desmoralizadas e desacreditadas. E nunca antes a sociedade civil, as instituições da República e o poder político [Executivo e Legislativo] tiveram uma oportunidade tão favorável para enfrentar decididamente a questão militar no Brasil.

O desaproveitamento desta oportunidade histórica poderá cobrar um preço altíssimo, e não só do governo do presidente Lula, mas da democracia, pois as cúpulas partidarizadas das Forças Armadas continuam acalentando seu projeto próprio de poder militar.

* O Cafezinho

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

PIX: 45013993768

Agradecemos o seu apoio

Categorias
Política

Joias revelam o que significava diplomacia para Bolsonaro

Jamil Chade*

As recentes descobertas da Polícia Federal sobre as manobras dos assessores de Jair Bolsonaro (PL) para permitir que joias entregues ao país fossem supostamente desviadas para enriquecer o grupo no poder são confirmações de que a diplomacia e a politica externa tinham outros significados para o ex-presidente.

Em quatro anos, ele e seus ministros destruíram a reputação do Brasil no exterior, retiraram o país da mesa das grandes negociações e transformaram-se em párias.

Se de um lado o bolsonarismo usou a estrutura profissional do Itamaraty para atender ao movimento de extrema direita no mundo e promover uma guinada na política externa, sem qualquer base no interesse nacional, as revelações sobre o destino dado por presentes oficiais de outros governos mostram que a percepção do clã Bolsonaro era que o interesse privado prevalecia sobre o país.

Presentes dados por potências estrangeiras jamais têm como destino a pessoa que ocupa o cargo de presidente. Salvo, claro, se o objetivo não for nada republicano.

Ao se apropriar de joias que iriam para os cofres públicos, Bolsonaro confundiu seu papel como chefe de Estado. Ele não estava recebendo por ser Jair. Mas por ser Brasil.

Ao montar um esquema para desviar as joias, mostrou como simplesmente sequestrou a diplomacia. Depois, voltou a comprovar esse sequestro ao criar um sistema para revender e lucrar, inclusive no exterior.

Ao longo da história, emissários eram enviados para levar presentes de um reinado a outro, como um símbolo da amizade entre aqueles países.

Alguns ficaram famosos. A Estátua da Liberdade, enviada pelos franceses para os americanos, foi uma delas. Em 2011, a China construiu um estádio e deu de presente para a Costa Rica.

Em 1943, Winston Churchill entregou a espada para Stalin, como sinal do reconhecimento do esforço soviético pela batalha de Stalingrado.

*Uol

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

PIX: 45013993768

Agradecemos o seu apoio

Categorias
Política

Aliados de Bolsonaro identificam em decisão de Moraes risco de prisão de ex-presidente

Jair Bolsonaro não foi alvo da operação desta sexta-feira (11), mas o teor da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes que autorizou as buscas deixou em alerta aliados e auxiliares do ex-presidente, segundo Malu Gaspar, O Globo.

A decisão de Moraes, tornada pública ontem, é recheada de menções que indicam a gravidade da situação de Bolsonaro – sugerindo, por exemplo, que o ex-presidente determinou ou autorizou as transações com as joias sauditas sob investigação.

Depois de passar o dia estudando o despacho, em que Bolsonaro é citado nominalmente 93 vezes ao longo de 105 páginas, esses auxiliares se preocuparam não apenas com o que Moraes disse – mas principalmente com o que ele não disse.

“A decisão menciona Bolsonaro do começo ao fim. É o prenúncio de uma decisão mais drástica no futuro”, disse reservadamente à equipe da coluna um interlocutor do ex-presidente.

O maior temor é de uma ordem de prisão. O fato de a PF ter pedido a Moraes a quebra de sigilo fiscal e bancário de Bolsonaro também piorou os cenários projetados por seus estrategistas.

A PF também quer que o ex-presidente seja ouvido na investigação, que apura um esquema de desvio de joias e outros itens de luxo do acervo da Presidência da República para o patrimônio privado do ex-presidente.

Ao longo da decisão, Moraes lembrou que, segundo as informações já reunidas, há indícios de que o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal da Presidência da República – órgão responsável pela análise e definição do destino (acervo público ou privado) de presentes oferecidos por uma autoridade estrangeira ao Presidente da República – foi “utilizado para desviar, para o acervo privado do ex-presidente da República, presentes de alto valor, mediante determinação de Jair Bolsonaro”.

“Os elementos de prova colhidos demonstraram que na gestão do ex-presidente foi criada uma estrutura para desviar os bens de alto valor presenteados por autoridades estrangeiras ao ex-Presidente da República, para serem posteriormente evadidos do Brasil, por meio de aeronaves da Força Aérea brasileira e vendidos nos Estados Unidos”, aponta o relatório da PF.

Líderes do PL avaliam que, mesmo inelegível, Bolsonaro deve ser um cabo eleitoral de peso em 2024, podendo subir em palanques e alavancar candidatos em disputas pelas prefeituras – especialmente nas regiões Sul e Sudeste, onde derrotou Lula em 2022.

Os mais pessimistas já não discutem mais se Bolsonaro será ou não preso, mas quando a medida será decretada.

A avaliação no partido do ex-presidente é a de que, virada a página da questão eleitoral – Bolsonaro foi declarado inelegível até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) –, o foco do Judiciário passou a ser uma condenação criminal.

Nessa seara, diversas investigações sob a relatoria de Alexandre de Moraes atormentam o ex-presidente e seus aliados e podem trazer implicações ainda mais graves para sua carreira política.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

PIX: 45013993768

Agradecemos o seu apoio

Categorias
Política

A mando de Bolsonaro, Cid e turma fizeram um ‘Família Vende Tudo’ em Miami

Acusado de desviar grana pública via rachadinha de salários dos funcionários fantasmas de seu gabinete na Câmara dos Deputados por anos, Bolsonaro levou o mesmo comportamento trambiqueiro que opera nas sombras para a Presidência da República, usando amigos e assessores no desvio e venda de joias dadas ao Estado.

Mas o que os diálogos entre o tenente-coronel Mauro Cid e sua turma estão revelando é que, a mando de Jair, servidores públicos fizeram um verdadeiro “Família Vende Tudo” para transformar patrimônio público em cascalho a fim de tilintar o bolso do presidente.

Em um áudio, o coronel Marcelo Câmara, assessor de Bolsonaro, explica para o ajudante de ordens Mauro Cid que Marcelo da Silva Vieira, chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica, disse que era necessário aviso prévio para a venda de bens destinados ao acervo privado do ex-presidente.

Cid aceita, mas indaga: “Só dá pena pq estamos falando de 120 mil dólares / Hahaaahaahah”. Câmara concorda e ironiza: “O problema é depois justificar e para onde foi. De eu informar para a comissão da verdade. Rapidamente vai vazar”.

Para o ministro Alexandre de Moraes, “as mensagens evidenciam que, além da existência de um esquema de peculato para desviar ao acervo privado do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, os presentes de alto valor recebidos de autoridades estrangeiras, para posterior venda e enriquecimento ilícito do ex-presidente, Marcelo Câmara e Mauro Cid tinham plena ciência das restrições legais da venda dos bens no exterior”.

Em outra situação, que mostra o clima de feirão, o tenente-coronel Mauro Cid enviou para outro investigado no caso, o seu próprio pai, o general Mauro Lourena Cid, endereços de lojinhas de ouro na Flórida para ele cotar a muamba, quer dizer, os presentes dados pela ditadura saudita ao Brasil.

As fotos, que estão na decisão do ministro Alexandre de Moraes que autorizou uma operação de busca e apreensão nos endereços do general Cid, do tenente Osmar Crivelatti e do advogado Frederick Wasseff, são semelhantes a duvidosos comércios “Compro Ouro” presentes em grandes cidades brasileiras. Faltou apenas o homem-placa.

E por que a Flórida? O general, amigo de Bolsonaro e seu colega na Academia Militar das Agulhas Negras, morava no Estado norte-americano por ter ganho do ex-presidente a chefia do escritório brasileiro da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em Miami. Sim, o Brasil estava pagando o salário de um graduado militar agora investigado em um caso de lavagem de dinheiro.

Aliás, em uma troca de mensagens de 18 de janeiro deste ano, Cidinho disse a outro auxiliar de Jair que Cidão estava com cascalho para entregar ao presidente. E que seguindo a melhor tradição de Bolsonaro, que tem horror ao sistema bancário, o melhor era evitar contas.

“Tem 25 mil dólares com meu pai. Eu estava vendo o que, que era melhor fazer com esse dinheiro levar em ‘cash’ (dinheiro vivo) aí. Meu pai estava querendo inclusive ir aí falar com o presidente (…) E aí ele poderia levar. Entregaria em mãos. Mas também pode depositar na conta (…). Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor né? (…)”, disse Cid.

Vale lembrar que Bolsonaro estava passando uma temporada em Orlando nessa época. Viajou preventivamente para evitar evitar ser envolvido nos atos golpistas que ocorreriam sete dias após a posse de Lula.

O ministro Alexandre de Moraes, na decisão que autorizou busca e apreensão em endereços de suspeitos de intermediar a venda de joias surrupiadas do patrimônio do povo brasileiro, afirmou que há evidência de que o esquema tenha partido de “determinação de Jair Bolsonaro”.

O trambique da venda de joias surrupiadas não complica apenas a vida de Cidinho, que segue preso acusado de hackear cartões de vacina, de Cidão, um renomado general reduzido a muambeiro por causa de Jair, e do Exército, que prefere fazer cara de paisagem do que depurar suas fileiras (shame… shame… shame…), entre outros envolvidos no Família Vende Tudo. Põe também Bolsonaro na antessala do xilindró.

Pois, ao contrário de apoiar garimpeiro e desmatador ilegais, atuar para armar a população, dar declarações xenófobas, racistas e machistas e agir em nome do negacionismo científico permitindo 700 mil mortes na pandemia, surrupiar joias do Brasil e vendê-las para enriquecimento próprio, fazendo para si um “bezerro de ouro” (lembra do Êxodo, capítulo 32?), pega mal com uma parte do seu eleitorado.

Aquela que acha que toda família pode vender muita coisa, menos os seus princípios.

*Sakamoto/Uol

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

PIX: 45013993768

Agradecemos o seu apoio

Categorias
Política

Waze, rede Wi-Fi, passagens e leilão online: as provas do esquema de negociação de joias de aliados de Bolsonaro

PF listou diversos elementos em pedido que embasou operação contra pai de Cid e Frederick Wassef.

A Polícia Federal (PF) listou uma série de provas do suposto esquema de negociação de joias feitos por aliados e auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além de inúmeras trocas de mensagens e áudios, a PF listou diversos outros elementos, incluindo registros de localização nos aplicativos Waze e Uber, conexão na rede Wi-Fi de uma loja de relógios, comprovantes de compra e de saque, passagens aéreas e o leilão online das peças

Esses elementos foram citados na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou mandados de busca e apreensão cumpridos nesta sexta-feira em endereços do general do Exército Mauro César Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid; do tenente do Exército Osmar Crivelatti, que atua na equipe do ex-presidente; e do advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro e seus familiares.

Procurada pelo Globo, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro informou que está analisando os elementos apresentados pela Polícia Federal para se manifestar sobre o tema.

Confira as provas listadas:

Comprovante de venda
Em junho de 2022, Mauro Cid aproveitou uma viagem oficial de Bolsonaro aos Estados Unidos para vender dois relógios que haviam sido recebidos pelo então presidente, das marcas Rolex e Patek Philippe. O tenente-coronel guardou um comprovante da compra em seu armazenamento de nuvem. O documento mostra que os relógios foram vendidos por US$ 68 mil.

O dinheiro da venda foi depositado em uma conta de Mauro Lourena, pai de Cid. No dia anterior à venda, Lourena enviou ao filho dados da conta que seria utilizada na transação.

Documento registra comprovante de venda de de relógios — Foto: Reprodução

Waze e Wi-Fi
Além do documento, a PF também comprovou que Cid esteve no local por dois rastros que ele deixou. Na data, ele buscou no aplicativo Waze — utilizado para direções — um endereço do shopping onde fica a loja, especializada em vendas de relógios novos e usados. Depois, utilizou a rede de Wi-Fi da loja.

Waze e Wi-Fi
Além do documento, a PF também comprovou que Cid esteve no local por dois rastros que ele deixou. Na data, ele buscou no aplicativo Waze — utilizado para direções — um endereço do shopping onde fica a loja, especializada em vendas de relógios novos e usados. Depois, utilizou a rede de Wi-Fi da loja.

Leilão online de conjunto de joias recebido por Bolsonaro — Foto: Reprodução

Código de rastreio
O leilão, contudo, falhou por falta de compradores, e o conjunto de joias é enviado de Nova York, onde fica a loja, até a Flórida, onde Bolsonaro estava hospedado. O tenente-coronel envia um código de rastreio do pacote para Osmar Crivelatti. O código que foi checado pela PF no site da empresa. Quando Crivelatti confirma a entrega, Cid comemora em uma mensagem: “Ufa”.

Registros de passagens
Quando o Tribunal de Contas da União (TCU) se preparava para determinar a entrega dos presentes recebidos pela Arábia Saudita, os auxiliares de Bolsonaro começam a preparar um esforço para retomar os itens vendidos.

No dia 11 de março de 2023, o advogado Frederick Wassef embarcou em um voo saindo de Campinas (SP) em direção a Fort Lauderdale, na Flórida. No mês dia, trocou mensagens com Cid.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

PIX: 45013993768

Agradecemos o seu apoio

Categorias
Política

Nelson Piquet vai aos trends após o filho transportar joias negociadas por Cid nos EUA

Internautas criticaram o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet após a informação de que um dos filhos dele, Cristiano Piquet, levou de Orlando para Miami, nos Estados Unidos, algumas joias recebidas pela família Bolsonaro. Por lei, presentes devem ficar no acervo do Estado brasileiro, e não podem ser incorporado a patrimônio pessoal, diz o 247.

No Twitter, as críticas ao ex-piloto foram chegaram ao trending topic (tópico em tendência), um dos assuntos mais comentados na rede social. “Nelson Piquet, seu laranjão, Bolsonaro te usou para fingir que não havia enviado joias para os Estados Unidos. Disse que estavam na sua fazenda, vai mesmo bancar o laranja para sempre?”, questionou o jornalista Guga Noblat.

Também na internet, perfis nas redes sociais criticaram o general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (PL). Investigadores apuram a informação de que o Cid pai aceitou ajudar em negociações para vender presentes dados pelo Reino do Bahrein, no Golfo Pérsico.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

PIX: 45013993768

Agradecemos o seu apoio

Categorias
Política

No mesmo áudio, Mauro Cid cita US$ 25 mil para Bolsonaro, venda de barco e estátua folheados a ouro e leilão de ‘kit da Arábia’

Um único áudio obtido pela Polícia Federal na investigação da venda ilegal de presentes oficiais recebidos pelo governo Jair Bolsonaro mostra o ex-ajudante de ordens Mauro Barbosa Cid tratando de três temas que comprometem os investigados:

A PF deflagrou nesta sexta uma operação contra pessoas ligadas a Bolsonaro suspeitas de tentar e até mesmo vender presentes recebidos por integrantes do governo durante viagens oficiais.

De acordo com a PF, ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Brasília (DF), São Paulo (SP) e Niterói (RJ).

A TV Globo e a GloboNews apuraram que são alvos da operação:
Frederick Wassef, advogado que já defendeu Bolsonaro e familiares
Os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que apura a atuação de uma suposta milícia digital contra a democracia, diz o Uoláudio.

Segundo a PF, os crimes apurados na operação desta sexta-feira são lavagem de dinheiro e peculato (desvio de bem público).

Veja abaixo o que disse Mauro Cid sobre cada assunto:

Dinheiro para Jair Bolsonaro
No áudio, Mauro Cid afirma que o pai, o general Mauro Lourena Cid, estaria com 25 mil dólares – “possivelmente pertencentes a Jair Bolsonaro”, segundo a PF.

Mauro Cid também indica, dizem os investigadores, medo de usar o sistema bancário para entregar o dinheiro ao ex-presidente da República. E uma preferência por fazer a entrega em dinheiro vivo, ou “em cash”.

“Tem vinte e cinco mil dólares com meu pai. Eu estava vendo o que, que era melhor fazer com esse dinheiro levar em ‘cash’ aí. Meu pai estava querendo inclusive ir ai falar com o presidente (…) E aí ele poderia levar. Entregaria em mãos. Mas também pode depositar na conta (…). Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor né? (…)’.

Marcelo Câmara responde, em mensagem de texto, sobre esse assunto. Diz: “Melhor trazer em cachê”. Em seguida, manda uma outra mensagem: “Ok ciente”.

Tentativa de vender palmeira e barco
Em seguida, Mauro Cid relata a Marcelo Câmara que não conseguiu vender, nos Estados Unidos, as esculturas douradas em formato de palmeira e de barco, recebidas por Bolsonaro no exercício da Presidência da República em visita ao Bahrein.

Mauro Cid diz que a operação não foi concluída porque as peças não são de ouro maciço – e que ainda tentava negociar com outro homem, não identificado.

“(…) aquelas duas peças que eu trouxe do Brasil: aquele navio e aquela árvore; elas não são de ouro. Elas têm partes de ouro, mas não são todas de ouro (…) Então eu não estou conseguindo vender. Tem um cara aqui que pediu para dar uma olhada mais detalhada para ver o quanto pode ofertar (…) eu preciso deixar a peça lá (…) pra ele poder dar o orçamento. Então eu vou fazer isso, vou deixar a peça com ele hoje (…)’.

Leilão de kit de joias
Ainda no áudio, Mauro Cid compartilha com Marcelo Câmara informações sobre um “kit”, contendo um relógio, que iria a leilão no dia 7 de fevereiro de 2023.

O ex-ajudante de ordens da Presidência da República não detalha o kit no áudio – mas a PF identificou que este era o kit de joias masculinas recebido por Jair Bolsonaro na Arábia Saudita, e que o Tribunal de Contas da União (TCU) ordenou que fosse devolvido ao governo meses depois.

“(…) o relógio aquele outro kit lá vai, vai, vai pro dia sete de fevereiro, vai pra leilão. Aí vamos ver quanto que vão dar(…)”, diz Mauro Cid.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

PIX: 45013993768

Agradecemos o seu apoio

Categorias
Política

PF estima que aliados de Bolsonaro faturaram ao menos R$ 1 milhão com joias

A investigação da Polícia Federal sobre a venda de joias realizada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro calcula que eles faturaram pelo menos R$ 1 milhão com esses negócios. O caso entrou na mira da PF porque eram bens dados de presente ao governo brasileiro em missão oficial e, portanto, pertenciam ao patrimônio público. A PF deflagrou operação nesta sexta-feira para colher provas a respeito do caso e mirou o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, e o advogado Frederick Wassef.

Os valores totais envolvidos ainda estão sob investigação, porque parte desses bens acabou sendo recomprada pelos investigados por causa da necessidade de devolução ao Tribunal de Contas da União (TCU), que passou a mirar os presentes dados a Bolsonaro.

Dentre as joias negociadas estão itens como esculturas e um relógio Rolex, ganhados como presentes oficiais ao governo brasileiro.
A conta bancária do general Mauro Cesar Lourena Cid no exterior foi usada para o recebimento desses valores, aponta a investigação.

Os investigados são suspeitos de usar a estrutura do governo brasileiro “para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”, informou a PF.

Os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, afirmou a polícia em nota.

Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal dentro do chamado inquérito das milícias digitais e são cumpridos em Brasília, São Paulo e Niterói (RJ). Os fatos investigados configuram os crimes de peculato e lavagem de dinheiro, conforme a PF.

*Com Uol

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

PIX: 45013993768

Agradecemos o seu apoio