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Bolsonaro risca uma linha no chão para Michelle não ultrapassar

Ou então o casamento irá para o brejo.

Carlos Bolsonaro, o Zero Dois, amou, amou, amou a reação do seu pai à declaração de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, de que Michelle Bolsonaro poderia vir a ser uma boa candidata à sucessão de Lula daqui a 4 anos.

Jamais convidem para a mesma mesa, sequer para o mesmo ambiente, Carlos e Michelle. Os dois só ainda não se estapearam porque a turma do “deixa disso” impediu. Por ordem de Bolsonaro, Michelle apressou-se em dizer que não será candidata.

Mesmo assim, Bolsonaro aproveitou uma entrevista dada a um influenciador digital ligado ao ex-presidente Donald Trump para riscar uma linha no chão que não deverá ser jamais ultrapassada por Michelle, do contrário o casamento irá para brejo.

Para evitar que o Brasil “mergulhe no socialismo ou no comunismo”, ele disse que se vê forçado a continuar a fazer política. Não há sinais à vista de socialismo ou de comunismo. A Terra segue redonda. Mas Michelle entendeu. É o que importa.

*Com Metrópoles

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Gleisi Hoffmann: Bolsonaro fez uma ‘parafernália’ e onde estava o BC?

A escalada de reclamações do governo e seus apoiadores contra o Banco Central ganhou um reforço político. Quem agora protesta é a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). Ela reclama da nota emitida pelo Banco Central (BC) em que identifica tom bem mais crítico do que o que era usado com o governo de Jair Bolsonaro.

Gleisi destaca no texto do BC o trecho que cita “a ainda elevada incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país e estímulos fiscais que implicam sustentação da demanda agregada”.

“Críticas assim não foram feitas à gestão Bolsonaro, com toda a parafernália que eles fizeram na pré-eleição e durante o período eleitoral”, rebateu a presidente do PT à coluna. “Com tudo isso, o BC nunca soltou uma nota dura assim, falando de incerteza sobre o futuro. Bolsonaro fazia de tudo e onde estava o BC?”.

Gleisi avalia que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje, faz um recuo em relação à nota. “O presidente Lula demarcou isso, falou sobre as posições do BC e trouxe à luz o esforço que a Fazenda tem feito”, avalia a deputada. “Mas para o Banco Central reconhecer isso foi preciso Lula brigar, falar grosso”.

A ata que saiu hoje, interpreta a presidente do PT, faz uma mediação.

Em um tuíte postado ontem, Gleisi chegou a se referir ao Banco Central como “a última trincheira do bolsonarismo no poder”.

“Vamos analisar: estão trabalhando com uma previsão de crescimento de 0,7% ou 0,8%. Isso é muito ruim, porque aponta para uma desaceleração e depois caminha para uma recessão”, lamenta ela. “Isso quer dizer desemprego, quer dizer problemas. Manter uma taxa alta como está é apostar em desaceleração econômica e recessão. Isso tem implicação política, a quem interessa?”

E questiona: “O BC quer encaminhar o Brasil para uma recessão com essa taxa de juros que não tem necessidade de estar nesse patamar? As políticas econômicas não são neutras, o reflexo é sempre político”.

*Chico Alves/Uol

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Lula diz que AGU vai entrar na justiça para rever contrato da Eletrobras

O presidente também revelou que vai propor a Joe Biden, presidente dos EUA, a criação de um órgão unilateral para tratar das questões climáticas.

O presidente Lula (PT) se encontrou nesta terça-feira (7) com jornalistas de vários veículos da mídia digital e influenciadores do campo progressista. O editor da revista Fórum, Renato Rovai, esteve presente na reunião.

Estiveram presentes na reunião, além do presidente Lula, a primeira-dama Janja Lula da Silva e Paulo Pimenta, ministro à frente da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).

A reunião foi aberta com uma fala do ministro Paulo Pimenta, que falou sobre o contexto da comunicação e a importância que será dada aos veículos digitais. Em seguida, foi a vez do presidente Lula falar, que discursou por cerca de quinze minutos.

Durante a sua fala, o presidente Lula falou sobre os objetivos centrais de seu governo, tais como o combate à fome e a questão da educação. Segundo a Forum, Lula reforçou que foi eleito “para isso”.

Diversas outras pautas foram abordadas durante a reunião da mídia digital com o presidente Lula, entre elas a questão da privatização da Eletrobras.

Aos presentes, Lula revelou que a Advocacia-Geral da União deve entrar com uma ação na Justiça para rever o contrato da Eletrobras. “Eu não tenho como entrar em detalhes sobre isso agora, não entrei na campanha se a gente vai ou não rever a privatização da Eletrobras, mas eu quero dizer que o advogado-geral da União [Jorge Messias] vai entrar na Justiça para rever o contrato feito pelo governo Bolsonaro da Eletrobras”, disse.

Lula abordou detalhes do contrato que geram contrariedade. Segundo o presidente, só tem uma pessoa [do governo] na direção da Eletrobras e o governo tem 40% das ações. Outro ponto destacado do contrato que envolve a Eletrobras é que, caso o governo queira comprar ações para se tornar majoritário, o preço é três vezes maior que um agente do mercado pagaria. Na opinião do presidente Lula trata-se de um “contrato absurdo”.

Obras paradas por Bolsonaro, Yanomami e ecossocialismo

Durante a reunião, que teve cerca de 2 horas de duração, o presidente Lula também relatou o fato de que hoje o Brasil tem 14 mil obras paradas, sendo que 4 mil delas são referentes a projetos vinculados à educação e que essa obras já estão com os laudos ambientais, orçamentos aprovados, algumas com o orçamento interrompido e que a prioridade de seu governo é entregar essas obras.

A questão dos Yanomami também foi abordada pelo presidente que frisou que “não dá pra continuar” do jeito que está atualmente e que, a garantia de proteção ao povo Yanomami e o garimpo “são questões centrais do ponto de vista nacional e internacional” e, segundo dados levados por Lula ao encontro, “o Brasil teria cerca de 840 pistas clandestinas para pouso” e que será realizada uma ação, não só no Território Indígena (TI), mas também em outras áreas do Brasil para que tais pistas sejam eliminadas.

Posteriormente, Lula entrou na pauta da questão climática e revelou que irá propor ao presidente dos EUA, Joe Biden, que seja criada uma instituição unilateral para discutir o tema do clima, que pode ou não ser na ONU.

A ideia é que neste órgão voltado para discutir no âmbito global a questão climática não exista veto de países e que neste espaço as ações aprovadas sejam implementadas pelos países membros sem que estes façam uma discussão e nova aprovação em seus respectivos parlamentos.

“Eu destaquei esses pontos -dos Yanomami e do clima -, porque tem um novo Lula aí nesse terceiro mandato. Um Lula muito mais ecossocialista, mais preocupado com as questões ambientais, com o clima e com a preservação das florestas”, pontua Renato Rovai.

Durante a rodada de perguntas Lula foi questionado sobre qual é o papel das Forças Armadas. “Segurança das fronteiras e das florestas”, respondeu Lula mais vez reforçando a importância da política ambiental em seu governo.

Por fim, o presidente Lula garantiu que em seu governo não haverá comemoração do golpe de 1964, que voltou a ser realizada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

*Com Forum

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Ex-mulher de Bolsonaro tentou manter nacionalidade brasileira

Ex-mulher de Bolsonaro tentou manter nacionalidade brasileira.

Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, teve recurso negado pelo Ministério da Justiça; advogada é alvo da PF.

Alvo da Polícia Federal (PF), a advogada Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, tentou evitar que o Ministério da Justiça cancelasse sua nacionalidade brasileira. A decisão, que rejeitou o recurso da bolsonarista, foi assinada pelo Ministério da Justiça nesta terça-feira (7/2). Em 2011, Ana Cristina obteve cidadania norueguesa por ter se casado com um cidadão daquele país.

Segundo Guilherme Amado, Metrópoles, o processo para a perda de nacionalidade de Ana Cristina foi aberto pelo Departamento de Migrações do Ministério da Justiça no ano passado, no fim do governo Bolsonaro. Possivelmente, a pasta foi alertada da irregularidade pela Justiça Eleitoral, que analisou os documentos da então candidata a deputada distrital.

Agora, o ministério informará a decisão ao Itamaraty, à Polícia Federal e ao Conselho Nacional de Justiça. A Constituição permite que brasileiros tenham mais de uma nacionalidade só em três casos: naturalização por imposição, ascendência estrangeira ou nascimento no outro país. A mãe de Jair Renan Bolsonaro não cumpre nenhum desses requisitos.

Também no ano passado, Ana Cristina Siqueira Valle se tornou alvo da Polícia Federal após informar à Justiça Eleitoral ser dona da mansão que dizia alugar em Brasília. A PF suspeita que ela tenha usado um laranja para comprar o imóvel e apontou que a advogada movimentou R$ 9,3 milhões entre março de 2019 e janeiro de 2022. Nesse período, seu salário foi no máximo de R$ 8 mil.

Se mantiver investigações contra Ana Cristina, a Justiça brasileira deve ter dificuldades em colher depoimentos da ex-mulher de Bolsonaro. No limite, em caso de uma condenação, o Brasil teria de negociar com a Noruega uma possível extradição.

Em 2021, em entrevista à coluna, o ex-empregado de Ana Cristina e de Bolsonaro Marcelo Nogueira disse que a advogada colocou a mansão no nome de um laranja. A acusação nunca foi contestada pela advogada.

*Com Metrópoles

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Bolsonaro pediu para Delgatti assumir grampo em Moraes; Veja sabia do plano desde setembro

Nova gravação mostra Delgatti expondo o plano de Bolsonaro, que foi registrado por Veja em cartório ainda em setembro.

A revista Veja publicou nesta segunda (6) mais informações sobre o plano de Jair Bolsonaro para anular a eleição de Lula e evitar a posse do presidente eleito em outubro de 2022.

Parte do plano consistia em armar uma arapuca para o ministro Alexandre de Moraes, com o intuito de constrangê-lo e tirá-lo do comando das eleições e da presidência dos inquéritos que atingem o bolsonarismo.

Segundo Veja, em meados de setembro de 2022, Bolsonaro pediu ao hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti, que assumisse a autoria de um grampo em Moraes.

Com problemas na Justiça justamente por causa do vazamento de conversas da Lava Jato, Delgatti teria topado o plano de Bolsonaro de imediato.

Bolsonaro teria prometido que o hacker “teria o céu” depois de participar do crime contra Moraes – sinalizando, portanto, que ajudaria Delgatti com seus problemas na Justiça.

Delgatti chegou a procurar um funcionário da TIM na intenção de clonar o número do ministro Moraes. Mas o funcionário rejeitou qualquer envolvimento. Veja divulgou hoje o que parece ser a gravação da conversa entre o funcionário da TIM e Delgatti.

No áudio, Delgatti diz que Bolsonaro já teria conseguido “grampear” Moraes, que teria pego “coisa grave” do ministro e que a missão do hacker seria apenas “assumir” o grampo. “O resto é com nós”, disse Bolsonaro.

Delgatti se encontrou com Bolsonaro em setembro de 2022 por intermédio da deputada federal Carla Zambelli. À época, o advogado do hacker, Ariovaldo Moreira, conversou com a reportagem do GGN sobre o encontro.

O advogado relatou que Delgatti estava com dificuldade de arrumar emprego após ser preso e desesperado com a sua situação financeira. Ele também estaria com rancor de Lula e da esquerda, que foram beneficiados pela Vaza Jato, sem jamais mostrar “gratidão” nem ajudá-lo com os processos que enfrenta na Justiça.

Veja registrou plano de Bolsonaro em cartório, mas não publicou matéria antes da eleição

Veja ficou sabendo da missão de Delgatti ainda em setembro de 2022, mas decidiu não publicar matéria porque não dispunha de nenhuma prova para corroborar o relato. A revista, contudo, registrou o plano em cartório.

Ainda segundo Veja, ao saber das revelações do senador Marcos do Val, na semana passada, Delgatti passou a dizer a interlocutores que viu o escândalo como a “continuidade do plano” apresentado a ele por Bolsonaro.

Conexão com Marcos do Val?

O senador Marcos do Val afirma que em dezembro de 2022, com Lula já eleito, foi chamado para uma reunião clandestina com Jair Bolsonaro e o então deputado federal Daniel Silveira.

Silveira teria pedido a Do Val para grampear alguma conversa constrangedora com Moraes. O GSI ou a Abin do governo Bolsonaro iriam ceder os equipamentos. Marcos do Val reclamou que a escuta seria ilegal e o material, criminoso. Silveira e Bolsonaro dariam um jeito de utilizar o grampo para evitar a posse de Lula.

*Cintia Alves/GGN

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‘Valdemar dizia que o Bolsonaro era burro’, afirma Maria Christina, ex-mulher do presidente do PL

Estabelecida em Miami, socialite dispara contra o ex-marido e outros figurões de República.

Maria Christina Mendes Caldeira é a primeira a admitir: nasceu para ser socialite. Oriunda de uma família de empreiteiros de São Paulo, teve uma educação requintada. Aprendeu diversos idiomas e viajou o mundo. “Tudo isto para algum dia ser a mulher ideal de um homem rico e poderoso”, afirma.

Teve três maridos, e o terceiro se encaixa nessa descrição: é o deputado federal Valdemar Costa Neto, líder do Centrão e presidente do PL, atual partido de Jair Bolsonaro. Aliás, foi graças a ele que o nome de Maria Christina começou a sair na imprensa fora das colunas sociais.

Já separada do parlamentar, ela deu um depoimento contundente à CPI do Mensalão, em 2005, denunciando falcatruas que teria presenciado enquanto estiveram casados. Valdemar acabou sendo condenado a sete anos e dez meses de reclusão, e preso em 2012. Em 2015, foi indultado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e retomou a sua carreira política.

Maria Christina se mudou para os Estados Unidos em janeiro 2017, onde diz ter conseguido asilo político. “Existem 22 queixas-crime do PL contra mim. Sofri três acidentes de carro. Num deles, em maio de 2009, capotei quatro vezes, depois de ser abalroada por um veículo que vinha a mais de 100 km por hora. E tive um revólver apontado para a minha cabeça uma dez vezes. Era um modus operandi. Antes de cada operação estourar, vinha alguém me ameaçar: ‘Se você falar alguma coisa, a gente te mata’.”

Mas, apesar das ameaças que diz ter sofrido, ela sempre falou. E fala até hoje. Numa live transmitida pelas redes sociais em 18 de novembro do ano passado, Maria Christina voltou a atacar o ex-marido. Estava indignada com o pedido que o PL fizera ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para desconsiderar os votos computados em urnas “antigas” e contabilizar apenas os das urnas “auditáveis”, o que supostamente daria a vitória a Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais.

”Ô, Valdemar, me poupe, né, querido? Sou sua ex-mulher. Eu fui casada com o dono do bordel do Congresso e conheço bem como é que você se movimenta”, diz ela no vídeo. E arremata: “Eu vou fazer da sua vida um inferno”.

Maria Christina conheceu Valdemar em 1992, quando já estava separada de seu primeiro marido, o empresário Fady Saad Tabet. O encontro ocorreu no restaurante Roppongi, em São Paulo, onde iria jantar com uma amiga. Valdemar se encantou na hora, diz Christina. Mas não foi correspondido. Na época, ela saía com Gilberto Miranda, ex-senador pelo Amazonas.

”Eu ia visitar o Gilberto no Congresso, e o Valdemar ficava me seguindo pelos corredores”, conta. Durante anos, diz, o deputado insistiu mandando flores e convites para jantar. “De vez em quando eu ia, mas levava uma amiga junto para ver se ele se interessava por ela.” Acabaram se perdendo de vista. Maria Christina se casou com o lobista americano James Rubin, então porta-voz da secretaria de Estado do governo Clinton, e foi morar com ele nos EUA. Rubin, posteriormente, passaria 20 anos casado com a jornalista Christiane Amanpour, da CNN.

Em 1999, novamente separada, voltou ao Brasil e pediu ajuda a Valdemar para repatriar móveis e objetos pessoais, que estavam armazenados em Miami. “Ele mandava nos aeroportos”, afirma ela. Os dois foram jantar fora e, dessa vez, pintou um clima. “Como todo bom político, o Valdemar é muito sedutor. Não é um homem culto, mas é focado, esperto, muito inteligente. E era absolutamente louco por mim.”

Com o relógio biológico batendo forte, Maria Christina sentiu que estava na hora de sossegar. “Eu queria ter filho, queria ter uma família”, conta. Os dois passaram a viver juntos em 2002 e oficializaram a união no ano seguinte, em Las Vegas.

Mas ainda nem eram casados quando foram notícia juntos pela primeira vez. Foi em 4 de janeiro de 2003, quando voltavam de jatinho de Buriti Alegre (GO), onde haviam comparecido a uma festa do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, poucos dias depois da primeira posse de Lula (PT) como presidente da República.

O avião deslizou sobre um lençol d’água na pista do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, despencou de um barranco e só parou na calçada da avenida Washington Luís, ferindo um pipoqueiro e danificando o carrinho de pipoca. Valdemar e Maria Christina saíram correndo da aeronave e pegaram um táxi, sem passar pelo terminal do aeroporto. “O Valdemar estava bêbado”, ri Maria Christina. “Ele não podia dar entrevista naquele estado.”

Durante algum tempo, Maria Christina foi a anfitriã das reuniões que Valdemar promovia com políticos em sua casa em Brasília. “Eu servia suco de maracujá feito com água exorcizada. Não era benta, era exorcizada mesmo, por um padre de Brasília, um dos poucos padres exorcistas que existiam no Brasil.”

O idílio, segundo ela, começou a se dissipar em fevereiro de 2004, durante uma viagem oficial a Taiwan. “Éramos convidados do governo de lá, outros políticos foram também”, conta. “Num almoço no Ministério taiwanês de Relações Exteriores, o ministro pediu para eu traduzir ao português o que ele iria falar em inglês para o Valdemar. E eu quase caí para trás. O cara disse: ‘A gente deu para você US$ 2 milhões [cerca de R$ 11 milhões pelo câmbio atual] para abrir um escritório comercial de Taiwan no Brasil. E até hoje, nada’. O Valdemar havia embolsado o dinheiro. Eu tinha ido dormir com o Martin Luther King e acordado com o Al Capone.”

”Essa foi a primeira ‘red flag’ [bandeira vermelha, em inglês, expressão que significa sinal de alerta]. Dali para a frente, comecei a implicar com tudo. Via uma mala e perguntava: ‘De onde veio? Para onde vai? O que tem dentro?’.”

”Na Páscoa daquele ano, fomos a Punta del Este [no Uruguai] com um grupo de amigos. Quando eu desci do quarto e entrei no cassino do hotel, me disseram: ‘O Valdemar já perdeu um milhão de dólares’. Fiquei indignada, quis ir embora. Mas ele reclamou: ‘Onde é que você vai com a minha sorte, sua f.d.p?’ O casamento terminou ali. Subi para o quarto, ele foi atrás e ainda me deu um tapa. Depois, voltou para o cassino e passou a noite inteira jogando.”

”Nós nos separamos de vez em junho de 2004. Para fazer picuinha, Valdemar mandou cortar a luz da minha casa. Cortou mesmo, diretamente num poste. Então eu contratei um caminhão-gerador, desses que se usam em festas.”

”No ano seguinte, o Roberto Jefferson me chamou para depor na CPI do Mensalão. Ele queria ferrar com o José Dirceu e o José Múcio Monteiro [atual ministro da Defesa do governo Lula]. Me mandou um script, mas eu não sou atriz. Mandou também uma mala com R$ 700 mil. Claro que eu não aceitei. Se eu quisesse dinheiro, teria me casado com um príncipe europeu.”

Maria Christina borda durante acareação na CPI do Mensalão, no Senado, em Brasília – Alan Marques – 27.out.2005/Folhapress
“O Lúcio Funaro tentou me comprar para eu falar mal do Vald

“O Lúcio Funaro tentou me comprar para eu falar mal do Valdemar, mas eu só falo a verdade”, diz ela, se referindo ao doleiro que se envolveu em diversos escândalos de corrupção e acabou se tornando delator da Operação Lava Jato.

”O Lúcio era o mais perigoso de todos. Lembra da advogada Beatriz Catta Preta? Um dia ela chegou em casa, e lá estava o Lúcio brincando com o filho dela na sala. Com um revólver na mão.” Maria Christina afirma ainda que Catta Preta, defensora de vários réus da Lava Jato, abandonou a carreira alegando que sofria ameaças veladas de morte —mas é contestada pela advogada (veja abaixo).

A ex-mulher de Valdemar garante que não guarda mágoas do parlamentar —”ele foi o maior professor que eu tive”—, mas, sim, de sua própria família. Segundo ela, seus dois irmãos e seu tio manobram na Justiça para que ela não tenha acesso à herança do pai, que morreu em 2009. “Eu sou uma vítima da violência patrimonial”, se queixa.

Suspeita até que seus parentes estejam de conluio com o ex-marido, que teria influência no Tribunal de Justiça de São Paulo, onde corre a ação do espólio.

”O Valdemar pôs no nome do partido um monte de coisas que já eram minhas antes de nos casarmos. E ainda quer mais.” O PL move uma ação para receber R$ 408 mil do espólio do pai de Maria Christina. A quantia teria sido gasta por ela em diversas despesas, durante o período em que esteve casada com o deputado.

”Ciro Nogueira, Roberto Jefferson, Valdemar, eles são todos iguais. Atuam do mesmo jeito. Não são políticos. São homens de negócios.”

E o que ela acha da recente aliança do deputado com o agora ex-presidente? “O Valdemar sempre disse que o Bolsonaro é burro e do baixo clero. Mas ele fez uma conta política. Hoje está liderando esses malucos da extrema direita. Ele é uma águia, já sabia quantos votos ia ter em cada urna antes mesmo da eleição. Só que eu não sei quanto tempo vai aguentar esse arranjo. Afinal, o Bolsonaro equivale a umas cinco mulheres com TPM ao mesmo tempo.”

*Mônica Bergamo/Folha

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Militares negam aeronave aos Yanomami, mas fornecem à festa dos Bolsonaros

As Forças Armadas negaram o fornecimento de aeronaves para operações que poderiam salvar a vida de indígenas Yanomami em, ao menos, três ocasiões durante o governo Jair Bolsonaro. Até porque havia ações mais importantes, como transportar convidados do casamento do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do então presidente, em maio de 2019.

Reportagem de Vinicius Sassine, da Folha e S.Paulo, deste sábado (4), mostra que o Ministério da Defesa barrou o fornecimento de aeronaves a operações da Polícia Federal em 2022 – o que atrapalhou a retirada de garimpeiros ilegais. E, quando forneceu, cobrou ressarcimento.

Em três ciclos de operações para a retirada dos invasores da terra indígena, apenas um contou com aeronaves das Forças Armadas, segundo fontes da PF ouvidas pela reportagem da Folha.

Levantamento do portal Sumaúma aponta que 570 crianças Yanomami com menos de cinco anos morreram por causas evitáveis no governo Bolsonaro. Em entrevista ao UOL, a presidente da Funai, Joenia Wapichana, apontou que o número é ainda maior.

A dificuldade de conseguir apoio aéreo para retirar os invasores que levaram doenças, fome e morte contrasta com a facilidade com a qual a família Bolsonaro conseguiu que um helicóptero da FAB transportasse convidados do casamento no Rio de Janeiro.

O trajeto poderia ter sido feito de carro, mas usou-se uma aeronave paga com dinheiro público. Não há informações de que as Forças Armadas cobraram ressarcimento pelo transfer ao casamento.

Na época, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República afirmou, em nota, que a decisão visava à segurança do presidente e vice-presidente da República, bem como de seus familiares.

Questionado posteriormente sobre a carona, Bolsonaro primeiro disse que a pergunta era “idiota” e encerrou a entrevista. Um dia depois, provavelmente treinado para responder, afirmou que não vai nada de errado com isso e que ele não ia mandar a família ir de carro se tinha o helicóptero à disposição. Mas claro que o Patriarca das Rachadinhas não ia ver problemas nisso. As Forças Armadas poderiam ter focado tempo e energia em expulsar garimpeiros que invadiram a Terra Indígena Yanomami. Preferiram respaldar o discurso golpista de Jair Bolsonaro sobre urnas eletrônicas, garantir a segurança de luxo para golpistas acampados em frente a instalações militares e até servir de transfer para casamento do filho do presidente.

Há militares que sussurram através de aliados que eles se sentem desprestigiados pelo governo Lula. Confundem falta de prestígio com corte de privilégios. Pois é a população que se sente desprestigiada quando as Forças Armadas fuzilam inocentes “por engano”, impõem postos de controle de pobres em comunidades do Rio ou gastam dinheiro do contribuinte comprando Viagra e próteses penianas.

A presença seletiva do Estado, que chancela a ação de madeireiros, pescadores, caçadores e, claro, garimpeiros ilegais e ataca instituições de monitoramento e controle, garante uma cara de terra de ninguém. Não depende apenas da vontade de generais, brigadeiros e almirantes o aumento de contingente e a garantia de infraestrutura para que possam cumprir suas funções. Mas o que vemos é uma omissão alinhada com o comportamento destrutivo de Jair Bolsonaro.

*Leonardo Sakamoto/Uol

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Lula vê traição de presidente do BC e tentativa de levar Brasil à recessão

Diálogo da autoridade monetária com o governo está estremecido depois de comunicado que sinaliza manutenção de juros altos.

De acordo com a Folha, o presidente Lula e ministros de seu governo consideram que o presidente do Banco Central, Roberto Campos, traiu a confiança que o governo depositava nele para dialogar e participar de um esforço conjunto para que o Brasil supere os problemas econômicos que hoje enfrenta sem passar por uma recessão.

No entendimento do mandatário e de sua equipe, o governo atual, com pouco mais de um mês no poder, não tem responsabilidade sobre o déficit fiscal e a inflação, que impulsionam as taxas de juros. E mereceria um voto de confiança em seu compromisso de levar o rombo para 1% neste ano, e de zerá-lo em 2024.

Mesmo diante das metas claras, dizem interlocutores diretos de Lula, o Banco Central não apenas manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano pela quarta reunião consecutiva —a primeira desde que Lula tomou posse—, como endureceu o discurso e disse que deve deixar as taxas em patamares altos por mais tempo.

Com essa mensagem, o BC estaria dificultando a recuperação do crédito e a atividade econômica no país, e colocando o Brasil na rota da recessão.

Lula e o governo acreditam que os alertas feitos pelo Copom foram muito além do que seria necessário. E passaram a desconfiar da atuação de Roberto Campos, indicado ao cargo por Jair Bolsonaro para um mandato de quatro anos.

Ministros de primeiro escalão começaram a evitá-lo. E o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o elogiava, já mostrou contrariedade com sua atuação.

Lula tem afirmado, segundo os mesmos interlocutores, que Campos foi tratado com respeito e consideração, e que não houve reciprocidade por parte dele.

O presidente do Banco Central sempre foi alinhado com o bolsonarismo.

Apesar da autonomia da instituição, aprovada no governo passado, Campos chegou a ir a jantares de Bolsonaro com empresários organizados para apoiar as medidas econômicas adotadas pelo presidente e pelo então ministro da Economia, Paulo Guedes.

Campos até discursava nos encontros, e admitiu em um deles que recebia conselhos de não ir a eventos com políticos que integravam o governo.

Mas justificava: como os ministros de Bolsonaro eram ‘técnicos’, não haveria problema em se misturar com eles. A proximidade não macularia sua autonomia e independência.

O presidente do Banco Central se mantém próximo dos bolsonaristas. Foi à posse de Tarcísio de Freitas no governo de São Paulo e, até meados do mês, seguia em um grupo de WhatsApp que reúne ex-ministros de Bolsonaro.

Em entrevista à Rede TV! nesta semana, Lula deixou claro que está contrariado com Roberto Campos, a quem se referiu como “esse cidadão”.

“Quero saber do que serviu a independência do Banco Central. Eu vou esperar esse cidadão [Campos Neto] terminar o mandato dele para fazermos uma avaliação do que significou o banco central independente”, disse Lula.

O BC divulgou o comunicado em que subiu o tom e contrariou o governo Lula na quarta (1º), depois de manter a Selic em 13,75%.

O texto fazia alertas sobre as incertezas fiscais e a piora nas expectativas de inflação, que estão se distanciando da meta em prazos mais longos.

Sinalizava ainda que o BC deve deixar os juros no patamar atual por mais tempo —hoje o mercado prevê o início do afrouxamento monetário em setembro.

“O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas, que têm mostrado deterioração em prazos mais longos desde a última reunião”, afirmava o comunicado.

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Política

Michelle Bolsonaro começa a ‘trabalhar’ para o PL, mas é avisada que não há previsão para receber salário

A decisão para o desbloqueio das contas do partido depende do ministro Alexandre de Moraes.

Michelle Bolsonaro começou a semana desempenhando funções que o PL a incumbiu. Na segunda-feira, marcou presença no jantar de apoio à candidatura de Rogério Marinho (PL-RN) ao Senado, que acabou derrotado. Na quarta-feira, bateu ponto no Congresso pouco antes da votação acontecer. As aparições marcaram o início dos “trabalhos” da ex-primeira-dama para o PL, mas o salário ainda não tem data para ser pago, informa Bela Megale, O Globo.

O departamento financeiro foi incumbido pela cúpula do partido de comunicar Michelle que ela e as assessores que contratar só receberão os contracheques quando as contas do PL forem desbloqueadas.

O valor acordado com a ex-primeira-dama é um salário poupado, de R$ 39 mil mensais, já que ela assume o comando do PL Mulher. A cifra chega a superar, por exemplo, a remuneração de R$ 30,9 mil que o marido recebia quando era presidente.

O fato é que, até agora, não pingou nenhum centavo. Desde o fim do ano passado, o partido está com os recursos bloqueados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após ter questionado a validade de cerca de 300 mil urnas só no segundo turno.

Na sigla não há expectativa de que o dinheiro seja liberado tão cedo. A decisão depende do ministro Alexandre de Moraes.

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