Categorias
Uncategorized

Golpismo bolsonarista teve atuação de militares do início do governo ao ápice eleitoral

Integrantes das Forças Armadas atuaram para criar e manter suspeitas sobre sistema eleitoral.

Da busca por informações sem lastro utilizadas por Jair Bolsonaro (PL) para atacar o sistema eleitoral eletrônico em suas lives, passando pela atuação inédita na testagem das urnas nas eleições, até o relatório final e as subsequentes notas públicas que tentam manter acesa a suspeita infundada de fraude em bolsonaristas mais radicais.

Todas as investidas contra o sistema eleitoral no governo Bolsonaro têm ou tiveram alguma participação de integrantes da ativa ou reserva das Forças Armadas.

A constatação é possível ao analisar capítulo a capítulo da escalada de ataque às urnas patrocinada pelo presidente derrotado nas eleições deste ano.

Ministro da Defesa vai a missa com Bolsonaro e lê texto sobre exclusão de  'pederastas' - 06/09/2022 - Poder - Folha

Como mostrou a Folha, dados obtidos via Lei de Acesso à Informação com o próprio Ministério da Defesa e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) revelam que os militares só começaram a questionar o sistema eletrônico de votação sob Bolsonaro.

Foram 25 anos de silêncio e concordância com o modelo, que é exemplo no mundo todo, até o despertar para supostas fragilidades que culminaram em questionamentos ao TSE antes da eleição e, depois, no relatório e nas notas em que supostos técnicos das Forças dizem não descartar possibilidade de fraude.

O envolvimento dos militares nas investidas bolsonaristas se deu em dois momentos.

O primeiro deles com a participação de militares integrantes do governo.

Diante do fracasso dessa primeira etapa e da proximidade do período eleitoral —e também com a entrada de Bolsonaro e de seus aliados na mira na Justiça, em especial dos inquéritos relatados por Alexandre de Moraes—, as próprias Forças Armadas e o Ministério da Defesa passaram a atuar diretamente.

Os detalhes dessa atuação inicial dos militares com cargos na gestão federal só foram descobertos devido a investigação ordenada por Moraes para apurar a realização da live de 29 de julho de 2021 em que Bolsonaro fez o até então maior ataque sem provas ao sistema eletrônico de votação.

Naquele momento, Bolsonaro estava com popularidade baixa por causa da pandemia, pressionado pelas investigações de Moraes e com o prazo a estourar para explicar ao TSE quais eram as alegadas provas de suas acusações sobre fraude eleitoral.

Os depoimentos tomados pela Polícia Federal com os envolvidos na live mostram como, desde o primeiro ano de governo, ao menos dois generais do círculo mais próximo de Bolsonaro se valeram de suas posições para buscar informações contras as urnas.

Luiz Eduardo Ramos, atual ministro da Secretaria-Geral mas com passagem por Casa Civil e Secretaria de Governo, e Augusto Heleno, este por meio da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), agiram para golpear o sistema eleitoral, apontam os dados da PF.

Um dos maiores especialistas em urnas da PF, o perito Ivo Peixinho, que foi levado pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, para uma reunião no Palácio do Planalto durante a busca por informações sobre possíveis fraudes, disse em depoimento que a Abin pediu dados sobre o tema ainda em 2019.

Segundo ele, sob o comando de Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro e chefiado por Heleno, a agência pediu “informações sobre ocorrências ou atividades envolvendo urnas eletrônicas nas eleições”.

Ramos, por sua vez, acionou ainda em 2019 o técnico em eletrônica Marcelo Abrileri, que dizia ter indícios de fraude na disputa de 2014 entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).

Abrileri foi chamado a depor e contou ter sido procurado e participado de uma apresentação com integrante do alto escalão do governo sobre o tema numa primeira ocasião em 2019.

Após esse primeiro contato, ele afirmou ter sido novamente acionado pelo general Ramos, entre junho e julho de 2021, por meio de uma ligação que teve participação do próprio Bolsonaro.

Abrileri afirma também que, em seguida, outro militar, o coronel Eduardo Gomes da Silva, responsável por apresentar as suspeitas de fraudes na live, informou estar trabalhando com Ramos “na coletânea das informações” sobre as urnas.

Outro militar que participou da organização da live e, também, de outra realizada dias depois, em 4 de agosto de 2021, foi o coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro. Atualmente ele é investigado por Moraes, entre outros fatos, por transações suspeitas encontradas pela PF.

Após a PF expor o formato da organização da live e a falta de critério das informações utilizadas, o caso entrou na mira da investigação das milícias digitais e, sem conseguir ampliar as suspeitas de fraude, os militares do governo e Bolsonaro recuaram.

A partir desse momento, e já no ano eleitoral de 2022, as Forças Armadas, por meio do Ministério da Defesa, chefiado pelo general Paulo Sergio Nogueira, entraram no circuito para produzir os elementos necessários para os bolsonaristas continuarem com os ataques e a disseminação de desinformação.

Antes da eleição, os mais de 80 questionamentos enviados ao TSE e o debate sobre a participação das Forças numa auditoria paralela serviram para pavimentar o caminho até a produção do relatório sobre a segurança do pleito.

Nesse capítulo, a sequência de fatos mostra como a Defesa passou a fazer as vezes desempenhadas até então por Ramos, pela Abin de Heleno e por outros integrantes do governo.

No dia 9 de novembro, após a eleição, o relatório do Ministério da Defesa sobre o processo eleitoral foi divulgado sem apontar nenhuma fraude concreta ou prova de irregularidade. A falta de algo mais assertivo fez os bolsonaristas decepcionados com a derrota continuarem o discurso golpista e atacarem as Forças.

Diante do desgaste com os apoiadores do presidente, uma nota foi publicada pelo general Paulo Sergio Nogueira no dia seguinte, 10 de novembro. O texto tentava se explicar e dizia que o relatório “não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022”.

Novamente com suas posições desprezadas pela Justiça Eleitoral e outras instituições, os militares se manifestaram de novo no dia 11. Dessa vez, um texto assinado pelo comando das três Forças, mandava recados, em especial a Moraes, e cobrava atuação do Legislativo para impedir interferência do Judiciário.

*Fábio Serapião/Folha

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Reclusão e inoperância: Bolsonaro trabalhou apenas 36,5 horas desde que perdeu a eleição

Cálculo considera dados da agenda oficial do Planalto; em um mês, foram três dias úteis inteiros sem atividade.

De acordo com o Brasil de Fato, o presidente Jair Bolsonaro (PL) trabalhou apenas 36 horas e 30 minutos no primeiro mês após a derrota no segundo turno das eleições, entre os dias 31 de outubro e 30 de novembro. Levando em conta os 23 dias úteis desse intervalo – tirando finais de semana e feriados – o candidato derrotado à reeleição trabalhou uma média diária de somente cerca de 1 hora e 35 minutos.

Os cálculos consideram os dados dos compromissos registrados na agenda oficial divulgada pelo Palácio do Planalto, que documenta a duração de cada atividade presidencial. Nesse período, considerando a escala de segunda a sexta, o ex-capitão passou três dias úteis sem nenhum tipo de compromisso oficial.

Entre 1º de novembro, uma terça-feira, e o dia 3, por exemplo, houve um vácuo de quase 48 horas no meio da semana sem encontros oficialmente identificados, até que o presidente recebeu o ministro da Secretaria de Governo da Presidência, Célio Faria Júnior, no Palácio da Alvorada.

Entre os perfis identificados nas agendas, figuram ministros de Estado, assessores pessoais, parlamentares atuantes no Congresso Nacional ou recém-eleitos pelas urnas, bem como alguns poucos interlocutores de grupos de interesse. É o caso do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Fierj), Eduardo Eugenio Gouveia, que esteve com o presidente na última terça (29).

Bolsonaro não compareceu, por exemplo, à COP27, a conferência das Nações Unidas sobre o clima, realizada de 6 a 18 de novembro, no Egito, nem à reunião da cúpula do G20, na Indonésia, que teve início dia 14. No dia 25, ele interrompeu o jejum de viagens e se deslocou para Guaratinguetá (SP), de onde partiria no dia seguinte para Resende (RJ), com o intuito de participar da Cerimônia do Aspirantado 2022, organizada pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). A ida a eventos de cunho militar tem sido uma das marcas de seu governo.

Desde que se tornou o primeiro presidente a fracassar na busca da reeleição após o primeiro mandato, Bolsonaro tem se mantido boa parte do tempo recluso no Palácio da Alvorada, residência oficial, com uma rotina bem menos dinâmica do que de costume, além de pouco comunicativa nas redes sociais, seu principal canal de comunicação com apoiadores e sociedade em geral. Logo na primeira semana após a derrota, o ex-capitão alegou erisipela, infecção cutânea que se manifesta nas pernas.

Foram poucos os compromissos cumpridos, sendo a maior parte das agendas sediadas no próprio Alvorada. O freio nas atividades presidenciais acabou deslocando o centro do poder para outro espaço, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde operam, em Brasília (DF), os núcleos da equipe de transição de governo liderada por Lula. O local virou o principal ponto de atração para imprensa, internautas, lideranças da sociedade civil, entre outros segmentos.

O amortecimento dos trabalhos no Planalto chamou a atenção de opositores a ponto de ir parar no sistema de Justiça: na semana passada, parlamentares do PSOL em São Paulo provocaram a Procuradoria-Geral da República (PGR) com uma notícia-crime que acusa Bolsonaro de abandono de cargo público e pede investigação do Ministério Público Federal (MPF) sobre o caso. A queixa partiu do vereador de São Paulo Celso Giannazi, do deputado estadual Carlos Giannazi e da primeira suplente da sigla no estado para a Câmara dos Deputados, Luciene Cavalcante.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Sob Bolsonaro, número de milionários bateu recorde

Presidente chega ao fim do mandato com recorde de pobres e crescimento impressionante de milionários.

Segundo a Folha, além dos recordes de pobreza, o governo Jair Bolsonaro (PL) produziu, em apenas três anos, um número impressionante de milionários – muito mais do que nos governos Lula e Dilma Rousseff.

Os números revelam o que especialistas já vinham apontando: Bolsonaro deixará um legado de mais desigualdade social.

De janeiro de 2019 a dezembro de 2021, o país registrou 2,1 milhões de pessoas com rendimentos anuais acima de R$ 1 milhão –1% da população.

No período, 562 mil brasileiros entraram para esse clube, enquanto 62,5 milhões mergulharam na pobreza –29,4% da população, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Entre 2003 e 2014 —período que compreende os dois mandatos de Lula e o primeiro de Dilma— os brasileiros com mais de R$ 1 milhão em rendimentos passaram de 18,5 mil para 29,8 mil, concentrando-se em SP, RJ, MG, RS e PR. Esse contingente representava 0,1% da população à época.

O aumento da riqueza entre os muito ricos começou a ganhar tração a partir do impeachment da ex-presidente Dilma, em 2016. Tanto o ex-presidente Michel Temer, que a sucedeu, quanto Bolsonaro conduziram políticas pró mercado.

Entre 2019 e 2021, RR e RO foram os estados que mais contabilizaram novos endinheirados —1.588 e 10.147, respectivamente. Registraram as maiores taxas de crescimento —67% e 63%.

Na sequência, as maiores altas foram em TO (59%), MT e SC (55%), PA (51,5%), GO e MA (48,5%).

Apesar do crescimento de milionários pelo interior do país, a maior concentração continua em SP (780.619), RJ (226.254), MG (189.785), RS (161.858), PR (156.870) e SC (103.378) —78% do total.

Analistas de mercado apontam que esse crescimento está atrelado à expansão da fronteira agrícola no país, que interiorizou a fortuna relacionada a esse setor. Esse movimento permitiu às marcas de luxo diversificar suas vendas, antes concentradas no eixo Rio-São Paulo.

Cientistas políticos consideram que a nova geografia da riqueza, concentrada em locais do agronegócio, ajuda a explicar o fortalecimento do conservadorismo nesses estados, que culminou na preferência por Bolsonaro nas eleições deste ano —com exceção do Maranhão, que preferiu o presidente eleito, Lula.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Compromisso militar com ordem constitucional não é confiável

Janio de Freitas – Alternativa do golpismo à derrota dupla, na eleição e na recusa à legalidade, é a violência .

Aparente irrelevância, a indecisão sobre uso de carro sem capota pelo presidente Lula, no breve desfile pós-posse, reflete as entranhas complexas da situação como poucas outras sínteses o fariam.

A dúvida admite, em princípio, a continuidade de uma tradição de cerimonial em dias que, infestados de criminalidade política, repelem toda a tradição das mudanças de governo. O golpismo não mudou muito mais do que o vocabulário eleitoral.

O golpe não saiu das casernas por dois fatores principais. No plano interno, a firme ação da Justiça Eleitoral conduzida pelos ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin, e secundada pelo Supremo, contra a sucessão de preparativos lançados pelo golpismo para criar o seu pretexto.

No plano externo, foi a pressão em apoio à legalidade, uma forma de se opor a Bolsonaro. A certeza de sanções internacionais e isolamento sufocante do país, como represália ao golpe, acionou freios medrosos no golpismo militar.

Os dois fatores continuam ativos. Para dar uma ideia do que é a força aplicada no caso pelo fator externo, até o comunicado oficial da reunião de Joe Biden com o presidente francês Emmanuel Macron, em Washington, há quatro dias, trouxe uma advertência incisiva: “França e Estados Unidos agirão juntos também para proteger as florestas tropicais”.

Chegou a reiterar a disposição na mesma frase: “E combater o desmatamento e o desmatamento ilegal”. Não precisaram incluir o nome Brasil nem citar Bolsonaro.

Os operadores amazônicos das serras e os dirigentes brasilienses do contrabando de madeira têm alguma sobrevida, mas o bolsonarismo fardado sabe que o seu golpe está derrotado.

A alternativa do golpismo à derrota dupla, na eleição e na recusa à legalidade, é a violência. Ter essa percepção à frente de todas é indispensável ao chamado grupo de transição e, em geral, aos democratas.

Do contrário, veem-se nas frentes dos quartéis aglomerações de fanáticos, que são fanáticos sim, mas também agressores, transgressores da urbanidade, sem faltarem sequer os homicidas em potencial.

Violência escala em atos antidemocráticos bolsonaristas pelo país

Como bem exemplifica o sargento da Marinha, ligado ao general Augusto Heleno, que nega a possibilidade de Lula viver até a posse. Veem-se bandeiras do PT na multidão e se confiará que são todos ali lulistas.

Mas o velho SNI, que sobrevive sob os nomes de Abin e Gabinete de Segurança Institucional, do Planalto, tentou infiltrar agentes do general Heleno até nos grupos da transição.

Fanáticos, maníacos, obcecados, em variadas aglomerações ou sós, hoje são muitos milhões à disposição de manejadores. E a verdade é que o compromisso militar com a ordem constitucional não é confiável.

Lula é aguardado por uma missão gigantesca. Só a restauração do que os jagunços de Bolsonaro devastaram já ocuparia o mandato.

O urgente é muito maior. São 33 milhões passando fome, na contagem que não pode alcançar nem a verdade das favelas, quanto mais os fundões desse país sem fim.

E Lula já recebeu o renovado reconhecimento e a celebração do mundo, postos na sensação de que “O Brasil voltou” na sua volta. Deve ter recolhimento assegurado. Expô-lo e expor-se é de uma irresponsabilidade inominável, mesmo se inconsciente.

Um lema talvez útil para estes e os futuros dias: Lula não foi eleito para ser alvo.

*Folha

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

A irritação de militares de dentro e de fora do governo com o silêncio de Bolsonaro

Militares de dentro e de fora do governo Bolsonaro classificam como um “erro” a postura do presidente em manter seu silêncio, em especial nos eventos das Forças Armadas que participou nos últimos dias. A avaliação é que Bolsonaro deveria, ao menos, ter feito um cumprimento aos formandos na cerimônia da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), onde compareceu no último sábado (26), diz Bela Megale, O Globo.

Na quinta-feira, Bolsonaro participou de uma cerimônia de promoção de oficiais do Exército em Brasília, mas não discursou. Há ainda cerimônias de formatura da Aeronáutica e Marinha, marcadas para os dias 8 e 10 de dezembro, respectivamente. Bolsonaro compareceu em ambas nos anos anteriores de seu governo.

A avaliação de militares do Planalto é que, se for para permanecer quieto e não cumprimentar os militares pela formatura, ele não deveria ir.

Dois integrantes da ala militar do governo relataram à coluna que defendem que Bolsonaro vá às cerimônias, para que destaque o legado de seu governo para as Forças Armadas e sinalize que seguirá ativo politicamente, mas sem citar eleição e nem contestar seu resultado. A leitura deles é que, com o silêncio, o futuro político do presidente fica cada vez mais fragilizado.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Aliados de Lula na transição avaliam retirar da alçada militar o GSI, responsável pela segurança do presidente

Mudança, no entanto, não é consenso entre os aliados do presidente eleito.

Segundo o Globo, a equipe da transição de governo vem debatendo a desmilitarização do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a nomeação um civil para chefiá-lo. Cabe ao órgão fazer a segurança pessoal do presidente da República, do vice e seus familiares, além de coordenar atividades de inteligência federal. Atualmente, o GSI está sob o comando do general Augusto Heleno, nome da extrema confiança do presidente Jair Bolsonaro, e mantém sob seu guarda-chuva a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Os nomes dos integrantes do grupo de trabalho de Inteligência Estratégia da transição foram publicados ontem no Diário Oficial da União. Foi o último dos núcleos temáticos a ser formado. Ele será coordenado pelo delegado da Polícia Federal Andrei Rodrigues, responsável pela segurança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva até a data da posse, em 1º de janeiro. Além dele, foram escalados para o grupo o doutor em Ciência da Informação Vladimir de Paula Brito e três servidores.

Mudança delicada

O debate sobre a desmilitarização ganhou força após a divulgação do vídeo em que um sargento da Marinha lotado no órgão, Ronaldo Travassos, afirmou que Lula não assumirá a Presidência no mês que vem. Na avaliação de integrantes da transição, o episódio torna a discussão em torno de tema indispensável. Não há, no entanto, consenso sobre o assunto entre os aliados do presidente eleito.

O general Marco Edson Gonçalves Dias, responsável pela segurança do petista nos primeiros mandatos, é um dos que se posicionam contra a mudança. A interlocutores, ele argumenta que a natureza da atividade do órgão justifica a presença de militares em sua estrutura. O oficial também costuma dizer que o próprio Lula manteve 800 fardados no GSI durante os seus dois primeiros mandatos.

O assunto é delicado para o futuro governo. Há correntes do PT que defendem até mesmo a extinção do GSI, que tem status de ministério no atual desenho do governo. Outra ala vê a necessidades de remoção dos militares de funções que necessitam atuar dentro do Palácio do Planalto. A ex-presidente petista Dilma Rousseff retirou o status ministerial do GSI em seu segundo mandato — o órgão foi alocado na estrutura da Secretaria de Governo, comandada à época por um civil, o ex-deputado petista Ricardo Berzoini.

Auxiliares próximos a Lula já se preparam para substituir o maior número possível de cargos que hoje dão as cartas no GSI. O entendimento é que os principais nomes da atual formação não podem participar da transição, atuar durante a posse, tampouco ao longo do futuro governo. Incomodou os petistas a constatação de que há funcionários dos quadros do GSI ocupando as mais variadas funções no Executivo federal, inclusive atendendo telefones.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

MP Eleitoral recomenda que TRE-DF reprove contas de campanha de Bia Kicis

Procurador apontou irregularidade em despesas na campanha da deputada bolsonarista, como gastos com combustíveis e fogos de artifício.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu ao Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) a reprovação das contas da campanha da deputada federal reeleita Bia Kicis (PL).

O parecer, despachado pelo procurador regional eleitoral Zilmar Antonio Drumond, foi assinado na noite de sexta-feira (25/11). Drumond escreveu que a parlamentar utilizou verbas do Fundo Eleitoral para pagar despesas com combustíveis, locação de mesas e cadeiras para os comícios, material de propaganda eleitoral, serviços de militância e aquisição de fogos de artifício, no valor de R$ 182,3 mil.

Drumond escreveu, ainda, que a compra de material pirotécnico não está prevista, legalmente, para que seja adquirida com dinheiro público do Fundo Eleitoral.

Setor de Contas

No parecer do Setor de Exame de Contas Eleitorais do TRE-DF, também foi citado a emissão de uma nota fiscal de uma rede de combustíveis, no valor de R$ 12,4 mil, mas que não foram declaradas na prestação de contas da parlamentar.

“De modo que, frustrada a auditabilidade e rastreabilidade dos recursos financeiros públicos aplicados na campanha eleitoral pela ausência de demonstração de sua regular utilização, além de sua expressividade no contexto das contas apresentadas (11,60% do total das despesas contratadas), cumpre desaprovar as contas de campanha, determinando-se a devolução do valor correspondente ao Tesouro Nacional”, escreveu Drumond, no parecer.

Em nota, a assessoria da parlamentar afirmou que as falhas apontadas são meramente formais e todas sanáveis. “O parecer deixou de considerar os esclarecimentos que já fizemos acerca dos contratos de prestação de serviços na campanha. Estamos confiantes que, ao final, teremos as contas aprovadas”, disse. O caso da bolsonarista ainda não foi julgado pelos desembargadores.

*Com Correio Braziliense

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Governo Bolsonaro: Pobreza tem aumento recorde em 2021 e atinge 62,5 milhões de pessoas, diz IBGE

Segundo os dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (2/12), o aumento é o maior nível desde 2012.

Cerca de 62,5 milhões de pessoas — ou 29,4% da população do país — estavam na pobreza em 20221, considerando-se as linhas de pobreza propostas pelo Banco Mundial. De acordo com o levantamento divulgado nesta sexta-feira (2/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o maior índice desde o início da série, em 2012.

Do total registrado, 17,9 milhões (ou 8,4% da população) estavam na extrema pobreza em 2021. Além disso, entre 2020 e o ano passado, houve um aumento recorde em dois grupos: o contingente abaixo da linha de pobreza cresceu 22,7% (ou mais 11,6 milhões de pessoas) e o das pessoas na extrema pobreza aumentou 48,2% (ou mais 5,8 milhões).

O Banco Mundial adota como linha de pobreza os rendimentos per capita US$ 5,50 PPC, equivalentes a R$ 486 mensais per capita. Já a linha de extrema pobreza é de US$ 1,90 PPC, ou R$ 168 mensais per capita.

Em 2021, a proporção de crianças menores de 14 anos de idade abaixo da linha de pobreza chegou a 46,2%, o maior percentual da série, iniciada em 2012. Esta proporção tinha caído ao seu menor nível (38,6%) em 2020, mas teve alta recorde.

A proporção de pretos e pardos abaixo da linha de pobreza (37,7%) é praticamente o dobro da proporção de brancos (18,6%). O percentual de jovens de 15 a 29 anos pobres (33,2%) é o triplo dos idosos (10,4%). Ainda em 2021, cerca de 62,8% das pessoas que vivem em domicílios chefiados por mulheres sem cônjuge e com filhos menores de 14 anos estavam abaixo da linha de pobreza.

No recorte regional, Nordeste (48,7%) e Norte (44,9%) tinham as maiores proporções de pessoas pobres na sua população. No Sudeste e também no Centro-Oeste, 20,6% (ou um em cada cinco habitantes) estavam abaixo da linha de pobreza. O menor percentual foi registrado no Sul: 14,2%.

*Com Correio Braziliense

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

No apagar das luzes, governo Bolsonaro elevou o gasto previdenciário

Gestão atual criou uma armadilha e aposentou, na correria, um milhão de pessoas no final do mandato.

O governo Bolsonaro criou uma armadilha e aumentou as despesas obrigatórias no final de ano. Isto porque aposentou um milhão de pessoas na correria. São pessoas que estavam na fila então têm atrasados a receber, o que elevou em R$ 16 bilhões o gasto da previdência. Isto me explicou o deputado Reginaldo Lopes, líder do PT. Este movimento provocou estes cortes nas despesas da educação, saúde e mais as emendas de relator.

Agora o que se negocia é que a PEC da Transição incorpore parte dessas despesas deixadas pela gestão atual.

O governo Bolsonaro termina deixando terra arrasada, cortando despesas essenciais e criando um problema político grande para o próximo governo que vai tomar posse daqui a um mês.

*Miriam Leitão/O Globo

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Valdemar vê Bolsonaro fragilizado e sem capacidade de liderar oposição

Presidente do PL, Valdemar da Costa Neto está assustado com a fragilidade de Jair Bolsonaro após derrota para Lula.

Valdemar da Costa Neto está assustado com a fragilidade de Jair Bolsonaro, um mês após a derrota para Lula.

O presidente do PL esperava que Bolsonaro despertasse para o papel de líder da oposição no jantar organizado pelo partido para as bancadas da Câmara e do Senado, na quarta-feira (29/11). Entretanto, a apatia de Bolsonaro, que pouco falou evento, frustrou Valdemar.

Segundo o presidente confidenciou a um aliado, as últimas semanas teriam evidenciado que Bolsonaro não terá capacidade de liderar a oposição a Lula. E tampouco parece ter essa disposição.

*Guilherme Amado/Metrópoles

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição