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Mundo

Integrante do Hamas afirma em entrevista que reféns só serão liberados depois do cessar-fogo em Gaza

Os reféns capturados pelo Hamas, grupo terrorista que está em guerra com Israel e sequestrou mais de 200 civis no dia 7 de outubro, só serão libertados depois de um acordo de cessar-fogo. A informação foi publicada pelo jornal russo “Kommersant” e divulgada pela agência Reuters nesta sexta-feira (27).

O integrante do grupo terrorista entrevistado foi identificado como Abu Hamid. Ele faz parte de uma comitiva do Hamas que participa de uma visita a Moscou, segundo o G1

Durante a entrevista, Hamid afirmou que 50 reféns morreram em bombardeios de Israel contra a Faixa de Gaza. Essa informação já havia sido divulgada por um porta-voz do grupo na quinta-feira (26), sem citar mais detalhes.

Hamid disse ainda que o Hamas precisa de tempo para localizar todas as pessoas que foram sequestradas e levadas para a Faixa de Gaza, uma vez que várias facções capturaram civis em Israel, no dia 7 de outubro.

“Eles capturaram dezenas de pessoas, a maioria delas civis, e precisamos de tempo para encontrá-las na Faixa de Gaza e, depois, libertá-las”, disse Hamid.

As Forças de Defesa de Israel dizem que 224 pessoas estão sob poder do Hamas.

Desde 7 de outubro, quando o conflito começou após um ataque do Hamas contra Israel, somente quatro reféns foram libertadas pelo grupo

 

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Investigação

Novo esquema de espionagem da Abin invadia computadores para colher conteúdos

Investigadores encontraram indícios de outro esquema de espionagem no material colhido pela Polícia Federal (PF) na operação para apurar a ação de funcionários da Agência Brasileira de Informações (Abin) em suposto rastreamento de celulares.

Outros dispositivos estavam sendo utilizados para invasão em massa de computadores, de acordo com informações do jornalista César Tralli na GloboNews.

A ferramenta de invasão por meio de um malware (software que causa danos) acessa todo o conteúdo dos computadores, segundo as fontes ouvidas. A intrusão clandestina pode se dar via disparo de um e-mail, por uma mensagem de texto, por whatsapp web, por exemplo, e por acesso físico ao computador (pen drive), alvo de espionagem.

A vítima infectada não sabe que a invasão ocorreu. E imediatamente todo conteúdo do computador passa a ser acessado pelos espiões.

Investigadores se aprofundam na nova descoberta para decifrar melhor quantos computadores foram infectados e espionados. E quem foram os alvos.

As informações em relação a isso seguem sob sigilo para não atrapalhar os desdobramentos das apurações sobre estes sistemas ilegais de espionagem feitos por servidores e ex-servidores da Abin.

Na semana passada, operação da Polícia Federal revelou um suposto esquema criminoso de rastreamento de celulares feito pela Abin. Mais de 33 mil acessos foram realizados sobre a localização de aparelhos de ministros do STF, auxiliares, funcionários da corte, servidores públicos, jornalistas, políticos e policiais, dentro outros.

Ao todo, a PF cumpriu na operação 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Goiás e no Distrito Federal. A Abin disse que colaborou com a PF e que a operação é retaliação.

A empresa fornecedora deste sistema foi alvo de busca e apreensão. Porém, de acordo com fontes, a nova descoberta, que envolve esquemas de invasão de computadores, não é da mesma empresa que vende o rastreamento de geolocalização de aparelhos de telefone, o que levará a PF a ir atrás também da ponta fornecedora das ferramentas de intrusão de computadores.

 

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Mundo

Irã faz ameaça contra EUA por apoio a Israel, que rejeita cessar-fogo

O governo do Irã lançou o que está sendo interpretado no meio diplomático como a ameaça mais direta contra os EUA. Num discurso nesta quinta-feira na Assembleia Geral da ONU, o chanceler iraniano, Hossein Amir Abdollahian, alertou que se os americanos não deixarem de financiar e armar “o genocídio em Gaza, eles não serão poupados desse fogo”.

O alerta foi feito no momento que Israel amplia a ofensiva em Gaza e enquanto a ONU se reúne para votar uma resolução que pede um cessar-fogo na região. Israel já deixou claro que rejeita o texto.

“Estamos dizendo aos EUA que, se a operação de genocídio continuar, não iremos apenas assistir”, disse Abdollahian. “Se o genocídio em Gaza continuar, os EUA não serão poupados de fogo”, alertou, indicando para os riscos de que a guerra se espalhe pela região.

O iraniano fez um apelo para que a Casa Branca pressione Israel a interromper os ataques e que pare de dar dinheiro e armas para o governo de Benjamin Netanyahu. Ele criticou o fato de que as mais de 7 mil mortes de palestinos estão ocorrendo sem que europeus e americanos tomem uma atitude.

Segundo o chanceler, o Hamas não deve ser considerado como um grupo terrorista e aponta que o massacre contra israelenses em 7 de outubro foi “a explosão de um vulcão” diante da ocupação das terras palestinas. Líderes de todo o mundo condenaram os atos terroristas do Hamas, inclusive o Brasil. Já o regime iraniano, acusado de violações e repressão, vem mantendo o apoio ao grupo.

O chefe da diplomacia do Irã ainda fez uma proposta ao discursar na ONU. Segundo ele, o Hamas está disposto a liberar os civis israelenses que foram sequestrados se 6 mil combatentes do grupo e que estão em prisões israelenses forem liberados. O governo iraniano, segundo ele, receberia esses civis e faria a troca, numa operação na qual também participaria o Catar.

O ministro ainda rejeitou qualquer processo de normalização de Israel na região.

Instantes antes de o governo do Irã tomar a palavra, Israel já havia rejeitado a resolução proposta na ONU que pede um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Enquanto isso, o embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, acusou o governo de Israel de estar fazendo 2 milhões de pessoas reféns.

*Jamil Chade/Uol

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Opinião

A derrota moral de Israel no planeta

Vendo que o silêncio ou a parcialidade da mídia ocidental a seu favor, faliu, Israel não tem mais como manipular a realidade diante de um tsunami de críticas e denúncias da monstruosidade de seu exército contra civis palestinos, sobretudo crianças e mulheres, causando revolta no mundo, Israel passou a investir em manipuladores de redes sociais, supostos historiadores do Brasil, além de seus canais no Youtube, correm para podcasts, vendendo um lero-lero histórico para justificar o colonialismo de Israel na Palestina e, consequentemente os bombardeios que já mataram mais de 3 mil crianças, uma quantidade igual de mulheres, inclusive grávidas.

Pois bem, a patifaria de batina com “arrotos históricos” foge do assunto principal, que é a carnificina, o holocausto contra civis na Faixa de Gaza com um suposto álibi de que o extermínio dos civis é apenas um efeito colateral de uma caça ao Hamas.

Isso só piora ainda mais a deteriorada imagem dos sionistas que barbarizam toda a Palestina.

Como já dissemos aqui, o grane poder de Israel sempre foi a garganta, pois tinha o monopólio da palavra na mídia ocidental, buscando sempre ajeitar as suas versões em que vendia, como repetiu Netanyahu nesta quarta-feira, que o povo da Palestina representa as trevas, e Israel, a luz.

Isso durou 75 anos. Agora, diante de tamanha calamidade na Palestina, provocada por Israel, que obriga até parte da mídia ao menos abdicar da versão de Israel, como se fosse oficial, Israel está sendo cada vez mais detestado no mundo todo.

O que era o paraíso, tudo indica, virou o inferno para os sionistas.

 

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Mundo

Cruz Vermelha pede que Brasil não desista de resolução na ONU

Depois de sucessivos vetos das principais potências no Conselho de Segurança da ONU, a Assembleia Geral vai considerar nesta quinta-feira e sexta-feira uma resolução que pede um “cessar-fogo imediato” em Gaza. O texto, ainda que politicamente seja relevante, tem apenas um aspecto de recomendação.

Seu maior impacto, porém, será o de mostrar o isolamento de EUA e Israel no debate e, assim, aumentar a pressão para que o Conselho de Segurança da ONU destrave as negociações para uma resolução com maior poder.

Numa conversa reservada com o chanceler Mauro Vieira, a presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Marjana Spolyaric, fez um apelo nesta semana para que o Brasil não desista de negociar uma resolução no Conselho de Segurança.

Nos bastidores, um grupo formado por Brasil, França, Suíça, Malta, China e outros países que fazem parte do Conselho tentam resgatar o projeto de resolução do Itamaraty como base de uma nova negociação.

O texto, segundo a versão da Casa Branca, não teve o apoio americano por não incluir a tese da autodefesa de Israel. Mas, para russos, esse termo significaria um sinal verde para continuar atacando, sem que não haja uma referência explícita sobre um cessar-fogo.

*Jamil Chade/Uol

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Tropas israelenses fazem 1ª incursão terrestre em Gaza

Incursão terrestre por tropas israelenses na Faixa de Gaza ocorre 11 dias após o primeiro anúncio. Logo depois, militares voltaram a Israel.

Tropas israelenses fizeram breve incursão por terra na Faixa de Gaza e, então, retornaram ao seu lado da fronteira, em Israel. A movimentação, descrita pelo rádio como “relativamente grande” e interpretada como uma “preparação para um novo estágio de combate”, envolveu a presença de tanques e infantaria, segundo o Metrópoles.

Entre os alvos estariam terroristas, infraestruturas e postos de lançamento de mísseis antitanque do grupo extremista Hamas, de acordo com os militares de Israel. O Ministério da Defesa ainda divulgou que a operação terrestre deve ocorrer em três fases: ataques na região, combate da resistência e saída do Exército do local.

Veja vídeo feito pelas Forças de Defesa de Israel:

Entenda os ataques

  • Primeira fase: ataques aéreos e ofensiva terrestre;
  • Segunda fase: combate contra a resistência dentro da Faixa de Gaza; e
  • Terceira fase: saída das tropas do Exército e criação de “um novo regime de segurança” na Faixa de Gaza.
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Mundo

Quando você terminar de ler essa matéria, um palestino terá perdido a vida em Gaza

Sob os escombros de Gaza, a ONU e sua utopia.

Existe ainda 50% de chance de que seja uma criança. Apenas nas últimas 24 horas foram 756 vítimas que morreram, transformando hospitais em necrotérios onde faltam até sacos para embrulhar os mortos. Os dados do Ministério da Saúde em Gaza fazem parte do informe diário da ONU (Organização das Nações Unidas). Leia o informe completo aqui em inglês.

E, enquanto isso, a comunidade internacional assiste à destruição incapaz de reagir.

Sob os escombros de Gaza não estão apenas 1.600 corpos ainda não identificados. Soterrada está a ONU, incapaz de se reformar, impotente diante dos interesses das potências, silenciada diante de um mundo profundamente fraturado.

Em salões luxuosos em Nova York, Cairo ou Genebra, ministros e embaixadores das principais potências promovem uma triste cena de hipocrisia, cada qual usando a destruição ou o desespero de famílias de reféns para reposicionar seu país conforme interesses domésticos, eleitoreiros ou estratégicos.

Nesta quarta-feira, resoluções de americanos e russos foram mutuamente vetadas, enquanto um cerco medieval asfixia recém nascidos em incubadoras e escreve novas definições de crueldade nos dicionários do século 21.

Olho por olho, num espelho de uma era de vingança, não de Justiça. Assim, já diria Gandhi, ficaremos todos cegos. Pelo menos aqueles que ainda enxergam.

Nesta semana, famílias inteiras foram dizimadas, uma perda irreversível para a Humanidade. Crianças escrevem seus nomes nos próprios braços, na esperança de que, depois de uma vida de abandono, sejam pelo menos identificados na morte.

Como uma mancha no consciente coletivo, Gaza se soma a uma longa e insuportável lista de locais pelo mundo que, ao longo de décadas, foram desumanizados.

Presa sob seus escombros está a utopia de um mundo onde guerras poderiam ter leis e onde a humanidade poderia prosperar com base num ordenamento jurídico mínimo.

Os escombros de Gaza são os espelhos de um fracasso e um certificado de óbito de instituições criadas para garantir a vida.

*Jamil Chade/Uol

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Opinião

Nem os bolsonaristas entendem por que Bolsonaro e seus filhos ainda não foram presos

Qual crime Bolsonaro não praticou? Fixem aqui nos comentários algo considerado crime no Brasil que Bolsonaro e seus filhos não tenham cometido.

A pergunta é, como e por que a justiça dobra os joelhos diante dos crimes de Bolsonaro?

Com isso, a arrogância de Bolsonaro e dos bolsonaristas só aumenta. Não demora, o chefe honorário da milícia nacional permanecerá como um bandido romanceado pelas páginas dos jornalões, com direito a selo comemorativo por seus crimes históricos.

Judiciário não é diretório político. Páginas e mais páginas de relatos de crimes de toda monta pesam sobre as costas de Bolsonaro, de forma tão evidente e clara que nem os bolsonaristas têm coragem de negar.

E o que faz a horda fascista? Associa-se ao crime, vai para o coliseu vibrar com o genocídio por covid, promovido por esse monstro, mesmo perdendo amigos, vizinhos e até parentes.

A prisão de Bolsonaro virou uma novela, uma espécie de redenção, mesmo que ele, politicamente, esteja totalmente falido, há um rescaldo, e não é pequeno, de fascismo nas estruturas do Estado, deixado como fio entre os que ainda, de alguma forma, permanecem no poder e o próprio Bolsonaro, a começar pelo sabotador geral da República, Campos Neto, que mantém as taxas de juros vampíricas, que interessam aos agiotas, que sugam o sangue do trabalhador brasileiro com o aplauso da velha rivalidade da grande mídia contra o povo.

Sim, Campos Neto é uma parede bolsonarista para conservar o que os golpistas conquistaram.

Por isso, a mídia, principal porta-voz dos golpistas, foge do assunto dos juros extorsivos para que o coronelismo rentista vigore como uma espada permanente que o povo tem sobre sua cabeça.

Não são imprevistas as dificuldades que o governo tem para estabelecer uma nova ordem econômica no país, mas, sinceramente, duvido que alguém, em sã consciência, imaginaria que o presidente do Banco Central engasgaria de propósito no desenvolvimento brasileiro como se fosse a autoridade máxima do país, esta, hoje, ainda guiada pela visão de Paulo Guedes e Bolsonaro.

O fato é que o genocida segue livre e feliz, mesmo com tantas formas de derrota política que acumulou, porque a palavra mágica, condenado, que moveria as pedras tectônicas da economia brasileira, sofre um apodrecimento dentro do judiciário, ainda cheio de salamaleques, para punir um criminoso cristalizado pelos fatos e provas.

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Mundo

Uma criança palestina morta a cada 9 minutos; nenhuma delas militante do Hamas

“Esse crime bárbaro contra a infância só tem equivalência em termos de monstruosidade com o Holocausto”, diz Jeferson Miola.

Em 15 dias de ofensiva genocida na Faixa de Gaza, Israel já matou 5.791 palestinos. Dentre as vítimas, 2.360 crianças e 1.230 mulheres, segundo informes de autoridades sanitárias do território acompanhadas por técnicos da OMS – Organização Mundial de Saúde.

Em média, são quase 160 crianças palestinas mortas por dia, o que corresponde a praticamente 7 crianças mortas por hora – uma a cada 9 minutos.

Não consta em nenhum registro fotográfico, jornalístico ou documental, que uma única dessas crianças assassinadas estava armada, em combate; ou que fosse militante do Hamas ou estava entrincheirada.

Considerando-se, porém, o “parâmetro de compensação” sionista, que considera que a vida de um israelense equivale à vida de pelo menos 100 “animais selvagens” palestinos, esta terrível proporção deverá se multiplicar muitas vezes ainda.

E Israel está trabalhando forte para atingir este escore tétrico. O gabinete nazi-fascista de guerra faz um esforço danado. Seguem-se os bombardeios, as destruições, os ataques desproporcionais e o morticínio com bombas de fósforo branco e fuzilamentos.

Nem hospitais são poupados nesta ofensiva criminosa que não pode ser chamada, do ponto de vista técnico e legal, de guerra, porque é um genocídio!

Israel controla totalmente a “câmara de gás” conhecida pelo nome de Faixa de Gaza, embora não causaria nenhuma estranheza se se chamasse Auschwitz.

Israel detém sob seu controle a energia elétrica, a comida, os remédios, a água, os combustíveis e todos recursos elementares de vida.

A Faixa de Gaza é a maior prisão ao céu aberto do mundo. Cercada e monitorada por terra, mar e ar pelo regime sionista de apartheid.

Mandela já havia ensinado lá atrás, há mais de meio século, que a luta do povo sul-africano contra o apartheid tinha absoluta identidade com a luta do povo palestino. Duas formas idênticas de racismo, colonialismo, escravidão, segregação e subjugação humana.

Israel está fortemente empenhado em seguir com seu plano de extermínio para ocupação da “terra prometida”. Trata-se, portanto, de um passo insano rumo ao aprofundamento do regime étnico-teocrático fundamentalista. Isso não combina com modernidade democrática e civilizacional, com laicidade.

Em nome disso, desse Estado étnico-teocrático fanático, é preciso cortar todo o mal pela raiz, entendem os sionistas. É necessário extirpar e esterilizar até a última semente. Por isso mais de 50 mil mulheres palestinas grávidas estão sob o ataque asqueroso de Israel.

Funcionários da ONU testemunham o colapso humanitário. Apesar disso, a tragédia transcorre sem parar, como num filme transmitido em tempo real para a excitação de uma plateia estupidizada e desumanizada que se entretém com o espetáculo dantesco de dizimação do povo palestino.

A tragédia vai descendo degraus cada vez mais profundos do precipício. A tragédia de Gaza nos aproxima do fim da humanidade. Estamos muito próximos da falência absoluta de um ideal aceitável de sociedade humana.

Israel mata uma criança palestina a cada 9 minutos. É disso que precisamos falar! É isso que precisamos deter!

Nenhuma dessas crianças mortas a cada 9 minutos é militante do Hamas. Nenhuma delas que foi assassinada estava armada ou em combate. Nenhuma dessas crianças assassinadas a cada 9 minutos por Israel estava entrincheirada.

Todas essas 2.360 crianças assassinadas até aqui, 15º dia da ofensiva genocida, estavam nas suas casas, nas suas escolas, brincando inocentemente sobre os destroços da destruição causada pelos bombardeios do regime sionista de apartheid nas suas casas, nas suas escolas, nos seus hospitais …

Cada hora de inação criminosa e cúmplice da ONU representa a morte de 7 crianças palestinas.

Mas esta cifra “ainda modesta” de mortes de “animaizinhos selvagens”, como o ministro sionista da Defesa chamaria as crianças palestinas, é bastante provisória, porque está em constante crescimento.

O morticínio palestino crescerá de modo exponencial quando Israel decretar o momento da “solução final”. As crianças, as mulheres e as pessoas idosas, ao lado da verdade, serão, como sempre, as primeiras vítimas da barbárie.

*Jeferson Miola/247

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Vetos de EUA, China e Rússia paralisam ONU diante de guerra em Gaza

Numa votação que escancarou o impasse internacional diante da crise no Oriente Médio, o Conselho de Segurança da ONU fracassou uma vez mais em encontrar um consenso sobre como lidar com a atual guerra na Faixa de Gaza. Em duas votações, os membros do órgão máximo da entidade não chegaram a um acordo.

O impasse ocorre ainda num momento de crise diplomática declarada entre Israel e a ONU, que passou a ter seus representantes barrados de entrar no país, e quando a agência alerta que seus estoques de alimentos, água e combustível se esgotaram.

Num primeiro momento, foram os russos e chineses quem vetaram uma resolução dos EUA. A resolução somou dez votos de apoio (França, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta Reino Unido, Albânia e EUA), três contra (China, Rússia e Emirados Árabes) e duas abstenções, entre eles o do Brasil.

No documento, a diplomacia de Washington condenava o Hamas e insistia na necessidade de se reconhecer que Israel tem o direito a autodefesa. O texto falava sobre a possibilidade de um corredor humanitário e mesmo uma pausa humanitária. Mas era considerado como inaceitável pelos países árabes, que insistem sobre a necessidade de que se declare um “cessar-fogo imediato”.

Para o governo chinês, a resolução americana é “irresponsável”. O motivo do veto, segundo os asiáticos, é a ausência de qualquer pedido de cessar-fogo por parte dos americanos no documento. Pequim alerta que, da forma que foi apresentado, o texto autoriza ainda uma escalada do conflito. “O texto não é equilibrado e nem pede investigação sobre os ataques contra o hospital Al Ahli”, disse o chefe da delegação chinesa, Zhang Jun. Para Pequim, o texto ergue uma “nova narrativa” sobre a situação no Oriente Médio.

O governo russo também se recusou a apoiar a resolução e alertou que não houve consultas com os demais membros do Conselho. O texto, segundo o Kremlin, não fala de um cessar-fogo e nem condena ataques contra civis, além de não lidar com a evacuação ordenada por Israel da população palestina.

Para Moscou, a resolução apenas tem um “objetivo politico” para os EUA, enquanto Israel pode conduzir sua invasão terrestre. “É uma licença para isso”, disse o embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya . “É inaceitável. O Conselho não pode permitir isso. Seria um descrédito para o Conselho”, alertou.

Para Moscou, o documento “apenas serve interesse geopolíticos” dos americano e da um “sinal verde” para invasão terrestre.

Linda Thomas-Greenfileld, embaixadora dos EUA, lamentou o comportamento dos russos e alegou que, quando pediu na semana passada que se esperasse a visita de Joe Biden para a região, o governo americano sabia que uma solução diplomática poderia surgir.

Segundo ela, a viagem abriu passagem para uma ajuda para Gaza. “Agora, precisamos ir além e essa resolução iria apoiar isso”, disse a diplomata. Para ela, o governo americano incluiu termos como “pausa humanitária”. Mas alertou que o documento precisava defender a ideia de que Israel tem direitos de garantir sua segurança e deveria condenar o Hamas.

Segunda resolução também vetada
Minutos depois, foram os americanos e britânicos quem vetaram uma resolução proposta pela Rússia, enquanto a crise de milhares de palestinos se agrava. O texto pedia um cessar-fogo. Mas não citava o direito de Israel de se defender.

O documento proposto por Moscou sequer somou os votos suficientes para ser aprovada. Ela contou com apenas quatro apoio, dois votos contra e nove abstenções, entre eles o Brasil. Para o governo americano, a manobra russa era “hipócrita” e buscava apenas ganhar “pontos políticos”. Para ser aprovada uma resolução precisa de pelo menos nove votos de apoio e nenhum veto.

*Jamil Chade/Uol