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Julia Zanatta, musa do fascismo nativo, era proprietária e “porta voz” do clube de tiro onde Adélio, Carlos e Eduardo Bolsonaro treinaram

Zanatta, em faniquito na Câmara de deputados, no calor de sua histeria, gritou: quem mandou matar Bolsonaro?

Ora, essa pergunta vinda dela, soa como ironia, afinal, foi em seu clube de tiro que Adélio, o grande protagonista da farsa da facada, andou treinando tiro.

Para piorar, Carlos e Eduardo Bolsonaro frequentaram não só o seu clube, como sua casa, que também serviu de dormitório para dois filhos de Bolsonaro.

Quando a moça, na Câmara, nesta terça-feira, estranhamente, começa a berrar contra a citação do nome de Marielle, o que já chama a atenção, ela aproveita e reproduz aqueles clichês de Celso Daniel e da própria falsa facada, com um detalhe, ela não cita o nome de Adélio.

Aliás, existem dois misteriosos tabus que orbitam o mundo do clã Bolsonaro, que são  de uma espécie de pacto de não agressão verbal contra Adélio, muito menos contra o porteiro do Vivendas da Barra.

A pergunta desses caras já vem pronta, por que tanta primasia na hora de caminhar sobre as cascas de ovos? Já que os dois são tratados pelo clã como vedete da cristaleira do QG fascista.

Júlia Zanatta parece ser parte do pacto, pelo menos teve o estranho cuidado em falar da “facada” e não citar o nome do seu mais famoso cliente do clube de tiro, Adélio Bispo.

Isso tudo deveria ser profundamente investigado pela esquerda, por que podem apostar, tem coelho nessa cartola. É muita coincidência para ser coincidência.

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Basta surgir um fato novo sobre o caso Marielle para Adélio ser lembrado e Bolsonaro se internar

É no mínimo estranho que todas as vezes que aparece um fato novo sobre o assassinato de Marielle Franco, o nome de Adélio, nitidamente impulsionado por algum mecanismo ligado a Bolsonaro e, lógico, os bolsonaristas delinquentes não só espalham, como se esbaldam nas teorias da conspiração, argumento único desses malucos fascistas.

Outra coisa que assombra no caso de Marielle e outros escândalos que envolvem Bolsonaro, é a internação hospitalar imediata de Bolsonaro para cirurgias na próxima segunda-feira.

O interessante é isso ocorrer cinco dias após a publicação de uma reportagem na Agência Pública por Jamil Chade e Bruno Fonseca, intitulada “Governo Bolsonaro escondeu caso de homem detido em Cancún acusado da morte de Marielle”, publicado também aqui no blog.

Ora, todas as vezes que o nome de Marielle vem à tona, junto vem o nome de Ronnie Lessa, vizinho de 50 metros da casa de Bolsonaro no Vivendas da Barra.

Então, vem a pergunta, se Bolsonaro não tem nada a ver com isso, por que, ao invés de publicizar esse fato, colocou toda a máquina do governo para esconder? Qual é o propósito?

Por que os bolsonaristas não comentam essa nova revelação sobre a morte de Marielle? Ao contrário, Bolsonaro, como inúmeras vezes, quando se viu em apuros, correu para se internar, o que nos dá o direito de não acreditar que haja realmente enfermidade nessa sua nova internação.

É muita coincidência para ser coincidência.

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Joaquim de Carvalho: Por que Carlos Bolsonaro não prestou depoimento no inquérito sobre o evento de Juiz de Fora?

Os dois estiveram próximos duas vezes. Em Florianópolis, quando Adélio fez curso de tiro. E em Juiz de Fora, quando Carlos se tranca no carro ao ver Adélio.

Uma das lacunas da investigação sobre a facada ou suposta facada em Juiz de Fora é a presença de Carlos Bolsonaro em Florianópolis no mesmo dia em que Adélio Bispo de Oliveira fazia o curso de tiro no .38, em 5 de julho de 2018.

O inquérito não faz referência se Carlos frequentou o .38 naquele dia, mas sua ida à cidade tinha o objetivo de ir ao local, de que era associado fazia três anos e ao qual prestou homenagem, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, conforme mostra o diploma afixado na parede da recepção.

Quando fiz o documentário “Bolsonaro e Adélio – Uma fakeada no coração do Brasil”, perguntei ao .38 se Carlos Bolsonaro esteve no local naquele dia e se havia imagens das câmeras de segurança. Um relações públicas do clube me atendeu, pediu que formalizasse a solicitação por e-mail, o que fiz e não recebi resposta.

Dois representantes do .38 prestaram depoimento no inquérito, o instrutor de tiro e um proprietário, mas não foram questionados sobre a presença de Carlos Bolsonaro. Um deles disse que, nesse dia, Adélio, à certa altura, ficou sentado na poltrona, mexia no celular e olhava sempre para a porta de entrada.

Adélio estava fazendo o curso, pelo qual receberia certificado, e pelas aulas recebidas teria pago três vezes o valor do aluguel do quarto onde vivia. Adélio não tinha arma. Em 7 de setembro, um dia depois do evento em Juiz de Fora, o Jornal Nacional publicou reportagem com entrevista da porta-voz do clube.

“Ele chegou aqui, fez um cadastro, foi acompanhado, após fazer um cadastro e dar a identidade dele, como todo e qualquer cidadão que vem aqui, por um instrutor para a prática de tiro. Esse instrutor fica junto no momento em que a arma é escolhida. Fica junto a todo instante”, disse Júlia Zanata, que, mais tarde, seria nomeada por Jair Bolsonaro para um cargo regional da Embratur em Santa Catarina.

Nas redes sociais, Júlia Zanata se destacou como militante bolsonarista e recorreu à Justiça para tentar tirar o documentário do YouTube, mas não conseguiu. A censura viria por iniciativa do próprio YouTube, alguns meses antes da eleição no ano passado.

O delegado da Polícia Federal Rodrigo Morais, que investigou o caso, disse a membros de sua equipe que havia dificuldade para investigar o entorno de Bolsonaro, mas, em junho de 2021, quando apurávamos o evento de Juiz de Fora, considerava a hipótese do auto atentado “plausível”.

Na época, o Tribunal Regional Federal da 1a. Região analisava a possibilidade de reabertura do inquérito para, em princípio, analisar o celular e o computador apreendido no escritório de Zanone Júnior, que foi o advogado de Adélio.

Ele dizia que, se o caso fosse reaberto, avançaria na investigação, não apenas analisar os arquivos de Zanone. O delegado cogitava pedir autorização do Supremo Tribunal Federal para uma perícia médica em Bolsonaro.

“Ninguém é obrigado a produzir prova contra si, mas eu pediria, para saber se o que provocou o ferimento”, disse a dois agentes da Polícia Federal.

Quando o caso foi reaberto, Rodrigo Morais acabou promovido para um cargo nos Estados Unidos, e quem assumiu a investigação foi o delegado Martin Bottaro Purper, que tinha investigado a facção criminosa PCC.

Algumas semanas depois, o jornal Metrópoles publicou reportagem sobre a linha de investigação: Purper estaria buscando verificar se havia ligação de Adélio com a facção criminosa.

Nunca mais a Polícia Federal tocou no assunto publicamente, mas a notícia gerou barulho na internet. A militância bolsonarista tentava ligar Adélio ao PCC e o PCC a Lula. Puro delírio, mas em época de campanha o barulho poderia ter efeito junto aos eleitores.

Carlos Bolsonaro é chave para eliminar as lacunas do inquérito sobre o evento de Juiz de Fora. Um vídeo publicado no documentário “Bolsonaro e Adélio – Uma fakeada no coração do Brasil” mostra que Adélio tenta se aproximar de Carlos na tarde de 6 de setembro de 2018, logo após a chegada de Bolsonaro ao Parque Halfeld, início da caminhada pelo calçadão.

Ao vê-lo, Carlos Bolsonaro entrou no carro e se trancou. Em entrevista a Leda Nagle, Carlos falou sobre essa aproximação, que ele não poderia negar, já que as imagens tinham se tornado públicas.

“Tem um determinado momento da gravação do meu pai em Juiz de Fora em que eu saio do carro e o Adélio vem na minha direção, e eu, por um acaso, volto no carro e, quando eu entro no carro novamente, ele recua porque viu que não conseguiria chegar até mim. Tem essa gravação. É público, todo mundo consegue ver. Então, eu voltei para o carro e dez minutos depois aconteceu o que aconteceu”, afirmou.

Se, ao se trancar no carro, desconfiou do homem que usava jaqueta preta apesar do calor na cidade, deveria ter alertado os seguranças.

Sobre a presença em Florianópolis no mesmo dia em que Adélio fazia o curso, contou que, naquele dia, não esteve no clube de tiro.

“Esse cidadão chamado Adélio esteve no clube de tiro .38 no mesmo dia em que eu estava em Florianópolis. Por um acaso, naquele dia, eu não fui ao clube de tiro. (…) Aloprei com um amigo meu que temos mais ou menos a mesma personalidade. ‘Não vou praí, vou pro hotel e dane-se. Não fui'”, disse, na mesma entrevista a Leda Nagle.

Se o clube de tiro tivesse atendido à minha solicitação para ver imagens daquele dia, seria eliminada a dúvida sobre o que diz Carlos Bolsonaro: se não esteve mesmo no clube de tiro naquele dia.

Se a Polícia Federal tivesse examinado o deslocamento de Carlos Bolsonaro a partir de seu celular, também se saberia por onde andou em Florianópolis.

Mas, como não investigava a hipótese de auto atentado, o delegado Morais não requisitou as imagens do clube nem examinou o celular de Carlos Bolsonaro.

A Leda Nagle, Carlos Bolsonaro sugere que poderia ser alvo de Adélio, o que não faz sentido. Examinando a rede social dele, é possível verificar que Adélio só começou a atacar Bolsonaro alguns dias depois do curso no .38.

Entrou na própria página de Jair Bolsonaro no Facebook e o ameaçou. Foi a partir daí que também passou a criticar as propostas de Bolsonaro, e reproduziu entrevista antiga, em que Bolsonaro defende guerra civil no Brasil, com a morte de 30 mil pessoas.

São postagens muito diferentes daquelas que vinha fazendo antes de realizar o curso de tiro, em que defende um projeto de lei apresentado por alguns deputados, entre eles Bolsonaro, para a redução da maioridade penal.

Também era favorável ao serviço de militares em projetos de lazer e educação para jovens. Atacou o projeto de lei que criminaliza a homofobia, apoiado por Jean Wyllys, então deputado pelo PSOL, que os bolsonaristas tentariam ligar a ele.

Esse comportamento, sobretudo as contradições, devem ser investigadas, se o que se busca, no caso de Juiz de Fora, é a verdade factual.

*Joaquim de Carvalho/247

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Adélio e Moro, está complicado criar uma nova fraude eleitoral, né meu filho?

Sem ter como editar as fotos de capa que deram a Bolsonaro a eleição de 2018, ele precisa adicionar alguma outra farsa que lhe tire das cordas.

Melhora rápida na economia é capaz de ajudar Bolsonaro? Não.
Para chegar a essa tragédia econômica que chegamos Guedes e Bolsonaro levaram quase 4 anos.

A campanha do sujeito então está em busca um fato novo para impulsionar sua candidatura.

Mas o cara só consegue criar fatos novos contra o próprio pé. É nesse contexto que o Centrão passou a trabalhar com combinações cabalísticas que ajudariam a melhorar o desempenho do burro empacado.

Para que qualquer mudança tenha efeito prático nas pesquisas, porém, a equipe acredita que um anúncio bombástico capaz de rebocar o inútil teria que ser feito até 5 de julho.

Ou seja, mágica, ilusionismo, arte performática, ilusão, artifício, cascata, caô, mentira grotesca.

Mas, como o nulo não faz outra coisa na vida que não seja mentir e nada dá certo pra ele, como ele vai criar de seu repertório uma manobra inesperada?

O momento vivido por Bolsonaro é descrito por aliados como um “grande inferno astral” que precisa ser revertido rapidamente, mas ninguém tem a mínima ideia de algo que possa catapultar uma candidatura sem projeto executados por seu governo e muito menos o que faria num eventual e cada dia mais improvável 2º mandato.

Pra piorar de vez, além da crise econômica, intensificada pelo novo reajuste da Petrobras sobre os combustíveis, outros problemas apontados pela campanha é a postura de Bolsonaro diante das mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, além da vitória de um novo governo em mais um país da América Latina.

Trocando em miúdos, Bolsonaro sem Moro e Adélio, está num mato sem cachorro e não tem coelho na cartola.

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Política

Quem está mais desesperado com a provável vitória de Lula, Carluxo, Merval ou Bolsonaro?

O que leva uma pessoa ao desespero? No caso de Bolsonaro, Carluxo e Merval, a resposta tem quatro letras, LULA.

Carluxo hoje se superou. O Maquiavel do Vivendas da Barra, aquele condomínio aonde também morava Ronnie Lessa, o assassino de Marielle, é puro desespero. O balão que ele soltou hoje, tentando ligar o PT à farsa da facada que, segundo Bebianno, aquele morrido do coração por alguém, foi armada por Carluxo quando assumiu a frente da campanha de Bolsonaro em Juiz de Fora.

Pois bem, esse mesmo Carluxo, que está mergulhado na mesma lama que o pai, não esconde o estado emocional de extrema apreensão, ansiedade e medo com o baixo desempenho de Bolsonaro na campanha e, por outro lado, Lula assumindo uma dianteira cada vez mais ampla com tudo para crescer ainda mais.

Lógico, Bolsonaro já sentiu o estado de profundo desânimo de sua campanha. Daí o desespero de Carluxo tentando buscar qualquer ação que tire os bolsonaristas desse estado de letargia típica dos desalentados.

Sua história de hoje é das mais quixotescas, mesmo se comparado ao uso recorrente do embuste para tirar o pai de situações embaraçosas, como foi com as últimas internações em que Bolsonaro se dizia entupido de cocô em função da facada de Adélio. Aquela facada sem faca e sem sangue que já virou piada nacional.

O fato é que o desespero de Carluxo e de Bolsonaro está incontrolável, é daquele desespero que não vê saída para fugir da derrota e, consequentemente da cadeia.

Agora, segundo o twitter de um anônimo, Adélio prestou um novo depoimento gravado pela PF, em que tira a culpa do Psol e diz que a facada foi encomendada pela campanha de Haddad.

Quando Hidelgard Angel antecipou essa paspalhice de Carluxo, dizendo que esse era o tal “algo novo” que salvaria o Brasil, pensei, acho que ela exagerou. A imbecilidade desses dementes não chegaria a tanto. Mas parece que eles realmente estão se confessando derrotados para colocar uma comédia dessa na praça. Eles já não conseguem raciocinar sequer como loucos, tal o grau de desespero em que se encontram com a iminente derrota de Bolsonaro em 2022.

Já Merval, que deve ter pesadelos com Lula subindo a rampa do Palácio do Planalto, esta noite caiu da cama, bateu com a cabeça na bigorna e esculhambou com a justiça brasileira, dizendo que, se Moro é um bagunça, ele não é um ponto fora da curva dessa esculhambação que é a justiça brasileira, porque ninguém no mundo dos togados é imparcial.

Ou seja, segundo o inacreditável Merval, não poderia ser este o motivo da anulação da condenação de Lula.

Segundo fontes do hospício Últimos Horizontes, essa piada contada por Merval, foi oferecida para Carluxo que refutou dizendo, aí não, já é humilhação, vão acabar dizendo que sou maluco de pedra.

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Política

Site dos EUA publica reportagem que liga o clube de tiro .38, a indústria de armas nos EUA, Bolsonaro e Adélio

Joaquim de Carvalho – A publicação aponta Júlia Zanatta, porta-voz do .38 e filiada ao PL (novo partido de Bolsonaro), como elo com a extrema direita norte-americana (Steve Bannon) e um clube de tiro de Nebraska que exibe sinais de idolatria ao nazismo.

Enquanto a mídia brasileira silencia sobre a hipótese do autoatentado no caso da facada ou suposta facada em Juiz de Fora, uma publicação sediada em Nebraska, nos EUA, publicou extensa reportagem que liga o episódio à extrema direita norte-americana e, especialmente, à indústria das armas.

Seeing Red Nebraska, uma publicação que se assume editorialmente como de esquerda, cita a porta-voz do clube de tiro .38 no Brasil, Júlia Zanatta, como elo entre o episódio de Juiz de Fora, a poderosa NRA (National Rifle Associatin), a família Bolsonaro e a extrema direita que tem Steve Bannon como protagonista.

Como recompensa, sugere a reportagem, Júlia Zanatta foi nomeada como coordenadora da Embratur na região sul do Brasil, além de disputar eleições para prefeita de Criciúma, Santa Catarina, com apoio da família Bolsonaro.

“Em maio de 2019, Zanatta mentiu duas vezes para um jornalista de rádio de sua cidade natal no sul do Brasil (Criciúma) quando disse que o filho de Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, nunca havia se encontrado pessoalmente com Olavo de Carvalho antes do início daquele ano. Ela também escondeu a informação de que Steve Bannon visitou a casa de Olavo em Petersburg, Virgínia, enquanto ela e Eduardo Bolsonaro frequentaram o mesmo lugar por pelo menos uma semana em janeiro de 2019”, relata.

Segundo a publicação, Steve Bannon foi à casa de Olavo em Petersburg, Virgínia, “para se atualizar sobre o cenário político no Brasil”. Eduardo e a própria Júlia estiveram com Olavo de Carvalho dois anos antes, em janeiro de 2017, antes de irem ao Shot Show de Las Vegas, “a maior feira anual para os entusiastas de armas dos Estados Unidos”.

Em setembro de 2018, lembra a reportagem, Júlia era namorada de Tony Eduardo, dono do clube de tiro .38. Nessa época, “o clube ganhou as manchetes após o esfaqueamento do então candidato presidencial Jair Bolsonaro”.

Adélio fez ali um curso de tiro, dois meses antes de ir a Juiz de Fora e ser preso após a facada ou suposta facada em Jair Bolsonaro, o que alavandou a candidatura deste a presidente da república.

A citação de Tony Eduardo é particularmente interessante para a publicação porque, segundo a reportagem, o brasileiro era funcionário do 88 Tático, que é talvez o maior clube de tiro do mundo e que exibe sinais veementes de apreço pelo nazismo.

O 88 Tático é tema frequente das reportagens do Seeing Red Nebraska. A entidade usa símbolos de inspiração nazista, desde o próprio nome: 88, que seria uma referência à oitava letra do alfabeto, H, a primeira letra de Heil. O outro H seria de Hitler. Heil Hitler. Salve Hitler.

O 88 Tático também promoveu o café SS. Na embalagem, seus diretores dizem que seria a sigla de Silencer Smooth (silenciador suave), mas o mundo identifica SS com Schutzstaffel, a milícia que era ligada ao partido nazista.

A logomarca do 88 Tático é também uma referência ao símbolo nazista: um pássaro que se assemelha a uma águia carregando o numeral de asas abertas e com a face virada para o lado direito. No brasão do partido nazista alemão, havia uma águia adornada pela suástica virada para o mesmo lado.

Júlia Zanatta é citada na Seeing Red Nebraska como uma das estudantes que fizeram o curso do Institute For US Law (IUSLAW) em Washington, e que também praticou tiros do 88 Tático, assim como Eduardo Bolsonaro e esposa, além de Carlos Bolsonaro.

Símbolos do 88 Tático foram vistos na roupas de militantes de extrema direita que tentaram invadir o Capitólio nas vésperas da posse de Joe Biden, e o site norte-americano lembra que Eduardo Bolsonaro esteve na Casa Branca na véspera do episódio e, no dia da invasão, se encontrou com o empresário Michael Lindell, apoiador de Trump.

A reportagem cita que Júlia Zanatta ganhou espaço político depois do episódio da facada (ou suposta facada), em que, falando em nome do .38, declarou que Adélio tinha estado lá um único dia.

Equivocadamente, Seing Red diz que Julia teria dito que Adélio fez curso de um único dia. Na verdade, não foi isso que ela declarou. Júlia disse que Adélio fez o cadastro, e não voltou mais. Não é verdade. Adélio fez curso de três dias e até obteve certificado. No último dia, 5 de julho de 2018, dividiu o espaço de estandes com Carlos Bolsonaro.

A reportagem lembra que Julia Zanatta foi candidata a prefeita de Criciúma no ano passado, com apoio da família Bolsonaro. Terminou em terceiro lugar, filiada ao PL. A reportagem não cita, mas é preciso registrar que o PL, de Valdemar da Costa Neto, é o partido a que Bolsonaro deve se filiar para disputar a reeleição.

A reportagem, realizada com base em fontes protegidas pelo anonimato, também sugere que Bolsonaro pode ter tido financiamento da poderosa NRA, mas, neste ponto, defende a necessidade de que as autoridades investiguem em profundidade.

Indícios existem, mas é preciso que haja disposição para colocar o dedo nesta ferida aberta.

*Publicado no 247

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Vídeo: Com Gentili, Bolsonaro se contradiz e desmente a versão que justificava a falta de sangue na “facada”

TRF1 libera nova investigação no caso da suposta facada de Adélio em Bolsonaro.

Algumas referências indicam que há nisso um dedo do próprio bolsonarismo para tentar requentar pela vigésima vez um embuste grosseiro em que as versões estão empilhadas de contradições.

O que nos leva a crer que há um dedo do bolsonarismo nessa história, é a prosa cheia de alaridos nas redes das deputadas Bia Kicis e Carla Zambelli, duas das mais proeminentes mentirosas, figuras pra lá de manjadas nas redes sociais. E se elas estão comemorando, boa coisa não tem por trás disso, é o óbvio.

Mas não fica só nisso, o próprio Flávio Bolsonaro deixou claro hoje nas redes que é uma tentativa de manter a farsa no ar por motivos eleitorais. Ele escreve, “nós temos o direito de saber quem mandou mandar meu pai”. E arremata a xaropada de que o pai até hoje sofre as consequências da facada comédia, dando uma pitadinha de dramalhão mexicano ao comentar sobre uma suposta angústia do pai por ter que enfrentar novas cirurgias para o resto da vida.

Aqui vamos focar nas teorias derrubadas pelo próprio Bolsonaro, de que, como a faca tinha entrado e saído rapidamente, além de não ficar suja de sangue, também não produziu nenhum sangramento externo.

O que fica mais difícil de entender é, primeiro, por que colocaram toalhas em sua barriga se não havia sangue? Segundo, por que tantas tolhas? Terceiro, de onde saíram tantas toalhas, de maneira tão rápida, no meio daquela confusão?

Pois bem, no vídeo abaixo, Bolsonaro é bem didático e diz que, ao contrário de uma briga de bar em que o sujeito enfia a faca no outro e puxa, no caso dele, Adélio enfiou a faca e rodou. Bolsonaro disse isso duas vezes.

Ou seja, o próprio, possivelmente por ter combinado mal a versão, entrega a rapadura, já que ele disse ser uma faca de 25cm, o que derruba a tese de que a velocidade da facada em linha reta impediu que ficasse qualquer vestígio de sangue.

Assistam ao vídeo e vejam o próprio Bolsonaro contradizendo a versão de que a facada foi rápida e que, por isso, não produziu sangramento externo.

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O inconformismo inócuo da Folha contra o documentário que desmascara a farsa da facada

Folha de São Paulo, uma das idealizadoras da fantasiosa terceira via, não apresentou um argumento que desse crédito a sua fantasiosa tese de que o documentário de Joaquim de Carvalho, “Bolsonaro e Adélio, uma fakeada no coração do Brasil” é teoria da conspiração.

Pois bem, aqui vamos nós. A primeira coisa que ocorreu na sociedade quando viu as imagens da “facada” foram gargalhadas generalizadas pela falta de sangue do suposto atentado.

Eu mesmo fiquei sabendo do fato numa rodinha de frentistas num posto de gasolina que tinha nas mãos, via Whatsapp, uma série de imagens da tal facada, em nenhuma delas aparecia uma mísera gota de sangue.

Detalhe, muitos deles, por morarem em periferia ou favela, relataram terem visto várias pessoas feridas por facada em que algumas morreram e, outras, sobreviveram, mas que todas exibiam poças de sangue.

No entanto, na época, a mídia espalhou uma versão de que era sim possível, em casos raríssimos, sem apresentar nenhum, uma pessoa, dependendo da velocidade em que foi enfiada e retirada a faca, em fração de segundos, não sangra.

O problema é que a mídia esqueceu de combinar com o centroavante russo, o próprio Bolsonaro, que fez um golaço contra essa versão da mídia, pois é o mesmo que, exibindo umas três cicatrizes de uma facada sem sangue, disse rigorosamente o oposto do que conjecturou a mídia.

Bolsonaro disse a Danilo Gentili que Adélio enfiou a faca e rodou. Imagina isso, o cara enfia a faca na barriga, roda as tripas do outro, puxa e não sai vírgula de sangue.

Mas a Folha, para marretar o documentário “petista”, simplesmente ignorou essa gigantesca falha da narrativa da mídia na época contraditada pela fala do próprio esfaqueado.

Só de enfiar a faca que foi supostamente encontrada, sem querer, completamente distante do local do atentado, já caberia uma outra investigação, até porque não foi encontrado qualquer vestígio, veja bem, nem é mais sangue que falamos, vestígio de tecido humano e nem digital de Adélio em parte nenhuma da faca.

Mas para a Folha parece ser algo possível e coerente.

Agora, sou eu que digo que, uma das coisas que mais me chamaram a atenção, foi o fato de que naquela confusão toda, dois delicados momentos me causaram espanto. O primeiro, foi a quantidade de gente protegendo Adélio maior do que a que protegia Bolsonaro depois de supostamente ser esfaqueado. O segundo, é uma toalhinha branca que surgiu do nada naquele tumulto para cobrir o suposto ferimento que não tinha qualquer sangue.

Então, vem a pergunta, de onde saiu a toalhinha de forma tão rápida? E por que a necessidade dela se não havia sangue para ser estancado ou camuflado?

Tempos depois fiquei sabendo que vários seguranças tinham uma toalhinha daquela no bolso, mas nada disso faz a Folha parar para pensar, muito menos acha estranho os mesmos chefes da segurança, relapsos, que deixaram um sujeito franzino de 1,70m furar um bloqueio de uma verdadeira muralha da China que cercava Bolsonaro e desferir-lhe um golpe, e com o pé de apoio, certamente, retirado do chão, o que diminuiria força, a velocidade e a destreza de Adélio na hora do ato.

E Bolsonaro ainda afirma que ele enfiou a faca e rodou. Já Flávio Bolsonaro foi capaz de afirmar que o ferimento foi apenas superficial.

Essa chefia da segurança de Bolsonaro, em qualquer lugar do mundo, seria mais que demitida, investigada para averiguar a cumplicidade de uma emboscada. Ao contrário disso, esses seguranças foram promovidos pelo próprio Bolsonaro, numa espécie de meritocracia reversa, ou seja, quanto pior, melhor.

Não dá para comentar aqui cada suspeita levantada por Joaquim de Carvalho que, ao contrário da Folha, que afirma que uma quantidade enorme de fatos é fantasia conspiratória, o autor em nenhum momento afirmou que tudo não passou de uma farsa. Mas eu afirmo, e sem o menor medo de errar. Afirmo mais, parte do jornalismo da Folha parece mais do que querer comprar a xaropada armada por Carluxo, ser mais realista que o rei, sem apresentar qualquer argumento.

Mas a Folha, certamente, acha que devo tê-la em minha conta como fonte inconteste de informação límpida, transparente e isenta de qualquer subproduto da terceira via, mesmo que não apresente qualquer argumento.

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Vídeo: Frota entra com pedido de CPI da falsa facada. Será que os bolsonaristas vão apoiar a CPI?

Os bolsonaristas querem mesmo saber quem está por trás daquela farsa da facada? Pois bem, Alexandre Frota entrou com pedido de CPI para que esse fato seja apurado. Vamos ver o que o clã fala sobre isso e o que os parlamentares bolsonaristas vão dizer essa proposta de CPI de Frota.

Dependendo da resposta dessa turma, saberemos de cara se tudo aquilo foi ou não uma grande armação, como mostra o excelente documentário de Joaquim Carvalho, “Bolsonaro e Adélio, uma fakeada no coração do Brasil”, disponível no Youtube.

Assista:

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Quem apagou o perfil de Adélio?

Perfil de Adélio é desativado no dia da divulgação de documentário sobre a facada.

No mesmo dia em que ouviu que a TV 247 faria um documentário sobre a facada, Fábio Morato, formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Catarina, hoje morador da Nova Zelândia, entrou no Facebook e começou a olhar o perfil de Adélio Bispo. Ele fez alguns prints de postagens do autor da suposta facada do presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018 e saiu para ir à academia. Uma hora depois, quando voltou, notou que a conta de Adélio Bispo havia sido desativada.

Esse caso é relatado pelo jornalista Joaquim de Carvalho no documentário “Bolsonaro e Adélio – uma facada no coração do Brasil”, produzido pela TV 247 (assista no final deste texto). “Ele pesquisou as redes sociais de Adélio e fez uma descoberta alarmante. Em 18 de julho deste ano, mesmo trancado num presídio de segurança máxima e proibido de usar a internet, o perfil de Adélio foi desativado no Facebook”, conta Joaquim de Carvalho.

Morato encaminhou para Joaquim dois prints: “um do horário em que fez a pesquisa, no dia da live, outro de algumas horas depois, quando retornou da academia e não encontrou mais as postagens de Adélio”.

Quem estará com a acesso às redes sociais de Adélio? Esta é uma das perguntas trazidas pelo documentário que traz elementos para que seja reaberta as investigações sobre o caso. Para o jornalista, é preciso considerar a hipótese de que tudo se tratou de uma armação. “O caso, definitivamente, precisa ser reaberto, para seguir a linha de investigação que a Polícia Federal desprezou, a do auto-atentado.”

São diversas perguntas sem respostas. Por exemplo, quem pagou para que o advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior defendesse o autor da facada? Por que ele agora tem os direitos de tutor de Adélio? Por que ele não foi acusado de tentativa de homicídio e foi a júri popular? Por que ele fez um curso num clube de tiro no mesmo dia em que Carlos Bolsonaro esteve no local?

*Com informações da Forum

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