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Julia Zanatta, musa do fascismo nativo, era proprietária e “porta voz” do clube de tiro onde Adélio, Carlos e Eduardo Bolsonaro treinaram

Zanatta, em faniquito na Câmara de deputados, no calor de sua histeria, gritou: quem mandou matar Bolsonaro?

Ora, essa pergunta vinda dela, soa como ironia, afinal, foi em seu clube de tiro que Adélio, o grande protagonista da farsa da facada, andou treinando tiro.

Para piorar, Carlos e Eduardo Bolsonaro frequentaram não só o seu clube, como sua casa, que também serviu de dormitório para dois filhos de Bolsonaro.

Quando a moça, na Câmara, nesta terça-feira, estranhamente, começa a berrar contra a citação do nome de Marielle, o que já chama a atenção, ela aproveita e reproduz aqueles clichês de Celso Daniel e da própria falsa facada, com um detalhe, ela não cita o nome de Adélio.

Aliás, existem dois misteriosos tabus que orbitam o mundo do clã Bolsonaro, que são  de uma espécie de pacto de não agressão verbal contra Adélio, muito menos contra o porteiro do Vivendas da Barra.

A pergunta desses caras já vem pronta, por que tanta primasia na hora de caminhar sobre as cascas de ovos? Já que os dois são tratados pelo clã como vedete da cristaleira do QG fascista.

Júlia Zanatta parece ser parte do pacto, pelo menos teve o estranho cuidado em falar da “facada” e não citar o nome do seu mais famoso cliente do clube de tiro, Adélio Bispo.

Isso tudo deveria ser profundamente investigado pela esquerda, por que podem apostar, tem coelho nessa cartola. É muita coincidência para ser coincidência.

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Joaquim de Carvalho: Por que Carlos Bolsonaro não prestou depoimento no inquérito sobre o evento de Juiz de Fora?

Os dois estiveram próximos duas vezes. Em Florianópolis, quando Adélio fez curso de tiro. E em Juiz de Fora, quando Carlos se tranca no carro ao ver Adélio.

Uma das lacunas da investigação sobre a facada ou suposta facada em Juiz de Fora é a presença de Carlos Bolsonaro em Florianópolis no mesmo dia em que Adélio Bispo de Oliveira fazia o curso de tiro no .38, em 5 de julho de 2018.

O inquérito não faz referência se Carlos frequentou o .38 naquele dia, mas sua ida à cidade tinha o objetivo de ir ao local, de que era associado fazia três anos e ao qual prestou homenagem, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, conforme mostra o diploma afixado na parede da recepção.

Quando fiz o documentário “Bolsonaro e Adélio – Uma fakeada no coração do Brasil”, perguntei ao .38 se Carlos Bolsonaro esteve no local naquele dia e se havia imagens das câmeras de segurança. Um relações públicas do clube me atendeu, pediu que formalizasse a solicitação por e-mail, o que fiz e não recebi resposta.

Dois representantes do .38 prestaram depoimento no inquérito, o instrutor de tiro e um proprietário, mas não foram questionados sobre a presença de Carlos Bolsonaro. Um deles disse que, nesse dia, Adélio, à certa altura, ficou sentado na poltrona, mexia no celular e olhava sempre para a porta de entrada.

Adélio estava fazendo o curso, pelo qual receberia certificado, e pelas aulas recebidas teria pago três vezes o valor do aluguel do quarto onde vivia. Adélio não tinha arma. Em 7 de setembro, um dia depois do evento em Juiz de Fora, o Jornal Nacional publicou reportagem com entrevista da porta-voz do clube.

“Ele chegou aqui, fez um cadastro, foi acompanhado, após fazer um cadastro e dar a identidade dele, como todo e qualquer cidadão que vem aqui, por um instrutor para a prática de tiro. Esse instrutor fica junto no momento em que a arma é escolhida. Fica junto a todo instante”, disse Júlia Zanata, que, mais tarde, seria nomeada por Jair Bolsonaro para um cargo regional da Embratur em Santa Catarina.

Nas redes sociais, Júlia Zanata se destacou como militante bolsonarista e recorreu à Justiça para tentar tirar o documentário do YouTube, mas não conseguiu. A censura viria por iniciativa do próprio YouTube, alguns meses antes da eleição no ano passado.

O delegado da Polícia Federal Rodrigo Morais, que investigou o caso, disse a membros de sua equipe que havia dificuldade para investigar o entorno de Bolsonaro, mas, em junho de 2021, quando apurávamos o evento de Juiz de Fora, considerava a hipótese do auto atentado “plausível”.

Na época, o Tribunal Regional Federal da 1a. Região analisava a possibilidade de reabertura do inquérito para, em princípio, analisar o celular e o computador apreendido no escritório de Zanone Júnior, que foi o advogado de Adélio.

Ele dizia que, se o caso fosse reaberto, avançaria na investigação, não apenas analisar os arquivos de Zanone. O delegado cogitava pedir autorização do Supremo Tribunal Federal para uma perícia médica em Bolsonaro.

“Ninguém é obrigado a produzir prova contra si, mas eu pediria, para saber se o que provocou o ferimento”, disse a dois agentes da Polícia Federal.

Quando o caso foi reaberto, Rodrigo Morais acabou promovido para um cargo nos Estados Unidos, e quem assumiu a investigação foi o delegado Martin Bottaro Purper, que tinha investigado a facção criminosa PCC.

Algumas semanas depois, o jornal Metrópoles publicou reportagem sobre a linha de investigação: Purper estaria buscando verificar se havia ligação de Adélio com a facção criminosa.

Nunca mais a Polícia Federal tocou no assunto publicamente, mas a notícia gerou barulho na internet. A militância bolsonarista tentava ligar Adélio ao PCC e o PCC a Lula. Puro delírio, mas em época de campanha o barulho poderia ter efeito junto aos eleitores.

Carlos Bolsonaro é chave para eliminar as lacunas do inquérito sobre o evento de Juiz de Fora. Um vídeo publicado no documentário “Bolsonaro e Adélio – Uma fakeada no coração do Brasil” mostra que Adélio tenta se aproximar de Carlos na tarde de 6 de setembro de 2018, logo após a chegada de Bolsonaro ao Parque Halfeld, início da caminhada pelo calçadão.

Ao vê-lo, Carlos Bolsonaro entrou no carro e se trancou. Em entrevista a Leda Nagle, Carlos falou sobre essa aproximação, que ele não poderia negar, já que as imagens tinham se tornado públicas.

“Tem um determinado momento da gravação do meu pai em Juiz de Fora em que eu saio do carro e o Adélio vem na minha direção, e eu, por um acaso, volto no carro e, quando eu entro no carro novamente, ele recua porque viu que não conseguiria chegar até mim. Tem essa gravação. É público, todo mundo consegue ver. Então, eu voltei para o carro e dez minutos depois aconteceu o que aconteceu”, afirmou.

Se, ao se trancar no carro, desconfiou do homem que usava jaqueta preta apesar do calor na cidade, deveria ter alertado os seguranças.

Sobre a presença em Florianópolis no mesmo dia em que Adélio fazia o curso, contou que, naquele dia, não esteve no clube de tiro.

“Esse cidadão chamado Adélio esteve no clube de tiro .38 no mesmo dia em que eu estava em Florianópolis. Por um acaso, naquele dia, eu não fui ao clube de tiro. (…) Aloprei com um amigo meu que temos mais ou menos a mesma personalidade. ‘Não vou praí, vou pro hotel e dane-se. Não fui'”, disse, na mesma entrevista a Leda Nagle.

Se o clube de tiro tivesse atendido à minha solicitação para ver imagens daquele dia, seria eliminada a dúvida sobre o que diz Carlos Bolsonaro: se não esteve mesmo no clube de tiro naquele dia.

Se a Polícia Federal tivesse examinado o deslocamento de Carlos Bolsonaro a partir de seu celular, também se saberia por onde andou em Florianópolis.

Mas, como não investigava a hipótese de auto atentado, o delegado Morais não requisitou as imagens do clube nem examinou o celular de Carlos Bolsonaro.

A Leda Nagle, Carlos Bolsonaro sugere que poderia ser alvo de Adélio, o que não faz sentido. Examinando a rede social dele, é possível verificar que Adélio só começou a atacar Bolsonaro alguns dias depois do curso no .38.

Entrou na própria página de Jair Bolsonaro no Facebook e o ameaçou. Foi a partir daí que também passou a criticar as propostas de Bolsonaro, e reproduziu entrevista antiga, em que Bolsonaro defende guerra civil no Brasil, com a morte de 30 mil pessoas.

São postagens muito diferentes daquelas que vinha fazendo antes de realizar o curso de tiro, em que defende um projeto de lei apresentado por alguns deputados, entre eles Bolsonaro, para a redução da maioridade penal.

Também era favorável ao serviço de militares em projetos de lazer e educação para jovens. Atacou o projeto de lei que criminaliza a homofobia, apoiado por Jean Wyllys, então deputado pelo PSOL, que os bolsonaristas tentariam ligar a ele.

Esse comportamento, sobretudo as contradições, devem ser investigadas, se o que se busca, no caso de Juiz de Fora, é a verdade factual.

*Joaquim de Carvalho/247

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Vídeo: Bebianno sugere que a farsa da facada foi armada por Carlos Bolsonaro e o pai

Comecemos pelo começo. Por que Vera Magalhães, em plena guerra pública com Bolsonaro, resolveu chamar para entrevista no Roda Viva o ex-homem de seus sete segredos de Bolsonaro, Gustavo Bebianno? Do nada é que não foi.

Vera Magalhães pode ser tudo, menos tola e sabe, principalmente, mostrar os dentes e dizer ao ex-aliado na guerra antipetista, que ela nunca escondeu de ninguém, para mostrar os dentes e mandar um sinal de fumaça lembrando a Bolsonaro que ela sabe o que ele fez no verão passado.

Certamente, Vera não é a única que esconde o que sabe sobre a eleição que levou Bolsonaro à Presidência da República. As lacunas dessa trama macabra, que deram a faixa presidencial a um sujeito inclassificável, mas perigoso são maiores que as crateras que se abriram com as grandes chuvas que vêm acontecendo no Sudeste. E a mídia industrial nunca quis investigar ou, pelo menos, se investigou, não abriu para o seu público. Mas que sabe, sabe.

Pois bem, Bebianno não é um boboca qualquer, é um sujeito muito bem articulado que assa suas presas em fogo brando como quem assa uma picanha no final de semana, entre uma conversa agradável e umas atitudes negadas pelo próprio, que foi o cabeça da campanha de Bolsonaro. Bebianno é um indivíduo completo para tratar do submundo da política diante da hipocrisia que assola a imprensa nacional.

Por isso não se vê um cara com essa especialidade gaguejar, propor nada além do que está estabelecido pelo moto perpétuo. Bebianno é daqueles sujeitos tão oportunistas, mas também tão polido, que não coloca questões delicadas de forma escancarada, ele apenas sugere, destilando seu veneno, a priori, para provocar dor e não a morte de sua presa.

E assim foi Bebianno em tabelinha com Vera Magalhães no Roda Viva. Quando, por exemplo, ele diz que um dia antes da “facada”, Bolsonaro lhe fez uma espécie de confidência profética quando, segundo Bebianno, disse a Bolsonaro que a forma com que ele se atirava para seus fãs, uma hora receberia uma estocada.

Isso mesmo, uma estocada, dizendo que não era só ele que utilizava este termo, mas toda a equipe de segurança do então candidato. Bebianno praticamente declara que a facada foi uma armação quando diz, “quando alertei ao presidente que ele corria risco de levar uma estocada, ele não me respondeu nada, manteve-se em silêncio de olho no seu celular, achei até que ele não tinha me ouvido e, de repente, ele me respondeu, é, mas nós temos que continuar”. Bebianno “interpretou” que ali Bolsonaro fazia uma profecia do que aconteceria com ele no dia seguinte em Juiz de Fora.

Duas coisas chamam a atenção, primeiro, por que todos da equipe de segurança de Bolsonaro utilizavam o termo “estocada” e não tiro ou bomba, já que 99% dos assassinatos políticos no país, sobretudo em período eleitoral, acontecem com tiro e não com facada.

Segundo, até o mundo mineral sabe que Adélio Bispo frequentou o mesmo clube de tiro de Carlos e Eduardo Bolsonaro em Florianópolis, Santa Catarina.

“Adélio Bispo vivia na cidade de Montes Claros (MG) até 2017, mas em 2018 ele começou a viajar pelo Brasil e chegou até a cidade de São José (SC), Região Metropolitana de Florianópolis.

No dia 5 de julho de 2018, Adélio praticou uma hora de tiro esportivo no clube .38. Dois dias depois Carlos Bolsonaro desembarcou na mesma cidade e passou um final de semana inteiro confinado no mesmo clube de tiro, conforme postado pelo próprio vereador em seu Instagram.

Foi neste mesmo clube, inclusive, que Carlos se refugiou quando brigou com o pai depois que foi obrigado a retirar do canal do YouTube oficial da presidência um vídeo de Olavo de Carvalho.

A imprensa tradicional já havia noticiado, timidamente, que os filhos de Bolsonaro, como Carlos e Eduardo, frequentavam o mesmo clube de tiro que Adélio treinou. A mídia não revelou, porém, que Carlos e Adélio estiveram no mesmo local durante o mesmo período.” (Pragmatismo Político)

Mas a coisa não para aí. Perguntado por que Bolsonaro não utilizou, no dia da facada, o colete à prova de balas, Bebianno contou a seguinte história: Carlos Bolsonaro nunca participou da campanha do pai nas ruas, não foi a comício nenhum, ficava no sofá de casa tuitando e fazendo campanha para o pai. Mas nesse dia de Juiz de Fora, ele decidiu ir e levou um drone com ele, o que impediu que o próprio Bebianno e dois seguranças viajassem no carro de Bolsonaro e que, por um motivo que ele diz desconhecer, Carlos e Bolsonaro decidiram ir para o comício sem colete, porque Carlos não sabia colocar, o que é uma piada tosca.

Em outras palavras, Vera Magalhães sabe que Bebianno sabe muito mais do que diz. O dois, no entanto, formaram um circo de meia lona para abrir novamente o debate sobre a farsa da facada e dizer a Bolsonaro que eles têm munição suficiente para detonar o miliciano e os três filhos delinquentes.

Como se diz por aí, para quem sabe ler, pingo é letra. Foi isso que Vera Magalhães e Gustavo Bebianno deixaram explícito.

Assista:

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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A facada de Adélio, o enigma político da década, permanece sem solução, por Luis Nassif

A facada de Adélio Bispo Oliveira em Bolsonaro ainda é um mistério à procura de uma explicação. É o fato político mais importante da década, porque viabilizou uma mudança radical na política brasileira.

Os efeitos políticos da facada nas eleições eram tão óbvios que, no dia seguinte, Bolsonaro já havia se tornado o franco favorito.

Seria possível simular um atentado tão arriscado, a ponto da vítima correr um risco de vida calculado para viabilizar um projeto político?

Há duas versões para o atentado.

A versão oficial é que um sujeito, desequilibrado óbvio, decidiu matar Bolsonaro e foi mal sucedido.
A versão conspiratória é que foi um ato planejado visando garantir a vitória eleitoral de Bolsonaro.

Bolsonaro comparecia a todos os eventos com um colete à prova de balas e de facadas e tinha uma cirurgia marcada, para remover um câncer. Portanto, bastaria simular a facada, conduzir Bolsonaro com segurança a um hospital local e depois transferi-lo para um hospital em São Paulo, para efetuar a cirurgia contra o câncer.

Após o atentado circularam vídeos pelas redes sociais mostrando a extraordinária desenvoltura com que Adélio infiltrou-se pela multidão e passou pelos seguranças até enfiar a faca em Bolsonaro.

Há um complicador nessa versão: o fato de duas equipes de hospitais conceituados, a do Sírio Libanês e a do Alberto Einstein. Ambas foram a Juiz de Fora e Bolsonaro optou pelo atendimento no Alberto Einstein.

Há uma explicação para o ferimento: a de que a faca resvalou por uma brecha no colete, ferindo efetivamente Bolsonaro. O que seria, nessa versão, um acidente de percurso.

Entre essas duas hipóteses, há uma série de evidências que não batem com a versão do crime comum bancado por um psicopata.

São os seguintes fatos.

A ida anterior de Adélio ao Clube de Tiro frequentado por Eduardo Bolsonaro.

Como um sujeito limítrofe, que trabalhava em um açougue, localiza o clube de tiro em Santa Catarina e vai até lá. E vai para quê? Até agora não houve uma resposta satisfatória.

Análise de probabilidade:

Hipótese 1 – foi até lá combinar os detalhes do atentado: 70% de probabilidade
Hipótese 2 – Foi até lá para conhecer o ambiente de treinamento do filho de Bolsonaro, sabe-se lá para quê: 30% de probabilidade

A ida de Adélio à Câmara Federal para uma visita a um deputado do PSOL.

O sujeito, que hipoteticamente planeja um crime de repercussão nacional, vai até a Câmara e deixa um registro oficial de visita a um parlamentar do PSOL. Depois, se descobre que ele nunca teve nenhuma relação com o PSOL.

Análise de probabilidade:

Hipótese 1 – foi com a intenção de criar um falso vínculo com o PSOL para estabelecer uma motivação política para o atentado: 50% de probabilidade.
Hipótese 2 – tinha uma simpatia política pelo PSOL: 50% de probabilidade.

O papel dos advogados de defesa.

Da noite para o dia aparecem advogados de Belo Horizonte, indo de jatinho a Juiz de Fora, para defender Adélio. Fazem mais do que isso: isolam-no completamente de qualquer contato com a imprensa. E demonstram tal influência, que conseguem manter o isolamento total até hoje.

Ou foram bancados por grupos bolsonarista, visando manter Adélio a salvo da óbvia falta de vontade de cobertura da mídia; ou por grupos ligados à Igreja de Adélio, que jamais foram identificados.

Tempos depois, o deputado federal Fernando Francisquini, uma das pontas de lança do bolsonarismo, entrou com ação na Justiça para impedir Adélio de dar uma entrevista.

Análise de probabilidade:

Hipótese 1 – foram bancados por grupos bolsonaristas: 70% de probabilidade.
Hipótese 2 – foram bancados por grupos que queriam a morte de Bolsonaro: 25% de probabilidade. Se houvesse qualquer indício de conspiração contra Bolsonaro, não haveria como não ser descoberta.
Hipótese 3 – foram bancados por grupos ligados à igreja de Adélio: 5% de probabilidade.

O papel da Polícia Federal.

As investigações concluíram pela ação individual de Adélio. Bolsonaro reagiu com fúria, não aceitando as conclusões do inquérito – mas nada fez para avançar nas investigações.

Não bate. O presidente controla completamente a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. Qual a razão, até agora, para jamais ter se chegado aos financiadores dos advogados de Adélio? Respeito às prerrogativas de advogados? Com Sérgio Moro? Conte outra!

O carnaval de Bolsonaro, exigindo novas investigações, criticando o fato de não se chegar aos financiadores dos advogados, não bate com o poder de polícia quase ilimitado de seu Ministro da Justiça. Se houvesse vontade política, o caso seria resolvido e a identidade de quem contratou os advogados seria levantada em dois tempos. E não haveria nenhuma força oculta capaz de demovê-lo dessa empreitada. Não se levantaram os nomes dos responsáveis porque não é de interesse de Bolsonaro levantar. Simples assim.

A versão da conspiração contra Bolsonaro seria muito complexa de administrar porque envolveria outros personagens e situações, incluindo inúmeras variáveis que poderiam ser desmentidas, em qualquer falha de narrativa. Apontar Adélio como único responsável resolveria a questão e mataria qualquer tentativa de aprofundar o inquérito.

Análise de probabilidade.

Hipótese 1 – ocultar as motivações políticas pró-Bolsonaro: 70% probabilidade.
Hipótese 2 – aceitar como verdadeiras as conclusões do inquérito, de ação individual de um alucinado: 30% de probabilidade.`

Pode ser que tudo não passe uma teoria da conspiração. Mas a sucessão de fatos sem respostas sugere que há mais segredos entre o céu e a terra do que supõe a vã teoria dos idiotas da objetividade.

 

 

*Do GGN