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Delegado diz que dinheiro de madeira ilegal vai para grupos criminosos que financiam políticos

Alexandre Saraiva também afirmou em videoconferência que decisões judiciais podem, sim, ser criticadas.

O delegado Alexandre Saraiva afirmou em uma videoconferência no Instituto Federal do Piauí que a riqueza gerada na exploração de madeira ilegal abastece organizações criminosas que financiam políticos.

“Vai gerar [a madeira] muita riqueza para organização criminosa que vai fazer o quê? Financiar campanhas de políticos. Por que tem tanto parlamentar defendendo madeireiro?”, disse o delegado.

Em meio ao embate com Ricardo Salles (Meio Ambiente), Saraiva também disse que decisões judiciais podem, sim, ser criticadas. “Qualquer ato, de qualquer funcionário público está sujeito à opinião pública”, afirma.

*Painel/Folha

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Delegado superintende da PF do Amazonas que acusou Ricardo Salles é convidado a depor na Câmara

Delegado disse ao STF que Ricardo Salles atua em favor de madeireiros investigados pela polícia.

Os deputados petistas Paulo Teixeira (SP) e Joseildo Ramos (BA) fizeram um convite para que Alexandre Saraiva, chefe da Polícia Federal no Amazonas que será trocado após entrar em atrito com o ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente), compareça na Comissão de Legislação Participativa da Câmara.

Antes de ser substituído, o delegado apresentou uma notícia-crime no Supremo em que acusa Salles de atuar em favor de madeireiros investigados pela PF.

Os deputados afirmam no requerimento ser preciso “esclarecer se tal substituição diz respeito a um ato de retaliação por parte do diretor-geral da PF e do governo Bolsonaro.”

*Com informações de O Globo

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Como previu Moro, Novo diretor-geral decide trocar chefe da PF do Rio, foco de interesse da família Bolsonaro

Carlos Henrique Oliveira, atual comandante do estado, foi convidado para ser o segundo da hierarquia do órgão.

O novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Souza, decidiu trocar a chefia da superintendência do Rio de Janeiro, foco de interesse da família de Jair Bolsonaro.

Carlos Henrique Oliveira, atual comandante do estado, foi convidado para ser o diretor-executivo, número dois na hierarquia do órgão.

Sergio Moro disse em sua despedida que Bolsonaro queria trocar o diretor-geral para interferir politicamente na polícia.

O ex-ministro afirmou também que o presidente queria mudanças no Rio e em Pernambuco.

Como mostrou o Painel, Alexandre Ramagem, que teve a nomeação suspensa pelo STF (Supremo Tribunal Federal), também tinha decidido trocar o Rio.

Carlos Henrique virou superintendente do Rio por decisão de Maurício Valeixo, ex-diretor-geral, após a primeira crise entre a PF e Bolsonaro.

Em agosto do ano passado, o presidente atropelou a Polícia Federal anunciando a troca de comando estadual que ainda estava sendo discutida internamente.

Depois, Bolsonaro deu entrevistas rejeitando o nome escolhido pela direção do órgão, o de Carlos Henrique Oliveira, que era superintendente de Pernambuco.

Isso porque, segundo Bolsonaro, estava pré-conversado (não disse com quem) o nome de Alexandre Saraiva, hoje superintendente no Amazonas.

O fato de o presidente ter, no mínimo, sugerido um nome provocou reação imediata na cúpula da PF, inclusive com ameaças para deixar os cargos.

Um despacho de um delegado em um caso que envolvia supostamente um aliado de Bolsonaro, o deputado federal Hélio Negão (PSL-RJ), foi um dos ingredientes da crise.

 

 

*Com informações da Folha

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Apuração do caso Queiroz e milícias ajudou a derrubar diretor da Polícia Federal no Rio

(FOLHAPRESS) – A investigação sobre a natureza dos supostos elos entre milícias do Rio de Janeiro e a família do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o chamado caso Queiroz, teve papel de destaque no surpreendente anúncio de demissão do superintendente da Polícia Federal no estado, delegado Ricardo Saadi.

Bolsonaro vinha se queixando a interlocutores havia meses de que não confiava na atuação de Saadi, que não tinha ingerência direta sobre nenhuma investigação envolvendo o clã Bolsonaro, mas que agia em sintonia com quem lida com o assunto.

A reportagem ouviu de um governista que o presidente considera o tratamento dado às investigações envolvendo seu filho Flávio, senador pelo PSL-RJ, direcionado para atingir sua imagem. Daí a buscar responsáveis, foi um pulo: nunca antes um diretor regional da PF havia sido afastado por uma declaração presidencial.

Em março do ano passado, o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) levou a uma investigação da Polícia Civil que acabou sob intervenção dos militares que comandavam a segurança no Rio por suspeita de tentar tirar do foco o papel de milicianos na execução dela e de seu motorista, Anderson Gomes.

Por determinação do Ministério da Segurança Pública e da Procuradoria-Geral da República, foi criado um grupo na PF para apurar a operação-abafa. O andamento dessa investigação, sigilosa e ainda em aberto, são um dos grandes mistérios hoje em Brasília. O que se sabe é que há uma montanha de sigilos telefônicos e fiscais quebrados à disposição dos investigadores.

Essa apuração, tocada de Brasília, trabalhou ou trabalha em coordenação com Saadi e com o Ministério Público do Rio. Enquanto isso, operações no estado jogaram luz sobre ações de milicianos e o gabinete de Flávio Bolsonaro (PSL), então deputado estadual (2003-18) e hoje senador.

Tudo começou numa investigação sobre gastos irregulares identificados pelo Coaf (órgão de controle de atividades financeiras) nas contas de Fabrício Queiroz, um ex-PM que era chefe de gabinete de Flávio. No decorrer das apurações, foi revelado que Queiroz empregou parentes de milicianos no gabinete, inclusive mulher e mãe de um suspeito de executar Marielle e Gomes.

Em abril deste ano, o senador e mais 85 pessoas tiveram seus sigilos quebrados pela Justiça, e Flávio foi à luta para obstruir a investigação em tribunais superiores. Em julho, o presidente do Supremo, Dias Toffoli, concedeu liminar suspendendo os procedimentos porque eles se baseavam em dados do Coaf solicitados sem autorização judicial prévia -o tema ainda será debatido no plenário da corte.

Os Bolsonaro negam quaisquer ligações com milícias, ainda que historicamente tenham sido defensores em tribunas do papel delas para conter o tráfico em favelas fluminenses. Não há nenhuma ligação comprovada conhecida entre a família e a morte de Marielle.

Um amigo de Saadi disse não que não ouviu nenhum relato de pressão direta sobre o delegado, apenas queixas vindas de emissários do Planalto sobre vazamentos e outros procedimentos que Bolsonaro considera constranger sua família.

Para ele, Saadi foi apenas um bode expiatório. Já outro conhecido dele levanta a especulação sobre o tipo de informação a que o superintendente teria tido acesso. A reportagem enviou uma mensagem pedindo entrevista com o delegado, mas ele não a respondeu.

O desgaste interno levou à decisão da chefia da PF de colocar Saadi, que assumiu em fevereiro do ano passado, na rotação natural de cargos da corporação. O processo vinha sendo conduzido com tranquilidade até que Bolsonaro interveio na quinta (15) e anunciou que o superintendente estava fora.

Para piorar o atrito, o presidente também disse que não aceitaria o substituto indicado para o cargo, o superintendente em Pernambuco, Carlos Henrique Oliveira, e que gostaria de ver no Rio o delegado Alexandre Saraiva, chefe da PF no Amazonas.

A situação entrou em banho-maria nesta sexta (16) com a ameaça de uma renúncia geral de superintendentes se Oliveira não for efetivado no Rio. Bolsonaro moderou um pouco seu discurso, dizendo que Saraiva seria uma sugestão, mas o impasse continua.

Tudo isso se insere no crescente mal-estar entre o presidente e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. O ex-juiz da Lava Jato, sob pressão devido às revelações de conversas suas com procuradores da operação a partir de vazamento do site The Intercept, já estava agastado com Bolsonaro desde que o presidente deu aval para retirar o Coaf de sua jurisdição.

Há cerca de duas semanas, ambos se encontraram para uma conversa no Palácio da Alvorada. Segundo relatos de conhecidos de ambos, a reunião acabou aos gritos, com Moro deixando a residência oficial do presidente. Na mesa, ficaram todos os problemas recentes.

Um aliado do ministro afirma que ele não entende a dinâmica de críticas e afagos que recebe do presidente senão como temor que sua figura política cresça e faça sombra à de Bolsonaro numa eventual disputa presidencial em 2022.

 

 

*Com informações do GaúchaZH