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Justiça

Anderson Torres vira o alvo número 1 para emparedar Bolsonaro

Por ora, o ex-ministro da Justiça, preso há mais de 100 dias, mata no peito as pressões para que conte o que sabe sobre o golpe de 8/1.

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres perdeu a parada que imaginou ganhar no seu confronto com Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do inquérito que investiga os responsáveis por atos hostis à democracia.

Preso há mais de 100 dias em um Batalhão da Polícia Militar no Guará, aos poucos ele foi criando a imagem de um homem frágil, deprimido, sujeito a crises de choro intermitentes, 12 quilos mais magro, que se recusava a comer e que pensava em matar-se.

Seus advogados, então, pediram ao tribunal que o soltasse sob pena de Torres, desesperado, render-se a “maus pensamentos”. O pedido foi negado pelo ministro Luís Roberto Barroso, a quem coube relatá-lo. Moraes, em seguida, entrou de novo em cena.

Deu 48 horas a Torres para explicar por que são falsas as senhas do seu celular repassadas por ele à Polícia Federal. Com elas, se teria acesso à memória do aparelho que Torres diz ter perdido em viagem aos Estados Unidos na véspera do golpe de 8 de janeiro.

Moraes também deu 48 horas para que o governo do Distrito Federal diga se tem condições de garantir a saúde de Torres no local onde ele está. Ou se Torres deve ser transferido para um hospital penitenciário. Quer dizer: ele seguirá preso de todo jeito.

Só há uma chance de Torres ganhar a liberdade: se o plenário do tribunal, para contrariedade de Moraes, assim decidir. É mais do que improvável. A esmagadora maioria dos ministros do tribunal está convencida que Torres é peça-chave para desvendar o golpe.

Em dezembro último, dois dos 11 ministros aconselharam o governador Ibaneis Rocha (MDB) a não nomear Torres secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Torres tomou posse num dia, demitiu parte da cúpula da Secretaria, e no outro viajou.Em depoimento prestado na última quinta-feira (27) à CPI do Golpe da Câmara Legislativa, a coronel Cíntia Queiroz de Castro, da Polícia Militar, disse que o efetivo policial no dia 8 de janeiro foi reduzido pela metade, e ela não sabe por quê.

“As informações que passei ao Fernando [delegado Oliveira, braço direito de Torres na Secretaria quando ele estava fora do país] foram às 6h, às 8h e às 9h da manhã. Nesse momento, a gente tinha de 20 a 25 manifestantes e cerca de 400 policiais”.

Depois, é o que se sabe. A Esplanada dos Ministérios, interditada no sábado, amanheceu aberta no domingo. Dos 400 policiais, 250 eram cadetes. Oliveira avisou a Ibaneis que estava tudo calmo e que a polícia escoltava os manifestantes em direção ao Congresso.

Deu, pois, no que se viu. A história completa da tentativa de golpe é do conhecimento de poucas pessoas, e Torres certamente é uma delas. Por ora, ele tem matado no peito todas as pressões que recebe para contar a história, e admitir sua culpa. Mas até quando?

Uma eventual confissão de Torres seria o caminho mais rápido para emparedar Bolsonaro, o beneficiário do golpe.

*Noblat/Metrópoles

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Justiça

Moraes pede que DF avalie transferência de Anderson Torres para hospital penitenciário

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pediu, nesta sexta-feira (18), que a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape-DF) informe, em até 48h, sobre o estado de saúde do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Mores pede que o secretário do Seape-DF, Wenderson Souza e Teles, conceda no prazo as seguintes informações:

  • Se o Batalhão de Aviação Operacional (BAVOP-PMDF) possui as condições necessárias para garantir a saúde de Torres, especificando as providências que já foram e devem ser adotadas;
  • Se entende conveniente a transferência para hospital penitenciário.

Na decisão, Moraes cita argumento da defesa do ex-ministro de que ele estaria com o quadro cognitivo alterado.

Na segunda-feira (24), a Polícia Federal (PF) decidiu adiar o depoimento do ex-ministro. Torres tinha oitiva marcada como declarante no inquérito que investiga as ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições, que prejudicou o fluxo de eleitores, sobretudo na região Nordeste.

A defesa apontou problemas de saúde para solicitar o adiamento, dizendo que ele sofreu uma “drástica piora” em seu quadro, que estaria prejudicando seu estado emocional e cognitivo. Por causa disso, Anderson Torres perdeu muito peso e está precisando tomar medicamentos.

Torres está preso preventivamente desde 14 de janeiro, suspeito de omissão e convivência com os ataques criminosos que destruíram prédios dos três Poderes em 8 de janeiro. Na data ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas estava em viagem com a família para os Estados Unidos. Ao ser preso no Brasil, ele alegou que perdeu o aparelho celular durante a viagem.

*Com o Tempo

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Justiça

Polícia Federal recebe planilhas de votação que Torres usou para atuar contra a movimentação de eleitores no 2º turno

Responsável por fazer levantamento das votações de Lula e Bolsonaro no 1º turno decidiu colaborar com as investigações.

À PF, Marília disse que o levantamento foi encomendado pelo próprio Anderson Torres para, segundo ela, avaliar se havia indícios de compra de voto no pleito, e que considerou um “absurdo” e ficou “surpresa” com as informações de que a Polícia Rodoviária Federal estava parando eleitores no dia do segundo turno das eleições, segundo o blog de Andreia Sadi.

Planilhas mostram relações de cidades e as votações de Lula e Bolsonaro no 1º turno em 2022 — Foto: Reprodução

Autor deu acesso a celular e dados de e-mail

A PF ouviu Clebson Vieira em 12 de fevereiro. No dia seguinte, segundo documentos obtidos pelo blog, ele procurou a PF para informar que tinha encontrado outros documentos que poderiam ser de interesse da investigação, armazenados na nuvem.

Além desses dados, os investigadores tiveram acesso as mensagens de WhatsApp do celular do servidor.

Segundo o blog apurou, a PF quer ouvir os delegados da PF Alfredo Carrijo, Tomas Vianna e Fernando Oliveira.

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Justiça

Anderson Torres passa senhas falsas à Polícia Federal para atrapalhar as investigações do golpe de 8 de janeiro

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres forneceu senhas inválidas à Polícia Federal para acessar os dados em nuvem de seu celular, que ele diz ter perdido nos Estados Unidos.

De acordo com o G1, o fato irritou investigadores, porque os advogados de Torres disseram que ele havia passado a colaborar com a apuração, tendo fornecido inclusive as senhas para acesso aos dados. Na avaliação dos investigadores, isso mostra que o ex-ministro está contribuindo para ficar preso por mais tempo.

Anderson Torres está detido desde 14 de janeiro, por suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro. Agora, ele será questionado sobre as senhas inválidas que forneceu. A suspeita da PF é que o ex-ministro tenha fornecido senhas falsas ou irá alegar que acabou dando informações erradas.

Mesmo com as senhas erradas, segundo a colunista do g1 Andréia Sadi, a PF conseguiu acessar parte do material. No entanto, informações importantes ainda seguem bloqueadas.

A Polícia Federal busca acessar os dados do celular de Anderson Torres para checar trocas de mensagens dele com autoridades do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e com integrantes do então comitê de reeleição de Bolsonaro.

A meta é tentar encontrar mensagens relacionadas à minuta do golpe encontrada na casa do ex-ministro, além de informações sobre ações da Polícia Rodoviária Federal para tentar dificultar a ida de eleitores petistas às seções eleitorais no segundo turno das eleições de 2022.

Os advogados de Anderson Torres têm solicitado a sua saída da prisão, alegando que sua saúde está fragilizada e que ele passou a colaborar com as investigações.

A Polícia Federal busca acessar os dados do celular de Anderson Torres para checar trocas de mensagens dele com autoridades do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e com integrantes do então comitê de reeleição de Bolsonaro.

A meta é tentar encontrar mensagens relacionadas à minuta do golpe encontrada na casa do ex-ministro, além de informações sobre ações da Polícia Rodoviária Federal para tentar dificultar a ida de eleitores petistas às seções eleitorais no segundo turno das eleições de 2022.

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Justiça

Família aflita: PF prepara suspensão do salário de Anderson Torres

Polícia Federal (PF) prepara suspensão do salário de Anderson Torres, e família do ex-ministro de Bolsonaro se aflige com a possibilidade, segundo o Metrópoles.

Há na Polícia Federal um processo administrativo que, ao que tudo indica, levará à suspensão do salário de Anderson Torres. A tramitação está avançada. E os pagamentos a Torres, delegado da PF, deverão ser interrompidos em questão de semanas.

Fontes da PF informaram à coluna que já foram mapeados precedentes similares. Casos de policiais federais que, investigados, tiveram salários suspensos antes mesmo de condenações pela Justiça. Não há nada “fora da curva”, ponderam, na interrupção dos salários de Anderson Torres. Há respaldo jurídico e administrativo para tal.

A proximidade da suspensão do salário tem causado aflição a familiares de Torres. Mulher do ex-ministro, Flávia Torres foi exonerada em janeiro do cargo comissionado que exercia na Câmara Legislativa do DF. E atualmente, no Banco do Brasil, recebe menos que os R$ 10 mil do emprego anterior. O casal tem três filhas. De 9, 11 e 13 anos.

Anderson Torres está preso desde 14 de janeiro por determinação de Alexandre de Moraes, do STF. A suspeita é que o ex-ministro de Bolsonaro tenha sido omisso e facilitado as invasões dos Três Poderes. Na ocasião, ele atuava como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

No dia das depredações, estava de folga nos Estados Unidos. Em sua casa, foi encontrada uma suposta minuta de teor golpista cuja procedência é investigada.

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Justiça

A saúde de Anderson Torres vai mal: “Perda de peso e crises de choro”

Um profissional de saúde do governo do Distrito Federal, que vem atendendo Anderson Torres desde 17 de janeiro, divulgou neste domingo (23) o último laudo médico do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do DF, que está preso desde 14 de janeiro, diz a Forum.

Torres é acusado de ter sido conivente com os ataques de depredação perpetrados por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) no último dia 8 de janeiro, em Brasília.

Semanas depois da prisão foi encontrada uma minuta golpista em sua residência que previa intervenção do Executivo no Tribunal Superior Eleitoral durante o período de transição, ou seja, entre o segundo turno, realizado em 30 de outubro, e a posse de Lula (PT) em primeiro de janeiro.

Desde a prisão, os relatos da rotina de Torres na carceragem do 4º Batalhão da Polícia Militar do DF dão conta de problemas de saúde física e mental. No último mês, Torres não estaria se alimentando corretamente e apresentaria sintomas de profunda depressão. Agora, o laudo revelado pela coluna da Bela Megale, em O Globo, mostra que houve uma “piora significativa no seu quadro psiquiátrico”.

“Fizemos várias intervenções e ajustes de medicamentos com o intuito de reduzir consequências deletérias das crises, como risco de suicídio (…) Houve resposta insatisfatória terapêutica aquém do espero”, diz o laudo.

Entre as queixas de Torres relatadas no laudo estaria a “sensação de desconforto e angústia física, pressão na cabeça associada a sintomas psíquicos como nervosismo, pensamentos ruins e medo e insegurança em relação aos familiares”. Ainda de acordo com o laudo, entre as consequências desse quadro estariam muitas crises de choro e uma acentuada perda de peso.

Na última semana, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a prisão de Torres e contrariou o Ministério Público Federal que pediu sua soltura levando em consideração sobretudo os laudos médicos. Na próxima segunda-feira (24) Torres completa 100 dias preso.

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Opinião

CPMI e Anderson Torres aumentam chances de Bolsonaro parar na cadeia

Chico Alves*

Durante os quatro anos que passou na Presidência, Jair Bolsonaro cometeu uma extensa coleção de barbaridades que já o teria encaminhado para o xilindró, não fosse o Brasil um país tão afeito à conciliação.

Campanha contra a vacinação em plena pandemia de covid-19, abandono de indígenas a uma condição crítica de saúde, apoio a bandidos que desmatam a Amazônia, uso do cargo para tentar descredibilizar o processo eleitoral, além do incentivo e coordenação do golpismo são apenas alguns itens dessa antologia de crimes.

Terminado o mandato de Bolsonaro, a apuração de suas infâmias ficou a cargo do Supremo Tribunal Federal (STF) e da PolíciaFederal, que fazem um trabalho lento e discreto, que somente em momentos cruciais chega ao conhecimento da imprensa.

Beneficiado pelo passar do tempo, o ex-presidente e seus apoiadores consideravam cada vez mais remota a possibilidade de que ele fosse preso. Já contabilizavam como certa a pena de inelegibilidade e comemoravam. Afinal, não é nada desprezível a força de Bolsonaro para transferir votos ao candidato que escolher.

Até mesmo o governo Lula estava conformado com esse roteiro.

Após a depredação das sedes dos poderes da República, no dia 8 de janeiro, alguns aliados do petista sugeriram a criação de uma CPI para investigar quem organizou e financiou os golpistas. A ideia não prosperou. A ordem era tratar de política e realizações e deixar com o STF o teor criminal da gestão Bolsonaro.

Nos últimos dias, porém, a trama tomou outro rumo.

A ideia maluca da oposição bolsonarista de criar CPMI para investigar uma suposta omissão do governo nos ataques de 8 de janeiro — na verdade, uma tentativa de inverter a culpa, diante da péssima repercussão que a depredação golpista teve até entre os eleitores da direita —, recebeu o reforço do vídeo divulgado pela CNN Brasil, com imagens internas do Palácio do Planalto no dia da invasão.

As cenas em que o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, aparece perdido entre os golpistas e a estranha cordialidade com que seus funcionários trataram os invasores tiveram efeito explosivo. Com a repercussão, Dias pediu demissão e deixou aos bolsonaristas os argumentos que precisavam para criar uma crise com potencial de abalar o governo.

Porém, a reação dos governistas foi rápida — e acertada.

Passaram a apoiar a criação da CPMI e vão brigar para dominá-la. Se realmente conseguirem, planejam mudar radicalmente o foco imaginado pela oposição: pretendem detalhar todos os movimentos do ex-presidente e seus apoiadores que motivaram os golpistas a invadirem as sedes dos Três Poderes.

Nesse caso, o potencial de catalisar a opinião pública que é característico de uma CPMI como essa seria usado para explorar em detalhes as seguidas agressões de Bolsonaro e seu grupo à democracia, culminando no 8 de janeiro.

Uma conjunção astral fez com que um novo depoimento de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e parceiro do ex-presidente em quase todos os seus gestos contra as instituições democráticas,fosse marcado para segunda-feira (24). Dessa vez, em condições bem mais desfavoráveis que os anteriores. Abatido, deprimido, cada vez mais inconformado com a prisão, Torres cedeu à PF a senha da nuvem do celular que providencialmente havia “perdido” nos Estados Unidos. A expectativa é de que informações comprometedoras para Bolsonaro venham à tona.

O conteúdo a ser revelado e o novo depoimento do ex-ministro bolsonarista poderão dar subsídios ainda mais contundentes à investigação policial. Se o governo conseguir o domínio da CPMI, terá uma rica matéria-prima para destrinchar no Congresso, sob a atenção de grande audiência.

Assim, a possibilidade de Bolsonaro parar na cadeia ficaria bem menos distante. A comoção criada por uma investigação parlamentar pode pavimentar o caminho do ex-presidente até à cela.

Os próximos dias serão decisivos para sabermos se as peças desse quebra-cabeças, que parecia tão favorável à oposição, formaram uma cena em que os bolsonaristas se arrependam profundamente de terem sugerido uma CPMI.

Se é que já não se arrependeram.

*Uol

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Justiça

Bolsonaro, apavorado, acusa Moraes de prolongar “suplício” de Anderson Torres para forçar delação

Moraes, do STF, decidiu manter a prisão preventiva de Anderson Torres.

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes de manter Anderson Torres na prisão não inquietou apenas o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro. O despacho deixou alvoroçados também o ex-chefe do preso e alguns dos seus operadores políticos. Em privado, Bolsonaro disse a aliados estar convencido de que Moraes, seu antigo desafeto, prolonga o “suplício” de Torres para forçar o ex-auxiliar a incriminá-lo nos inquéritos sobre o 8 de janeiro, segundo Josias de Souza, Uol.

Formulado pela defesa de Anderson Torres, o pedido de liberdade foi endossado por um parecer favorável da Procuradoria-Geral da República. Em seu despacho, divulgado na quinta-feira, Alexandre de Moraes justificou o indeferimento com argumentos ácidos. Mencionou, por exemplo, os “fortes indícios” da ligação de Anderson Torres com a “minuta do golpe”, documento apreendido pela Polícia Federal num armário da casa do investigado.

Moraes citou a operação realizada pela Polícia Rodoviária Federal para tentar bloquear o acesso de eleitores às urnas no segundo turno das eleições presidenciais. Classificou a ação executada durante a gestão de Anderson Torres na pasta da Justiça como uma “operação golpista” urdida “para tentar subverter a legítima participação popular”.

Referindo-se à fase em que Anderson Torres chefiava a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, Moraes também realçou o que chamou de “conduta omissiva” do investigado em relação ao acampamento de bolsonaristas na frente do Quartel-General do Exército. Para o magistrado, a omissão de Torres potencializou o ‘”risco” que “culminou nos fatídicos atos do dia 8 de janeiro”.

Nesse trecho, Moraes citou o “possível envolvimento” de Anderson Torres “na autorização para mais de cem ônibus dirigirem-se ao Setor Militar Urbano [de Brasília] e prepararem-se para a prática dos atos criminosos”.

Por ordem de Moraes, a Polícia Federal intimou Anderson Torres para prestar novo depoimento nesta segunda-feira. Será a terceira inquirição do preso. Ocorrerá 72 horas antes do interrogatório do próprio Bolsonaro, marcado para a próxima quarta-feira.

Em avaliação compartilhada com seus aliados, Bolsonaro insinuou que a proximidade não é casual. Acha que o encadeamento de datas visa “arrancar” de Anderson Torres informações que, eventualmente, poderiam ser usadas pela Polícia Federal como munição para o seu interrogatório.

Para Bolsonaro, Moraes estaria mimetizando no caso de Anderson Torres um comportamento análogo ao que foi imputado pelo próprio Supremo à antiga força-tarefa da Lava Jato. Nessa versão, Moraes prolongaria a prisão de Torres com o objetivo de obter dele um comportamento colaborativo.

Alexandre de Moraes, como que antevendo o veneno bolsonarista, providenciou uma vacina. Anotou na ordem expedida à Polícia Federal que o ex-ministro de Bolsonaro será ouvido dessa vez na condição de “declarante”, não de investigado.

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Justiça

PF encontra ligação para Flávio Bolsonaro em devassa no celular de Anderson Torres

Ex-ministro da Justiça, que está preso e é monitorado pelo clã, entregou acessos a e-mail e ao celular, que podem revelar ligação com o clã Bolsonaro durante atos terroristas do dia 8 de janeiro.

Preso e monitorado por Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, pode abrir o caminho que liga a tentativa de golpe de 8 de Janeiro ao clã presidencial, diz a Forum.

Psicologicamente abalado, o ex-ministro, que na época dos ataques havia assumido a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal antes de viajar aos EUA, entregou senhas de e-mail e celular aos investigadores, que já iniciaram uma devassa no aparelho.

No intervalo de tempo dos ataques terroristas ao Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF), os investigadores já teriam encontrado ligações de Torres para o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), segundo informações de Ricardo Noblat no portal Metrópoles.

O ex-ministro tem sido monitorado pelo clã Bolsonaro por causa de sua “situação emocional”, que pode levá-lo a fazer uma delação premiada para deixar a prisão.

Torres já dispensou os advogados indicados pelos Bolsonaro e está se submetido a acompanhamento psiquiátrico na prisão. Ele também teria emagrecido bastante e dito a familiares que vai abandonar a política.

O estado depressivo levou a defesa de Torres a entrar com um pedido de habeas corpus junto ao STF alegando que o ex-ministro “entrou em um estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos”.

Torres está preso no 4º Batalhão da PM em Brasília em uma cela com beliche e um aparelho de televisão. O local ainda possui uma antessala com sofá e mesa com quatro cadeiras.

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Justiça

Ibama multa Anderson Torres por mutilar pássaro e fraudar sistema de aves

Operação do Ibama apreendeu 55 pássaros na casa de Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro que está preso por 8 de janeiro.

O Ibama e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) apreenderam nesta terça-feira (18/04) 55 pássaros na casa de Anderson Torres, ex-ministro de Jair Bolsonaro.

De acordo com Guilherme Amado, a apreensão ocorreu após serem encontradas irregularidades no Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora de Pássaros, no âmbito da Operação Gênesis. Entre as espécies recolhidas, segundo o Ibama, estão 45 bicudos, 3 canários-da-terra, 2 tiê-sangue, 4 curiós e 1 azulão. Torres foi autuado em R$ 52,5 mil por prestar informação falsa em sistema de controle e em R$ 2 mil por mutilar pássaro da espécie bicudo.

Em novembro de 2022, durante inspeção em um criador no Distrito Federal, agentes ambientais encontraram uma ave marcada com anilha que, pelo sistema, deveria estar sob responsabilidade do ex-ministro, sem estar em nenhum pássaro.

Em 24 de fevereiro, numa inspeção na casa de Torres, o Ibama identificou que, apesar de a mãe do ex-ministro constar no Sispass como responsável pelo plantel, os animais eram mantidos por Anderson Torres.

https://www.instagram.com/reel/CrLjwlvuPhz/?utm_source=ig_web_copy_link

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