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Olavo de Carvalho não influenciou ninguém, passou a vida surfando na baba de ódio dos reacionários

Olavo de Carvalho passou a vida pregando para convertidos.

Que fique claro aqui que não guardamos qualquer sentimento que tripudie sobre a morte de um negacionista de ocasião, Olavo de Carvalho.

A morte de Olavo de Carvalho não muda nada para os que o inventaram. Talvez seu lugar seja ocupado por Roberto Jefferson, Zé Trovão, Augusto Nunes, Guilherme Fiuza ou qualquer outro estrambótico personagem desse troço que chamamos de bolsonarismo.

Na verdade, na verdade, o bolsonarismo nunca foi ideológico, muito menos Olavo de Carvalho foi guru dessa gente, o máximo que se pode afirmar é que ele viu nesse nicho de dementes um mercado, um potencial ganha pão para vender suas frases de lugar comum tão medíocres quanto seu “público”.

Por isso, sua morte causada pela covid, não muda absolutamente nada. Seus supostos súditos seguirão fazendo o que fizeram a vida inteira, bebendo veneno para que os outros morram. Isso precede Olavo de Carvalho.

Pode-se dizer tudo de Olavo de Carvalho, que era um sujeito medíocre, charlatão, falso professor, falso filósofo ou sociólogo que passou a vida frustrado por ser desprezado por quem tinha ao menos três neurônios.

Culpar o provinciano Olavo por mais de 623 mil mortes por covid no Brasil, é tudo o que Bolsonaro quer, porque este sim, operou como chefe de Estado um genocídio, incluindo entre suas vítimas as crianças brasileiras, como faz agora.

Culpar o suposto guru do clã Bolsonaro, é o mesmo que os neoliberais querem fazer, jogar a culpa exclusivamente em Bolsonaro pela falência da economia e o inferno que isso está provocando na vida de milhões de brasileiros e, assim, aliviar a culpa de Paulo Guedes de jogar o Brasil nessa situação por seguir rigorosamente a cartilha de FHC e os asseclas da mídia, lacaios do sistema financeiro.

Então, muita calma nessa hora. Tudo o que Bolsonaro sonha neste momento, é fazer de Olavo de Carvalho um mero boi de piranha para tirar do seu lombo toda a sordidez que praticou utilizando o Ministério da Saúde, o qual a CPI provou ter um gigantesco esquema de corrupção na compra de vacinas e medicamentos.

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Mais do que a derrota de Moro na CCJ, a fúria do ódio fascista sofreu um trágico naufrágio

Foram cinco anos de um vigoroso estudo feito pela força-tarefa da Lava Jato, comandada pelas mãos de ferro de Moro para usar todas as técnicas primitivas, incitando uma babilônia de ódio no Brasil, lugar onde o fascismo fez seu palco.

Moro, orquestrador dessa obra, com as variantes de cor e tom de cada palavra, de cada cena, de cada passo para mexer com o estado de alma de cada brasileiro contra o PT, mas, sobretudo contra Lula, sofreu um duro golpe e, junto, caiu também o fanatismo do ódio que ele incitou, pela ausência covarde de respostas, pelo comportamento fidedigno com o dos ratos que fogem pelas frestas, buracos, esgotos e latrinas. Moro pintou seu próprio precipício e, com ele, tirou muito da fúria do ódio reinante neste país.

De caçador a caçado, Moro não deu uma única resposta sincera, ao contrário, a cada pergunta, dava para sentir em sua expressão os pés de barro do herói forjado pela Globo, rachando e a sua soberba se esfarelando. Porque o crepúsculo da Lava Jato sofreu uma devassa e foi surrado por cada deputado comprometido com a democracia.

Moro limitou-se apenas a balbuciar o mesmo pigarro senil que começou a lhe matar no Senado.

A faca “abençoada” que a Globo lhe deu, via espetáculo, para colocar na nuca de Lula, ontem estava com a ponta virada para a sua garganta.

Qualquer palavra mal dita, gaguejada ou qualquer malabarismo retórico, a faca lhe atravessaria as cordas vocais.

Moro começou e terminou nas cordas, sem conseguir fugir do nocaute aplicado por um cruzado e um gancho mortal do deputado Glauber Braga, chamando-o  de corrupto e ladrão, assim, na seca, sem rodeios e biombos.

Na verdade, Moro só poderia dizer uma única mentira, a de que sofre de uma amnésia absoluta de tudo o que não lhe é benéfico.

Então, o que foi visto ontem em seu depoimento, foi uma bela falsificação, num esforço tolo de tentar manter acesa a aura do herói do ódio, ódio que irradiou de forma permanente durante os cinco anos de operação Lava Jato e que teve acento central na tática miserável de um fascista aureolado de juiz. Ou seja, as duas figuras máximas que protagonizaram esse estado de coisas em que vive o Brasil, criador e criatura, Moro e o ódio macartista foram ao chão.

Não afirmo que o ódio político se encerra nesse fato, mas foi como pingar uma gota de vinagre com limão para cortar definitivamente a baba de ódio surfada durante cinco anos pelos fascistas no Brasil.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas