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Moro se acovarda diante de perguntas sobre o comando da PF e foge da entrevista coletiva

Ministro fugiu das perguntas sobre a troca de comando na Polícia Federal, incentivada pelo presidente, e deixou a coletiva depois de três minutos.

Sérgio Moro seguiu o exemplo de Jair Bolsonaro (PSL), campeão em abandonar coletivas de imprensa. O ministro da Justiça se irritou com as perguntas sobre as declarações do presidente, nesta terça (3), sobre a troca de comando na Polícia Federal, e foi embora depois de três minutos de entrevista. Fuga do ministro aconteceu durante evento da pasta, nesta quarta-feira (4).

Em café da manhã com jornalistas da Folha de S.Paulo, o presidente havia mencionado que o comando da PF precisava dar uma “arejada” e chamou de “babaquice” a reação de integrantes da corporação às declarações dele sobre trocas em superintendências e na diretoria-geral.

O próprio ministro Moro havia convocado a imprensa para uma entrevista sobre a terceira fase de uma operação de combate à pedofilia, deflagrada nesta manhã (4). A presença do ex-juiz estava confirmada, ao lado de secretários e diretores da pasta.

O ministro fez o discurso de abertura, falou por cerca de dois minutos e meio e disse que teria de ir embora para um outro compromisso. Quando questionado sobre a troca de comando da PF, Moro não respondeu, acenando com a mão, dando adeus.

 

*Com informações da Forum

 

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Bolsonaro crava: “Guedes é “chucro” e Moro é ingênuo”, ou seja, Guedes é burro e, Moro é tonto

“Se eu levantar a borduna, todo mundo vem atrás de mim”, disse ainda o presidente, sobre suas falas polêmicas dos últimos meses.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse, durante café da manhã com jornalistas da Folha de S.Paulo no Palácio da Alvorada, nesta terça-feira (3), que o ministro da Justiça, Sergio Moro, era “ingênuo” até chegar no governo, assim como o ministro da Economia, Paulo Guedes, era “chucro” politicamente.

Segundo Bolsonaro, o ex-juiz não tinha a “malícia” que a política requer. Na sua avaliação, o nome de Moro não passaria hoje no Senado em uma indicação para ser ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Questionado sobre as especulações da possibilidade de Moro disputar a presidência em 2022, Bolsonaro respondeu em tom provocativo. “Já falamos, eu disse para ele que essa cadeira de super-homem é feita de kriptonita. Se quiser sentar, senta”, afirmou.

No mesmo café da manhã, o presidente disse que suas declarações polêmicas dos últimos meses, como a que tratou da morte do pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, na época da ditadura, são reações ao que chamou de “sacanagem” contra ele. Porém, ele afirmou que, apesar dos “ataques” que diz ter sofrido, não quis tomar nenhuma medida sobre o assunto. “Se eu levantar a borduna, todo mundo vai atrás de mim e eu não fiz isso ainda”, disse.

No encontro, o presidente ainda mencionou que o comando da Polícia Federal precisa dar uma “arejada” e chamou de “babaquice” a reação de integrantes da corporação às declarações dele sobre trocas em superintendências e na diretoria-geral.

 

 

*Com informações da Forum