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Educação

Governo Federal vai pagar a alunos de baixa renda por participação no Enem, anuncia ministro

Estudantes de baixa renda do terceiro ano do ensino médio que fizerem o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano vão receber um valor em dinheiro do governo Lula (PT). O benefício será somado à bolsa estudantil criada em novembro. O anúncio foi feito nesta terça-feira (16) pelo ministro da Educação, Camilo Santana, na divulgação dos resultados do Enem 2023.

O ministro disse que a bolsa será paga a todos os alunos do ensino médio, do primeiro ao último ano. Os primeiros pagamentos devem ocorrer em março.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai lançar em breve o programa Pé-de-Meia, que destina R$ 6,1 bilhões para a iniciativa. O objetivo é estimular a participação de estudantes no Enem, principalmente os da rede pública, segundo a Folha.

Segundo os dados de terça, apenas 46,7% dos concluintes do ensino médio público fizeram o exame. Foram 837.622 de 1.792.396 matriculados.

Ainda segundo Santana, o governo estuda reduzir a nota de corte do Prouni (Programa Universidade para Todos) após a redução na oferta de vagas de ensino superior no país em 2023.

A decisão é o que falta para a publicação do edital, prevista para esta quarta-feira (17). Os candidatos poderão consultar as bolsas ofertadas a partir de sexta (19). As inscrições no programa começam em 29 de janeiro.

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Política

Tragédia em SP: Bolsonaro zerou verba para financiar habitação para famílias de baixa renda

Modalidade do Minha Casa Minha Vida para camadas mais pobres da sociedade, o que inclui moradores em regiões de encostas, foi praticamente extinta na gestão anterior.

Sob o pretexto de repaginar o Minha Casa Minha Vida (MCMV), marca dos governos petistas, o ex-presidente Jair Bolsonaro zerou os recursos do programa destinados à baixa renda, que poderiam atender agora boa parte dos desabrigados pelas chuvas no litoral de São Paulo.

Mesmo depois de reformulado e transformado em Casa Verde e Amarela, em 2020, o financiamento destinada a famílias com renda de até R$ 1.800 foi extinto. Nessa modalidade de empréstimo, o governo subsidiava 90% do valor do imóvel, cobrando o restante dos beneficiários sem juros.

Um relatório do então Ministério da Economia (hoje Fazenda) publicado em dezembro de 2020, quando o MCMV foi rebatizado como Casa Verde e Amarela, atribui o fim do segmento a “restrições orçamentárias” e a falhas no desenho do projeto.

Se estivesse em funcionamento, a chamada faixa 1 do programa habitacional poderia ter ajudado as vítimas da tragédia no litoral de São Paulo, provocada pela chuva mais volumosa já registrada no Brasil. A maior parte dos sobreviventes e dos 49 mortos na enxurrada é de baixa renda e vive em regiões de áreas com alto risco de deslizamento.

Em São Sebastião (SP), Lula criticou o fato de vítimas de tragédias similares à do estado na última década ainda não terem sido ajudadas a recompor suas vidas e prometeu resolver o problema assegurando aos desabrigados casas construídas em lugares seguros.

O atual governo recriou o Minha Casa Minha Vida há alguns dias, com a proposta de subsidiar imóveis para vítimas de emergências e calamidades públicas.

Dados históricos do programa mostram que as famílias mais pobres nunca receberam prioridade nos contratos para novos empreendimentos. De 2009, quando o MCMV foi criado, até setembro de 2020, foram 1.910.546 unidades habitacionais contratadas, das quais 1.493.180 entregues para a faixa 1 de renda.

No total, foram gastos R$ 97,4 bilhões – apenas um terço do valor aplicado pelo programa ao longo do tempo. A tendência de queda vem desde 2014 – no ano anterior, a faixa 1 atingiu seu ápice com um orçamento de R$ 30 bilhões.

Por outro lado, para a faixa 2, com renda familiar de até R$ 4 mil, foram 3.108.378 casas contratadas e entregues, ao custo de R$ 357,8 bilhões – mais da metade de todo o financiamento do MCMV no período.

Agora em seu terceiro mandato, Lula tenta cumprir a promessa eleitoral de retomar o programa. O texto da medida provisória enviada pelo presidente ao Congresso prevê que terão prioridade as famílias chefiadas por mulheres e de de baixa renda, mas também contemplará aqueles com renda de até R$ 8 mil. A faixa 1 passa a contemplar famílias que ganham até R$ 2.640.

*Com informações de O Globo

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População de rua em S Paulo chega a 24.344 pessoas; No Rio, 1.810 pessoas mortas pela policia

Rio de Janeiro: 1.810 pessoas morreram em intervenções policiais, o número mais alto em duas décadas. A letalidade policial foi um recorde em 2019, enquanto os crimes tiveram um declínio histórico, a última tendência que se estende ao resto do Brasil, um dos países mais violentos.

Mas especialistas em segurança pública alertam que a letalidade dos agentes e a diminuição de crimes estão desconectadas, embora os políticos de apoio à mão dura se orgulhem da suposta relação.” (El País, Espanha)

São Paulo: população de rua cresce 60% depois do golpe.

Segundo a Folha, os dados são do, ainda inédito Censo da População em Situação de Rua, realizado pela prefeitura.

A população de rua da cidade de São Paulo chegou a 24.344 pessoas em 2019, um salto de 60% em quatro anos.

A crise econômica, desemprego, baixa renda promovidos pelos governos Temer e Bolsonaro fizeram isso.

Mas não é só isso

Como bem disse Saul Leblon – Carta Maior, “o governo tido como eficiente pelas elites investiu pífios R$ 57,3 bi em 2019; disso, 28,7% (R$ 16,5 bi) foram na área militar, sim, mi-li-tar… (Folha).

Em contrapartida, reservou vergonhosos R$ 167,4 milhões para obras contra inundações, dos quais nenhum centavo pago até agora. A rua é só a ponta do iceberg do empobrecimento galopante numa sociedade em que mais de 50 milhões balançam entre o desemprego e o bico. O emprego, a dignidade dos trabalhadores, o patrimônio e a soberania têm neste governo um drone exterminador manejado pelo grande dinheiro.

Não sai nada daí, exceto isso: vidas ordinárias, nação dilapidada, gente empobrecida.

 

*Da redação

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Minha Casa, Minha Vida rumo ao desaparecimento

Bolsonaro impõe menor orçamento da história ao Minha Casa Minha Vida

Outros programas sociais como Bolsa Família, Fies e abono salarial também sofrerão cortes expressivos em 2020.

O Programa Minha Casa Minha Vida deve ter o menor orçamento da história sob o comando do presidente Jair Bolsonaro. No orçamento previsto para 2020, a iniciativa terá uma expressiva redução orçamentária: de 4,6 bilhões em 2019 para 2,7 bilhões no próximo ano. Embora não seja o único programa social a sofrer redução orçamentária, o Minha Casa Minha Vida desponta como o que sofrerá maior corte.

De 2009 a 2018, a média destinada ao programa habitacional era de 11,3 bilhões por ano. Este ano, no entanto, o valor revertido para a iniciativa já foi bem menor que o visto em anos anteriores. Até julho, o orçamento destinado foi da ordem de 2,6 bilhões.

Além disso, o governo prevê a suspensão de contratações pelo Programa, além da elaboração de novas obras. Isso seria uma maneira de não impactar ainda mais as dívidas da iniciativa que, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, têm mais de 60 dias e superam os 500 milhões de reais.

Na segunda-feira 2, o Ministério da Economia publicou portaria que libera 600 milhões para destravar obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Do total, 443 milhões serão destinados ao Minha Casa Minha Vida, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional.

Bolsa Família e Fies também encolhem

O Bolsa Família, que transfere renda para famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, é outro programa social na lista dos afetados no orçamento previsto para 2020. Para o ano que vem está previsto o mesmo orçamento deste ano, 30 bilhões, o que significa que o valor não sofrerá correção da inflação, e, por consequência, o programa sofrerá redução.

No orçamento encaminhado, o governo está prevendo o atendimento de 13,2 milhões de famílias. Atualmente, o atendimento chega a 13,8 milhões, o que significa que menos núcleos familiares serão assistidos pelo programa. Podem receber o benefício famílias com renda mensal por pessoa de até 89 reais, ou de até 178 reais se houver crianças ou adolescentes de até 17 anos. A média do valor recebido por família é de 188,63 reais, segundo os dados de agosto.

Na lista dos programas sociais que sofrerão cortes também está o Fies, programa de financiamento que estimula o acesso da população de baixa renda ao Ensino Superior. Dos 13,8 bilhões previstos para 2019, o governo reduziu para 10,2 bilhões em 2020.

A reserva de dinheiro para investimento em educação básica, profissional e superior também é menor para 2020. Está previsto 1,9 bilhão para reestruturação de universidades, obras e compra de equipamentos para o setor no ano, ante 2,2 bilhões em 2019.

O abono salarial de 998 reais pago aos trabalhadores que têm carteira assinada e recebem até dois salários mínimos também deve sofrer alterações. De acordo com a Reforma da Previdência, em análise pelo Congresso, o abono será concedido para quem ganha até 1.364,43 reais, ou seja, menos trabalhadores terão direito ao benefício. Embora o Senado deva terminar de votar a proposta somente em outubro, o governo já previu no orçamento um valor de 16,3 bilhões, menor do que os 19,2 bilhões previstos para 2019.

 

*Com informações da Carta Capital