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Parentes de mortos por Covid-19 ficam indignados com o ‘E daí?’ dito por Bolsonaro

“Presidente, se as feridas do seu próximo não te causam dor, sua doença é mais grave que a dele”. O desabafo é da professora Danielle Bittencourt Ralha, de 35 anos, que perdeu o pai no último sábado. Após a declaração de Jair Bolsonaro, a indignação, a dor e a revolta repercutiram entre famílias de quem morreu pela Covid-19. Nesta terça-feira, o presidente disse não ter como fazer milagre apesar de ter Messias no nome. Sobre o crescimento dos óbitos, soltou a frase “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?”.

— Um homem que demonstra total despreparo exercendo um cargo tão importante. Mesmo não sentindo a dor pela partida de um ente querido, é impossível não sentir a dor de quem chora. O presidente, como somos obrigados a chamá-lo, foi mais uma vez infeliz na sua fala, demonstrando sua falta de empatia e respeito por nós. Devo lembrá-lo que sua vaidade destruiu meu coração — afirma Danielle.

O funcionário público Ernesto Moreira Bittencourt, pai da professora, morreu aos 69 anos. Ele era diabético e não resistiu à doença após ficar internado em um hospital de Nilópolis, Baixada Fluminense. A mãe e o irmão de Danielle também testaram positivo para a Covid-19. Ernesto foi sepultado na ultima segunda-feira, um dia antes do seu aniversário de 70 anos, que teria uma comemoração virtual da família.

— Estamos diante de um cenário de guerra. Uma guerra invisível aos olhos de quem não quer ver, uma guerra de sobrevivência. É tudo muito triste, eu escrevo e choro ao mesmo tempo. Espero sinceramente que essas mensagens repercutam e cheguem até ele (Jair Bolsonaro). O mundo precisa de mais empatia — afirma Danielle.

Para ela, Jair Bolsonaro desconhece o significado de compaixão.

— Ontem (terça-feira), eu levei almoço para a minha mãe e irmão. Deixei pendurado na árvore a pedido deles para que não haja uma possível contaminação. Isso me abalou muito, só eu sei. Nos acalentamos, infelizmente, com palavras abafadas por máscaras.

Quem também ficou indignada com a fala de Bolsonaro foi a bióloga Marcela Mitidieri, de 25 anos, que perdeu o pai na última segunda-feira. Marcelo Mitidieri, de 48 anos, morreu na UPA do Engenho de Dentro, Zona Norte, enquanto aguardava transferência para outra unidade de saúde. Para ela, o principal sentimento é tristeza.

— Ele fala isso porque se algo acontecer com ele ou com os seus familiares, terão todo o suporte necessário, coisa que meu pai e muitas pessoas não têm. As vidas não podem ser tratadas com ironia ou deboche. Nada trará o meu pai de volta, e eu ainda tenho que conviver com esse presidente falando essas coisas. O Bolsonaro não merece estar no cargo da presidência. Esse homem não pode ser são.

O chefe de cozinha Fernando Thiengo afirma que, apesar de não acompanhar o cenário político do país, a declaração só trouxe mais raiva e dor à toda família. Fernando perdeu o primo, Marcelo Thiengo, de 45 anos, tinha bronquite, morava em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, e morreu no último domingo na UPA do Parque Lafayette.

— Não estamos acompanhando as notícias neste momento de luto, mas ficamos sabendo da declaração. É revoltante qualquer pessoa falar isso, imagine um presidente. É revoltante alguém que só se importa consigo mesmo, isso cruia um ódio dentro da população, que sente cada vez mais raiva. Talvez ele só sinta de verdade quando a doença estiver próxima a ele. Isso machuca a gente — comenta.

Durante a entrevista, o presidente também foi questionado em relação a decisão judicial que o obriga a apresentar o resultados dos exames que fez para Covid-19. Bolsonaro disse que a lei garante o anonimato e repetiu que não teve a doença. Quando soube que a entrevista estava sendo transmitida por emissoras de TV, o presidente citou solidariedade com os parentes mas concluiu com a frase “é a vida”.

— Presidente Jair Bolsonaro, você deveria ter mais responsabilidade e respeito com as famílias. Você pode fazer alguma coisa sim, pois eu durmo e acordo pensando no que fazer para ajudar as famílias da Rocinha e adjacências, onde moro. Só eu já perdi mais de 30 pessoas entre amigos e conhecidos para esse vírus — destaca o ativista e mobilizador social William de Oliveira, membro do G10 Favelas.

 

 

*Com informações do Extra

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Saúde

Zona Norte é o novo epicentro de Covid-19 na Cidade do Rio

Do total de 142 bairros atingidos pelo coronavírus na capital fluminense, 83 estão na região.

A Zona Norte do Rio é o novo epicentro da Covid-19 na capital fluminense. Dos 142 bairros atingidos, 83 estão na região (o equivalente a 58%). Como se não bastasse, a região também é a que concentra o maior número de óbitos causados pela doença. Um levantamento feito por O DIA com base nos dados da prefeitura (até o dia 10 de abril), aponta que 40% das mortes aconteceram na região. No total da cidade, até ontem, tinham sido registradas 92 mortes. Anteriormente, esse posto no ranking era ocupado pela Zona Sul, que agora contabiliza 31% das mortes, mas mantém o bairro de Copacabana no topo do obituário, com sete vidas perdidas para o novo coronavírus.

Muitos casos ainda são investigados, o que pode tornar os números ainda mais elevados. O cenário na Zona Norte ainda é bastante dividido. Há quem respeite o isolamento social, mas ainda são muitos os que insistem em sair às ruas sem necessidade. No caso da Tijuca, bairro que lidera a lista da região com seis mortes, a taxa de letalidade – que é quando se divide o número de mortes pelo número de infectados naquela mesma localidade -, é de 10,2%.

Já em Bonsucesso, segundo colocado em número de mortos (2) na Zona Norte, existem 10 casos confirmados da doença. Ou seja, a taxa de letalidade, também considerada elevada, é de 20%. Contudo, esse índice é ainda pior em outros bairros, como Vila Valqueire (66,7%) e Vidigal (40%).

Segundo Raphael Rangel, biomédico virologista do Centro Universitário IBMR, a mudança no epicentro se justifica pelo próprio deslocamento das pessoas. “Muitos que trabalham na Barra (primeiro epicentro) e moram na Zona Sul. Por outro lado, muitos que trabalham Zona Sul moram na Zona Norte. Esse trânsito acaba disseminando o vírus entre as regiões. Por isso, o isolamento social é a melhor forma de combater a doença”, explica.

Ao todo, 57 bairros já têm registro de mortes pelo novo coronavírus. Desses, 27 estão situados na Zona Norte (47%). Todos carregam um fator em comum: os idosos são os que mais morrem, correspondendo a 73% dos óbitos na capital.

Casos dispararam

O número de vítimas fatais do novo coronavírus na cidade do Rio de Janeiro disparou. Bastaram apenas cinco dias para que o volume de mortes causadas pela Covid-19 mais que dobrasse. Até o último dia 5, a Secretaria Municipal de Saúde havia registrado 42 óbitos.

Agora, esse número já chega a 92 vítimas fatais da pandemia. Em média, a capital fluminense registra quatro mortes por Covid-19, diariamente. A maioria dessas mortes atinge os homens, com um total de 56,5%. Já as mulheres representam 38% (o total não dá 100% porque alguns pacientes, ao darem entrada no sistema de saúde, não se identificam por gênero). A média de idade entre os mortos é de 68,2 anos.

Estado contabiliza vinte e cinco novas mortes

De acordo com o boletim atualizado da Secretaria de Estado de Saúde, ontem, o município de São Gonçalo, na Região Metropolitana, registrou mais um óbito por covid-19. A vítima, uma idosa de 83 anos, moradora do bairro Amendoeira, faleceu esta semana em uma unidade hospitalar. Ao todo, São Gonçalo contabiliza 55 casos confirmados e 4 óbitos.

Tanguá e Maricá, na mesma região, também registram uma nova morte, cada. O mesmo aconteceu em Bom Jesus de Itabapoana, no Noroeste, e em Mangaratiba, no Litoral Sul. A SES também contabilizou outros dez óbitos na capital fluminense, sete em Duque de Caxias e um em Nova Iguaçu, ambos na Baixada Fluminense. A cidade de Volta Redonda, no Sul do estado, contabilizou duas novas mortes, com um total de 7 mortes.

Agora, o total de mortos em todo o estado é de 147 óbitos. Além desses, outras 101 mortes estão em investigação. Já o número de casos confirmados é de 2.464. Ainda de acordo com a SES, 54 municípios já registram pelo menos um caso da doença.

 

 

*Com informações de O Dia

 

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Balas que cegaram jovens e trabalhadores chilenos foram fabricadas no Brasil

O arsenal empregado contra as populações nos protestos que ocorreram recentemente no Equador, na Bolívia e no Chile foi fabricado no seguinte endereço: Rua Armando Dias Pereira, 160 – Adrianópolis, Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Ali, a fábrica que exporta “artefatos não letais” para o mundo, atende pelo sugestivo nome de “Condor Tecnologias Não-Letais”. Seria uma referência/homenagem à Operação Condor, de triste lembranças, que operou nos países da América do Sul, sequestrando brasileiros resistentes à ditadura e desaparecendo com os seus corpos? – Vai saber.

A jornalista Denise Assis traz à tona a denúncia de que o arsenal empregado contra as populações nos protestos que ocorreram recentemente no Equador, na Bolívia e no Chile foi fabricado em um endereço de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. “Foram contabilizadas mais de 200 pessoas atingidas pelas ‘balas de borracha’ que perderam a visão de um dos olhos ou dos dois em conflitos recentes no Chile”, lembra a colunista.

Fato é que em matéria-denúncia do repórter do Jornal “La Tercera” Victor Rivero, publicada no Chile há poucos dias, é descrito que todo um estoque de gás lacrimogêneo, gás de pimenta e “balas de borracha” saíram de Nova Iguaçu, para cegar e ferir duas centenas de chilenos, bem como causar danos semelhantes nos demais países citados acima.

Rivero descreve que “segundo dados que a Direção Nacional da Ordem e Segurança dos Carabineros, enviou ao Ministério do Interior até 24 de novembro, em 6.100 eventos violentos – no Chile – se haviam utilizado 161.849 cartuchos de escopeta, 18.032 granadas de mão e 98.223 bombas lacrimogêneas. Depois de 40 dias de manifestações corria um segredo pelos quartéis. Estava se acabando o estoque de gás lacrimogêneo e seria necessário encomendar às pressas uma partida do produto ao Brasil”.

De acordo com Vitor Rivero, “foram adquiridos à Condor S.A. único e CS GL – 203 – T projétil triplo, Brasil, cartuchos CS GL – 203 T de 95mm de comprimento e de 130 a 165m de alcance. E, ainda, cartuchos de 28mm de comprimento e 3cm de largura”.

Na definição da OTAN, “armas não letais são as especificamente projetadas e empregadas para incapacitar temporariamente pessoal ou material, ao mesmo tempo em que minimizam mortes e ferimentos permanentes, danos indesejáveis à propriedade e comprometimento do meio-ambiente”.

Há controvérsias. Foram contabilizadas mais de duzentas pessoas atingidas pelas “balas de borracha” que perderam a visão de um dos olhos ou dos dois em conflitos recentes no Chile, onde essas armas foram fartamente utilizadas pelos carabineros, nos enfrentamentos de rua, conforme a reportagem do jornalista chileno.

A esta altura, talvez fosse interessante destacar que a prática de atirar nos olhos com balas de borracha, destinadas às pernas – apenas para imobilizar e assustar os manifestantes – é atribuída à Polícia de Israel, que poucos meses antes dos conflitos na região, instalou um posto avançado dentro do Consulado de Israel, em São Paulo.

Armas nem tão não-letais assim

O uso do termo “não letal” foi examinado pela mídia local depois que estudos feitos pela Universidad de Valparaíso analisou a composição das bombas de gás atiradas contra a população, bem como a Universidad de Chile fez o mesmo com os cartuchos classificados como “balas de borracha”, disparadas contra os manifestantes.

A equipe que estudou as bombas de gás concluiu que é impossível determinar quais os tipos de componentes químicos são utilizados nelas, tornando difícil a classificação “não letal”.

Sob a orientação do Dr. Aníbal Vivaceta, do quadro da universidade, 12 acadêmicos de Medicina publicaram o resultado de suas pesquisas sob o título: “Informe acerca del uso de gases lacrimógenos por agentes del Estado”, no final de novembro. O objetivo de tal estudo, de acordo com a descrição no documento entregue à imprensa, foi “apresentar um material de revisão geral sobre o assunto, que permita uma melhor abordagem por parte das organizações dos direitos humanos e uma melhor compreensão das implicações no campo judicial”.No laudo fazem a ressalva: “Note-se que encontramos dificuldades significativas na determinação de quais produtos, em quais apresentações, com que dosagem eles estão sendo usados ??no Chile, dadas as dificuldades já mencionadas por aqueles que tentaram acessar os dados de aquisição e distribuição por Carabineros (45). Portanto, assumimos a necessidade de revisar o efeito declarado pela Polícia (CS), sem descartar os de outros agentes. Recentemente, o uso de gás pimenta foi mencionado com frequência, portanto esse tópico foi incluído na análise”.O estudo destacou, ainda, as regras internacionais que normatizam o uso desses artefatos. “A Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento, Produção, Armazenamento e Uso de Armas Químicas e sua Destruição é um tratado internacional assinado por 193 estados, incluindo o Chile20 (38). Neste tratado, o uso de gás lacrimogêneo contra as tropas inimigas durante a guerra é proibido, no entanto, seu uso é permitido contra civis em tempos de paz.”Outro ponto destacado foi a proibição de uso em alguns países, por seu risco à saúde humana. “Esses países correspondem à Bélgica, Países Baixos e República Eslovaca, de acordo com o Manual de Operações Transfronteiriças preparado pela Comissão Europeia (39)”.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) registra em seu relatório de 2015:

“Devido às consequências que podem resultar do uso inadequado e abusivo de armas menos letais, é enfatizada a necessidade de elaborar disposições normativas, protocolos e manuais que incluam restrições e proibições (…) em contextos ou na frente de pessoas que possam envolver riscos maiores. Por exemplo, o gás lacrimogêneo não deve ser usado em ambientes fechados ou na frente de pessoas que não possuem uma rota de desconcentração ou evacuação. (Foi o que ocorreu, conforme relatos dos moradores, na comunidade de Paraisópolis, onde nove jovens morreram pisoteados por terem ficado encurralados num beco).Uma das medidas ignoradas onde quer que esses gases e artefatos têm sido utilizados, é a que recomenda: “O uso de armamento menos letal deve ser precedido por avisos formais, que dão às pessoas a oportunidade de evacuar a área sem causar situações de pânico ou debandada, e padrões de atribuição de responsabilidade devem ser construídos para seu uso incorreto ”(40). Um outro estudo foi feito a pedido da Unidade de Trauma Ocular do Hospital El Salvador, do Chile, desta vez desenvolvido na Universidad de Chile, intitulado: “Estúdio de Perdigón Informe Final (UTO)”, e elaborado pelos doutores em engenharia: Patricio Jorquera, e Rodrigo Palma H., do Departamento de Engenharia Mecânica da FCFM.

A análise tinha por objetivo determinar a composição das “balas de borracha” usadas pela Polícia e que vinham provocando traumas severos e um elevado número de casos de cegueira em alarmante proporção. Publicado no dia 15/11/2019, o estudo apresentou os seguintes resultados:

“Ao calcinar uma amostra, a borracha é perdida e apenas os compostos estranhos permanecem, principalmente metais ou cerâmica. Uma amostra é colhida, pesada e calcinada a 600 ° C e as cinzas deixadas no cadinho é pesado e a porcentagem de material que não corresponde à borracha é obtida. O material restante após a calcinação pode ser visto na foto abaixo:

Uma das líderes mundiais de exportação de “artefatos não-letais”, como o seu produto é denominado, a Condor S.A. atua no ramo há 25 anos, exporta para mais de 60 países e tem no seu portal institucional informações tais como: “Situada no Rio de Janeiro, no município de Nova Iguaçu, a Condor Tecnologias Não-Letais está instalada em uma área de aproximadamente um milhão de metros quadrados nas vizinhanças da reserva biológica do Tinguá, maior reserva de Mata Atlântica do Estado do Rio de Janeiro”. (Ela alardeia no seu texto institucional o caráter preservacionista, destinando 70% da área total para a preservação da mata nativa. A conferir).

Entre os produtos fabricados pela Condor, estão as armas elétricas (usadas pela Guarda Municipal do Rio), granadas de efeito moral, luz e som, bombas de gás lacrimogêneo, lançadores e munições de borracha patenteada nos Estados Unidos e considerada a bala mais precisa do mundo.

O proprietário

O proprietário da Condor S.A é Carlos Erane de Aguiar, o diretor do setor de Defesa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). No início deste ano, (abril), Erane lançou um livro com o pomposo título: “Uma experiência em tecnologia não letais no Brasil – O Valor da Vida”.

Em uma das matérias anunciando o lançamento, ele conta os esforços que empreendeu para divulgar a Doutrina do Uso Proporcional da Força. “As pessoas sempre estranharam porque, em vez de oferecer armas, eu sempre apostei nos livros, na inteligência. A repercussão de episódios como o Massacre do Carandiru, em 1992, e Eldorado dos Carajás, em 1996, foram decisivos para convencer autoridades brasileiras para a necessidade de conter situações de conflito sem a perda de vidas humanas”.

O mesmo texto ressalta também que “o Valor da Vida fala ainda do emprego de armas não letais pelo Exército brasileiro na Missão de Paz do Haiti e narra, de maneira divertida, a aventura da primeira grande exportação da Condor para a Argélia, em 2001” (o que pode haver de divertido em exportar armas para reprimir povos? É forçoso perguntar).

Em 2018, Carlos Erane de Aguiar homenageou o general Walter Souza Braga Neto, chefe do Estado-Maior do Exército, na Firjan, com a maior medalha concedida pelo Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa, como personalidade do ano, por seu trabalho na intervenção do Rio.

Nunca é demais lembrar que a intervenção rendeu algumas manifestações, onde os produtos da fábrica de Carlos Erane rasgaram o céu carioca e foram parar no meio dos grupos que protestavam contra a presença das tropas do general. Não faltou gás lacrimogêneo, balas de borracha e gás de pimenta na intervenção comandada pelo homenageado. Um negócio e tanto.

 

 

*Por Denise Asis, para o Jornalistas pela Democracia/Desacato

*Foto destaque: O Globo