Moro: In Fux we trust. Traduzindo, Fux come na minha mão

Moro pode usar seu capataz no Ministério Público Federal, o procurador Wellington Divino para perseguir Glenn por forra, por ter arrancado o véu divino do juiz corrupto. Mas uma coisa é certa, ele jamais conseguirá apagar da história tudo o que foi revelado sobre a Lava Jato pelo Intercept.

Isso já está tatuado na alma dos brasileiros, tanto que o assunto do momento no Brasil é #InFuxWeTrust.

Para fechar esse episódio com chave de ouro, Moro fez questão de mostrar, no twitter, que foi ele quem, digamos, sugeriu a Fux que suspendesse por tempo indeterminado o juiz de garantias, passando por cima do Congresso e da própria Presidência da República, mostrando a balbúrdia jurídica e política que se transformou esse país por conta da Lava Jato e das práticas criminosas de um juiz corrupto e ladrão, como bem disse o deputado Glauber Braga.

Moro, com isso, sublinha o que o que Glenn já havia revelado na fala de Moro com Dallagnol, “In Fux we trust”, traduzindo: Fux come na minha mão.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

A severa beleza da atitude de Lula de não aceitar nada que não seja o reconhecimento de sua inocência

Fujamos à tentação de transcrever a trama armada pela direita de aceitar aquilo que, de forma absolutamente correta, Lula não aceita, nem um passo para trás até que o judiciário brasileiro assuma seu erro sem poupar ninguém, sobretudo Moro e todas as instâncias por onde o processo de Lula passou e que o condenou sem um cisco de provas.

Lógico que é doloroso para Lula ficar numa solitária, sabendo como ninguém de sua inocência. Mas seria muito mais doloroso se aceitasse mais essa injustiça de sair da prisão no regime semiaberto sem o reconhecimento de sua inocência.

Na verdade, hoje o tempo conta mais contra Moro do que contra Lula, haja vista o papel magnífico do Intercept que desmascarou por completo a farsa montada pelo corrupto juiz Sergio Moro, a Lava Jato.

Esse imoral, que hoje é Ministro da Justiça e Segurança Pública de um governo cravejado de corruptos, a começar pelo presidente, está sendo reconhecido universalmente, como bem disse Glauber Braga, um juiz corrupto e ladrão. Por que Lula deveria ceder para essas combinações jurídicas? Por que o aparelho judiciário do Estado que o jogou numa prisão política não quer assumir o seu erro? Não aceita se subordinar à verdade?

E Lula, para conseguir sua alforria, precisa se submeter a certo molde corrupto do judiciário, subordinando-se à lei geral da balbúrdia jurídica?

Não é Lula que está internacionalmente desmoralizado, mas sim o nosso sistema judiciário, que vê os reflexos disso se avolumando com manifestações de grandes juristas internacionais que identificam no processo um conluio para tirar Lula da disputa eleitoral e produzir um Bolsonaro.

Lula não tem que se refugiar em sua casa, ao contrário, tem que arrastar consigo até o fim da vida a dignidade que o levou a ser um dos líderes mais respeitados no mundo, quando as trevas estão comprovadamente no comportamento de Moro, Dallagnol e seus mandados.

Lula, de forma nenhuma deve aceitar a molecagem jurídica, pois não pode sofrer mais injustiça do que já sofreu.

A mídia, sobretudo a Globo, tem horror de imaginar Lula solto, inocentado, porque sabe que foi parceira da farsa. Por isso quer fugir da própria tragédia jogando em Lula a culpa para inviabilizar qualquer crítica e a carapuça de quem foi cúmplice de um juiz criminoso que prendeu um inocente para mergulhar o país num inferno.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas