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Moro chama jiló de rabanada para não admitir a derrota amarga que sofreu dentro do governo

Que Moro é um dissimulado, não é novidade. Isso é padrão do provinciano, o cinismo sempre foi seu aliado e não deixaria de ser agora. E assim ele tentou fazer da acachapante derrota que teve dentro do governo uma socialzinha, como se isso fosse parte de uma realidade momentânea e não de uma derrota política que acrescenta em seu currículo mais uma lambida nas botas do chefe em nome da “integração do governo”.

Quem vê os tuítes de Moro sabe que seu ministério age de acordo com sua individualidade, tentando utilizar a pasta como exemplo de ministro que merece se transformar em presidente em 2022.

Mas no presente processo, a sanção de Bolsonaro teve a medida e o peso de uma bomba atômica em sua cabeça.

Na verdade, Bolsonaro pegou Moro desprevenido, dando nele uma calça arriada e ele, por sua vez, tentou organizar uma fala marota em que propriamente não diz que é contra o juiz de garantias, mas que não sabe como encaixá-lo dentro do sistema judiciário brasileiro e que o pacote anticrime avançou e bla, bla, bla, querendo, com isso, dizer que os problemas maiores apontados por ele no pacote são bem mais importantes que sua derrota no mercado político, recusando-se a dar a mão à palmatória, preferindo, mais uma vez, dar a bunda para Bolsonaro chutar.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Para Mourão, o Partido comunista Chinês é que nos salvará das garras de Trump por quem Bolsonaro tem amor platônico

Mourão disse hoje, pela manhã, logo depois de Trump anunciar a retaliação, aumentando as tarifas do aço brasileiro, que o Brasil não está desvalorizando o real de forma artificial como acusa Trump.

Segundo Mourão, isso é fruto da tensão geopolítica que estamos vivendo, que gera protecionismo e é anticíclica em relação à globalização.

Comentando o conflito comercial entre Estados Unidos e China, Mourão falou que o conflito entre eles gera oportunidades para países como o Brasil e leva a reações como a de Trump.

EUA e China passam por um choque tecnológico, comercial, mas é também uma disputa de poder”, afirmou Mourão.

“Óbvio que isso abre oportunidades a países como nós, que precisamos dinamizar exportações, de financiamento, de infraestrutura, de construção, e os chineses estão dispostos a financiar” comenta o vice-presidente.

Trocando em miúdos, em português claro e fluente, o que Mourão disse é que, se depender de Trump, o Brasil está morto e que a China comunista é que vai salvar o governo anticomunista e americanófilo de Bolsonaro.

Com isso, a China dá uma calça arriada nos EUA dentro do Brasil e um cala boca panaca nos bolsominions trumpistas, como Olavo de Carvalho.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas