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Dia do foda-se bolsonarista é o dia do ‘Somos todos milícia’

Quem acha que o bolsonarismo é somente ódio, está errado, os caras são bons de humor.

Agora, vendo Bolsonaro enterrado até o pescoço nas denúncias de suas relações em várias frentes com a milícia, sem ter como explicar o que não tem explicação, os bolsonaristas, convocados por algum gênio do escritório do ódio, dizem que vão às ruas contra o Congresso por conta do orçamento da União, o que faz qualquer criança parar de chorar e gargalhar quando ouve essa comédia protagonizada pelo gado.

Ora, o foda-se, neste caso, é para qualquer senso de ridículo ou para assumir de vez que nasceu para ser manada de Aécio, Cunha, Temer na base do “todos, menos o PT”.

Na verdade, dizem que se inspiraram na fala de Augusto Heleno que reclamou do Congresso e, no final, soltou um foda-se.

Mas, na realidade, todos sabem que estão indo para as ruas tentar reduzir um pouco o impacto desastroso para o governo do pibinho de Guedes, da disparada do dólar, mas principalmente do mar de contravenção que a sociedade vai descortinando, do qual o clã Bolsonaro é protagonista.

Não duvidem de aparecer um cartaz com os dizeres, “somos todos Rio das Pedras”, “Queiroz, o herói nacional”, “corrupção de rachadinha não é crime”, “Moro perdoou Flávio Bolsonaro”,  e por aí vai.

O fato é que, se essa gente, que nunca deixou de votar na direita, seja malufista ou tucana, ficou muito mais enfezada com a esquerda depois que o líder da manada anticorrupção de 2015, Aécio Neves, foi pego, com áudio e vídeo, pedindo e recebendo propina da JBS, quando toda a ação foi registrada por câmeras e microfones, sem dar chances para qualquer apelo para o contraditório.

Poderiam ter ido para as ruas por Aécio, por recontagem de votos, como foram, por qualquer outro motivo, mas foram contra Dilma e a suposta corrupção em seu governo e, depois, viram-se completamente ridicularizados com as imagens mostradas por toda a mídia, com aquele desavergonhado capítulo de Aécio pedindo e recebendo propina de Joesley.

A partir de então, num surto psicótico, todo bolsonarista que foi para as ruas, passou a ver comunista em qualquer gozador que lhe esfregasse na cara o mico histórico de ter ido às manifestações contra a corrupção convocadas por um dos maiores corruptos do país.

Agora, convocam para o dia 15 de março uma outra manifestação, desta vez contra o Congresso, usando a tática dos punguistas, apoiando bandidos do clã Bolsonaro, das milícias e todo o lixo do entorno, gritando “fora Congresso!”.

A pergunta é: teremos a repetição desse ato cívico que fez o planeta cair na gargalhada, vendo bolsominions marchando e cantando a canção do soldado?

https://youtu.be/m_hYmL0TCv8?t=17

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Glauber Braga, ao chamar Moro de Capanga de Milícia, deu um mata-leão no jagunço e na Globo

Estava tudo armado para Moro sair da câmara vitorioso em sua luta pela prisão após condenação em segunda instância.

O alvo era Lula. Tirar dele qualquer chance de disputar e vencer a eleição em 2022. Esse é o único objetivo da cruzada de Moro e da Globo pela prisão após condenação em 2ª instância. Tirar Lula do páreo.

Tudo caminhava bem. Moro, ministro da justiça do governo miliciano, desfilou de salto alto na passarela do congresso sob os holofotes da Globo que faria uma exaltação a sua luta “contra a corrupção” no Jornal Nacional e aquela xaropada toda, conduzida por Bonner, já conhecida por todos.

Aos 45 minutos do segundo tempo, a maré virou e o que parecia ser um passeio, transformou-se em pesadelo para Moro e a Globo quando Glauber, cirurgicamente, foi na jugular do jagunço de Curitiba chamando o vigarista pelo nome correto: Capanga de Miliciano! Capanga da milícia!

Glauber desarmou todo o circo do momento, mas também do futuro. Ele fez uma exposição rápida da hipocrisia de Moro que, enquanto no Congresso defendia a prisão após condenação em 2ª instância, no Ministério da Justiça e Segurança Pública era um verdadeiro cordeiro com as milícias, mais que isso, um capanga em defesa das milícias, porque em um ano, Moro não tocou sequer no twitter na palavra milícia. Está lá o arquivo do vigarista que não deixa mentir.

Para piorar, Moro, sentindo que saiu do Congresso, desarranjado, cagado outra vez diante do mesmo Glauber Braga, resolveu fazer um gracejo acusando Freixo, que teve um irmão assassinado pela milícia, pelo seu combate a esse tipo de crime, de não apoiar Moro num suposto de combate às milícias, que hoje praticam os mais violentos crimes e que mais crescem no Brasil com o estímulo da família Bolsonaro. Moro, com isso, piorou ainda mais seu andaço.

Freixo deu uma aula sobre seu histórico, como se combate a milícia e mostrou por A mais B que, ao contrário de combater as milícias, Moro as protege cabalmente.

Como disse Freixo, na sua lei anticrime, Moro pede que abrandem as penas de milicianos em relação às penas de traficantes. Isso, simplesmente, matou a estratégia de Moro e, por conseguinte, da Globo.

Como Moro, a partir de agora, vai abrir a boca em qualquer recinto para defender a prisão após condenação em segunda instância, se ele foi desossado por Glauber Braga e Marcelo Freixo que expuseram com precisão toda a sua hipocrisia em defesa das milícias?

O que aconteceu foi que eles inverteram a lógica, jogaram luz na armação de Moro que, de um lado, não pode tocar nas milícias porque pisa nos calos de Bolsonaro, mas do outro, tem que atender ao projeto da Globo de, novamente, tirar Lula da disputa eleitoral. E não há equação possível para isso, porque Moro e os Marinho levaram um nó tático de Glauber e Freixo que souberam muito bem dar um bote no capanga de miliciano, sem chance de reação e, com isso, talharam a estratégia da Globo de atacar Lula por esse caminho.

Que a esquerda toda reflita sobre isso e se prepare para a mais sangrenta e fascista guerra contra a esquerda que a Globo está produzindo para defender a permanência do desmonte do país através do neoliberalismo que arrasa com o Brasil, que produz uma nação de mais de 40 milhões de trabalhadores segregados, desempregados, desalentados, precarizados fazendo bicos, vivendo numa condição de subcidadania humilhante para atender aos interesses dos patrões da Globo, os banqueiros.

Enquanto isso uma legião de brasileiros é massacrada pela política de Guedes que, na verdade, segue a cartilha pela qual a Globo reza, escrita por banqueiros, rentistas e outros tipos de agiotas que patrocinam a Globo que, por sua vez, sustenta, através de uma guerra midiática, um verdadeiro assalto que os brasileiros sofrem diariamente pagando juros pornográficos aos cafetões do grande capital.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas