O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) entrou com uma notícia-crime no STF (Supremo Tribunal Federal) contra três colegas senadores por corrupção. Os alvos da denúncia são o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ex-presidente da Casa Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Marcos do Val (Podemos-ES), segundo o Uol.
Vieira acusa Pacheco e Alcolumbre de corrupção ativa e Do Val de corrupção passiva no caso do orçamento secreto. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Marcos do Val afirmou que recebeu R$ 50 milhões em emendas de relator por apoiar Pacheco para a presidência do Senado.
Na mesma entrevista, Do Val disse ter sido informado da verba por Alcolumbre, que era o então presidente do Senado e articulou a campanha de seu sucessor. Segundo Do Val, os recursos seriam uma forma de “gratidão”.
No documento enviado ao STF, Vieira compara o caso ao Mensalão. “Causa espanto a naturalização de verdadeira negociata de votos dentro do Senado Federal com uso de dinheiro público”, afirmou no texto.
Alessandro Vieira também protocolou uma queixa no Conselho de Ética da Casa, pedindo que os três sejam enquadrados por quebra de decoro.
Após a repercussão da entrevista ao Estadão, Marcos do Val emitiu uma nota em fala que houve “má interpretação” da reportagem e afirma que fez referência à existência de critérios no Senado para indicações transparentes de recursos por senadores. Ele, porém, não voltou atrás nas afirmações.
Hoje, confrontado por jornalistas na CNN Brasil, Do Val disse que a “narrativa” de suposta compra de votos na eleição de Pacheco deveria ser contida “porque ela não era verdadeira” e ameaçou interromper a participação no canal.
Pacheco foi eleito presidente do Senado em fevereiro do ano passado. Ele derrotou Simone Tebet (MDB) por 57 votos a 21. O mandato na cadeira principal da Casa vai até fevereiro de 2023.
Em entrevista coletiva no Senado na tarde de hoje, Pacheco chamou a denúncia de “oportunismo político”. “Eu lamento isso de alguém que não é capaz de reconhecer aquilo que eu tenho buscado fazer desde que assumi a presidência”, disse.
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De repente o assunto corrupção no PT envolvendo Lula, foi substituído pela milionésima acusação furada de Marcos Valério. O troço feito aos solavancos, tem um motivo, não para de chegar denúncias de corrupção que envolvem o governo Bolsonaro.
A do MEC, em que ele, nitidamente, recebeu informações privilegiadas para obstacular as investigações, fez com que o assunto corrupção causasse urticária em Bolsonaro e, consequentemente, a cafubira contaminou a campanha, porque não se pode dar arma ao inimigo com assunto extremamente delicado para quem tem rabo pra lá de preso no famoso “tocante à corrupção”.
Bolsonaro funciona assim, as pessoas falam de Marielle e do assassino dela, que morava a 50 passos da casa de Bolsonaro, imediatamente ele apela para o assassinato de Celso Daniel, deixando claro que o assunto Marielle incomoda profundamente o clã.
Por outro lado, basta que uma investigação chegue próximo de Bolsonaro ou de seus familiares para que ele se interne no mesmo hospital, com o mesmo médico, alegando estar entupido de fezes, até que o médico chegue de uma viagem internacional e, poucos minutos depois de estar com Bolsonaro, ele fica curado após soltar um traque.
Mas até que isso aconteça, Bolsonaro põe o clã todo para dar entrevista desencontrada sobre a ridícula farsa da facada para que o nome dele saia das cordas e que possa respirar um pouco, até que se ache uma fresta para o esperto escapar.
Foi assim na CPI do genocídio e em tantos outros casos em que a internação e lorota requentada da facada, que já está pra lá de esturricada, virar uma opção para mudar as manchetes negativas sobre o governo corrupto de Bolsonaro.
Por isso, esse troço sem pé nem cabeça de Marcos Valério ligar o PT ao PCC, vem da Veja, que tem a mesma credibilidade do Paraná Pesquisas e da Jovem Pan.
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Ex-procurador afirma que tribunal quer colocar na sua conta ‘o dinheiro que foi investido para recuperar R$ 15 bilhões para sociedade’, segundo Mônica Bergamo, Folha.
O Tribunal de Contas da União (TCU) deve abrir uma nova linha de investigação sobre gastos de procuradores da Operação Lava Jato com diárias e passagens aéreas no período em que trabalharam na força-tarefa que esquadrinhou negócios irregulares na Petrobras.
A ABJD afirma que Dallagnol “foi um dos protagonistas do maior escândalo dentro do sistema de Justiça” brasileiro e que, ainda que não tenha sofrido severas penalidades, teve sua conduta colocada em xeque por procedimentos instaurados pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
“A postura, pública e notória, do postulante a advogado no curso da operação Lava Jato retira integralmente a sua condição de respeitabilidade, seriedade e de honra para o exercício da advocacia”, diz o documento.
A associação também acusa o ex-procurador de se valer de sua função no Ministério Público Federal e de recursos públicos para realizar aspirações pessoais, ideológicas e de cunho político-partidário.
“De forma rasa e imoral, deturpou provas, violou procedimentos, combinou (com o juiz da causa) ações que tinham como resultado o benefício de sua tese. Ao mesmo tempo, violou e burlou o exercício das advocacias (todas) que se assentavam em lado adverso”, afirma a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia.
O pedido enviado à OAB do Paraná é assinado pelos advogados Nuredin Adhmad Allan, Paulo Francisco Freire e Cezar Brito.
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Chefe do Executivo atuou para interferir na Polícia Federal para proteger família – Isaac Amorim/MJSP
“Acabou a corrupção no Brasil. Nos acusam de suspeita de corrupção. Me acusaram de suspeita de corrupção no caso da vacina da Covaxin. Eu não comprei uma dose, não paguei um centavo. Suspeita de corrupção de compra de ônibus para educação. Não foi feita a licitação”. Com essa declaração, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se defendeu, em entrevista concedida nessa segunda-feira (11), das acusações de corrupção no seu governo. Mas a realidade é bem diferente.
Mergulhado em escândalos em diversas pastas de seu governo, o presidente tem lutado para se esquivar da pecha de “corrupto”. A interferência em investigações contra sua família, o uso descabido do sigilo em informações públicas e o aparelhamento do Estado para satisfazer interesses de aliados apontam em outra direção.
Bolsonaro ainda costuma dizer que, em três décadas de vida política, nunca foi condenado por corrupção. O chefe do Executivo também afirma que, nos quase quatro anos à frente do governo federal, ainda não foi responsabilizado por crimes contra a administração pública. A suposta “ficha limpa” do ex-capitão não quer dizer que o presidente e seu governo não possam ser considerado “corruptos”, de acordo com organizações internacionais e juristas.
Corrupto do Ano, aponta organização
As acusações não vêm de hoje. Em dezembro de 2020, Bolsonaro foi eleito a “Personalidade do Ano” por seu papel na promoção da corrupção e do crime organizado pelo Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCRP), um consórcio internacional que reúne jornalistas investigativos e centros de mídia independente.
“Eleito após o escândalo da Lava Jato como candidato anticorrupção, Bolsonaro se cercou de figuras corruptas, usou propaganda para promover sua agenda populista, minou o sistema de justiça e travou uma guerra destrutiva contra a região da Amazônia que enriqueceu alguns dos piores proprietários de terras do país”, disse a organização.
O que é corrupção?
Em entrevista ao Brasil de Fato, o advogado Nuredin Ahmad Allan, da Associação Brasileira dos Juristas pela Democracia (ABJD) aponta que “corrupção é algo sistêmico” e “enraizado dentro da estrutura política”. Por essa razão, não se mede a corrupção apenas pela mera existência de atos de corrupção na estrutura do governo – que, segundo ele, existiram.
“O que a gente deve medir é a maneira como esse governo tenta investigar, combater, repreender, reprimir e eliminar a corrupção. Há, sim, claramente, corrupção no governo Bolsonaro, não há dúvidas quanto a isso”, declarou Allan.
“O que não há no governo é tentativa ou inclinação alguma para combater a corrupção. Isso é muito claro, inclusive, pelo aparelhamento do estado”, reforça o advogado. De acordo com ele, o aparelhamento promovido por Bolsonaro tenta eliminar pessoas que estão dentro da instituição com autonomia para combater e investigar denúncias de corrupção ou notícias-crimes.
“Isso acontece hoje especialmente com o procurador-geral da República, Augusto Aras, que tem blindado Jair Bolsonaro em uma das cenas mais lamentáveis e vergonhosas da história constituinte do Brasil, pós-1988”, disse.
Corrupção vem de longe
Allan aponta ainda que a corrupção acompanha Jair Bolsonaro desde o tempo de congressista. “Como deputado, foram identificadas várias situações, especialmente a questão das rachadinhas”. Sobre os escândalos recentes e denúncias de corrupção no governo federal, como o caso dos pastores lobistas no Ministério da Educação, o advogado pediu apuração rigorosa do envolvimento do presidente.
“Há fortes indícios de que ele tem ciência de toda a corrupção e talvez participe, mas, para que isso seja identificado, é necessário que haja uma investigação observada pelos órgãos competentes”, pediu. “Se Jair Bolsonaro não é corrupto porque ele interfere tão incisivamente em órgãos ou instituições que estão tentando investigar notícias de corrupção que envolvem a família Bolsonaro? Essa é uma pergunta que precisa ser feita”, finalizou.
Capitão Sigilo
Especialistas e organizações apontam que outro fator relevante é o ataque sistemático do governo Bolsonaro à transparência pública. Um relatório da Transparência Brasil sobre a Lei de Acesso à Informação (LAI) com base nos dados do Executivo federal identificou quase 1.500 pedidos de informação que foram negados utilizando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), de forma equivocada, como justificativa.
Um caso sintomático da aposta do Executivo no sigilo para “esconder” casos de corrupção aconteceu no final de julho de 2019, quando o Palácio do Planalto decretou o sigilo centenário sobre dados relativos aos crachás de acesso às dependências da Presidência da República concedidos para o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), os filhos “02” e “03” do presidente.
“Partido Militar”: falta de transparência
No início deste ano o governo federal manteve o sigilo de 100 anos do processo interno do Exército contra o general Eduardo Pazuello pela participação em um ato político ao lado de Bolsonaro, em maio de 2021. A decisão foi da comissão formada por servidores do alto escalão de sete ministérios, que justificou que a divulgação do documento representaria risco aos princípios da hierarquia e da disciplina do Exército.
Pazuello, que é ex-ministro da Saúde e atualmente tem cargo de assessor especial da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, está sendo investigado por infringir Regimento Disciplinar do Exército, de 2002. No item 57 do Anexo I – que regulamenta as transgressões – está vedado ao militar da ativa “manifestar-se, publicamente”, “sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária”.
Relembre casos Covaxin
Luis Ricardo e Luis Claudio Miranda supostas irregularidades na contratação da vacina indiana Covaxin
A suspeita de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin foi uma das principais linhas de investigação da CPI da Covid, realizada em 2021 no Senado. O caso também é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF). No ano passado, o MPF citou suspeita da ocorrência dos crimes de corrupção e superfaturamento na compra.
Obras da Saúde no Rio
O Ministério da Saúde atuou para desembolsar, sem licitação, quase R$ 30 milhões em obras em prédios da pasta no Rio de Janeiro. Empenhados em ritmo de urgência, sob a justificativa da pandemia, os valores só não foram efetivamente gastos porque a Advocacia Geral da União (AGU) identificou indícios de irregularidades e cancelou os repasses.
Pastores lobistas
PF abriu recentemente dois inquéritos para investigar a atuação de pastores lobistas na pasta: um focado no ex-ministro Milton Ribeiro e outro nos pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura. Pelo menos 10 prefeitos relataram posteriormente que os pastores pediram propina para auxiliar na liberação de recursos para as suas cidades.
Ministro madeireiro
Em maio do ano passado, o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi alvo de uma operação da PF que investigava se funcionários do ministério e do Ibama favoreceram indevidamente empresas que atuam no contrabando de madeira. Na mesma operação, o então presidente do Ibama, Eduardo Bim, foi afastado do cargo pelas mesmas suspeitas.
Orçamento secreto
Os documentos mostram que esse esquema atropela leis orçamentárias, já que são os ministros e não os congressistas que deveriam definir onde aplicar os recursos. Além disso, os acordos e o direcionamento do dinheiro não foram públicos, assim como a distribuição não foi igualitária entre os congressistas, evidenciando um interesse eleitoral do governo. Entenda o orçamento secreto.
Empreiteira fraudulenta
A empreiteira Engefort tem conquistado a maioria das concorrências de pavimentação do governo Bolsonaro. A empresa venceu diferentes licitações nas quais participou sozinha ou na companhia de uma empresa de fachada registrada em nome do irmão de seus sócios, a Del Construtora.
A informação foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo na segunda-feira (11). A reportagem aponta que a construtora, com sede na cidade de Imperatriz, sul do Maranhão, explodiu em verbas na atual gestão e assinou contratos para asfaltamento mesmo longe de sua base.
Daniel Alves e Emerson Sheik
Na terça-feira (5), o jornal Folha de S.Paulo mostrou que o Executivo autorizou o repasse de R$ 6,2 milhões a duas organizações até então inativas e recém-assumidas pelo ex-jogador Emerson Sheik e pelo lateral-direito Daniel Alves, até hoje jogador da Seleção Brasileira e do Barcelona.
As entidades dos atletas tiveram projetos aprovados no ano passado para realização de cursos de esportes, mesmo sem experiência prévia. De acordo com a reportagem, a assinatura dos convênios só foi possível porque os atletas driblaram exigências legais usando as chamadas “ONGs de prateleira”.
Ônibus escolares superfaturados
O Ministério da Educação teria superfaturado em mais de R$ 700 milhões a compra de ônibus escolares. A denúncia foi revelada em documentos obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo.
De acordo com a reportagem, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu um processo de licitação para pagar R$ 480 mil por cada ônibus escolar destinado ao transporte de estudantes em áreas rurais. No entanto, Técnicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) apontaram que cada veículo deveria custar no máximo R$ 270 mil.
Servidores do Planalto vendem cursos ao governo
Alocados pelo governo Bolsonaro em cargos de confiança na Casa Civil da Presidência da República, dois funcionários concursados do Poder Executivo Federal receberam, por meio de uma empresa criada por eles, o valor de R$ 17,2 mil do Ministério da Infraestrutura para realizar uma formação de 37 servidores da pasta de forma virtual. A informação foi obtida pelo Brasil de Fato no Portal da Transparência e confirmada pelo governo federal.
O valor é quase o máximo que o Executivo pode usar para contratar uma empresa sem licitação ou concorrência pública.
Corrupção no Incra
O advogado Marconi Gonçalves, que comandou a superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Maranhão entre novembro de 2021 e janeiro deste ano, contou em depoimento à Polícia Federal que recebeu um pedido de propina logo após tomar posse.
A proposta teria sido feita na porta da sede do órgão por um lobista. Em nota, o Incra diz que apura suspeitas de irregularidades na superintendência do órgão no Maranhão.
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Relatório final de investigação foi enviado ao STF nesta sexta-feira, 8, e afirma que ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro cometeu crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 8, a Polícia Federal (PF) afirma que o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), recebeu propinas do grupo J&F. A conclusão é que o político cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Os volumes da investigação serão enviados agora ao procurador-geral da República Augusto Aras, a quem cabe decidir se apresenta denúncia contra o ministro ou arquiva o inquérito. A PF não pediu o indiciamento em razão do foro por prerrogativa de função.
O delegado Rodrigo Borges Correia aponta que o ministro teria recebido repasses do frigorífico em troca do apoio do Progressistas à campanha de reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014. Ciro Nogueira dirige o partido há quase uma década e foi aliado dos governos petistas até o impeachment de Dilma.
O ponto de partida da investigação foi a delação premiada do empresário Joesley Batista, dono da J&F, e do executivo Ricardo Saud, que foi diretor de relações institucionais do grupo.
“Não há como não dar veracidade para versão apresentada pelos colaboradores”, diz um trecho do relatório.
A PF concluiu que, além de R$ 40 milhões em doações eleitorais para o PP regularmente declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ciro Nogueira recebeu outros R$ 5 milhões em dinheiro vivo. Os valores teriam sido repassados através do supermercado Comercial Camargo, que fica em Teresina, no Piauí, para o irmão do político.
Além de informações levantadas pela Receita Federal, o depoimento do dono e de um funcionário do supermercado, que admitiram a entrega do dinheiro, foram fundamentais para a investigação.
O relatório final afirma que a verba não foi desembolsada do caixa da empresa. Segundo a investigação, o dinheiro saiu de uma conta controlada pela J&F, mas alimentada com recursos desviados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
FNDE
O nome do ministro também está envolvido em uma série de escândalos que atingem o governo Bolsonaro. O Estadão revelou que é ele quem comanda o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que gere todos os recursos do setor. Foi o órgão que abriu uma licitação com preços inflados de ônibus, suspensa pelo Tribunal de Contas da União (TCU) diante dos indícios de superfaturamento, e também liberou dinheiro para pastores lobistas acusados por prefeitos de cobrarem propinas em troca do acesso ao Ministério da Educação.
COM A PALAVRA, A DEFESA DO MINISTRO CIRO NOGUEIRA
A defesa técnica do Ministro Ciro Nogueira estranha o relatório da Polícia Federal, pois a conclusão é totalmente baseada somente em delações que não são corroboradas com nenhuma prova externa. Até porque a narrativa das delações não se sustenta.
A defesa tem absoluta confiança que o tempo das delações sem nenhuma fundamentação já está devidamente superado pelas decisões independentes do Ministério Público e do Supremo Tribunal Federal.
Continuamos à disposição do Poder Judiciário com plena convicção que a verdade prevalecerá. O império das delações falsas e dirigidas não mais se sustenta.
Almeida Castro, Castro e Turbay Advogados Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay Roberta Cristina Ribeiro de Castro Queiroz Marcelo Turbay Freiria Liliane de Carvalho Gabriel Álvaro Guilherme de Oliveira Chaves Ananda França de Almeida
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Pesquisa Quaest mostra que economia lidera a lista dos principais problemas do Brasil e deve pautar o debate eleitoral. Alta de preços, desemprego e crise econômica preocupam brasileiros.
Pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (7) mostra que a Economia deve pautar a disputa entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de outubro. O tema é tratado como principal problema para 46% da população.
A pandemia, que já liderou o ranking, é visto como prioritário apenas para 14%, seguido pelas questões sociais e à frente da corrupção, que pautou as eleições de 2018, com 9%.
O estudo ainda fez um recorte do tema e a inflação (16%) já divide com a crise econômica (17) a preocupação dos brasileiros – em terceiro, com 13% está o desemprego. Nas questões sociais, a fome é preocupante para 9%, seguido pela desigualdade, com 2%.
Alta dos preços e Petrobras
A Quaest mostra ainda que 98% dos entrevistados percebeu a alta de preços dos produtos nos últimos meses – 2% dizem que “ficaram iguais”. Outros 74% acham que os preços vão aumentar nos próximos meses.
Para 62%, a economia piorou no último ano e, nos últimos três meses, houve um aumento de 8 pontos percentuais – de 51% para 59% – entre aqueles que dizem que “piorou” a capacidade de pagar as próprias contas.
Jair Bolsonaro é, disparado, considerado o maior responsável pelo aumento dos preços dos combustíveis no Brasil – que ocasiona um efeito cascata na inflação.
Para 24% é o presidente o responsável pelo preço da gasolina e do diesel. Outros 15% culpam a Petrobras – que é gerida pelo governo – e 14% dizem que é por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia.
O discurso de Bolsonaro de culpar governadores foi adotado por 12% dos ouvidos na pesquisa. A alta do dólar e o mercado internacional são citados por 9% e 2% culpam os proprietários dos postos. Para 4%, todos os citados são responsáveis.
A pesquisa ainda mostra uma sondagem em relação às eleições, que ocorrem daqui a seis meses, e a percepção de 44% é que a situação econômica do país vai melhorar. Outros 31% dizem que vai piorar e 21% ficar do mesmo jeito.
A pesquisa ouviu 2 mil eleitores, face a face, entre os dias 1 e 3 de abril. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o índice de confiança de 95%.
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Amanhã será lançado o livro “Sergio Moro — contra o sistema de corrupção”. Vejam só que ironia, Sergio Moro contra a corrupção. Quem tiver coragem, que leia.
Sergio Moro prepara uma bomba para estourar no colo de Jair Bolsonaro nesta terça-feira (30/11), nada menos do que o dia em que o presidente se filiará ao PL. Por coincidência, sairá também amanhã o livro “Sergio Moro — contra o sistema de corrupção”, autobiografia do ex-juiz, com algumas histórias pouco agradáveis para o presidente, segundo Guilherme Amado, Metrópoles.
Um conjunto delas promete ser especialmente constrangedor para Bolsonaro: o livro detalhará o processo do presidente no esforço para proteger seus filhos políticos, Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro. São histórias nunca antes contadas por Moro, abaixo de quem, no Ministério da Justiça, ficava a Polícia Federal.
O pior é que as informações da obra não ficarão restritas às livrarias amanhã. Às 10h30, quando começa o ato de filiação de Bolsonaro num centro de convenções em Brasília, as histórias do livro já terão corrido o país. Moro deu diversas entrevistas nos últimos dias, sobre o livro, narrando alguns desses episódios, com vistas à publicação amanhã.
Embora não necessariamente tenha sido esse o objetivo, o fato é que, no dia em que deveria brilhar sozinho, Bolsonaro verá as páginas de jornais cheias de fotos daquele que, hoje, é quem mais lhe mete medo.
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O ex-empregado da família Bolsonaro Marcelo Luiz Nogueira dos Santos prestou depoimento, por videoconferência, na segunda-feira (18/10) ao Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal, e confirmou as afirmações que fez à coluna em entrevista no mês passado, quando disse que o presidente Jair Bolsonaro era quem determinava quem administrava o esquema corrupção nos gabinetes de Flávio e Carlos Bolsonaro em seus gabinetes na Assembleia Legislativa e na Câmara do Rio.
A acusação foi encaminhada ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público do Rio de Janeiro, onde Flávio Bolsonaro foi denunciado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato (roubo praticado por funcionário público), devido a este caso. Carlos Bolsonaro também é investigado no MPRJ.
Segundo Marcelo Luiz, Bolsonaro tirou o comando das mãos de sua então mulher, a advogada Ana Cristina Siqueira Valle, e passou para os filhos quando descobriu estar sendo traído por ela.
“Eu repeti em audiência o que disse à coluna, que eu recebia do gabinete, mas devolvia o dinheiro”, disse o ex-empregado.
Em entrevista exclusiva à coluna, no mês passado, após se demitir por não receber o salário pedido, Marcelo Luiz detalhou como foram os quase 14 anos que trabalhou para o filho 01 do presidente. O ex-empregado atuou na campanha de 2002 de Flávio para deputado estadual e entre 2003 e 2007, foi lotado no gabinete de Flávio na ALERJ.
Marcelo confessou ter devolvido 80% de tudo o que recebeu no gabinete de Flávio nos quase quatro anos em que foi seu servidor: cerca de R$ 340 mil no total.
*Guilherme Amado
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Corregedor do tribunal também quer saber se houve campanha eleitoral antecipada. Atos de 7 de setembro defenderam pautas antidemocráticas e tiveram a participação do presidente Jair Bolsonaro.
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Luís Felipe Salomão, decidiu investigar se houve financiamento dos atos antidemocráticos de 7 de setembro e, em caso de ter havido, quem financiou. Salomão quer investigar também se os atos configuraram propaganda eleitoral antecipada.
Participaram dos atos o presidente Jair Bolsonaro e apoiadores. Salomão incluiu essa apuração em um inquérito que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O corregedor quer saber se houve pagamento de transporte e diárias para manifestantes, e quem esteve por trás da organização do evento.
Fontes da Justiça informaram à GloboNews que essas novas apurações são consideradas um desdobramento relevante da investigação sobre os atos. Também é a primeira consequência judicial dos atos, principalmente porque vai focar em esclarecer se foi uma manifestação espontânea e se teve conteúdo eleitoral.
O corregedor ampliou o objeto de apuração para saber se houve:
abuso de poder econômico e político
uso indevido dos meios de comunicação social
corrupção
fraude
condutas vedadas a agentes públicos
propaganda extemporânea (antecipada), em relação aos ataques contra o sistema eletrônico de votação e à legitimidade das eleições de 2022.
*Com informações do G1
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Você pode escolher que reportagem pretende mostrar para seus netos, assim mesmo eles não acreditarão que o Brasil viveu esse inferno, seja a imprensa mundial de maior peso denunciando os arroubos autoritários de um presidente que pensa em dar um golpe no pais para, junto com os filhos, livrar-se da justiça por crime de corrupção, ou como nessa capa do Caderno Internacional do Financial Times em que fala exclusivamente de uma família corrupta que assumiu o poder pelas mãos de um juiz vigarista como Moro e que está levando o Brasil ao caos.
Sim, o mundo já entendeu que o nome Bolsonaro significa uma centopeia de crimes, sejam eles pelo genocídio de 600 mil pessoas por covid, seja por uma organização criminosa que atua na base do peculato, ostentando mansões hollywoodianas e carros de luxo, como é comum dos gangsters latino-americanos das repúblicas bananeiras, seja por crimes contra a própria constituição do país.
Certamente, seus netos dirão, não é possível que o Brasil tenha vivido isso, tal o absurdo a que esse país chegou depois do golpe em Dilma, passando pelo processo introdutório de um Michel Temer.
Mas são, em última análise, imagens como essa que correm o mundo na velocidade que a internet proporciona, fazendo com que Bolsonaro e seu clã com suas histórias escabrosas se tornem parte da aldeia global que transformou o mundo depois da revolução informacional.
Está aí o clã Bolsonaro em destaque na página internacional do Financial Times com uma reportagem de página policial.
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