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Justiça

“Moro está com medo”, disse Tony Garcia depois da manifestação do ex-juiz à CNN

O empresário Tony Garcia, ex-deputado e delator na 13a. Vara Federal de Curitiba, disse que a curta nota de Sergio Moro, lida pela CNN, revela que o ex-juiz está “com medo”.

A nota foi a primeira manifestação de Moro depois que, em entrevista à TV 247, Tony Garcia revelou como foi usado de maneira ilegal num acordo de colaboração realizado com o ex-juiz.

“O relato do ex-deputado (Tony Garcia) é mentiroso e dissociado de qualquer amparo na realidade ou em qualquer prova”, disse o juiz, por meio de nota.

A manifestação de Moro foi lida pela apresentadora Tainá Falcão, no programa CNN 360o., depois da entrevista com Tony Garcia.

A CNN procurou Tony Garcia depois da entrevista à TV 247, em que ele contou que ajudou Moro a localizar e apreender um vídeo em que desembargadores do TRF-4 apareceriam de cuecas e gravatas, numa festa com prostitutas na suíte presidencial do hotel Bourbon, em Curitiba.

Segundo ele, a festa foi organizada pelo advogado Roberto Bertholdo, em 19 de novembro de 2003, depois do jogo da Seleção Brasileira contra o Uruguai, no Pinheirão, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2006.

Bertholdo era conhecido pela influência no TRF-4 e também no Superior Tribunal de Justiça.

Um sócio de Bertholdo na época, Sérgio Costa, gravou a festa, sem que Bertholdo soubesse, para pressioná-lo caso rompesse a sociedade.

Quando soube, Bertholdo obrigou Costa a lhe entregar o vídeo, segundo relato de Tony Garcia.

Sergio Moro estava à frente da 2a. Vara Federal, mais tarde renomeada 13a., fazia cerca de dois anos quando determinou a Tony Garcia que tentasse localizar a vídeo. Tony tinha feito acordo de colaboração depois de ser acusado de fraude no Consórcio Nacional Garibaldi.

“Ele queria porque queria o vídeo. Eu indiquei a ele um endereço em São Paulo onde Bertholdo guardava um Jaguar (carro) e depois, quando fui novamente chamado por Moro, ele me cumprimentou e disse que a operação tinha sido bem-sucedida. Ou seja, pegaram o vídeo”, disse Tony.

A realização da festa que reuniu magistrados e prostitutas no Bourbon chegou a ser investigada pelo Ministério Público Federal, representado por Carlos Fernando dos Santos Lima e Januário Paludo.

Segundo a investigação, que não tem desfecho conhecido, as prostitutas que participaram da festa com os magistrados foram contratadas pela cafetina Mirlei de Oliveira, antiga prestadora de serviços a Roberto Bertholdo.

Segundo reportagem da revista IstoÉ, em uma conversa interceptada com autorização judicial, ela comentou que estava sendo pressionada a revelar detalhes de sua relação com Bertholdo.

A reportagem informa: “Numa das conversas, ela (Mirlei) se refere a uma festa específica, ocorrida no Hotel Bourbon, em Curitiba. ‘Fiz tanta festa para atender juízes, que não sei que festa é essa’, responde”.

A entrevista divulgada neste domingo pela CNN destaca o trecho da entrevista que realizou com Tony Garcia em que ele conta que Moro interferiu para afastar o juiz federal Eduardo Appio da 13a. Vara Federal de Curitiba, há cerca de duas semanas.

Tony disse acreditar que essa interferência aconteceu porque Appio levaria adiante as denúncias que ele fez à responsável anterior pela operação, Gabriela Hardt, em 2021.

Segundo Garcia, essas denúncias se referiam a fatos da época em que teria ficado por anos trabalhando para a Lava Jato para obter informações de interesse da operação.

“Eles me amarraram nesse acordo durante dez anos. Eles ficaram me usando para obter informações, usaram informações para perseguir o PT, eles usaram da minha amizade com o Eduardo Cunha para eu colher informações de operadores do PT, operadores da Petrobras, operadores do Zé Dirceu, de tudo, eles queriam pegar tudo”, afirmou.

Depois da entrevista, procurado pelo 247, Tony Garcia reafirmou que tem provas que confirmam suas denúncias. O vídeo, inclusive, teria sido usado para o ex-juiz chantagear os desembargadores do TRF-4. “Esse é o método Moro”, disse.

O que você achou da nota sucinta do Moro à CNN, Tony? “Medo, muito medo. Conheço ele”, respondeu, também sucintamente.

*247

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Opinião

Bolsonaro na corda bamba, com medo do que Mauro Cid possa contar

Mentir é uma doença contagiosa

O celular do tenente-coronel Mauro Cid é mais loquaz do que seu dono. O que significa que o dono, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro nos últimos quatro anos, guarda na memória mais segredos do que os encontrados pela Polícia Federal no seu celular.

É por isso que Bolsonaro bate e assopra em Mauro Cid, inseguro quanto à melhor forma de tratá-lo. Ora o repele, ora o afaga. Mauro Cid calou-se no depoimento à Polícia Federal – quem falou foi sua mulher sobre a fraude nas carteiras de vacinação.

Mas ele será convocado novamente a depor. Bolsonaro treme só a saber disso. Delação? Os novos advogados de Mauro Cid garantem que ele jamais delatará ninguém. Colaborar, porém, é outra história, e ele já estaria colaborando com as investigações.

Que diferença há entre delatar e colaborar? É uma questão hermenêutica, e advogados são craques nisso. A palavra “delação” perdeu prestígio ao longo dos anos da Lava-Jato. Cedeu o lugar a “colaborar”, menos forte e mais simpática.

Desde que Mauro Cid foi preso, há 15 dias, Bolsonaro, indiretamente, referiu-se a ele dizendo de início:

“Ao que tudo indica, alguém fez besteira”.

Depois, disse:

“Foi um excelente oficial do Exército”.

E depois:

“Peço a Deus que ele não tenha errado, e cada um siga sua vida”.

E depois ainda:

“Não quero acusá-lo de nada”.

Por fim, elogiou-o e disse considerá-lo “um filho”.

ai algum espera ser traído por um filho. Elevado à categoria dos quatro filhos Zero de Bolsonaro, Mauro Cid deveria mirar no exemplo deles. Ou seja: obedecer ao pai acima de tudo, do Brasil e até mesmo de Deus, se for o caso; jamais duvidar de sua sabedoria.

Compreender que o pai sempre os protegerá, mas no limite, se absolutamente necessário para salvar-se, poderá sacrificar um deles. Carlos, o Zero Dois, carrega a ferida profunda de ter derrotado a própria mãe ao se eleger vereador por exigência do pai.

A ferida sangra até hoje. Carlos nunca gostou de política, e não gosta. De vez em quando, ameaça deixá-la, mas o pai não permite. Flávio anunciou que se candidataria a prefeito do Rio, mas que a última palavra seria do pai. Por enquanto, o pai disse não.

A pergunta de milhões de reais, ou de dólares, é: o que fará Mauro Cid? O patriarca dos Bolsonaro é um exímio carrasco. Quantas cabeças não decepou até aqui para preservar a sua? Começou a entregar mais uma, desta vez por meio de sua mulher.

À revista Veja, Michelle, ao falar sobre as milionárias joias ofertadas ao casal pela ditadura da Arábia Saudita, citou o almirante Bento Albuquerque, ex-ministro das Minas e Energia e portador dos presentes; o de Bolsonaro entrou ilegalmente no país

Michelle afirmou que houve uma falha de comunicação entre as assessorias de Bento e a do seu marido. E que ela e Bolsonaro só ficaram sabendo da situação entre novembro e dezembro de 2022. No caso de suas joias apreendidas pela Receita, comentou:

“O erro aconteceu no fato de a assessoria do Ministério de Minas e Energia não ter comunicado a minha assessoria, já que era um presente endereçado à primeira-dama. Se a assessoria do ex-ministro Bento tivesse entrado em contato, a gente verificaria os trâmites legais para ficar com o presente ou colocar no acervo da Presidência”.

Dito de outra maneira: nem Bento Albuquerque, nem assessores dele tiveram a gentileza de avisar à Michelle que as suas joias haviam sido retidas pela Receita, e a Bolsonaro que as joias dele estavam guardadas em um cofre do ministério há quase um ano.

Mentira pega. Michelle foi contaminada pelo marido.

*Blog do Noblat

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Bolsonarismo

Bolsonaro quer apoiar golpistas, mas tem medo de ser enquadrado por incitar atos violentos, como em Rondônia

Com agenda esvaziada e sem reconhecer a derrota, Bolsonaro tem dito que quer apoiar atos golpistas, mas teme ser responsabilizado judicialmente por violência de bolsonaristas fanáticos.

Em meio ao silêncio público desde que foi derrotado por Lula (PT) nas eleições de 30 de outubro, Jair Bolsonaro (PL) estaria tramando meios de apoiar os atos golpistas promovidos por apoiadores nas rodovias e em frente a quarteis, segundo Guilherme Seto, na coluna Painel, da Folha de S.Paulo desta segunda-feira (21).

Sem reconhecer a derrota, o que incita apoiadores a clamarem por um golpe, Bolsonaro, no entanto, teme que os atos violentos promovidos por apoiadores, como aconteceu em Rondônia neste domingo (21), sirvam para enquadrá-lo em ações na Justiça, especialmente nas investigações que já tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF).

A pessoas que o visitam no Palácio do Alvorada, o presidente tem dito que quer apoiar os atos, mas teme pelos bolsonaristas fanáticos, que vêm promovendo cenas de violência pelo país.

Na madrugada deste domingo (20), uma série de ataques terroristas foi desencadeado por apoiadores do presidente na BR-364, em trecho próximo a Ariquemes, Rondônia.

Ao menos 12 caminhões foram incendiados. Em imagens que circulam nas redes sociais, um motociclista conseguiu filmar o momento em que o Corpo de Bombeiros local tentava apagar as chamas.

Em outro vídeo, já com o céu azul, outro internauta filmou os estragos. É possível ver caminhões e camionetes queimados e com os pneus furados. “12 caminhões que furaram os pneus, quebraram os vidros. Queimou, e também saquearam (sic)”, diz o narrador.

Mais tarde, no mesmo trecho, um agente da Polícia Federal Rodoviária (PRF) foi alvo de insultos racistas quando prendeu um dos suspeitos de furtar carga dos caminhões atacados. De acordo com o agente, os suspeitos chegavam de carro, enchiam os porta-malas com carnes e hortaliças, para levar embora os produtos, e em seguida voltavam para buscar mais.

Ao ser detido, um suspeito de 32 anos ameaçou os agentes da PRF, chutou a viatura e afrontou o policial. “Você só é homem com essa farda, quero ver tirar essa farda, seu preto encardido”, disse.

A seguir, em outro vídeo, já com o céu azul, outro internauta filmou os estragos. É possível ver caminhões e camionetes queimados e com os pneus furados. “12 caminhões que furaram os pneus, quebraram os vidros. Queimou, e também saquearam (sic)”, diz o narrador.

https://twitter.com/thicico/status/1594379290694615040?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1594379290694615040%7Ctwgr%5Ed350a2c9ab6238692c41fa5b1bb16dc581494a2e%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-32986405522190064549.ampproject.net%2F2211042305000%2Fframe.html

Uma das empresas donas dos caminhões queimados é o Grupo Irmãos Gonçalves, que opera supermercados e transporte de alimentos na região, de propriedade da família do vice-governador eleito do Estado, Sérgio Gonçalves (União Brasil). Sua chapa, encabeçada pelo Coronel Marcos Rocha (União Brasil), teve o amplo apoio do bolsonarismo, sobretudo do general Hamilton Mourão (Republicanos), vice-presidente de Bolsonaro (PL), que gravou vídeo para a campanha. Além disso, o vice é conhecido na região como um entusiasta do bolsonarismo e de sua principal figura.

Mais tarde, no mesmo trecho, um agente da Polícia Federal Rodoviária (PRF) foi alvo de insultos racistas quando prendeu um dos suspeitos de furtar carga dos caminhões atacados. De acordo com o agente, os suspeitos chegavam de carro, enchiam os porta-malas com carnes e hortaliças, para levar embora os produtos, e em seguida voltavam para buscar mais.

Ao ser detido, um suspeito de 32 anos ameaçou os agentes da PRF, chutou a viatura e afrontou o policial. “Você só é homem com essa farda, quero ver tirar essa farda, seu preto encardido”, disse.

Uma das empresas donas dos caminhões queimados é o Grupo Irmãos Gonçalves, que opera supermercados e transporte de alimentos na região, de propriedade da família do vice-governador eleito do Estado, Sérgio Gonçalves (União Brasil). Sua chapa, encabeçada pelo Coronel Marcos Rocha (União Brasil), teve o amplo apoio do bolsonarismo, sobretudo do general Hamilton Mourão (Republicanos), vice-presidente de Bolsonaro (PL), que gravou vídeo para a campanha. Além disso, o vice é conhecido na região como um entusiasta do bolsonarismo e de sua principal figura.

Mais tarde, no mesmo trecho, um agente da Polícia Federal Rodoviária (PRF) foi alvo de insultos racistas quando prendeu um dos suspeitos de furtar carga dos caminhões atacados. De acordo com o agente, os suspeitos chegavam de carro, enchiam os porta-malas com carnes e hortaliças, para levar embora os produtos, e em seguida voltavam para buscar mais.

Ao ser detido, um suspeito de 32 anos ameaçou os agentes da PRF, chutou a viatura e afrontou o policial. “Você só é homem com essa farda, quero ver tirar essa farda, seu preto encardido”, disse.

Uma das empresas donas dos caminhões queimados é o Grupo Irmãos Gonçalves, que opera supermercados e transporte de alimentos na região, de propriedade da família do vice-governador eleito do Estado, Sérgio Gonçalves (União Brasil). Sua chapa, encabeçada pelo Coronel Marcos Rocha (União Brasil), teve o amplo apoio do bolsonarismo, sobretudo do general Hamilton Mourão (Republicanos), vice-presidente de Bolsonaro (PL), que gravou vídeo para a campanha. Além disso, o vice é conhecido na região como um entusiasta do bolsonarismo e de sua principal figura.

Mais tarde, no mesmo trecho, um agente da Polícia Federal Rodoviária (PRF) foi alvo de insultos racistas quando prendeu um dos suspeitos de furtar carga dos caminhões atacados. De acordo com o agente, os suspeitos chegavam de carro, enchiam os porta-malas com carnes e hortaliças, para levar embora os produtos, e em seguida voltavam para buscar mais.

Ao ser detido, um suspeito de 32 anos ameaçou os agentes da PRF, chutou a viatura e afrontou o policial. “Você só é homem com essa farda, quero ver tirar essa farda, seu preto encardido”, disse.

*Com Forum

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Política

New York Times: Escândalos de corrupção definiram o mandato de Bolsonaro

A manchete do New York Times, “Bolsonaro está com medo de ser preso e tem motivos de sobra para estar”, bate com a avaliação que a imensa maioria do povo brasileiro faz dos ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas e ao judiciário.

A reportagem destaca que os incontáveis escândalos de corrupção que definiram o seu mandato, começam em casa com o esquema de formação de quadrilha e peculato, popularmente chamado de rachadinha, o que não significa menosprezo com a gravidade dessa prática e, por isso, rompeu fronteiras.

A matéria publicada nesta segunda-feira, (8), mostra que a temperatura que paira no ar que Bolsonaro respira, é a mesma que definiu o destino de Jeanine Añez, presa por conspirar um golpe de Estado que a levou à presidência da República da Bolívia.

O jornal fala que Bolsonaro está prestes a perder a eleição e, junto, a própria liberdade. Por isso mesmo o medo que ele não consegue mais esconder explica suas tentativas de desacreditar a eleição antes que ela aconteça, e deu exemplo a reunião de Bolsonaro com dezenas de diplomatas estrangeiros para descredenciar o sistema de votação eletrônica no Brasil.

E o NYT segue com uma avaliação que já é, para os brasileiros, uma constatação de que Bolsonaro tem motivos de sobra para temer a prisão.

Segundo NYT, acusações da justiça não faltam para que Bolsonaro seja condenado.

E vai mais além, está ficando difícil acompanhar todas as acusações contra o presidente do Brasil e seu governo.

Mas não para aí. É citado com ênfase pelo jornal o escândalo de corrupção no MEC e a responsabilidade direta de Bolsonaro nas quase 700 mil mortes por covid no Brasil.

Como remédio, o NYT destaca, Bolsonaro responde impondo sigilo de 100 anos ou tentando obstruir as investigações para continuar exercendo o poder, pois precisa mais do que nunca manter-se na presidência da República. Daí, o uso do famigerado orçamento secreto, obscuro e corrupto para garantir apoio do Centrão.

Sobre o Auxílio Brasil, chamado pelo povo brasileiro de Auxílio Eleitoreiro, Bolsonaro conseguiu aprovar a distribuição de R$ 41 bilhões na boca de urna das eleições.

E a matéria termina sintetizando a mais pura verdade: Bolsonaro está desesperado para evitar a derrota. E ele tem toda razão para estar.

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Opinião

Pela primeira vez na história do Brasil um presidente se confessa com medo de ser preso

O nível de desespero de Bolsonaro a cada dia aumenta de forma exponencial. Sua declaração de que receberia autoridade policial à bala, dizendo “atiro pra matar, mas ninguém me prende. Prefiro morrer”, é mais do que uma declaração de um paranoico, mas uma afronta a autoridade policial, pior, é um incentivo para qualquer um reagir contra os agentes de segurança do Estado.

Talvez nós brasileiros estejamos normalizando a luz crua de uma receita vinda do presidente da República para que qualquer brasileiro adote como norma a desobediência civil. Sim, é uma repetição do modus operandi que Bolsonaro utilizou nas Forças Armadas para desestabilizar o comando do exército, sendo expulso, acusado de ameaçar colocar bomba no banheiro do quartel.

Por isso esse anacronismo que berra cotidianamente em defesa de sua cabeça, buscando motivos para reagir à justiça em razão de uma penca de acusações que ele terá que responder quando perder o foro.

Isso não é uma asneira dita entre quatro paredes, é a declaração do presidente da República saída do intestino em que, emparedado pelo próprio extrato de malfeitos que sabe que cometeu e pelo julgamento que o próprio faz de si, tenta se refugiar na veneração religiosa de parte do seu eleitorado e também adestrar, numa arquitetura macabra, os militares da reserva que fazem parte do seu governo.

Talvez esse seja o principal ponto a ser tocado, que é a consciência que Bolsonaro não consegue disfarçar seu passado recente, pior, ele pilha diuturnamente com tentativas burlescas de tratorar a justiça com truques e manobras como a que produz uma couraça privilegiada, como foi o caso de Pinochet, que se antecipou a criar um monstrengo político que lhe dava a condição de senador vitalício e, assim, cristalizar sua impunidade.

Seja como for, o que assistimos é o presidente denunciando sua própria consciência, que parece ser bem mais pesada do que imaginamos, e não é de maneira vaga, mas de maneira crescente. A evolução de seus ataques às instituições de controle do país está cada vez mais espetaculosa para tentar ofuscar os quatro anos trágicos de seu governo com o objetivo de produzir cortina de fumaça política, mas também de uivar ameaças contra o próprio poder do Estado de fazer cumprir as leis e a ordem.

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Sem aditivo via Pix, quem vai chorar por Bolsonaro?

Com sua iminente derrota no dia 2 de outubro, Bolsonaro terá um novo peso e suas falácias, uma nova tradução. Mais do que isso, sem recursos federais que jorraram nas contas de seus deformadores de opinião, Bolsonaro ficará sem os apoios artificiais que todos nós conhecemos.

Desse bolsonarismo, feito sob encomenda, e muito bem pago com verba pública, não sobrará semente. Tudo isso vai virar pó. E Bolsonaro, como é um covarde por natureza, será a expressão do pavor que ele já alimenta desde o dia em que Lula voltou a ser elegível.

Bolsonaro pode ser tudo, menos bobo e sabe que será absolutamente abandonado, sobretudo pelos que hoje o defendem a ferro, fogo e muita grana pública. Aliás, estes também perderão a serventia para a emissora e serão chutados, mas com um bom pé de meia que fizeram durante os quatro anos da farra do boi.

Mônica Bergamo, na Folha, hoje, confirmou aquilo que até o mundo mineral sabe e comenta, que Bolsonaro está se borrando inteiro de medo daquilo que é, para ele e os filhos, cada dia mais inevitável, que é a cadeia pelos inúmeros crimes cometidos pela falange chamada clã Bolsonaro.

E não haverá presidente da Câmara ou PGR interessados em salvar o cachorro morto que já não tem qualquer poder e serventia. Aliás, essa é a principal regra do jogo de poder dessa turma. Está com a chave do cofre nas mãos, com o controle das instituições do Estado, está com tudo. Perdeu o bálsamo do poder, perdeu tudo, inclusive a liberdade, sobretudo quem for criminoso com baldes e mais baldes de provas robustas, materiais e imateriais.

Daí o desespero narrado por muitos dos seus assessores ou gente próxima de Bolsonaro, que dizem que ele vive um inferno mental que o atormenta, acordado ou dormindo, tendo pesadelos com esse inevitável encontro com a justiça.

Para Bolsonaro, só restam as ameaças, tentando colocar as Forças de Segurança do país como babá de quem não terá como fugir do que lhe espera logo após a confirmação da vitória de Lula em que Bolsonaro será automaticamente jogado na bacia das almas.

A conferir.

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Lula em Fortaleza: “Bolsonaro está com medo de levar uma surra nas urnas”

O ex-presidente esteve em Fortaleza para participar do lançamento da candidatura de Elmano Freitas ao governo do Ceará.

O ex-presidente Lula esteve neste sábado em Fortaleza (PT) para a convenção petista de lançamento da candidatura de Elmano Freitas ao governo do Ceará e do ex-governador Camilo Santana. Durante o seu discurso, o presidente afirmou que o presidente é “covarde” e que está com medo de levar uma surra nas urnas.

“Não vamos aceitar provocação. Nossa vingança será na urna. Bolsonaro tem dito todo dia que a urna não presta, a mesma urna que elegeu ele várias vezes. Mas o medo dele não é a urna, o medo dele é o povo. Porque o povo vai dar uma surra nele na urna”, disse Lula.

Além disso, o ex-presidente Lula voltou a promoter que, caso seja eleito, vai fazer um “revogaço” todo os decretos de sigilo sobre investigações assinados por Bolsonaro sobre ele e seus familiares.

*Com Forum

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Bolsonaro insinua encontro com Áñez; ela nega

Em discurso a pastores, presidente externa medo de ser preso como a boliviana, diz o GGN.

O temor de Jair Bolsonaro (PL) de ir parar na prisão tem refletido até em seus discursos. Em algumas declarações, o mandatário tem se comparado com a ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, presa por acusação de golpe contra seu antecessor, o ex-presidente Evo Morales, em 2019. Além disso, durante uma fala no último sábado (18), o brasileiro afirmou que já teve um encontro cara a cara com a mulher.

A fala de Bolsonaro joga luz sobre as suspeitas da cumplicidade brasileira com o golpe boliviano. Há cerca de um ano, o líder do Executivo trouxe à tona o possível encontro, que foi negado pela defesa de Áñez. Na época, os auxiliares do brasileiro retiraram a frase sobre o encontro das redes sociais, “talvez para protegê-lo de um escândalo”, destacou o jornalista Dario Pignotti, em reportagem no portal Página 12.

Logo, a boliviana negou a tal reunião. “A ex-presidente pediu que a defesa expresse enfaticamente que ela nunca teve uma reunião com o senhor Jair Bolsonaro”, disse a doutora Norka Cuéllar.

Quem está mentindo? Já que segundo Bolsonaro, ele esteve com a mulher, que nega a proximidade com o brasileiro.

“Alguém já ouviu falar de Jeanine Áñez? Quem é essa mulher? Ela tem aproximadamente 50 anos, loira, estive com ela uma vez na vida, tive uma boa impressão de ela, uma pessoa legal, num primeiro contato ela tirou quase dez”, disse durante discurso em Cerimônia de Unção Apostólica, em Manaus (AM).

A comparação reflete o medo

O mandatário ainda se comparou a boliviana. Para ele, os ministros da Suprema Corte demonstram que podem fazer o mesmo com ele. “A turma dela perdeu, voltou a turma do Evo Morales. O que aconteceu um ano atrás? Ela foi presa preventivamente. E agora foi confirmado dez anos de cadeia para ela. Qual a acusação? Atos antidemocráticos. Alguém faz alguma correlação com Alexandre de Moraes e os inquéritos por atos antidemocráticos? Ou seja, é uma ameaça para mim quando deixar o governo?”, questionou, em entrevista a jornalistas na saída de um restaurante em Orlando, nos Estados Unidos, onde participou de uma de suas motociatas no último dia 11.

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Política

O golpe e o medo do golpe – o terrorismo bolsonarista

Quase todos os dias, vamos dormir convencidos de que Jair Bolsonaro não tem apoio político, econômico, social e nem militar para dar um golpe. E acordamos com mais uma ameaça por zap, tuíte ou entrevista de rádio, dele, de auxiliares, puxa-sacos e demais bolsonaristas. Na escalada retórica, as ameaças semanais viraram diárias, às vezes tem duas por dia. O que querem Bolsonaro e os seus? Tocar terror, meter medo.

Bolsonaro quer fazer terrorismo usando os únicos recursos que domina bem: mentir, inventar fake news, recorrer a subterfúgios, como a suposta fraude nas urnas eletrônicas, para alimentar o discurso de sua turma. Quer ver nossos cabelos se arrepiando e, quem sabe assim, levar alguns a abrir a guarda e ceder aos seus absurdos.

E não é que às vezes até consegue? Parece não haver golpe no horizonte, apesar das claras intenções do presidente de desferi-lo. Mas boa parte de nós nasceu e cresceu durante uma ditadura. E se??

É aí que reside a essência do mal que Bolsonaro faz ao país. Dá para viver em paz num ambiente desses? Ouvindo a autoridade máxima da República falar em golpe todos os dias? Esperando o golpe do 7 de setembro de Sérgio Reis, que trocou a viola pelas armas golpistas, chegar? Não chegará, sabemos todos em nossa racionalidade. Mas pode haver tumulto, distúrbios, sangue derramado?

O medo do golpe que não vai chegar também pode ter consequências políticas, e já há claramente gente mal intencionada querendo misturar uma possível vitória do ex-presidente Lula em 2022 ao caldo golpista do presidente da República e seus DASs militares.

Sabemos que Lula não é o candidato preferido das Forças Armadas, mas daí a acreditar, como especulam alguns “consultores”, que haveria um atentado à democracia e às eleições para impedir sua posse é ir longe demais — segundo os próprios militares da ativa que mantêm o profissionalismo.

Estão nesse mesmo jogo aqueles que alimentam as especulações de que o “PIB”, o establishment econômico, também não aceitaria uma volta do petista. Chega a soar ridículo, em se tratando de um sujeito que já governou oito anos, e de personagens que frequentavam o Planalto e eram costumeiramente ouvidos.

Está muito difícil viver o Brasil desses tristes anos. Mas, antes de tudo, é preciso respirar fundo, contar até dez e não cair em provocação de fantasmas que não deveriam mais nos assustar. Buuuuuu pra você também, Bolsonaro!! Como diz muita gente, o medo de ter medo às vezes é pior do que o próprio medo.

*Helena Chagas/247

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Política

Bernardo Mello Franco: Acuado, Bolsonaro não disfarça o medo da cadeia

A Procuradoria-Geral da República deixou claro que não tinha a menor intenção de investigar Jair Bolsonaro no rolo da Covaxin. Ainda assim, a abertura de um inquérito por suspeita de prevaricação pode complicar a vida do presidente.

A PGR foi pressionada a agir pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal. Ela rejeitou a desculpa de que seria melhor esperar as conclusões da CPI da Covid, que deve se arrastar até o fim de outubro.

“No desenho das atribuições do Ministério Público, não se vislumbra o papel de espectador das ações dos Poderes da República”, escreveu. Agora o espectador será obrigado a entrar em campo, mesmo que a contragosto.

Com a abertura do inquérito, Bolsonaro passa a ser formalmente investigado por prática de crime comum. Isso deve ampliar seu desgaste num momento de queda de popularidade e aumento dos protestos de rua.

O capitão já foi alvo de mais de 120 pedidos de impeachment, mas todos adormecem na gaveta do presidente da Câmara, Arthur Lira. Na quarta, o deputado recebeu um novo “superpedido”, que aponta a prática de 23 crimes de responsabilidade. Numa rápida entrevista, indicou que vai manter as acusações em banho-maria. “Não será feito agora, né? Tem que esperar”, disse.

A investigação no Supremo dribla a barreira de Lira e abre um novo caminho para a interrupção do mandato presidencial. Se Bolsonaro se tornar alvo de uma denúncia, o deputado terá que levar o caso a plenário. Neste caso, é preciso dois terços dos votos para afastar o capitão.

A abertura de inquérito não significa que Bolsonaro será denunciado pela PGR, que tem arquivado múltiplas suspeitas contra o governo. No entanto, o surgimento de novas provas, como uma eventual gravação da conversa com o deputado Luis Miranda, pode tornar esse desfecho inevitável.

O parlamentar tem espalhado que registrou o diálogo no Alvorada. Pode ser um blefe, mas o presidente ainda não deu um pio para confirmar ou desmentir seu relato. O Planalto apresentou três versões diferentes antes de cancelar o contrato da Covaxin.

A ministra Rosa não é a única a desafiar a blindagem presidencial. O ministro Alexandre de Moraes também atropelou a PGR ao abrir novo inquérito para investigar ataques às instituições democráticas. Bolsonaro passou recibo e citou o envolvimento dos filhos na engrenagem golpista.

Até aqui, a sobrevivência política do capitão dependia apenas da fidelidade de Lira, que segura os pedidos de impeachment para arrancar mais vantagens do governo. Agora Bolsonaro também está nas mãos do procurador Augusto Aras, que tenta barganhar uma indicação ao Supremo.

Sob pressão, o presidente voltou a atacar o tribunal e ameaçar um golpe se for derrotado nas urnas. “Teremos problemas na eleição do ano que vem”, disse, em live no Alvorada.

Bolsonaro não consegue disfarçar o medo da cadeia. Na noite de quinta, ele lembrou o exemplo de Jeanine Añez, que assumiu o poder na Bolívia após a derrubada de Evo Morales: “A presidente que estava lá no mandato-tampão está presa, acusada de atos antidemocráticos. Estão sentindo alguma semelhança com o Brasil?”.

*O Globo

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