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Não há como Bolsonaro nutrir qualquer possibilidade de reeleição

Em resumo, o que se pode afirmar é que esse modelo econômico, que sustentou Bolsonaro até aqui na cadeira da presidência que, na verdade, é o precursor do fascismo tropical, não dá o menor sinal de que algo possa mudar o rumo que não seja o naufrágio de sua candidatura em outubro deste ano.

Dessa forma, Bolsonaro se vê sem opção, porque se soprar seus clarins de forma oposta à ferocidade canibalesca dos neoliberais, estes fincarão os dentes na sua jugular e ele cairá no tranco.

Então, qual ingrediente Bolsonaro vai dispor para mudar a receita dessa monarquia capitalista? Renovando as esperanças dos abutres, mas tentando, no varejo, mudar o sabor do paladar amargo que o brasileiro está sentindo na garganta, sobretudo no caixa do supermercado.

O Centrão acha que o problema pode ser resolvido se Bolsonaro abrir mais sorrisos e menos risos da cara do povo. Já Carluxo quer canalizar todos os esforços para que Bolsonaro aumente o confronto institucional, o que também não muda em nada o ânimo do povo com suas bravatas golpistas.

Alguns bolsonaristas, em total desespero, andam espalhando que Lula desistirá de sua candidatura, o que daria a Bolsonaro, segundo eles, a garantia de um segundo (des)mandato.

Essa tolice não tem qualquer base e segue a mesma lógica da vacina e do jacaré, da terra plana e do globalismo e sua conspiração planetária para dominar as nações.

Bolsonaro não pode falar algumas palavras, como arroz, feijão, óleo, gás de cozinha, banana, aipim, carne então, e os combustíveis, se ele abrir a boca para tocar nesse assunto, ele insultará o povo.

Para todo lugar que se olha, observa-se um retrato de terra arrasada, sem que tenha qualquer vestígio, rabisco, borrão de um projeto que possa, nem que seja por ilusão, tentar vender uma mentira econômica que mude o estado de decomposição que a candidatura de Bolsonaro apresenta.

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Vídeo: Falando em higiene das mãos contra o coronavírus, quem e o que vai salvar quem vive do lixão?

A quantidade de lixões no Brasil disparou depois do golpe em Dilma.

O crescimento médio foi 4,2% ao ano.

Estradas de terra cortam o Lixões de fora a fora e por elas trafegam caminhões abarrotados de resíduos.

O ar é insuportável, devido ao cheiro azedo misturado aos gases provenientes de decomposição de produtos descartados, principalmente domésticos.

É nesse ambiente que milhares de brasileiros buscam sobreviver na miséria que vivem nos dias que correm.

As condições são insalubres, contudo, não impedem a presença de milhares de homens e mulheres que disputam cada metro quadrado dos muitos lixões a céu aberto do Brasil em busca da sobrevivência.

Quem vai olhar para eles nessa hora?

A pandemia de coronavírus não escolhe suas vítimas, mas certamente as maiores vítimas serão os pobres e miseráveis, por serem o principal grupo de risco a partir de sua própria realidade social.

https://youtu.be/-njQUjX8JYM?t=2

 

*Carlos Henrique Machado Freitas