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Em cartas, mulheres presas em 8/1 se queixam: “Depressão, diarreia e fome”

Jaqueline Konrad, 37 anos, vendia comida na cidade de Itajaí, no litoral de Santa Catarina. Desde janeiro, suas refeições mudaram e passaram a ser fornecidas pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape/DF). A mulher está presa, suspeita de participação nos atos antidemocráticos que destruíram os principais prédios da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro.

Dentro da Penitenciária Feminina do DF, conhecida como Colmeia, Jaqueline fala sobre a falta de médicos para atender uma micose na virilha. Em um bilhete, a bolsonarista reclama de uma frequente dor na bexiga e comenta que possui ovário policístico, um distúrbio hormonal que pode gerar problemas como irregularidade menstrual e acne.

O registro de Konrad faz parte de uma série de cartas escritas por mulheres que estão presas por atos antidemocráticos, que culminaram nas cenas de terror de 8 de janeiro. O Metrópoles teve acesso aos manuscritos. Em quase todos os bilhetes, as detentas clamam por tratamento médico para as mais diversas enfermidades. A lista inclui problemas psicológicos e até reclamações de efeitos adversos por conta da vacina contra a Covid-19.

Atualmente, por conta dos atos democráticos, 751 pessoas seguem presas e 655 foram liberadas para responder em liberdade, com tornozeleiras eletrônicas. Só na última quinta-feira (2/3), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes liberou mais 52 presos. O número tende a aumentar nos próximos dias.

Maria do Carmo, 60 anos, está presa na ala D da Colmeia. A idosa diz que se sente “depressiva” e pede por um tratamento oftalmológico por conta da “visão com manchas escuras”, segundo ela, depois de tomar duas doses de imunizantes contra o coronavírus.

Ao chegarem no sistema prisional, 134 bolsonaristas receberam doses de vacinas em atraso e 64 se recusaram a receber imunizantes contra a Covid-19. As informações estão em um memorando interno da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).

De acordo com o Seape, dentro das unidades prisionais existem unidades básicas de saúde (UBS) e todas as recém ingressas passaram por triagem com profissionais da saúde para identificação de possíveis doenças infectocontagiosas, crônicas e organizar o uso de remédios contínuos. Caso identificado pelo médico da unidade prisional a necessidade de medicamentos, o fármaco é fornecido pela equipe de saúde.

Saúde mental

Boa parte das detentas reclama de questões relacionadas à saúde mental, como depressão e ansiedade. Uma delas narra um quadro mais crítico de síndrome do pânico, causada pelo suicídio repentino do filho, em 2021, durante a pandemia. O evento traumático também gerou um Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).

Na Colmeia, a Seape disponibiliza um quadro de profissionais focado em saúde mental. São dois psicólogos e um psiquiatra. As detentas podem ser atendidas e, caso necessário, ter medicamentos prescritos.

Adriana Alves revela, por exemplo, conviver com distúrbio bipolar, três tipos de depressão, pressão alta, pré-diabetes e enxaqueca. Maria Eunice também está depressiva, e Luciana Rosa sofre de síndrome do pânico e bipolaridade.

A neuropsicóloga Juliana Gebrim comenta que o acompanhamento devido consegue evitar qualquer piora no quadro psicológico das detentas. Sem o tratamento, aponta a especialista, o isolamento pode potencializar os problemas de saúde mental.

“A falta de interação com o meio social traz esse baixo senso de utilidade, de você viver à margem da sociedade, de você ser discriminado e a rejeição. Isso atua em áreas do cérebro que são as mesmas em condições de dor. Esses potenciais riscos do isolamento poderiam piorar uma condição já pré-existente de uma questão emocional”, afirma Gebrim.

Alice Nascimento precisa de médicos por estar com problemas de esquecimento. “Aqui estou deprimida, passo a maior parte do tempo chorando”, conta a mulher, que requer um novo estoque de gardenal.

Outra demanda presente nos relatos é referente à distância dos familiares. Viviane Jesus, 44 anos, é uma mãe solteira e conta que tem um filho menor sendo cuidado por uma amiga. Jupira Rodrigues, 57 anos, ressalta ser cuidadora de um rapaz com esquizofrenia e ter dois filhos jovens.
Alimentação e a luta por bolachas

Indianara Corrêa, 32, faz um grande relato sobre suas condições de saúde. Além de dois nódulos no peito, a mulher fala sobre problemas com hipertensão e que estava sem medicamentos pois tinha uma alimentação correta. “Com a situação e essa alimentação horrível, não tenho como controlar e não passei no médico porque prefiro ficar com a pressão alta do que pedir pra sair daqui”, escreveu a detenta.

A hipertensão também é mencionada por Ana Elza, Maria Aparecida, Marília Ferreira e Sandra Maria. Além disso, o mal um dos 16 problemas de saúde vividos por Nilvana Monteiro dentro da Colmeia. A mulher de 50 anos cita sofrer com “nódulos no pescoço, depressão severa, trombofilia, hipertensão desregulada, hérnias, desgaste no quadril, tendinite, bursite, cistite, vascularização comprometida, infecção urinária, nervo trigêmeo inflamado, fungos na unha, diarreia, [dor na] coluna cervical e na lombar”.

Murilo Vilela, médico cardiologista e especialista em insuficiência cardíaca, explica sobre a importância da alimentação para evitar problemas cardiovasculares, principalmente a hipertensão. “O paciente hipertenso não pode ter excesso de sal em sua comida. Não é recomendável que haja abuso de sódio, como comidas muito salgadas, ricas em temperos prontos, molhos, embutidos e enlatados”, diz.

Para o Metrópoles, o Seape compartilhou o cardápio das presas, com quatro refeições diárias:

Café da manhã: pão com manteiga ou margarina e um achocolatado.
Almoço: 650 gramas, sendo 150g de proteína, 150g de guarnição, 150g de feijão (90g de grão e 60g de caldo) e 200g de arroz. As custodiadas ainda recebem um suco de caixinha.

Jantar: 650 gramas, sendo 150g de proteína, 150g de guarnição, 150g feijão (90g de grão e 60g de caldo) e 200g de arroz.
Ceia: sanduíche e uma fruta.

Apesar da alimentação, uma bolsonarista reclama de fome e pede com urgência por suas bolachas de doce, que esperam ser liberadas. Os biscoitos podem ser levados por visitantes, mas devem ser revistados em suas embalagens originais e transferidos para embalagem transparente.

Vejam as cartas

Imagem colorida de carta de presa no 8/1

Imagem colorida de carta de presa no 8/1Imagem colorida de carta de presa no 8/1

Imagem colorida de carta de presa no 8/1Imagem colorida de carta de presa no 8/1

Imagem colorida de carta de presa no 8/1Imagem colorida de carta de presa no 8/1

Imagem colorida de carta de presa no 8/1

*Reportagem exclusiva do Metrópoles

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Bolsonaro ronca e fuça violência armada em seu palanque para não explicar aos tolos a pior inflação desde 1996.

Nesta quarta-feira (11), Bolsonaro apresentou os primeiros sintomas de uma crise nervosa com o aumento da distância entre ele e Lula, revelado pelas pesquisas.

Com a respiração acelerada, no auge da crise, Bolsonaro, ao contrário de mostrar, com seus rompantes, qualquer ato de valentia no seu ataque de raiva, parecia alguém que estava prestes a chorar incontrolavelmente em seu colapso nervoso.

Esses são sinais claros de sobrecarga que apontam, através de suas reações, que ele perdeu sono e começa a ver que o seu isolamento, por negligência com as tarefas de um presidente, está crescendo dia a dia.

Por tudo isso, ficou claro que suas atitudes são de quem está com sintomas de acovardamento, fraqueza, temor, terror e tremor de uma derrota acachapante para Lula.

Seu falso arrojo dando socos no vento, num heroísmo funesto, falando que as eleições no Brasil não são limpas e que o brasileiro tem que andar armado, não é sintoma nenhum de coragem, e sim, de andaço, ou seja, diarreia de quem está se borrando de medo de perder a eleição e o controle das instituições e pessoas, e a disenteria é só uma consequência.

As pesquisas deixam claro que os brasileiros estão de saco cheio dele.

Na verdade, os berros que ele deu hoje em Curitiba, foram contra ele próprio que aumentou o diesel em mais de 9% e a gasolina que bateu recorde de aumento.

Lógico que o berreiro que Bolsonaro produziu em Curitiba faz parte do seu teatro para ver se o brasileiro esquece que ele é o presidente que mais produziu morte por covid no planeta.

Por isso também roncou e fuçou no palanque para não ter que explicar aos tolos como ele conseguiu produzir a maior inflação no Brasil desde 1996. Como a cenoura ficou 178% mais cara, o tomate 103% e o alface 45%.

Possivelmente nesta quinta, Bolsonaro dirá que não tem culpa desse leque de aumento de preço dos combustíveis e alimentos. Ele dirá, sem corar, que a culpa não é dele, mas de um tal Jair Messias.

Seja como for, é bem possível que Bolsonaro esteja tentando negociar em meio as suas arruaças, uma anistia ampla, geral e irrestrita para ele e todo seu clã.

E nunca se esqueça. robô de internet não ganha jogo. O robô que, em 2018, deu vitória a Bolsonaro, e ele sabe disso, porque negociou diretamente com ele, tem nome, Sergio Moro.

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Urgente!: Virologista alemão revela novos sintomas do coronavírus

O chefe do Instituto Alemão de Virologia do Hospital Universitário de Bonn, Hendrik Streeck, em entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, comentou novos sintomas da COVID-19.

Segundo o médico, citado no jornal, quase dois terços das pessoas infectadas com coronavírus em algum momento por alguns dias perderam o olfato e o paladar.

Além disso, 30% dos pacientes infectados tiveram diarreia, complementou o especialista.

Contudo, o virologista destacou que a grande maioria dos infectados pelo novo coronavírus tem apenas sintomas leves. Streeck acrescentou que o coronavírus é menos perigoso do que o SARS-1, mas está se espalhando de forma mais ativa.

De acordo com os últimos dados desta quarta-feira (18), o número de infectados ultrapassou os 200.000 em todo o mundo, dos quais oito mil morreram.

 

*Com informações do Sputnik