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Diário de um patriota trouxa: “Perdi emprego e mulher”

“Cago na sarjeta, minha esposa me deixou e levou meus 2 filhos pequenos, perdi meu emprego e devo 2 mil ao meu primo”, disse um bolsonarista.

Acampados há 29 adias em frente aos quartéis do Exército em várias capitais do país, centenas de bolsonaristas comentaram em uma postagem publicada nesta terça-feira (29/11) pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), em sua conta oficial no Twitter.

Os comentários foram feitos logo abaixo de uma foto onde Bolsonaro aparece sentado atrás de uma bancada, com o brasão da República. Alguns patriotas afirmavam estar cansados de pegar sol e chuva, além de terem perdido o emprego e até o casamento. Algumas postagem chegaram a ser replicadas, em tom de chacota por outros internautas.

Em um dos comentários, um bolsonarista comenta que sua vida virou de cabeça para baixo. “Me encontro a [sic] 30 dias parado na frente de quartéis. Cago na sarjeta, minha esposa me deixou e levou meus 2 filhos pequenos, perdi meu emprego e devo 2 mil ao meu primo”, lamentou.

Em tweets, bolsonaristas reclamam ao presidente Jair Bolsonaro que já perderam emprego ou apoio de familiares por conta de protestos na frente do QG do Exército e pedem ajuda - Metrópoles

Sem recuar

Em outras mensagens enviadas ao presidente, um bolsonarista afirma que não recuará apesar de sua esposa ter pedido divórcio e ele ter sido obrigado a vender o carro. “Não tenho mais nem onde morar. Acho que vai valer à pena, Minha bandeira não pode se render ao comunismo”, disse.

Já outro homem acampado em frente a um dos quartéis comenta que espera por uma ação em definitivo do presidente Jair Bolsonaro. “Perdi meu emprego e meus familiares e amigos estão contra mim, mas não vou sair daqui. Eu amo essa nação”, disse.

Os manifestantes protestam contra a eleição de Lula (PT) para presidente da República. Eles questionam a validade do pleito e da confiabilidade das urnas eletrônicas.

*Mirelle Pinheiro e Carlos Carone/Metrópoles

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O papel nefasto da Globo na reforma da Previdência, censurando o contraditório

Depois de anunciar a morte da política, obstruindo o debate público, substituindo por pesquisas, a Globo e sua democracia de mercado foi o principal condimento para que a aposentadoria dos pobres sofresse a maior violência. Mas, para que isso acontecesse, a Globo tratou de tirar qualquer obstáculo do “debate” sobre a reforma da Previdência. Ou seja, ela simplesmente impediu o contraditório e não levou sequer um especialista aos seus microfones e holofotes contrário a essa reforma nefasta.

A Globo trabalhou como um panfleto do sistema financeiro de uma forma inacreditavelmente violenta, pois ela sabe, que aumentará a pobreza, a miséria e estimulará a violência no país.

O que interessou à Globo era vender essa reforma, assassinando o contraditório e, consequentemente, o debate.

O que reinou nesse tempo todo foi o apoio a Bolsonaro em que se assistiu a todo o império Globo mergulhado de cabeça em entregar a previdência do povo para os banqueiros.

Imagina a enorme quantia de dinheiro que ela ganhou para cumprir esse papel. É uma multiplicação de disparates que propõe a escassez de recursos para quem passou a vida contribuindo e não conseguirá sobreviver de sua mísera aposentadoria.

Essa é uma das moralidades da Globo, ter como ponto central o neoliberalismo do PSDB imposto a Temer e a Bolsonaro para que os bancos explorassem ao máximo o suor do povo brasileiro, sem que ninguém pudesse aparecer na emissora para colocar ao menos uma dúvida no ar sobre as maravilhas que ela propagandeou em discursos falsos, mentiras, manipulações em que seu “jornalismo” estava abolido de qualquer princípio ético, principalmente quando tratava de temas referentes à reforma da Previdência.

O chamado discurso do contra foi rigorosamente censurado e a Globo passou a ser “a central do conhecimento” sobre a dinâmica da reforma, colocando a sociedade no confinamento midiático que beira à ditadura.

Os discursos são bobos, adequados a uma determinada ação sem que se discuta os seus desdobramentos e, claro, tendo êxito como teve, com explicações ornamentais, os mesmos implacáveis comentaristas que apoiaram a reforma, desaparecerão com os assuntos como emprego, renda, desenvolvimento prometidos pela reforma, assim como foi prometido na reforma trabalhista e na PEC do fim do mundo, assuntos estes que sequer são ventilados pela Globo.

Esse sim é o verdadeiro projeto neoliberal, impor aos aposentados o gueto, contanto que os banqueiros façam como vêm fazendo, depois do golpe, barba, cabelo e bigode, batendo recordes de lucro, com o aplauso do judiciário e das Forças Armadas, para o delírio dos caciques do PSDB, enquanto o povo sofre com uma crise permanente.

Com as redes sociais em ebulição contra a reforma, a Globo usou a técnica de dobrar a aposta na massificação, no terrorismo econômico e no fatalismo, mentindo descaradamente a cada cinco minutos para impor sua versão dos fatos.

Quanto mais as redes sociais se tornarem indispensáveis como dados multiplicadores do debate nacional, a Globo somará todas as suas forças de massificação para limitar ou tentar neutralizar esse debate como uma evolução normal da sociedade, para empurrar os brasileiros ao cadafalso, alinhada com o grande capital nacional e internacional.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Economia

Sem paciência para paspalhices de Bolsonaro, CNI cobra política pública para o desenvolvimento industrial que está nas cordas

O refluxo azedo começa a gorfar e gráfico explica a impaciência dos empresários da indústria com o novo tombo que o Estado diminuto de Paulo Guedes provocou.

Tudo indica que o fetiche do livre mercado, que provocou o novo tombo da produção industrial no mês de julho, esgotou o limite da paciência de entidades do setor, como a CNI, que lançou um documento pedindo políticas públicas para estimular a produção industrial.

O parque industrial brasileiro hoje opera com 20% abaixo dos níveis de 2014 e apenas 20% acima do patamar de 1980.

O problema é que não existe alternativa ao desastre atual, até porque Bolsonaro não está interessado em buscar essas alternativas. Parece que se diverte dançando em cima dos escombros do país.

Democracia, dignidade, emprego e investimento público são palavrões para Bolsonaro.

 

 

*Da redação