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André Valadão incita crimes contra LGBTs: ‘Matava tudo’; senador aciona MPF

O senador Fabiano Contarato (PT- ES) anunciou que vai representar criminalmente junto ao MPF (Ministério Público Federal) o pastor André Valadão, líder da Igreja Batista da Lagoinha, após ele insinuar que evangélicos deveriam matar pessoas LGBTQIA+.

Contarato pedirá que Valadão responda pelo crime de homofobia e justificou por que entrará com a representação criminal. “Por tudo que sou, pelo que acredito, pela minha família e por tudo que espero para a sociedade, não posso me calar diante do crime praticado por André Valadão. Vamos representar criminalmente para que ele responda por manipular a fé e incitar a violência”, escreveu o senador.

No último domingo (2), durante um culto realizado na cidade de Orlando (EUA) e transmitido nas redes sociais, Valadão insinuou que evangélicos deveriam matar pessoas LGBTQIA+. “Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: Pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais. Ele diz, ‘já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso’, agora tá com vocês”, afirmou o líder religioso.

Ao final do culto, Valadão reforçou a incitação aos fiéis. “Não entendeu o que eu disse? Agora, tá com vocês! Deus deixou o trabalho sujo para nós”, completou.

Diante da repercussão negativa, o pastor alegou que a declaração não diz respeito à morte, mas, sim, à mudança de comportamento. “Nunca será sobre matar pessoas, Deus nos livre deste terrível pecado, violência ou discriminação, mas sobre a liberdade de viver o que crê. A série Censura Não é sobre isso, e a cada dia que passa vemos leis, mídias, educação e um sistema mundial tentando ecoar a verdade da fé que um cristão genuíno carrega”.

O UOL tenta contato com a assessoria de imprensa de André Valadão. A matéria será atualizada se houver resposta.

Por tudo que sou, pelo que acredito, pela minha família e por tudo que espero para a sociedade, não posso me calar diante do crime praticado por André Valadão. Vamos representar criminalmente para que ele responda por manipular a fé e incitar a violênciahttps://t.co/CHWPogZI3x — Fabiano Contarato (@ContaratoSenado) July 3, 2023

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TCU abre investigação sobre gastos de Bolsonaro com cartão corporativo

Apuração, solicitada pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), será conduzida pelo ministro Antonio Anastasia.

O Tribunal de Contas da União (TCU) atendeu ao pedido feito pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), e deu início a uma investigação sobre “possíveis irregularidades na publicidade e nos gastos” do presidente Jair Bolsonaro (PL) com o cartão corporativo, informa o Metrópoles.

A apuração será coordenada pelo ministro Antonio Anastasia – que, na semana passada, assumiu a vaga deixada por Raimundo Carreiro.

No pedido de investigação, o senador alegou que houve “aumento considerável” das despesas nos últimos anos e apontou possível uso indevido dos recursos públicos.

Em três anos de governo, os gastos com cartões corporativos da Presidência da República chegaram a R$ 29,6 milhões, valor que supera em 19% o total desembolsado nas gestões de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), juntas.

“A atual gestão vem utilizando os cartões corporativos de modo indiscriminado e com pouca responsabilidade fiscal, o que contrasta com a grave situação em que vivem as contas públicas do governo federal”, escreveu o senador no pedido.

Contarato ainda ressaltou que as despesas de 2021 alcançaram o valor de R$ 11,8 milhões – a maior quantia registrada nos últimos oito anos.

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Senador Fabiano Contarato, que venceu Magno Malta no ES, relata ameaça de morte após embate com Moro

Fabiano Contarato afirma que nunca havia recebido esse tipo de ameaça em quase 30 anos de trabalho na polícia.

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que venceu o ex-senador bolsonarista Magno Malta (PR-ES) nas últimas eleições, disse que recebeu ameaça de morte após protagonizar um bate boca com o ministro da Justiça, Sergio Moro, durante audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em julho do ano passado. Ele afirma que nunca havia recebido esse tipo de ameaça em quase 30 anos de trabalho na polícia.

“Falaram em pedir meu impeachment, fizeram memes, fake news… Em 27 anos lidando com criminosos, nunca fui ameaçado. Em menos de um ano [no Senado], fui ameaçado. É uma intolerância muito grande”, contou o senador, em entrevista à repórter Amanda Audi, do Intercept Brasil. Contarato diz ter recebido um áudio pelo WhatsApp em que o interlocutor afirma que vai pegá-lo “no facão”.

Na época, as principais críticas de Contarato a Moro miravam a aproximação do ex-juiz com procuradores, como foi revelado pelas reportagens da Vaza Jato. Para ele, postura do ministro compromete o princípio de imparcialidade que a profissão exige.

Contarato também comenta que, apesar de ser filiado à Rede, não economiza nas críticas ao governo de Jair Bolsonaro. “Esse governo só traz [ao parlamento] matéria negativa”, criticou. “Este não é um governo dos pobres. Não [trabalha] para diminuir as desigualdades sociais, privilegia banqueiros, empresários”, continuou o senador, que é assumidamente homossexual.

 

 

*Com informações da Forum

 

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Perverso, Bolsonaro ataca os deficientes

A Associação Nacional de Membros do Ministério Público de Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas com Deficiência publicou nota de repúdio ao projeto de Bolsonaro, que elimina covardemente cotas para contratações de portadores de deficiências.

O Projeto de Lei 6.159/2019 que desobriga empresas de adotarem uma política de cotas para pessoas com deficiência ou reabilitadas é das coisas mais escandalosas que esse governo fascista já produziu.

Na PL de Bolsonaro contra os deficientes, as empresas podem substituir a contratação pelo pagamento de um valor correspondente a dois salários mínimos mensais desvirtuando a norma vigente.

Como explicou Mariana Machado Pedroso, especialista em direito e processo do trabalho, “as cotas servem para obrigar a inclusão dos portadores de deficiência dentro o mercado de trabalho. E isso ocorre porque as empresas não contratam as pessoas por vontade própria. O propósito do legislador era promover também a inclusão social do trabalhador PCD”

A medida também não é bem vista por parlamentares, que já começam a se articular para barrar o avanço do projeto. O senador Fabiano Contarato (Rede-ES), por exemplo, chamou a proposta de “absurda”.

Marcelo Freixo (PSol) chamou o projeto de “medida covarde” e prometeu trabalhar para barrar o projeto na Câmara.

Para as advogadas Wilmara Lourenço e Renata Veneranda, Núcleo do Terceiro Setor do Nelson Wilians e Advogados Associados, a proposta afronta os direitos e garantias dos cidadãos com deficiência ou capacidade reduzida.

O advogado trabalhista Livio Enescu diz que é absolutamente contra. “A lei em vigor de reserva de vagas tem ainda baixa inclusão no mercado, portanto é desrespeitada sistematicamente. Nem as grandes empresas cumprem o artigo 93 com percentual de 2 a 5 porcento dos trabalhadores para empresa com mais de cem empregados. Boa parte das empresas brasileiras preocupam-se em qualificar e habilitar empregados sem deficiência e não o fazem com aqueles que portam deficiência ou limitação funcional. A inclusão dessa parcela da população é um direito fundamental de cidadania. Temos que incluir ao contrário de excluir para termos uma sociedade livre, fraterna, justa e solidária segundo a nossa Carta Política. Devemos ter inclusão dessa população e não esmola dos empresários”

 

 

*Com informações do 247