Categorias
Política

O fantasma do golpe: Bolsonaro troca a farda dos “golpistas” por lençol, buuu!

Bolsonaro está fazendo esse carnaval todo com a temática, “o fantasma do golpe”.

E como fazer esses fantasmas? É só pedir uma meia dúzia de fardados para dar uma declaração assustadora para produzir terror na sociedade.

Três coisas chamam atenção nesse golpe fantasmagórico de Bolsonaro, a primeira é ter dia, hora e locais marcados em Brasília e na Av. Paulista, 7 de setembro pela manhã e pela tarde. A segunda, no mínimo curiosa, é uma nota da Associação da PM de que, se o exército resolver dar o golpe, eles  serão força auxiliadora. Então, vem a pergunta, se as Forças Armadas resolverem dar golpe, pra quê a PM? E a terceira, é que o próprio Bolsonaro rouba o lençol do fantasma, pedindo para seu leva e traz, Fabio Faria, da Secom, falar que Bolsonaro não quer briga, não quer golpe, não quer nada, só quer que o STF seja moderado, não ultrapasse a linha divisória, seja lá o que isso for. Na verdade, ele pede pelo amor de Deus para o STF não colocar as mãos nos filhos dele.

Mas tudo indica que o STF não está nem um pouco disposto a fazer esse mimo em Bolsonaro.

O fato é que esse jogo de cena de Bolsonaro já está pra lá de manjado em que uma imagem inédita, assustadora, aparece do sobrenatural para assombrar a sociedade, quando a verdadeira assombração que mete medo é o próprio Bolsonaro, responsável pela morte de quase 600 mil pessoas por covid e mais um número sem fim de pessoas que escaparam da morte, mas que sofrem os terríveis efeitos da doença e, pior, sem hora pra acabar.

Esse sentimento de terror causado por Bolsonaro é que tem que ser colocado, não que ele não queira dar o golpe, mas o problema é que o próprio está franca erosão por produzir o esfacelamento e o isolamento do Brasil do resto do mundo.

O que sobre é o fantasma do lençol que o Carluxo roubou da cama da mãe.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

O fantasma da cadeia

Na noite de quinta-feira, Eduardo Bolsonaro expôs o fantasma que apavora a família presidencial. O deputado reclamava do cerco a aliados que ameaçam a democracia e conspiram contra a eleição de 2022. Em tom de desabafo, questionou: “Qual seria o próximo passo? Prender o presidente? Prender um dos filhos?”.

Depois do sincericídio, o Zero Três ainda tentou se corrigir. “A gente não tem medo de prisão”, disse. Mas suas três perguntas já haviam escancarado o pânico do clã.

O Judiciário deu novos passos para desmontar a máquina de ódio e desinformação que sustenta o bolsonarismo. Na segunda-feira, o Tribunal Superior Eleitoral bloqueou o financiamento de sites especializados em notícias fraudulentas. Quatro dias depois, a Polícia Federal fez buscas contra aliados do presidente que organizam atos golpistas.

A operação da manhã de sexta foi autorizada por Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. No fim da tarde, Jair Bolsonaro apresentou um pedido de impeachment contra o ministro.

Na família presidencial, o vereador Carlos Bolsonaro é o mais assustado com o avanço das investigações. Quando o TSE fechou a torneira dos sites de fake news, o Zero Dois acusou o golpe e reclamou de “censura”. Na semana anterior, ele havia protestado contra a prisão de Roberto Jefferson, que classificou como “injusta”.

“Qualquer inocente sabe que sua prisão é preocupante não somente a um, mas a todos os brasileiros”, tuitou o vereador. Sua preocupação parece menos ligada ao ex-deputado do que ao próprio destino.

O patriarca do clã também ganhou novos motivos para temer a cadeia. No início do mês, ele foi incluído na lista de investigados no inquérito das fake news. Na decisão, Moraes anotou que o presidente pode ter cometido onze crimes em seus seguidos ataques ao sistema eleitoral.

Bolsonaro sabe que o Senado barrará qualquer tentativa de cassar ministros do Supremo. Seu objetivo é inflamar a militância de extrema direita antes dos atos governistas de Sete de Setembro. O factoide também alimenta a campanha para minar a confiança popular no voto eletrônico. Moraes assumirá o comando do TSE em agosto do ano que vem, às vésperas das eleições.

A ofensiva contra o Supremo é um novo alerta a quem ainda se ilude com a ideia de que Bolsonaro possa se moderar. Em queda nas pesquisas, o presidente fará de tudo para manter os eleitores mais radicais a seu lado. Por isso, tende a aumentar os ataques às instituições e as ameaças de golpe.

A disputa de 2022 definirá mais que o futuro inquilino do Planalto. Para a família Bolsonaro, será uma questão de vida ou morte. Se perder o cargo, o capitão também perderá a blindagem judicial. Seu antecessor, Michel Temer, sabe bem o que isso significa. Ele foi preso em 21 de março de 2019, apenas 79 dias depois de deixar o poder.

*Bernardo Mello Franco/O Globo

*Destaque: Fotomontagem feita com as fotos de: Gabriela Bilo/Estadão e Emmet/Pexels

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Melhor o humorista que o palhaço do planalto. Ele não tem um Queiroz, não é miliciano e não mandou matar Marielle

O humorista deu banana a jornalistas bananas que fazem plantão na porta de Bolsonaro. Isso não é crime, é castigo para quem se submete à humilhação diária a mando dos chefes de redações.

O que consta até agora é que o humorista estava ali defendendo um qualquer pela dura sobrevivência diária de um artista em um país onde a cultura institucional é tutelada pelo mercado ou pelo Estado colonial quatrocentão. É somente mais um de uma legião de precarizados, palavra que anda na moda, mas que sempre foi sinônimo de artista brasileiro.

O fato é que o humorista, pelo que consta, não é miliciano, não tem relações promíscuas com o miliciano Queiroz, não deu medalhas a assassinos de aluguel, não chamou miliciano de herói, sua esposa não recebeu cheque de rachadinha, seus filhos não são delinquentes e, muito menos, mora num condomínio na Barra da Tijuca e tem vizinho de porta do assassino de Marielle. Estava ali apenas para fazer um brincadeira humilhante com quem se humilha por uma fala imbecil do maior imbecil do país.

O artista foi contratado para isso e, certamente, já com uma censura a tiracolo ou poderia representar melhor o palhaço do Planalto se fingisse uma facada, se aparecesse vestido de fantasma carregado de laranjas, explicando que o depósito na conta da esposa de um esquema de corrupção era um empréstimo que um miliciano pagou. Isso, certamente, geraria uma gargalhada de horas no público presente, porque todos ririam não de quem produziu na vida real os fatos, mas de quem acreditou no vigarista do baixo clero do Congresso que passou três décadas mamando nas tetas do Estado e brigando por ampliação dos privilégios como deputado, além de ter parido mais três parasitas para formar um clã no legislativo e trazer para dentro do corpo do Estado todo o tipo de contravenção de pistoleiro, rachadeiros, bicheiros e milicianos.

Assim, o que se pode dizer, sem medo de errar, é que, se o humorista fosse o presidente, com certeza o país não estaria nessa merda em que o povo empobrece a cada dia, enquanto banqueiros e milicianos não param de crescer e bater recordes de lucros. E nessa aba, militares de alta patente e togados de mercado ampliam ainda mais a mamata nas tetas do Estado.

Resultado, pibeco de 1,1 e dólar a R$ 4, 61, por enquanto.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas