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Política

A pergunta que o povo faz é se o Brasil aguentará esperar o fim do mandato do ex-tenente expulso do exército

Pouco importa o que Bolsonaro diz com suas bravatas golpistas, seu histórico nas Forças Armadas é de um trapaceiro e terrorista. E os fatos narrados pela justiça militar das Forças Armadas deixam isso claro.

Muito menos a pergunta é, numa eventual vitória de Lula, os militares que ajudaram a colocar esse arruaceiro no poder vão ou não respeitar a vontade do povo que paga seus salários, privilégios, viagras, próteses penianas, gel lubrificante e outras coisas mais.

A pergunta é, se hoje a imensa maior parte da população não está suportando a disparada descontrolada dos preços dos alimentos, o que será desse país, mas sobretudo o que será da população desse país até os longos oito meses que ainda faltam para terminar o mandato do comandante de um governo que não para de colocar suas ações com cem anos de sigilo pelos óbvios e confessados esquemas de corrupção.

Fico imaginando que cada brasileiro que está passando privação se inspira naquele ex-tenente expulso das Forças Armadas e que, hoje, generais são obrigados a lhe baterem continência, servir de modelo para uma revolta como a dele e também querer explodir o Guandu em cada barragem no Brasil, porque, em nome de uma reivindicação salarial, cubra pelo menos a alimentação de sua família.

É disso que se trata o grande problema. É o do cidadão médio, como bem disse Dilma, não consegue pagar a  escolas de seus filhos e o combustível dos seus carros, mas principalmente as camadas mais pobres da população que formam a imensa maioria do povo, que a essa altura do campeonato, nem osso, pé de galinha ou um luxuoso ovo estão podendo comprar, porque o Brasil, depois do golpe em Dilma, assiste a uma economia de milícia em que o cidadão é extorquido por uma cadeia de ganância e também pela entrega do pré-sal aos interesses internacionais, sobretudo do império norte-americano.

Esse assunto, lógico, o boquirroto expulso das Forças Armadas, que arrota honras militares, que é o mesmo que utiliza as religiões para pregar ódio e violência armada, orgulhando-se do seu armamentismo “cristão”, não fala, ao contrário, o Maria fumaça, um tanque fumacê que não serve sequer para combater a dengue que virou uma epidemia, que já matou mais de 120 brasileiros esse ano, quer distância, fazer barulho, motociata falida e o que puder para que faça a população esquecer que está com fome, que seu dinheiro a cada dia e de forma galopante, compra menos alimentos com menos qualidade nutricional.

O sujeito não fala do trabalhador, não fala da comida na mesa do povo, utiliza o seu 34º aniversário de expulsão das Forças Armadas para, no dia do exército, quando o botou da porta pra fora, ameaçar a população de golpe militar.

O Brasil não é essa chanchada chamada Bolsonaro. Ele pode até ter destruído as instituições, como bem apontou o general Santos Cruz, acusando o arruaceiro de desmoronar toda a estrutura do Estado para atender seus interesses antirrepublicanos.

Então, não dá para cair na gritaria que o berrante do picareta promove, o que se precisa é saber o que vai acontecer com cada cidadão brasileiro daqui a dois dias, quando ele for ao supermercado com cada vez menos dinheiro no bolso diante de uma disparada de preços nunca vista na história do Brasil.

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Forças Armadas sabem como proceder diante de um soldado vigarista, por isso expeliram Bolsonaro.

“Forças Armadas sabem como proceder, sabem o que é melhor para seu povo”. disse hoje Bolsonaro.

O mesmo que levou um pé na bunda do exército por uma gama de pilantragens no exército e que também praticou na Câmara Federal durante 28 anos e no comando do país. em 3 anos.

Tudo isso ,sem falar dos filhos delinquentes que também mamam gostosamente nas tetas do Estado, fazem esquema de peculato e formação de quadrilha e nunca trabalharam na vida.

Quem vê Bolsonaro falando e se esquecendo que foi enxovalhado das Forças Armadas, pode até achar que se trata de um soldado modelo e não o que ele realmente foi e, por isso retirado a fórceps pelo comando militar, porque nunca valeu nada.

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Bandalha: Bolsonaro minimiza compra de Viagra pelas Forças Armadas: “É nada”

Segundo o presidente, militares compraram comprimidos para combater hipertensão arterial e doenças reumatológicas.

Em café da manhã com pastores evangélicos, realizado nesta quarta-feira (13/4) no Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro (PL) justificou a compra de 35.320 comprimidos de Viagra para atender as Forças Armadas e afirmou que o número “não é nada”. Segundo o presidente, os medicamentos terão como destinação o combate à hipertensão arterial e às doenças reumatológicas.

Bolsonaro iniciou o discurso ao público evangélico afirmando que as Forças Armadas “estão apanhando muito de ontem para hoje” e lembrou do histórico de tratamento do medicamento, que também costuma ser usado para tratar disfunção erétil.

“As Forças Armadas compram Viagra para combater a hipertensão arterial e também as doenças reumatológicas”, justificou Bolsonaro. Um trecho da fala do presidente foi transmitido pelo deputado e pré-candidato ao governo de Goiás Vitor Hugo (PL).

Sobre a quantidade adquirida, que ele calculou em uma quantidade maior, de 50 mil comprimidos, afirmou: “Com todo respeito, não é nada a quantidade para o efetivo das três Forças, obviamente, muito mais usado pelos inativos e pensionistas”.

Em seguida, reclamou da cobertura da imprensa e citou o caso do leite condensado.“Então, a gente apanha todo dia de uma imprensa que tem muita má-fé e ignorância, não procura saber por que comprou os seus 50 mil comprimidos de Viagra. Mas faz parte.”

*Com Metrópoles

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Política

A pergunta que não quer calar, que dia chegam os consolos do sex shop de Bolsonaro?

Que o governo de Bolsonaro, desde o primeiro dia, é uma grande sacanagem, ninguém duvida. Aliás essa coisa paira como um acessório no mundo dos fascistas e nazistas, daí surgem os preconceitos e a discriminações usadas como arma política em 2018 que, certamente, serão usadas nas eleições de 2022.

Jean Wyllys escreveu em seu twitter: “Os contribuintes estão pagando caríssimo para inflar o pau mole de brochas saudosistas da Ditadura (com perdão do inevitável trocadilho)? É insultante. É vergonhoso. É criminoso”.

Aqueles que lutam para sobreviver desde o momento que acordam, sobretudo os que estão em situação de rua, pelo tratamento odioso que o governo conduz a economia do país, na maioria das vezes não têm noção do porquê de fato estão passando por tantas e humilhantes formas de privação, sem dizer que a classe média brasileira, principalmente a que inventou Bolsonaro como presidente e idiotamente se declara bolsonarista, acredita que todos esses absurdos são absolutamente normais.

Essa turma que botou a cara pra fora com os gigantes acordados de 2013, não aceitou a derrota de Aécio em 2014 e, depois da desmoralização total do golpista que sonhava substituir Temer na sua trama macabra, criou esse monstro baseado numa mula sem cabeça.

O pior de tudo é a imagem das  Forças Armadas que, tendo um general da ativa no Ministério da Saúde no período em que mais brasileiros morreram de covid, numa mistura de descaso com a população e uma rede de corrupção dentro do Ministério, com esse episódio da compra de viagra e de próteses penianas em nome da tropa, saem de tudo isso completamente desmoralizadas.

O fato é que o governo Bolsonaro é pornográfico. A atuação do presidente da República como tal, nunca existiu, o que Bolsonaro fez foi exercer o poder a seu modo e gosto para obter vantagens para si e para os seus e a blindagem que pôde instituir com a caneta Bic na mão.

O Brasil se encontra nessa bandalha que já não se distingue o que é notícia da imprensa tradicional, blogs e etc., e o que é piada do sensacionalista quando o assunto é o governo Bolsonaro.

Nas ruas hoje, o que mais se ouve é que as pessoas estão torcendo para que esse ano passe logo para que Bolsonaro seja escarrado e expelido como um pus de furúnculo, indo direto com seus filhos criminosos e comparsas para a cadeia.

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Cotidiano

Ministério da Defesa compra R$ 56 milhões em filé, picanha e salmão para Forças Armadas

Levantamento identifica gastos das Forças Armadas com alimentos de luxo entre fevereiro de 2021 e 2022. Compras são feitas por pregão ou dispensa de licitação.

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) identificou novos processos de compra de alimentos de luxo para as Forças Armadas no período de um ano, entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022, na gestão do ex-ministro da Defesa, Braga Netto. Só de filé mignon são 557,8 mil quilos para atender aos comandos da Marinha, da Aeronáutica e do Exército, além da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel). O valor total deste gasto foi de R$ 25.398.849,99.

O cardápio ainda incluiria 373,2 mil quilos de picanha e 254 mil quilos de salmão, somando R$ 18.792.526,88 e R$ 12.221.607,11, respectivamente. O montante total do processo foi de R$ 56.412.983,98. Os processos são feitos mediante pregão ou dispensa de licitação.

“É vergonhoso! Enquanto tem brasileiro se alimentando de sopa de osso, o governo Bolsonaro gasta milhões com luxos para um pequeno grupo. Com certeza esse cardápio não é para os soldados rasos, mas para a cúpula das Forças Armadas”, afirma o deputado.

O deputado ainda está analisando os processos, mas um caso já chama a atenção. Um dos pregões é destinado à compra de 23 mil quilos de filé mignon para o Grupamento de Apoio do Galeão, no Rio de Janeiro. O valor do quilo é estipulado em R$ 71.

O processo é de fevereiro e em dezembro do ano passado, dois meses antes, foram realizados pregões com preço inferior. Um deles é para fornecer 10,6 mil quilos de filé mignon para a Academia Militar das Agulhas Negras, também no Rio, ao custo de R$49,90 o quilo. Mesmo valor de outro pregão, desta vez destinado à compra de 21,6 mil quilos de filé para o Hospital Naval Marcílio Dias.

“O preço da carne não subiu 42% nesse período. Há indícios de irregularidades e vamos investigar detalhadamente todos os processos. Caso sejam constatados problemas, vamos denunciar ao Tribunal de Contas da União”, explica o parlamentar.

Cerveja e uísque

Em fevereiro do ano passado, Elias Vaz e mais nove parlamentares do PSB denunciaram as compras de alimentação de luxo com dinheiro público. Eles identificaram no Painel de Preços do Ministério da Economia processos de compra de 714 mil quilos de picanha; 80 mil cervejas, inclusive com exigência de marcas como Heineken e Stella Artois; mais de 150 mil quilos de bacalhau; 438,8 mil quilos de salmão; 1,2 milhão de quilos de filé mignon, além de uísque 12 anos e conhaque.

As denúncias foram apresentadas ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União. O MPF distribuiu a representação aos estados e já foram instalados mais de 20 processos de investigação. O TCU recomendou a fiscalização das compras.

*Com 247

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Bolsonaro: Forças Armadas poderão fazer o país “rumar em direção à normalidade”

Com tanques como este da foto em destaque, fica difícil dar um golpe.

Em evento com militares, o chefe de governo disse que o novo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, se destaca entre os ministros, “porque tem a tropa em suas mãos”.

Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, 3, que, “em última análise”, as Forças Armadas poderão fazer o país “rumar em direção à normalidade, ao progresso e à paz”.

Em cerimônia de cumprimento a oficiais-generais promovidos, no Palácio do Planalto, o chefe de governo declarou que o novo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, se destaca entre os ministros, “porque tem a tropa em suas mãos”.

“Tenho 23 ministros. Todos são importantes, mas um se destaca. É o da Defesa. Porque tem a tropa em suas mãos. É o que, em última análise, poderá fazer o país rumar em direção à normalidade, ao progresso e à paz”, disse Bolsonaro.

Na cerimônia, Bolsonaro repetiu que se a pátria voltar a chamar as Forças Armadas, os militares farão “tudo”, “até mesmo em sacrifício da própria vida”. Ele disse que os militares sempre agiram “ao lado da legalidade”.

“Deveres, garantias e responsabilidades, nós sempre estivemos ao lado da legalidade. E tenha certeza. Se a pátria um dia voltar a nos chamar, por ela tudo faremos, até mesmo em sacrifício da própria vida”, disse.

As falas de Bolsonaro vêm na esteira de declarações pró-golpe de 1964. No aniversário de 58 anos do golpe militar, o chefe de governo disse que, sem a ditadura, o Brasil seria uma “republiqueta”.

*Com 247

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Política

Após humilhar os generais do seu governo na Rússia, Bolsonaro ameaça usar as Forças Armadas para impedir sua iminente derrota nas urnas

A cena dantesca de representes das Forças Armadas do governo Bolsonaro, enxotados da mesa de negociação na Rússia, junto com os generais Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos, Bolsonaro usa as mesmas Forças Armadas para tentar botar a população brasileira de joelhos.

Tudo para colocar seu filho, Carlos Bolsonaro, um vereador do Rio de Janeiro no centro da mesa de negociação com os russos.

Nada é mais ultrajante do que isso, no entanto, Bolsonaro segue fazendo esse jogo espúrio com o papo de que os militares são os fiadores das eleições. Coisa que saiu da caixola dele, pois não está na constituição.

Mas como se viu na Rússia o tipo de respeito que ele reserva para as Forças Armadas, da qual foi expulso por bandalha e terrorismo, Bolsonaro seguirá esculachando os militares para lhe servir a qualquer propósito.

O que se pode afirmar, sem medo de errar, é que não há ninguém que trate as Forças Armadas brasileiras com tanto desrespeito como essa figura inclassificável.

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Política

Folha: Afastamento de militares de Bolsonaro é sinalização a Lula

Episódios no Exército e na Marinha tentam contornar falta de interlocução atual com petista.

Os recentes episódios em que as Forças Armadas demonstraram distanciamento do governo do capitão reformado do Exército Jair Bolsonaro (PL) são ao mesmo tempo sinalização de posição e aceno a outros candidatos na disputa presidencial, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente.

Segundo a Folha ouviu de oficiais-generais das três Forças, apesar de a interlocução com o petista ser basicamente inexistente neste momento, os eventos falariam por si e serviriam para tirar o bode de um golpe militar contra Lula em caso de vitória em outubro.

Nas duas últimas semanas, alguns fatos se colocaram na sempre espinhosa relação entre os militares e Bolsonaro, a saber:

1. O Exército determinou que todos os 67 exercícios militares programados para o ano fossem encerrados até setembro para liberar a tropa no caso de haver violência eleitoral ou, ainda pior, algum cenário ao estilo Capitólio dos EUA.

2. A mesma Força lançou diretrizes no trato público da pandemia que vão contra o negacionismo preconizado por Bolsonaro, em particular criminalizando a divulgação de fake news, tão ao gosto do bolsonarismo, o que causou ruído no Planalto.

3. O diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), almirante Antonio Barra Torres, divulgou uma duríssima nota chamando o presidente à responsabilidade por ter acusado o órgão de ter interesses escusos na vacinação de crianças, que Bolsonaro critica.

O conjunto de eventos, dizem fardados em altos postos do serviço ativo, estabeleceu de saída no ano eleitoral uma linha divisória entre a balbúrdia presidencial e as Forças.

Mais que isso, buscou dizer aos candidatos ao Planalto que, independentemente de quem vença a eleição, a Força se manterá neutra. Os atos foram necessários já que, do ponto de vista de imagem, o caráter militar do governo Bolsonaro causa justificável apreensão da esquerda à direita.

O foco, dizem generais, almirantes e brigadeiros, é, claro, Lula. O petista até tentou estabelecer uma ponte com os fardados no ano passado, mas não foi bem-sucedido.

Há entre os militares um sentimento refratário ao petista devido ao que consideram leniência com a corrupção, tanto que a candidatura de Sergio Moro (Podemos), o ex-juiz que colocou o petista na cadeia por 580 dias, levantou interesse em setores fardados.

Por outro lado, na cúpula, há o pragmatismo de que hoje Lula é o favorito para vencer a eleição. A leitura benigna é de que os militares buscam reiterar isenção; a mais maquiavélica é a de que não querem revanchismo por parte do novo chefe, caso o petista volte ao poder.

De todo modo, todos os ouvidos lembram o que chamam de tempos de vacas gordas sob Lula, quando a bonança internacional das commodities e uma gestão fiscal responsável até a etapa final de seu mandato permitiram o reequipamento das Forças com programas como o de submarinos, de caças e de blindados.

Segundo interlocutores do ex-presidente, ele ainda vê com reserva o comportamento do Exército em 2018, quando o então comandante Eduardo Villas Bôas pressionou o Supremo Tribunal Federal em um tuíte para não conceder habeas corpus que evitaria sua prisão.

Por outro lado, dizem que não acreditam haver óbice institucional algum numa eventual relação, e que Lula tem compreendido os sinais de fumaça que vêm da caserna.

No caso do Exército, o entrechoque deste mês não provocou nenhuma crise de maior monta, a não ser questionamentos sobre a questão da Covid-19 que não foram em frente do ministro da Defesa, general da reserva Walter Braga Netto.

Já no de Barra Torres, que enfatizou em sua nota cobrando que Bolsonaro ou recuasse, ou se retratasse, a situação ficou algo em aberto. O Comando da Marinha avalizou os termos do almirante, que enfatizou sua condição de oficial-general médico da reserva ao longo do texto.

Bolsonaro buscou ignorar o episódio para o dar como encerrado, dizendo que não tinha colocado a integridade da agência em dúvida —só para repetir insinuações.

O padrão tem irritado comandantes militares, ciosos de que a sinergia entre o governo Bolsonaro e as Forças é algo difícil de ser extirpada da mentalidade pública.

Como deixou claro livro-depoimento de Villas Bôas, editado no ano passado, os militares operaram uma volta à política nas costas de Bolsonaro quando foi exacerbado o sentimento antipetista na cúpula fardada.

Soldado indisciplinado e processado por isso, o então deputado era visto com desprezo por generais, até que um grupo na reserva atentou a seu potencial eleitoral e viu uma possibilidade de volta ao poder. O serviço ativo aquiesceu, e forneceu quadros para o novo governo.

Veja quais são os possíveis candidatos à Presidência em 2022

Há dúvidas se o centrão, que na prática irá governar neste último ano com a cessão de poderes orçamentários à Casa Civil sob o comando do PP, terá apetite para indicar um vice.

O apoio e a bancada que será eleita mesmo que Bolsonaro patine abaixo dos 20% no primeiro turno podem ser suficientes, sem carregar o eventual caixão político do presidente de forma tão explícita.

Neste caso, Braga Netto surge forte, até porque ele é visto como um cumpridor de ordens. O arranjo é apoiado por Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral), que segundo aliados quer ocupar a Defesa neste último ano de mandato.

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TCU aponta alto risco em compras das Forças Armadas de empresas de militares

Informações estão em relatório sigiloso feito pela Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logística.

O TCU (Tribunal de Contas da União) detectou “alto risco de irregularidades” em contratações feitas pelas Forças Armadas de empresas ligadas a militares e que totalizam R$ 87 milhões, informa a Folha.

Os auditores mapearam contratos de 2017 a 2020 com um grupo de sete empresas avaliadas como de alto risco e de maior materialidade no fornecimento de alimentos no âmbito do Ministério da Defesa.

As informações estão em relatório sigiloso do tribunal, feito pela Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logística e obtido pela Folha, para investigar atos praticados por órgãos públicos na aquisição de gêneros alimentícios.

Foram identificados grupos econômicos com indícios de atuação coordenada entre as empresas integrantes em licitações, com ou sem a participação de servidores, para direcionamento do certame ou contratação direta indevida.

Entre os principais sinais de alerta foram identificados que algumas possuem sócios ou ex-sócios que foram militares e que o endereço das sete empresas é praticamente o mesmo, no Mercado Municipal do Rio de Janeiro (Cadeg), só alterando o número do pavimento ou da loja.

Além disso, algumas utilizam o mesmo email de outra empresa do grupo, têm sócios ou ex-sócios em comum, apresentaram proposta no mesmo item de pregão e seis utilizaram nas licitações o mesmo IP (espécie de registro de endereço de conexão à internet).

Também foram apontados problemas como incompatibilidade entre o porte da empresa e o valor de contratação, além de uma sócia de duas empresas que foi titular de conta bancária de outras empresas do grupo com as quais não possui nenhum vínculo (nem sócia nem empregada).

Os auditores destacaram que três empresas do grupo, a Mave Comercio e Serviços em Geral, a Phenix Comércio e Serviços em Geral e a Visionária Comércio e Serviços em Geral são ligadas ao ex-capitão expulso do Exército Márcio Vancler Augusto Geraldo.

O ex-militar foi condenado em 2019 pela Justiça Militar em um caso de corrupção, quando era membro da comissão de licitação do Instituto Militar de Engenharia (IME).

De acordo com denúncia do Ministério Público Militar, o ex-militar fez parte de um grupo que desviou R$ 11 milhões de obras do IME, em um esquema que envolveu empresas de fachada.

Vancler não foi localizado pela reportagem, assim como as telefones ligados às empresas no cadastro da Receita Federal não completaram chamada.

Elas receberam R$ 26 milhões, R$ 1,2 milhões e R$ 20 milhões, respectivamente, em contratos com a Marinha, Aeronáutica e Exército, em 2020 e 2021.

O TCU também detectou outras empresas que, apesar de não integrarem o mencionado grupo, acessaram o portal de Compras do Governo Federal a partir da utilização de IPs de unidades contratantes dos Comandos Militares.

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Brasil

Forças Armadas gastaram R$ 5,5 milhões de dinheiro da vacina contra covid

TCU abre processo para apurar indícios de irregularidades em parceria que destravou R$ 95 mi da Saúde para a Defesa.

As Forças Armadas reservaram para suas despesas R$ 21,7 milhões da quantia destinada à compra e à distribuição de vacinas contra a Covid-19. Desse total, R$ 5,5 milhões foram efetivamente gastos até agora, principalmente nos meses de julho e agosto. Os dados são do portal da transparência do governo federal.

Este uso dos recursos da imunização levou o TCU (Tribunal de Contas da União) a abrir um processo para investigar indícios de irregularidades.

O plenário do órgão determinou a abertura do processo na última quarta-feira (13). O relator da proposta foi o ministro Bruno Dantas.

Para usar o dinheiro voltado à vacinação, as Forças Armadas fazem uso de uma parceria estabelecida entre os Ministérios da Saúde e da Defesa. As duas pastas assinaram um TED (termo de execução descentralizada), que permite que a Saúde abra mão de recursos à Defesa, para que os militares auxiliem na logística da imunização.

Indícios de irregularidades no uso desses recursos entraram no radar da CPI da Covid no Senado e do TCU. O TED prevê repasses de R$ 95 milhões à Defesa.

O responsável pela parceria foi o coronel do Exército Elcio Franco Filho, que exercia o cargo de secretário-executivo do Ministério da Saúde. Ele era o braço direito do general da ativa Eduardo Pazuello, ministro da Saúde até março deste ano. Os dois foram demitidos, e hoje estão abrigados em cargos de confiança no Palácio do Planalto.

Elcio assinou o TED pelo Ministério da Saúde, em 19 de janeiro. No mês anterior, em dezembro de 2020, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia assinado uma MP (medida provisória) para liberar R$ 20 bilhões para compra de vacinas contra a Covid-19.

Os R$ 95 milhões do TED são provenientes dos recursos destravados pela MP para compra e distribuição de imunizantes, como confirmou o Ministério da Saúde.

Na atual gestão de Marcelo Queiroga na Saúde, um aditivo prorrogou a parceria até janeiro de 2022 —antes, o prazo previsto era até novembro de 2021. Os termos do TED, porém, permitem que ele funcione por até cinco anos.

Uma reportagem publicada em 1º de maio pela Folha deu detalhes sobre os primeiros gastos das Forças Armadas após a militarização de parte da vacinação contra a Covid-19.

O dinheiro da vacina foi usado principalmente para manutenção e reparação de carros e aeronaves, assim como na compra de combustível. Uma parte dos recursos foi destinada à compra de material aos hospitais militares, de uso exclusivo de integrantes das Forças; à compra de medicamento sem eficácia para Covid-19; e a ações sigilosas de inteligência do Exército.

Na ocasião, o Exército afirmou ter feito atividades de inteligência de reconhecimento de itinerários e levantamento de áreas de risco ao material e ao pessoal empregado na vacinação.

O Ministério da Defesa afirmou, também naquele momento, que os grupos indígenas em localidades de difícil acesso eram os principais atendidos com o suporte à vacinação.

​Diante da abertura de um processo pelo TCU, referente à descentralização de recursos que contempla a Defesa, a Folha voltou a questionar o ministério sobre os gastos feitos. Emails foram enviados na sexta-feira (15), mas não houve resposta.

O Ministério da Saúde diz que o dinheiro não pode ser usado para finalidades não previstas no TED.

*Com informações da Folha

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