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Investigação da PF indica que Moro abriu processo sigiloso para repasses da Petrobras à fundação de Dallagnol

O parecer de 77 páginas será apresentado no julgamento iniciado nesta terça-feira (16) no CNJ.

A Polícia Federal (PF) constatou que o ex-juiz Sergio Moro, atual senador pelo União Brasil, juntamente com Gabriela Hardt e Deltan Dallagnol, teriam orquestrado um plano para desviar R$ 2,5 bilhões do Estado brasileiro, visando criar uma fundação com objetivos voltados para interesses privados. Os dados constam de relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Trechos do relatório foram revelados por Camila Bomfim, do g1.

De acordo com relatório da PF que apoia a investigação conduzida pelo ministro Luis Felipe Salomão, do CNJ, Moro teria aberto um processo sigiloso durante sua atuação na 13ª Vara Federal de Curitiba, com o intuito de facilitar o repasse bilionário pago pela Petrobras em um acordo nos Estados Unidos para uma fundação que seria gerida pelos procuradores da Operação Lava Jato, liderados por Deltan Dallagnol, diz o g1.

Trechos do relatório destacam que “a instauração voluntária pelo então juiz Sergio Moro de um processo sigiloso foi feita especificamente para permitir o repasse não questionado de valores oriundos de acordos de colaboração e de leniência para a conta da Petrobras, alimentando a empresa com dinheiro dos acordos”.

O parecer de 77 páginas, que será apresentado no julgamento iniciado nesta terça-feira (16) no CNJ, acusa Moro, Gabriela Hardt e Deltan Dallagnol de se unirem para “promover o desvio” dos R$ 2,5 bilhões do Estado brasileiro, visando criar uma fundação com interesses privados. Segundo informações da coluna Radar, da revista Veja, Salomão deve expor que “o desvio do dinheiro só não se consumou em razão de decisão do Supremo Tribunal Federal”.

A investigação ressalta a gravidade das acusações, apontando para possíveis conluios entre autoridades judiciais e procuradores visando interesses particulares, em detrimento do interesse público.

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Mais uma derrota de Moro: ele queria R$ 2,5 bilhões da Fundação Dallagnol para o seu Ministério da Justiça

Ministro da Justiça queria o dinheiro da multa paga pela Petrobras nos EUA em sua pasta, mas PGR decidiu que recurso vai para a educação.

Após tentativa frustrada de Deltan Dallagnol e procuradores da Lava Jato de criarem uma “fundação” para gerenciar cerca de R$ 2,5 bilhões da multa paga pela Petrobrás nos Estados Unidos, Sergio Moro, tentou convencer a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, e Jair Bolsonaro a destinarem os recursos ao Ministério da Justiça.

Dodge, no entanto, preferiu recomendar que o montante, de cerca de R$ 2,5 bilhões, fosse destinado à educação. Bolsonaro concordou com a ideia.

Esta foi mais uma derrota de Moro, que se soma à que obteve no Congresso nesta quarta-feira (22), quando os parlamentares tiraram o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de sua alçada.

As informações são da coluna de Mônica Bergamo, na edição desta sexta-feira (24) da Folha de S.Paulo.

 

 

 

 

*Com informações da Forum