Categorias
Uncategorized

Moro parte para defender Bolsonaro sobre acusação de caixa 2

Ministro da Justiça contestou provas e indica ter acesso à investigação sigilosa sobre o caso.

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro sobre acusação de caixa 2. Para o integrante do governo, a manchete da Folha de S. Paulo deste domingo 6 não reflete a realidade. “Nem o delegado, nem o Ministério Público, que atuam com independência, viram algo contra o PR (Bolsonaro) neste inquérito de Minas. Estes são os fatos”, escreveu Moro em seu Twitter.

Na mensagem publicada, Moro indica ter informações da investigação conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público de maneira sigilosa em Minas.

Um depoimento de um ex-assessor e planilhas apreendidas pela Polícia Federal sugerem que dinheiro do esquema de candidaturas de fachada do PSL em Minas Gerais foi desviada para abastecer, por meio de caixa dois, campanhas do presidente Jair Bolsonaro e do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio.

Segundo revelou o jornal Folha de S. Paulo deste domingo 6, Haissander Souza, ex-assessor de Marcelo, prestou um depoimento à Polícia Federal confirmando o esquema no partido. “Parte dos valores depositados para as campanhas femininas, na verdade, foi usada para pagar material de campanha de Marcelo Álvaro e de Jair Bolsonaro”, disse ele.

Haissander foi preso por cinco dias no final de junho, ao lado de outros dois investigados —entre eles um atual assessor de Álvaro Antônio no Turismo—, e jamais havia reconhecido, até então, a existência de fraude no uso das verbas públicas do PSL durante a campanha de 2018.

E o depoimento não foi a única prova encontrada sobre o caso. A Polícia Federal também localizou uma planilha nomeada como “MarceloAlvaro.xlsx”, na qual há referencias ao fornecimento de material eleitoral para a campanha de Bolsonaro com a expressão “out”, o que significa em inglês ” fora”.

As planilha foram apreendida na empresa Viu Mídia, que, segundo as informações dadas pelos candidatos e partidos à Justiça Eleitoral, prestou serviços a duas das candidatas laranjas ao PSL.

A planilha lista pagamentos recebidos por serviços eleitorais em uma coluna intitulada “NF” —no entendimento da polícia se referindo a Nota Fiscal— e em outra coluna com o título “out”, se referindo, também na compreensão da PF e do Ministério Público, a pagamento “por fora”.

No entanto, não há registro, na prestação de contas entregue por Bolsonaro à Justiça Eleitoral de gastos com a empresa Viu Mídia.

 

 

*Com informações da Carta Capital

 

Categorias
Uncategorized

Como explicar o apego de Bolsonaro ao Ministro Marcelo Álvaro se o laranjal de Minas apodreceu?

Aperta o cerco sobre o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, acusado de comandar um esquema fraudulento com dinheiro público de financiamento de campanhas em Minas Gerais.

Marcelo segue firme no cargo, como se nada tivesse acontecido.

Ele teve um papel importante ao carrear votos para Jair Bolsonaro em Minas Gerais, onde o PSL fez bancada de seis deputados federais.

Recente revelação do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo mostra que Bolsonaro gravou vídeo ao lado de Marcelo Álvaro, o chefão do PSL no estado, convocando as pessoas a se filiarem ao partido.

Bolsonaro menciona Roberto, que aparece a seu lado direito.

Roberto é Robertinho Soares, um dos assessores de Marcelo presos em recente operação da Polícia Federal. Foi ele o coordenador da campanha do atual ministro em 2018.

O papel de Robertinho na fraude teria sido o de intermediário no repasse de R$ 63 mil em dinheiro público a três empresas do irmão dele, Reginaldo, suspeitas de emissão de notas frias — receber sem trabalhar.

Também foram presos, na Operação Sufrágio Ostentação, um dos assessores do ministro em Brasília, Mateus Von Rondon, e o ex-assessor Haissander de Paula, que trabalhou com Robertinho na campanha de 2018.

O atual ministro, que tinha a chave do cofre do fundo partidário em Minas, é suspeito de repassar R$ 279 mil a empresas ligadas a seu próprio gabinete.

Marcelo começou a carreira política como vereador em Belo Horizonte.

Elegeu-se deputado federal pela primeira vez em 2014, pelo Partido Republicano Progressista (PRP), com 60.384 votos.

Bandeou-se para o PSL em 2018, supostamente sob a condição de ter o controle do partido em Minas Gerais, um importante colégio eleitoral.

Com a maré do bolsonarismo, reelegeu-se pelo PSL como o mais votado em Minas, com 230.008 votos.

Talvez nos trâmites para a transferência de partido resida a razão pela qual ele continua no cargo, apesar das gravíssimas acusações a que responde.

Marcelo conseguiu o feito de incluir cinco candidatas laranjas em Minas na lista de candidatos que mais receberam do fundo partidário do PSL em todo o Brasil.

Evangélico, o ministro do Turismo se apresentou aos eleitores em 2018 como combatente da corrupção.

 

*Do Viomundo