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Política

Mira da CPI do Golpe recai sobre aliada de Michelle Bolsonaro no PL Mulher do Pará

Eliziane Gama, relatora da CPI Mista do Golpe, apresentou há pouco mais de duas semanas um requerimento para quebrar os sigilos fiscais e bancários de Geny Silva Gomes em meio às investigações sobre os possíveis financiadores de atos golpistas pelo país.

A senadora justificou o pedido afirmando que Geny, de acordo com dados levantados pelo colegiado, teria relações com George Washington de Oliveira, condenado pela tentativa de atentado contra o Aeroporto de Brasília, um plano frustrado na véspera de Natal de 2022, diz Lauro Jardim, O Globo.

E quem é Geny? Sob a alcunha de Genny do Agro nas urnas, a pecuarista é natural de Goiás, mas, hoje, vive no Pará. Por lá, tentou se lançar no ano passado como candidata à segunda suplente de uma cadeira no Senado, cujo titular era Mario Couto (também do PL). Renunciou, no entanto, antes da eleição. A principal atividade de Geny hoje é comandar a divisão paranese do PL Mulher, chefiado nacionalmente por Michelle Bolsonaro. Juntas, elas posam como aliadas nas redes sociais.

Ao ensaiar a campanha ao Congresso, um ano atrás, Geny informou à Justiça Eleitoral que tinha R$ 2,3 milhões em bens — a maior parcela, de R$ 1,5 milhão, referente a uma fazenda.

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Justiça

Fux envia à Justiça Eleitoral pedido da PF para investigar Bolsonaro em caso da campanha

Ministro do STF segue rito e encaminha os autos sob o argumento da perda de foro especial.

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux enviou para a Justiça Eleitoral, nesta terça-feira (14), um pedido da Polícia Federal para ser instaurado inquérito contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suspeita de uso indevido de crianças e adolescentes na sua campanha do ano passado.

Segundo esse pedido, que está em segredo de Justiça, esses menores de idade foram usados em situações que incitariam o uso de armas.

A solicitação de inquérito policial foi feita ao Supremo em 25 de novembro do ano passado, quando Bolsonaro ainda era presidente da República e tinha foro especial na corte.

Ele já havia sido derrotado na sua tentativa de reeleição para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na decisão desta terça, Fux afirma que, considerando o fim do mandato presidencial de Bolsonaro, o caso não é mais de responsabilidade do STF.

“Promovo o declínio da competência desta corte e determino de remessa dos presentes autos à Justiça Eleitoral do Distrito Federal, por ser a autoridade judiciária em tese competente para o prosseguimento do feito”, afirmou o ministro.

O pedido ainda será analisado pela Justiça Eleitoral.

Desde o último dia 10, ministros do Supremo começaram a encaminhar pedidos de investigação de Bolsonaro às primeiras instâncias das Justiças Federal e do Distrito Federal, sob o argumento de perda de foro especial.

Foram os primeiros pedidos de investigação contra Bolsonaro que o Supremo mandou para a primeira instância. A maioria das solicitações trata de falas feitas pelo então presidente antes e durante as comemorações do 7 de Setembro de 2021.

À época, Bolsonaro fez ameaças golpistas contra o Supremo, exortou desobediência a decisões da Justiça e disse que só sairia morto da Presidência da República.

Naqueles casos, os pedidos foram apresentados ao Supremo por parlamentares como o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e por entidades como a AJD (Associação de Juízes para a Democracia).

Oito pedidos foram enviados pela ministra Cármen Lúcia para a Justiça Federal do Distrito Federal. Já os ministros Luiz Fux e Edson Fachin encaminharam ao TJ-DFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) queixas-crime apresentadas contra Bolsonaro por situações não relacionadas à eleição.

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Justiça

Corregedor da Justiça Eleitoral torna Bolsonaro investigado em mais uma ação no TSE

Procedimento apura suposto abuso de poder por uso indevido do Alvorada e pode deixar ex-presidente inelegível.

De acordo com o G1, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, admitiu nesta quinta-feira (19) mais uma ação de investigação judicial eleitoral (Aije) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No total, a Corte já soma 16 ações para investigar o ex-presidente. Nem todas foram abertas.

O procedimento aberto apura eventual abuso de poder político e econômico e pode levar Bolsonaro à inelegibilidade.

Na ação, a coligação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), autora do pedido, aponta como justificativa para a investigação a realização de atos de campanha por Bolsonaro nas dependências do Palácio do Planalto e do Palácio da Alvorada, incluindo o anúncio de apoios para sua candidatura na disputa do segundo turno das eleições de 2022.

De acordo com a coligação, ao utilizar os palácios como “palco de encontro” com governadores, deputados federais e celebridades, Bolsonaro desvirtuou a finalidade dos bens públicos com o objetivo de alavancar a sua candidatura.

‘Atos ostensivos de campanha’

O ministro pontuou que a legislação eleitoral não concedeu “autorização irrestrita” para o uso de bens públicos com fins privados.

“Conforme se observa, não foi concedida autorização irrestrita que convertesse bens públicos de uso privativo dos Chefes do Executivo, custeados pelo Erário, em bens disponibilizados, sem reservas, à conveniência da campanha à reeleição. No caso da residência oficial, os atos de campanha que a lei autoriza são eminentemente voltados para arranjos internos, permitindo-se ao Presidente receber interlocutores reservadamente, com o objetivo de traçar estratégias e alianças políticas.”

Gonçalves também ressaltou que os espaços públicos “serviram de palco” para “atos ostensivos de campanha”.

“Extrai-se do material analisado que espaços tradicionalmente usados para a realização de coletivas pelo Presidente da República, no desempenho de sua função de Chefe de Estado, serviram de palco para a realização de atos ostensivos de campanha, nos quais se buscou projetar uma imagem de força política da candidatura de Jair Bolsonaro, que se evidenciaria nas alianças com governadores que alcançaram mais de 50% dos votos em seus estados já no primeiro turno e na expressividade de sua base de apoio no Congresso.”

O ministro considerou ainda que a conduta de Bolsonaro “é passível de se amoldar à figura típica do abuso de poder político, havendo elementos suficientes para autorizar a apuração dos fatos e de sua gravidade no contexto das Eleições 2022”.

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PL de Bolsonaro trai Moro e faz investida na Justiça Eleitoral para cassar mandato de senador eleito

Partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL entrou com um pedido na Justiça Eleitoral para cassar o mandato do senador eleito Sérgio Moro (União Brasil-PR). Em um processo sigiloso movido pelo diretório do Paraná, o partido moveu uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral.

O movimento se dá poucos meses depois de Sergio Moro ter apoiado publicamente Jair Bolsonaro e até mesmo acompanhado o então candidato à reeleição nos debates televisivos do segundo turno da eleição presidencial. Segundo apurou o Estadão, apesar de patrocinado pelo diretório no Paraná, a ação conta com o aval do presidente nacional Valdemar Costa Neto.

Moro foi eleito senador pelo Paraná com 33,82% dos votos, em uma disputa apertada com o segundo colocado, o deputado federal Paulo Martins (PL), que alcançou 29,12% dos votos. Segundo apurou o Estadão, internamente, a esperança é de que a legenda consiga alijar o ex-juiz da Operação Lava Jato do Senado e ficar com a vaga de Moro.

Procurado, o presidente da legenda no Paraná, Fernando Giacobo, afirmou que não se manifestaria porque o processo está sob sigilo. Valdemar Costa Neto também não se manifestou. A assessoria de imprensa do PL Nacional apenas informou que a ação é patrocinada pela legenda no Estado.

Os detalhes da ação estão sob sigilo, mas o Estadão apurou que o PL deve questionar irregularidades nos gastos de campanha do ex-juiz. O partido vem de um grande desgaste no Poder Judiciário, após ter questionado as urnas do segundo turno das eleições presidenciais e ser penalizado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, uma multa de R$ 22 milhões por litigância de má fé.

Procurado, Moro disse que desconhece a “existência de eventual ação do PL” e nada tem “a recear quanto à lisura, regularidade, transparência e seriedade das doações e despesas eleitorais.”

A ofensiva contra Moro também seria uma forma de agradar setores do Judiciário que desde sempre se posicionaram de maneira crítica à Lava Jato, mas que se revoltaram com a ofensiva contra as urnas, que atendeu a interesses do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado em 2022.

A medida contra Moro representa uma dura investida contra um aliado importante do presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2022. A presença do ex-ministro nos debates presidenciais, que havia acusado o presidente de intervir politicamente na PF e ensejado a abertura de um inquérito no STF, foi a grande novidade e carta na manga de Bolsonaro no segundo turno.

A legenda toma como precedente político para tentar tirar Moro do Senado o caso da ex-juíza Selma Arruda, que foi cassada por irregularidades na prestação de contas e cuja vaga foi preenchida pelo terceiro colocado nas eleições ao Senado daquele ano. Conhecida como linha dura do Judiciário matogrossense, e famosa por impor duras penas ao grupo político do ex-governador Silval Barbosa – que, hoje, é delator – , Selma ficou conhecida como “Moro de saias”.

*Com Estadão

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Ex-mulher de Lira entra com ação na Justiça Eleitoral para impedi-lo de se candidatar

Presidente da Câmara diz que ofensiva é articulada por adversários políticos de Alagoas que buscam ‘jogo sujo’.

Segundo Malu Gaspar, O Globo, ex-mulher do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), Jullyene Cristine Lins Rocha acionou a Justiça Eleitoral para impedir que o parlamentar concorra a um novo mandato na Casa.

Jullyene, que também vai disputar o cargo de deputado federal, acusa o ex-marido de estar enquadrado na Lei da Ficha Limpa por ter sido condenado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) em uma ação de improbidade administrativa.

Lira foi condenado por enriquecimento ilícito e lesão ao patrimônio público em ação de improbidade por irregularidades na época em que era deputado estadual na Assembleia Legislativa de Alagoas.

A sentença condenou Lira à perda do cargo, suspensão dos direitos políticos e ressarcimento de R$ 182,8 mil aos cofres públicos.

Líder do Centrão, o parlamentar foi condenado por usar verba de gabinete – ou seja, dinheiro público – para pagar empréstimos pessoais no Banco Rural, o que é ilegal, já que o recurso deve ser destinado a custear despesas ligadas à atividade parlamentar.

Mesmo assim, Lira conseguiu disputar as eleições de 2018 amparado em uma liminar de um desembargador do TJ alagoano, que suspendeu os efeitos da sentença até a análise do caso pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Para o tribunal (o TJ de Alagoas), ficou suficientemente comprovado o dolo, a vontade deliberada e inegável de praticar tal ato de improbidade administrativa, que resultou, indubitavelmente, em danos ao erário estadual, à moral da sociedade, bem como em enriquecimento ilícito, dado que, através da obtenção dos referidos empréstimos pessoais, o requerido (Lira) se apropriou de recursos do erário”, alegou Jullyene.

A ex de Lira destacou que os autos da ação da improbidade administrativa foram encaminhados depois ao STJ, onde tramitam em segredo de Justiça, “de modo que não é possível observar se houve a efetiva revogação do efeito suspensivo concedido ao recurso”.

“Como se sabe, as condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura”, frisou.

A ação, de apenas quatro páginas, foi protocolada no Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) no último dia 13.

Jullyene trava com Lira uma disputa judicial há anos, marcada por acusações de injúria e difamação de ambas as partes. Ela inclusive fez diversos ataques contra o ex-marido nas redes sociais, depois retirados por ordem da Justiça.

“Eleitor, você já parou para pensar em quem vocês estão votando? Porque, se vocês tiverem a noção de quem é esse crápula, vocês não votariam nele”, escreveu Jullyene em uma rede social.

A ex de Arthur Lira é candidata a deputada federal pelo MDB do senador Renan Calheiros, arquirrival de Lira em Alagoas. Ela se apresenta ao eleitorado alagoano como “defensora da mulher, crianças e minorias”.

A ex-mulher disse que sofreu danos em sua honra em razão de uma declaração dada por Lira à revista Veja. Isso porque ela tinha afirmado que o deputado acumulou fortuna recebendo propina.

O presidente da Câmara rebateu a acusação em entrevista à revista: “Ela é uma vigarista profissional querendo extorquir dinheiro, inventando histórias. Meu patrimônio é o que está declarado no TSE.”

Em resposta enviada à equipe da coluna, Lira disse que a ação de sua ex na Justiça Eleitoral contra o registro de candidatura é articulada por adversários políticos em Alagoas, “que buscam utilizar desse jogo sujo para tentar desestabilizar uma candidatura respeitada e que a cada eleição cresce na preferência popular”.

“Não hesitarei em processar toda e qualquer tentativa de mentira vindo da ré ou de quem a utilize para propagar propósitos escusos. Não tratarei desses assuntos através da imprensa. Toda posição será firmada perante a justiça, através dos meus advogados, que detêm autonomia para propor as ações necessárias”, afirmou o presidente da Câmara.

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Impasse entre Bolsonaro e Moraes ameaça travar Justiça Eleitoral a 2 meses do pleito

Chefe do Executivo e futuro presidente do TSE paralisam indicações de juízes, o que pode comprometer funcionamento de TREs.

Segundo O Globo, a guerra entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes pode custar caro para a Justiça e comprometer o funcionamento tribunais regionais eleitorais (TREs) a menos de dois meses do pleito.

Por causa dos ataques do chefe do Executivo às urnas eletrônicas e das retaliações do Tribunal Superior Eleitoral, há uma vaga de ministro-substituto do TSE e seis vagas abertas para TREs de seis estados que ainda não foram preenchidas.

Pela Constituição, o chefe do Executivo tem que escolher para a vaga do TSE um dos nomes de uma lista tríplice aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no início de maio. Mas o presidente não gostou da composição da lista, que a considerou “hostil” e uma “provocação”, por ter advogados ligados a adversários, que fizeram pareceres pró-PT e até mesmo atacaram o bolsonarismo. Por causa disso, o presidente engavetou a lista e simplesmente não nomeou ninguém.

Em retaliação, Moraes decidiu paralisar seis listas tríplices para preencher vagas de juízes em seis tribunais regionais eleitorais.

Até agora, Moraes já apresentou pedidos de vista que travaram a análise de listas tríplices para os TREs de Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Paraíba e Teresina.

Em retaliação, Moraes decidiu paralisar seis listas tríplices para preencher vagas de juízes em seis tribunais regionais eleitorais.

Até agora, Moraes já apresentou pedidos de vista que travaram a análise de listas tríplices para os TREs de Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Paraíba e Teresina.

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Política

Ciro Nogueira omitiu três empresas à Justiça Eleitoral

Companhias estão ativas há anos, mas mesmo assim não foram declaradas. Iracema Portella também ocultou ser sócia de duas companhias.

Durante as últimas eleições de que participou, em 2018, quando foi eleito senador pelo estado do Piauí, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), omitiu na declaração de bens à Justiça Eleitoral ao menos três empresas das quais é sócio.

Trata-se das empresas JJE Agenciamento de Seguros e de Serviços LTDA., Speed Marketing e Comunicações e Speed Produtora. Juntas, as companhias têm capital social no valor de R$ 135 mil.

Para chegar à informação, o Metrópoles cruzou dados da declaração de bens do então candidato a senador, disponível em plataforma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e da Junta Comercial do Piauí, estado onde ficam as empresas. A reportagem teve acesso ao inteiro teor das certidões dos estabelecimentos.

Advogados especialistas em direito eleitoral veem irregularidades na situação. Eles afirmam que o ministro pode ser enquadrado pelos crimes de ocultação de bens e/ou falsidade ideológica.

Ciro Nogueira também deixou de declarar à Justiça Eleitoral 12 filiais da CN Motos, que vende motocicletas e motonetas da Honda, mas advogados divergem se essa questão é ilegal, uma vez que a matriz foi apresentada na declaração.

O jornal Folha de S. Paulo revelou, na segunda-feira (20/9), que Ciro Nogueira usou uma das filiais da CN Motos não declaradas ao TSE para alugar uma mansão do advogado Willer Tomaz de Souza, em Brasília. O advogado afirmou não ver nada de ilícito na negociação.

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Nós temos Justiça Eleitoral?

Há uma dimensão que falta analisar no repugnante episódio da disseminação do vídeo onde o Bispo Prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) inventa que o PSOL seria guindado à Secretaria Municipal de Educação e implementaria “pedofilia nas escolas” em um eventual governo de Eduardo Paes (DEM). Trata-se do fato de a Justiça Eleitoral ter assistido a tal  absurdo deitada em berço esplêndido.

Em bom português, pedofilia é uma perversão que leva um indivíduo adulto a assediar e se aproveitar sexualmente de uma  criança, chegando a efetivar atos sexuais com as que assedia. É isso que Crivella disse que acontecerá nas escolas municipais do Rio – pelas mãos do PSOL – se Paes vencer a eleição.

Vejamos bem. Em uma disputa de segundo turno para exercer o cargo de Prefeito da segunda cidade mais importante do País, um dos candidatos grava um vídeo mostrando a cara e afirmando que se seu adversário vencer ele entregará a área da educação a um terceiro partido (que está fora da disputa) e que este partido cometerá crimes hediondos contra as crianças que frequentam as escolas públicas.

O que as autoridades responsáveis pelo bom andamento do pleito ainda estão esperando para tomar uma atitude? O silêncio e a inação – tanto dos juízes do TRE-RJ como dos promotores de Justiça do Ministério Público Eleitoral – diante de uma notícia falsa desta magnitude, repito, assumida em vídeo por um candidato, demonstra das duas, uma: pusilanimidade (fraqueza moral, covardia, medo; falta de firmeza) ou, pior, cumplicidade. Pior ainda seria as duas coisas somadas.

Além do processo por calúnia e difamação (que o PSOL irá mover na Justiça Criminal contra o Bispo Prefeito) a candidatura de Crivella tem que ser cassada diante de fato tão absurdo. Ao não fazê-lo, a Justiça Eleitoral dá sinal verde ao “vale tudo”, jogando por terra todo o discurso que vem sendo feito, há meses, pelo Ministro Luis Roberto Barroso (atual Presidente do TSE) em relação ao esforço que estaria sendo feito para barrar notícias falsas que tentam (e muitas vezes conseguem, como em 2018) influenciar o resultado das eleições.

O TRE-RJ, o Ministério Público Eleitoral e o próprio TSE estão com os seus respectivos traseiros na janela. E ali permanecerão enquanto se acumpliciarem a este tipo de fato.

*Álvaro Nascimento – Jornalista

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Bens não declarados: Alvo de investigação, Carlos Bolsonaro manteve cofre particular em banco, apontam extratos

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) manteve ao menos de 2007 a 2009 um cofre particular para guarda de bens no Banco do Brasil, indicam extratos bancários do filho do presidente Jair Bolsonaro.

Os valores eventualmente mantidos ali não foram declarados à Justiça Eleitoral quando Carlos se candidatou à reeleição na Câmara Municipal do Rio, em 2008. De acordo com as regras do banco da época, os cofres particulares eram destinados à guarda de papéis, moedas, documentos ou joias.

A existência do cofre é indicada em extratos bancários entregues à Justiça de São Paulo pelo próprio vereador num processo em que pede indenização por prejuízos causados por uma corretora em investimentos na Bolsa de Valores.

Foi nesta ação que o vereador declarou ter pago R$ 15,5 mil em dinheiro vivo em junho de 2009 para cobrir prejuízos com o investimento.

Os documentos foram anexados à ação para comprovar as transferências realizadas à corretora. Estão nos autos os extratos de 14 dos 22 meses entre maio de 2007 e fevereiro de 2009. Em todos eles há referência à “tarifa de aluguel de cofre”, que custava mensalmente ao vereador R$ 115 até abril de 2008, quando foi reajustada para R$ 123.

Os papéis não indicam os bens ali guardados e sua avaliação. Os locatários, contudo, são obrigados a declarar o valor do que é mantido no local no termo de adesão —documento que não consta no processo.

No período em que mantinha um cofre, Carlos tinha como único rendimento o salário como vereador, cuja remuneração variou entre R$ 5.500 e R$ 7.000 (ou R$ 11 mil e R$ 13 mil, em valores atualizados).

À Justiça Eleitoral em 2008 ele declarou ter um patrimônio de R$ 260 mil, composto por um apartamento e um carro. Ele não informou nada sobre seus investimentos na Bolsa nem sobre os bens eventualmente guardados no banco. Também não descreveu seu saldo em conta, que variou entre R$ 1.300 e R$ 32 mil no ano do pleito.

Carlos não foi o único integrante da família Bolsonaro a manter um cofre no banco. A ex-mulher do presidente, Ana Cristina Siqueira Valle, alugou o serviço ao menos entre 2005 e 2007, período em que vivia com Bolsonaro.

Ela declarou à polícia em 2007, quando notou um arrombamento do cofre, que havia no local R$ 200 mil e US$ 30 mil em espécie, além de joias avaliadas em R$ 600 mil. Até abril de 2008, Valle era chefe de gabinete de Carlos na Câmara Municipal.

A revista Veja revelou em outubro de 2018 que, na ocasião, ela atribuiu o roubo a Bolsonaro, de quem estava se separando em processo litigioso. A acusação contra o presidente, porém, não foi registrada na polícia.

O cofre de Ana Cristina ficava na agência do Banco do Brasil na rua Senador Dantas, a 250 metros da Câmara Municipal. Ela também mantinha um escritório de advocacia próximo ao local. Os extratos não permitem identificar onde ficava o de Carlos —a agência em que tinha conta também ficava no centro da cidade, a cerca de 500 metros da sede do Legislativo municipal.

O uso de cofre já foi mencionado em casos de corrupção como forma de ocultar dinheiro ilegal. Um dos delatores da Lava Jato chegou a processar um banco após um roubo numa agência onde mantinha cerca de R$ 8 milhões em notas de euro e dólar. O ex-governador do Rio Sérgio Cabral manteve em cofres na Suíça barras de ouro e diamantes.

Carlos é alvo de investigação no Ministério Público do Rio de Janeiro sob suspeita de empregar funcionários fantasmas na Câmara Municipal.

Investigadores acreditam que havia no gabinete do vereador um esquema semelhante ao da “rachadinha” que a Promotoria aponta entre ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A prática conta, em alguns casos, com circulação e acumulação de dinheiro vivo.

Uma das estratégias usadas para alimentar o esquema, segundo o MP-RJ, é justamente o emprego de funcionários fantasmas. No gabinete de Flávio, diz a investigação, esses servidores devolviam seus salários a Fabrício Queiroz, apontado como operador financeiro.

Família Bolsonaro

A devolução ocorria por transferências ou saques e depósitos subsequentes na conta de Queiroz. Outra modalidade, suspeita o MP-RJ, era o saque do salário da conta do assessor e entrega em mãos ao suposto operador financeiro. Esta modalidade, porém, não deixa registros bancários, dificultando a investigação.

O jornal O Globo revelou na última quarta-feira (2) que um dos ex-assessores de Carlos sacava quase a totalidade de seus vencimentos na Câmara Municipal. Trata-se de Márcio Gerbatim, ex-marido de Márcia Aguiar, mulher de Queiroz.

Os dados constam da quebra de sigilo bancário feita na investigação contra Flávio, que atingiu todos seus ex-assessores no período de janeiro de 2007 e dezembro de 2018. Neste 12 anos, Gerbatim foi funcionário do vereador (abril de 2008 a abril de 2010) e do senador (abril de 2010 a maio de 2011), motivo pelo qual sua movimentação financeira obtida na Câmara Municipal foi possível.

A prática de saques é a mesma de outros ex-assessores de Flávio investigados. Entre eles estão nove parentes da ex-mulher do presidente, Ana Cristina. O grupo sacou, em média, 84% dos seus salários recebidos na Assembleia.

Os promotores afirmam que este dado corrobora informação publicada pela revista Época segundo a qual alguns parentes de Ana Cristina Valle devolviam até 90% de seus salários a Flávio.

Carlos empregou em seu gabinete na Câmara sete parentes de Valle, além da própria ex-mulher do presidente. Ela também é investigada no procedimento contra o vereador.

A defesa de Carlos não se pronunciou sobre a existência do cofre.

 

*Felipe Bächtold e Italo Nogueira/Folha

 

 

 

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Tereza Cruvinel: Homens da CIA no golpe da Bolívia

Um artigo do site Behind Back Doors, conhecido por suas revelações sobre a ingerência norte-americana na América Latina, apresenta uma lista dos mais importantes agentes da CIA que participaram do golpe contra o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales. Anuncia também que a operação na Bolívia continua e que há outros governos “não amigos” nos planos de desestabilização política do continente. O próximo alvo pode ser Manágua.

Em sinal de que a ofensiva contra a esquerda na Bolívia de fato continua, na quinta-feira a Justiça Eleitoral do país barrou a candidatura de Evo ao Senado nas eleições marcadas para maio, alegando que ele não provou residir no distrito eleitoral pelo qual se candidataria.

O artigo “Os mais importantes agentes da CIA em La Paz, Bolívia (parte I)” expõe a identidade de alguns dos principais agentes do golpe, tanto de americanos como de bolivianos cooptados, como o general Willian Kaliman Romero, ex-comandante das Forças Armadas, que gozava da inteira confiança de Evo Morales, que o colocou no cargo em 2018. Foi Kaliman que, no calor do golpe, pediu publicamente a renúncia de Morales em 10 de novembro passado, seguindo as instruções Bruce Williamson, encarregado de negócios dos Estados Unidos na Bolívia. A instrução foi passada a Kaliman por Luis Fernando Camacho, o líder político de Santa Cruz, devidamente integrado ao grupo conspirador.

Segundo o site, o golpe começou a ser planejado no território norte-americano, em parceria com políticos bolivianos que vivem nos Estados, como Gonzalo Sánchez de Lozada, Manfred Reyes Villa, Mario Cossio e Carlos Sánchez Berzain, que fizeram a ponte inicial com os militares cooptados para o golpe, criadores da “coodenação nacional militar”, entre eles o general Rumberto Siles e os coronéis Julius Maldonado, Oscar Pacello e Carlos Calderon.

Milhões de dólares teriam sido investidos pelos EUA no golpe. Só a Fernando Camacho, para organizar a insurgência em Santa Cruz de La Sierra, foram entregues dois milhões de dólares.

Já dispondo de quadros baseados na embaixada ou atuando clandestinamente na Bolívia, em setembro, um mês antes da eleição de outubro, mais 38 agentes entraram no país, disfarçados de turistas, empresários ou dirigentes de ONGs.

O golpe teve êxito porque a CIA conseguiu cooptar não apenas os políticos de direita como também militares, dividindo as Forças Armadas. Entre os militares, muitos eram próximos de Evo e o traíram miseravelmente, como o general Kaliman.

Cooptado pela CIA, o general cumpriu duas tarefas decisivas para o golpe. Primeiro, fornecendo informações sensíveis sobre Evo e seu governo aos agentes. E depois, desinformando o então presidente sobre o que estava se passando no país, evitando que pressentisse o golpe e tentasse abortá-lo, quando ele já fora planejado e tudo estava pronto para sua execução dentro das Forças Armadas.

Segundo o artigo, Kaliman foi cooptado ainda antes de assumir o comando das Forças Armadas, a partir da identificação de seus “pontos fracos”, como o fato de que todos os seus filhos vivem nos Estados Unidos e o de sua filha ser casada com um alto oficial do Exército americano. Em La paz, durante todo o tempo, o general manteve contatos com agentes disfarçados que operavam no país. Pouco antes do golpe, ele exigiu que sua esposa fosse tirada do país e levada para os Estados Unidos.

Na fase pré-golpe, ele conseguiu convencer Evo a autorizar a presença de tropas de inteligência do Comando Sul do Exército americano em território boliviano, e que a Bolívia integrasse a Surnet (Rede Sudamericana), um mecanismo regional para intercâmbio de inteligência militar.

Outro cooptado pela CIA, segundo Behind Back Doors, foi o general Vladimir Yuri Calderón, comandante da polícia, que havia servido durante vários anos como Adido Militar da Bolívia nos Estados Unidos. Nos preparativos do golpe, seu interlocutor na embaixada americana era o major Matthew Kenny Thompson, também adido militar. Por sua socialibilidade, Thompson atuou fortemente junto às Forças Armadas bolivianas, cooptando oficiais para o plano golpista.

Até mesmo a partir da Argentina a CIA atuou no golpe, através do adido militar da Bolívia, general Rômulo Delgado, que facilitou a infiltração junto a militares bolivianos. Da Venezuela, teria atuado o coronel Juan Carlos Jaramillo, onde é ligado a Juan Guaidó e tem notória parceria com a CIA em ações contra o governo Maduro, como no ataque ao aeroporto de Carlota, em 2019.

Entre os cooptados o site cita ainda os coronéis Clamente Silva Ruiz, chefe do comando de La Paz, e Erick Millares Luna, da área de inteligência.

Outro que traiu Evo foi seu amigo (ex-amigo) Panchito, apelido de Ramiro Flores Montano, cooptado pela CIA quando servia, indicado por Evo, como adido militar no Chile. Voltou para participar ativamente dos preparativos e da execução do golpe, fornecendo armas e treinamento militar ao grupo Yunga Cocaleros, um dos que tomou as ruas.

Traidor notável foi também o empresário Edwin Saavedra, que era muito amigo do então vice-presidente Álvaro Garcia Linera, através de quem obtinha informações que passava à CIA.

Entre os americanos, um dos mais importantes algozes de Evo Morales foi Rolf Olson, agenda CIA disfarçado de conselheiro econômico da embaixada. Outra agente citada é Annette Dorothy Blakeslee, que atuou no “golpe suave” na Nicarágua como médica da USAID. O Olson é atribuído o completo “manejo” do principal líder político boliviano no golpe, Luiz Fernando Camacho Vaca, orientado a criar o tal “Comitê Cívico de Santa Cruz de La Sierra”, plataforma civil que atuava em sintonia com a “Coordenação Militar Nacional”.

A embaixada americana entregou a Camacho, segundo o artigo do site, dois milhões de dólares para ele organizar a insurgência em Santa Cruz. O site diz que Brasil e Argentina (ainda governada por Macri) teriam ajudado no repasse do dinheiro mas não fornece detalhes.

Camacho comandou as ações mais violentas contra a população civil antes do golpe. Durante meses, sob supervisão da CIA, ele teria recrutado, organizado e treinado os membros da organização neofascista Unión Juvenil Crucenista, que teve atuação agressiva nos conflitos.

Ele teria participado de várias reuniões com George Eli Birnbaum, agente americano que chegou antes de outros 38 americanos que entraram no país disfarçados, em setembro, um mês antes das eleições de outubro, fazendo-se passar por turistas, empresários e dirigentes de ONGs. Com eles foram planejadas as ações para incitar protestos contra supostas fraudes no processo eleitoral em que Evo disputava a quarta reeleição. Estes 38 agentes integram as Tropas Operacionais Especiais do Comando Sul dos EUA. Três destes 38 agentes incógnitos, segundo o site, foram Cason Benham, Luis Manuel Ribero Ibatta e Diego Santos Sardone, que se fizeram passar por advogados.

A estação da CIA na Bolívia valeu-se também, segundo o site, da colaboração de José Sánchez, chefe da AFI, a Agência Federal de Inteligência argentina, no levantamento de dados sobre membros do governo Evo e também sobre todos os funcionários cubanos, venezuelanos e nicaraguenses residentes na Bolívia, incluindo os diplomatas, buscando associá-los ao narcotráfico e à corrupção.

Outro argentino, Gerardo Morales, governador da província de Jujuy, no norte do país, teria tido participação importante na triangulação do dinheiro injetado no golpe pela embaixada norte-americana. Em setembro de 2019, um mês antes do pleito, a filha de Donald Trump, Ivanka, fez uma visita relâmpago à província, onde se reuniu com Fernando Camacho e com o governador Morales.

As revelações de Behind Back Doors soam rocambolescas, e alguns fatos parecem incríveis, como esta visita de Ivanka a um cafundó da Argentina. Mas os golpes são assim mesmo: inverossímeis mas acontecem.

Para nós que vivemos num país em trepidação constante, onde se louva a ditadura e se fala em volta do AI-5, é bom aprender um pouco sobre eles acontecem.

 

 

*Tereza Cruvinel – Brasil 247