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Confiança dos investidores da zona do euro cai pelo terceiro mês seguido

A confiança dos investidores caiu ainda mais na Alemanha, a maior economia da Europa.

A confiança dos investidores na zona do euro caiu pelo terceiro mês consecutivo em setembro, segundo uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (9), atingindo seu nível mais baixo desde janeiro em meio à insatisfação com a situação da economia, especialmente na Alemanha.

O índice Sentix para a zona do euro caiu para -15,4 pontos em agosto, de -13,9 em agosto. Analistas consultados pela Reuters esperavam que ele se recuperasse para -12,5 pontos este mês.

A pesquisa realizada entre 5 e 9 de setembro com 1.142 investidores, questionando tanto a satisfação com a situação atual quanto as expectativas futuras, mostrou que o índice de expectativas da zona do euro se recuperou ligeiramente para -8,0 pontos, de -8,8 em agosto.

A leitura para a situação atual da região, por sua vez, caiu para -22,5, de -19,0 em agosto.

“O caos político e econômico na Alemanha é um fardo pesado para toda a zona do euro”, disse o Sentix em um comunicado.

“A única esperança para os investidores nesse contexto é a perspectiva de uma política monetária que dê suporte”, acrescentou.

A confiança dos investidores caiu ainda mais na Alemanha, a maior economia da Europa, para -34,7 em setembro, de -31,1 em agosto. O índice sobre a situação atual na Alemanha recuou a -48,0 em setembro, de -42,8 em agosto.

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Economia

Brasil cai da 3ª para a 10ª posição em ranking de preferência de investidores

Um dos maiores fundos de investimento do mundo, a companhia BlackRock anunciou, na semana passada, que não investirá mais no país enquanto perdurar o governo de Jair Bolsonaro (PL).

O Brasil despencou na preferência de empresas de investimentos. Em 2013, o país era o terceiro na lista dos mais interessantes para os executivos. Agora, ocupa a 10ª posição na mesma lista, sendo considerado estratégico na opinião de apenas 5% dos entrevistados da pesquisa da consultoria PwC, que realiza estudos anualmente com CEOs globais. Na semana passada, a companhia BlackRock — um dos maiores fundos de investimento do mundo — anunciou que não mais investirá no país enquanto perdurar o governo de Jair Bolsonaro, informa o Correio Braziliense.

Em 2021, o Brasil ocupava o oitavo lugar no ranking promovido pela PwC, mas foi superado pelo Canadá e pela Austrália. Em primeiro lugar no levantamento estão os Estados Unidos (41%), seguidos por China (27%) e Alemanha (18%). Os motivos para a falta de aplicação no país estão relacionados à baixíssima expectativa de crescimento econômico, ao cenário político local e à questão ambiental — apenas 27% das empresas do Brasil adotaram a meta de emissão de carbono zero. Sendo assim, o país perdeu relevância no mercado, conforme avalia o presidente da consultoria, Marco Castro.

Na visão de 69% dos participantes do estudo, a instabilidade macroeconômica é a principal preocupação quando se fala de investir no Brasil, além de riscos cibernéticos (50%). As altas taxas de desemprego e o temor de uma instabilidade ainda maior com a aproximação das eleições também afetam o desempenho do país.

A análise faz sentido, visto que opiniões coletadas pelo Boletim Focus do Banco Central, por exemplo, revelam um quadro de crescimento para 2022 de cerca de 0,29% — número que vem caindo desde os primeiros dias do ano.

A situação também tem levado empresas estrangeiras a optarem por deixar o país. É o caso da montadora Ford, das operações da Mercedes-Benz na cidade de Iracemápolis (SP) e da produção de TVs, áudio e câmeras da Sony.

Apesar de uma cena geral negativa, há um setor que segue otimista: o de private equity. A postura tem a ver com o grande número de fusões e aquisições no ano passado, que movimentaram mais de US$ 5,6 trilhões. No que diz respeito ao Brasil, o aumento nesse tipo de operação foi de 52%.

Vale lembrar, no entanto, que dados do FMI e de outras grandes consultorias e instituições financeiras apontam que o Brasil deve ter o pior desempenho entre os 12 países emergentes, prevendo um crescimento de 1,5% no PIB, contra 5,1% para os outros 11.

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Política

Em carta, empresários e investidores defendem Boulos e dizem que Covas é um gestor ‘sem brilho’

Manifesto tem apoio de 50 empresários e destaca plano econômico de Boulos.

Após uma série de lives entre empresários e o candidato a prefeito Guilherme Boulos (PSOL) no primeiro turno das eleições, um grupo de 50 executivos lançou nesta quinta-feira (26) um manifesto a favor de sua candidatura.

Seguindo a temática de encontros feitos longe dos holofotes, noticiados pela Folha na terça-feira (24), a carta atrela a imagem da chapa Boulos e Erundina ao desenvolvimento econômico ligado à proteção social e orientado por princípios ambientais, sociais e de governança.

A carta critica o oponente Bruno Covas (PSDB) ao afirmar que, “herdeiro do capital político do avô”, a prefeitura “caiu em seu colo”, por ter herdado o posto do atual governador, João Doria. Em contraste, destaca Boulos como um empreendedor social que liderou por 20 anos um movimento social nacional, que garantiu moradia a 20 mil pessoas.

“Apesar de ser educado e democrata, não tem o conhecimento e a liderança de Boulos e não conseguiu fazer uma gestão que deixasse um legado para a cidade. Foi um gestor sem brilho, ordinário”, diz o texto.

O manifesto, com apoio de alguns representantes do setor financeiro, se ocupa em rebater críticas recorrentes ao programa econômico do psolista, que enfatiza a economia solidária, por exemplo.

O texto afirma que seu plano será ligado à sustentabilidade, inclusão e digitalização, mas sem escapar de propostas mais tradicionais comumente atribuídas à direita, como PPPs (parcerias público-privadas).

Desde agosto, Boulos se reuniu com executivos do mercado financeiro e de setores como shoppings, aviação, tecnologia, data centers, autopeças, celulose e agronegócio.

Nos encontros virtuais, de cerca de uma hora e meia, em que era praticamente sabatinado, ouviu e opinou sobre a situação fiscal da cidade, “green bonds” (títulos verdes) e aumento de impostos.

“Guilherme Boulos é uma aposta inovadora, mas não excessivamente arriscada. Ele será acompanhado de Luíza Erundina, uma ex-prefeita que governou Sao Paulo com responsabilidade fiscal e inovação. Além disso, Boulos e um bem-sucedido empreendedor social e político”, diz o documento.

Todos os 50 nomes não foram divulgados, mas subscreveram a carta empresários ligados ao sistema B, um movimento econômico global que, dentre outras ações, promove o bem-estar das pessoas como elemento ao desenvolvimento.

Assinaram nomes como Marcel Fukayama, diretor-executivo do Sistema B no país, João Paulo Pacífico, do Grupo Gaia, Nina Silva, presidente do Movimento Black Money, Flávia Aranha, estilista, e Eduardo Moreira, ex-banqueiro de investimentos.

Um outro encontro, desta vez sem o postulante, está marcado para esta quinta-feira (26) à noite.

“Somos um grupo de colegas e amigos do mercado financeiro que decidiram ir de Boulos no segundo turno. Se você ainda está em dúvida, gostaríamos de compartilhar o porquê da nossa decisão, num bate-papo com perguntas e respostas, e participantes de diversas áreas e formações culturais”, diz convite que circula a convidados.

Veja o manifesto na íntegra:

Boulos e a necessidade de inovação na gestão de São Paulo

Somos um grupo de 50 empresários e executivos do setor produtivo e financeiro que apoiamos a candidatura de Guilherme Boulos e Luiza Erundina à prefeitura de São Paulo.

Num mundo pós-pandemia, em que o debate gira em torno da necessidade de ampliação da rede de proteção social e de se orientar ações por princípios ambientais, sociais e de governança, alguns setores da sociedade ainda insistem em defender fórmulas anacrônicas e ineficientes. A cidade mais rica da América Latina somente realizara seu potencial se conseguir resolver seus graves problemas.

Alguns que se opõem à candidatura de Guilherme Boulos, concentraram suas críticas no seu programa econômico. Nós, que trabalhamos em diferentes setores do mercado, entendemos que muitas dessas críticas são superficiais. Sua proposta se baseia numa inversão de prioridades na alocação dos recursos públicos, colocando a periferia no centro do debate. A viabilidade econômica se dará com o enfrentamento à corrupção, à revisão dos contratos com estabelecimentos de incentivos corretos e à cobrança mais efetiva da dívida ativa. Além de ter enfraquecido a Controladoria Geral do município, o PSDB tem um baixo índice de recuperação da dívida ativa. Boulos propõe investimentos em digitalização e contratação de procuradores para enfrentar a morosidade do sistema de cobrança. Não será simples, mas é possível.

No entanto, acreditamos que o debate sobre a importância da candidatura de Guilherme Boulos deve ir além de questões de contabilidade, uma vez que o conceito de sustentabilidade deve incluir fatores econômicos, sociais, ambientais e de governança. Nosso mundo mudou profundamente nos últimos oito meses. Alguns dos dogmas mais rigorosos do sistema econômico estão sendo questionados. É o momento ideal para se fazer uma transição inovadora na prefeitura da capital econômica e financeira da América Latina. Arriscado seria insistir em experiencias que não solucionaram problemas gravíssimos de exclusão social, degradação e violência urbanas.

Outros atacam a inexperiência do candidato. Guilherme Boulos é uma aposta inovadora, mas não excessivamente arriscada. Ele será acompanhado de Luíza Erundina, uma ex-prefeita que governou Sao Paulo com responsabilidade fiscal e inovação. Além disso, Boulos e um bem-sucedido empreendedor social e político. Fundou e lidera um movimento social que, em duas décadas, apesar da restrição orçamentária, garantiu moradia para mais de vinte mil pessoas e atua em catorze estados. Enfrentou caciques partidários para impor a sua candidatura e, conseguiu, finalmente, unir a forças progressista do país numa frente ampla pela democracia.

A crise econômica gerada pela pandemia poderá acarretar uma crise social de repercussões imprevisíveis. Sabemos que os custos financeiros, sociais e políticos da ausência do poder público nas regiões mais pobres pode aumentar a violência urbana. Eleger um prefeito que conheça profundamente os problemas da periferia será chave para evitar o aprofundamento da desigualdade social.

Covas, o herdeiro do capital político do avô, não teve que empreender como Boulos para se tornar prefeito. A prefeitura caiu em seu colo. E, apesar de ser educado e democrata, não tem o conhecimento e a liderança de Boulos e não conseguiu fazer uma gestão que deixasse um legado para a cidade. Foi um gestor sem brilho, ordinário.

Além da renovação política, o voto em Boulos será o voto pelo contrato social que São Paulo, apesar de sua riqueza, não fez sob a gestão de Doria/ Covas. Ele é um líder progressista que fala para os negros, as mulheres, os jovens e os menos favorecidos, que precisam ser inseridos no mercado de trabalho nos próximos anos.

Boulos propõe fazer políticas para que Sao Paulo seja uma cidade policêntrica, inovadora e solidária. Tem ideias arrojadas e diferentes para problemas gigantes. Ele descola de um certo anacronismo da esquerda em temas como trabalho, empreendedorismo e parcerias com setor privado. Covas conseguiria convencer quem prefere a continuidade de uma gestão excludente e sem inovação. Mais do mesmo.

São Paulo não será a primeira capital financeira a ser governada pela esquerda. Londres, sob o comando do seu Prefeito Sadiq Kahn, se tornou a capital do cosmopolitismo na era Brexit. Uma gestão Boulos voltaria a fazer de São Paulo uma cidade voltada para o futuro, empreendedora e inovadora. Será um prefeito de vanguarda para enfrentar os desafios de um mundo pós-pandemia.

Voto #Boulos50, me pergunte porque.

Em nome do grupo, subscrevem:

Flávia Aranha, estilista e empresária B
Marcel Fukayama, empresário B
Fabio Gordilho, empresário B
Marco Gorini, empresário B
Eliana Lopes, empresária
Eduardo Moreira, ex-banqueiro de investimentos
José Paulo Moutinho Filho, advogado corporativo
João Paulo Pacífico, empresário B
Luis Rheingatntz, empresário do agronegócio
Greta Gogiel Salvi, empresária B
Nina Silva, empresária, CEO do Movimento Black Money

 

*Com informações do Uol

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