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Irã abandona negociações da COP28 em protesto contra Israel

Chanceler iraniano já havia alertado que presença de representantes israelenses deveria ser ‘seriamente considerada’ diante dos ‘crimes de guerra cometidos pelos sionistas’ em Gaza.

A delegação do Irã abandonou as negociações da COP28, em Dubai, nesta sexta-feira (01/12) em protesto contra a presença da delegação israelense nas conversações.

O ministro da Energia do Irã, Ali Akbar Mehrabian, mencionou que a presença de representantes de Israel é “contrária aos objetivos e diretrizes” da conferência.

O chefe da delegação de Teerã ainda comentou que o país quer aproveitar a COP28 para lançar luz sobre a situação na Faixa de Gaza, que já soma mais de 16 mil vítimas devido aos ataques israelenses.

Hossein Amirabdollahian, ministro das Relações Exteriores do Irã, já havia dito ao seu homólogo dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed Al Nahyan, que era contra a presença da delegação de Israel.

Na conversa, Amirabdollahian disse que “a presença de funcionários do regime de ocupação israelense nesta conferência, no que diz respeito ao recente genocídio e aos crimes de guerra cometidos pelos sionistas, é digna de séria consideração”.

O chanceler iraniano também cobrou que os países islâmicos continuem com os esforços para que os “crimes de guerra do regime sionista” sejam cessados, além de garantir o envio de mais ajuda humanitária para Gaza.

Amirabdollahian ainda instou que o Conselho de Segurança das Nações Unidas, incapaz até o momento de gerar uma solução para o conflito “emita uma resolução eficaz, a fim de cumprir os seus deveres para com o povo palestino”.

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Irã pede a países muçulmanos que cortem relações com Israel

Presidente iraniano Ebrahim Raisi afirmou que situação em Gaza deve ser tratada como a principal preocupação da comunidade muçulmana na atualidade.

O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, fez um apelo aos países muçulmanos a cortarem relações econômicas e diplomáticas com Israel, como forma de pressionar o governo de Benjamin Netanyahu a interromper a ofensiva militar contra o território palestino da Faixa de Gaza.

A declaração foi feita nesta sexta-feira (10/11), durante a cúpula da Organização de Cooperação Econômica (OCE), que acontece em Tashkent, capital do Uzbequistão.

Em seu discurso, Raisi defendeu o afastamento de Israel, argumentando que esta seria “uma medida de dissuasão eficaz, visando colocar um fim a essa ofensiva criminosa contra o povo palestiniano”.

O mandatário iraniano também alertou para a possibilidade de que o conflito possa ser expandido e afetar outros países da região.

Segundo Raisi, a proposta de afastamento de Tel Aviv quando a o risco de o conflito em Gaza se difundir pela região devem ser os temas prioritários da reunião de emergência da Organização de Cooperação Islâmica (OCI), que acontecerá neste sábado (11/11), na Arábia Saudita.

Vale lembrar que o governo do Irã também foi o primeiro a defender a imposição de sanções econômicas a Israel. A primeira declaração nesse sentido foi feita pelo chanceler iraniano, Hossein Amirabdollahian, no dia seguinte ao bombardeio do hospital Al-Ahli, que matou mais 500 pessoas.

“Depois do terrível crime do regime sionista, com o massacre de mulheres e crianças inocentes no hospital Al-Ahli, chegou a hora da comunidade global agir contra este falso regime e sua máquina de matar”, comentou Amirabdollahian naquela ocasião.

*Opera Mundi

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Erro ‘catastrófico’ para os EUA deixarem Israel entrar em guerra com o Hezbollah e o Irã

O governo israelita espera poder forçar Washington a ajudá-lo a travar uma guerra em múltiplas frentes com o Hezbollah e o Irão, enquanto as FDI estão “nas profundezas de Gaza”, mas isso é uma missão tola, uma vez que os problemas de Israel são da sua própria criação e não os problemas do povo americano, disse um ex-oficial da CIA à Sputnik.

Num artigo para Al-Mayadeen no início desta semana, o ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Scott Ritter, argumentou que o primeiro-ministro israelense, Benjamin

Natanyahu, está tentando escalar a situação no Líbano, a fim de atrair os EUA para uma guerra em múltiplas frentes contra o Hezbollah e, ​​em última análise, Irã. No entanto, Ritter também argumentou que tal manobra não teria sucesso, porque o Hezbollah não será incitado a um conflito que o coloque em desvantagem no cenário global.

Ritter disse que se o Hezbollah tomar a iniciativa e lançar um ataque em grande escala contra Israel, “as pessoas deixarão de falar sobre a Palestina. As pessoas deixarão de falar sobre a agressão de Israel e agora concentrar-se-ão numa nova frente que provavelmente incluirá o Irão”.

“É novamente por isso que [o líder do Hezbollah] Hassan Nasrallah fala de perseverança . Perseverança significa que você tem que lutar em tempos difíceis para garantir que não será distraído da visão estratégica”, disse Ritter, acrescentando que “o Hamas está vencendo esta luta”. .Israel não pode prevalecer. Israel não pode derrotar o Hamas no terreno. Israel perdeu a batalha da propaganda a nível mundial; eles perderam nos Estados Unidos.”

John Kiriakou, ex-oficial da CIA e denunciante do programa de tortura dos EUA , disse na terça-feira ao programa “The Critical Hour” da Rádio Sputnik que Ritter e Nasrallah estão certos: os EUA não podem vencer uma guerra contra o Hezbollah e não deveriam se envolver em tal luta.

*Sputnik

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Irã realiza exercícios massivos com mísseis e drones e alerta que o exército ‘está com o dedo no gatilho’ enquanto as tensões aumentam

A última escalada da crise palestiniana-israelense para outra guerra de tiros deu origem a receios de que o arqui-inimigo israelita, o Irão, possa ser arrastado para o conflito. Mas embora Teerão tenha manifestado vontade de apoiar “qualquer solução política” para parar o derramamento de sangue, algumas autoridades israelitas e norte-americanas apresentaram planos para atingir a República Islâmica.

A Força Terrestre do Exército Iraniano “está com o dedo no gatilho” e está pronta para responder a “qualquer ameaça, em qualquer ponto, em qualquer escala e no menor tempo possível”, anunciou o Comandante da Força Terrestre Kioumars Heydari.

Falando aos repórteres no sábado, no segundo e último dia dos exercícios instantâneos Eqtedar 1402 (lit. ‘Power 2023’), Heydari disse que os exercícios eram “um exercício de treinamento para responder a ameaças inesperadas” e pretendiam transmitir “uma mensagem de paz e amizade, especialmente para os países vizinhos, e projectar o poder da República Islâmica do Irão junto dos seus inimigos.”

Os exercícios de sexta e sábado, realizados na província de Isfahan, no centro do Irã, contaram com a participação de todas as unidades do comando da Força Terrestre do Exército e envolveram manobras de tanques em grande escala e o uso de uma série de equipamentos e armamentos novos e atualizados, incluindo o Shafaq , Almas e Dehlaviyeh mísseis terra-solo e ar-solo. Os mísseis foram disparados contra alvos entre 8 e 20 km de distância.

Os exercícios também incluíram missões noturnas durante a noite de sexta a sábado, envolvendo helicópteros equipados com visão noturna, interferência de radar e mísseis de longo alcance.

Nesta foto divulgada quarta-feira, 20 de janeiro de 2021, pelo Exército Iraniano, tropas participam de um exercício militar.  Os militares do Irã iniciaram um exercício de forças terrestres na terça-feira ao longo da costa do Golfo de Omã, informou a TV estatal, o mais recente de uma série de exercícios instantâneos que o país está realizando em meio à escalada de tensões sobre seu programa nuclear e à campanha de pressão de Washington contra Teerã.  - Sputnik Internacional, 1920, 27/10/2023

Nesta foto divulgada quarta-feira, 20 de janeiro de 2021, pelo Exército Iraniano, tropas participam de um exercício militar. Os militares do Irã iniciaram um exercício de forças terrestres na terça-feira ao longo da costa do Golfo de Omã, informou a TV estatal, o mais recente de uma série de exercícios instantâneos que o país está realizando em meio à escalada de tensões sobre seu programa nuclear e à campanha de pressão de Washington contra Teerã.

https://twitter.com/i/status/1717857120580722937

O Irão demonstrou repetidamente a sua capacidade e prontidão para defender a sua soberania e interesses, mesmo nas probabilidades de David versus Golias, derrubando um drone espião americano de 220 milhões de dólares que se intrometia no seu espaço aéreo em 2019, e fazendo chover mísseis balísticos contra bases dos EUA no Iraque no início de 2020, após o assassinato não provocado pelos EUA do comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária Islâmica em Bagdá.

Uma vista aérea mostra edifícios destruídos em al-Zahra, ao sul da cidade de Gaza, em 20 de outubro de 2023, após o bombardeio israelense durante a noite, em meio às batalhas em curso entre as FDI e o grupo palestino Hamas.  - Sputnik Internacional, 1920, 27/10/2023

Uma vista aérea mostra edifícios destruídos em al-Zahra, ao sul da cidade de Gaza, em 20 de outubro de 2023, após o bombardeio israelense durante a noite.

*Sputnik Brasil

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Irã faz ameaça contra EUA por apoio a Israel, que rejeita cessar-fogo

O governo do Irã lançou o que está sendo interpretado no meio diplomático como a ameaça mais direta contra os EUA. Num discurso nesta quinta-feira na Assembleia Geral da ONU, o chanceler iraniano, Hossein Amir Abdollahian, alertou que se os americanos não deixarem de financiar e armar “o genocídio em Gaza, eles não serão poupados desse fogo”.

O alerta foi feito no momento que Israel amplia a ofensiva em Gaza e enquanto a ONU se reúne para votar uma resolução que pede um cessar-fogo na região. Israel já deixou claro que rejeita o texto.

“Estamos dizendo aos EUA que, se a operação de genocídio continuar, não iremos apenas assistir”, disse Abdollahian. “Se o genocídio em Gaza continuar, os EUA não serão poupados de fogo”, alertou, indicando para os riscos de que a guerra se espalhe pela região.

O iraniano fez um apelo para que a Casa Branca pressione Israel a interromper os ataques e que pare de dar dinheiro e armas para o governo de Benjamin Netanyahu. Ele criticou o fato de que as mais de 7 mil mortes de palestinos estão ocorrendo sem que europeus e americanos tomem uma atitude.

Segundo o chanceler, o Hamas não deve ser considerado como um grupo terrorista e aponta que o massacre contra israelenses em 7 de outubro foi “a explosão de um vulcão” diante da ocupação das terras palestinas. Líderes de todo o mundo condenaram os atos terroristas do Hamas, inclusive o Brasil. Já o regime iraniano, acusado de violações e repressão, vem mantendo o apoio ao grupo.

O chefe da diplomacia do Irã ainda fez uma proposta ao discursar na ONU. Segundo ele, o Hamas está disposto a liberar os civis israelenses que foram sequestrados se 6 mil combatentes do grupo e que estão em prisões israelenses forem liberados. O governo iraniano, segundo ele, receberia esses civis e faria a troca, numa operação na qual também participaria o Catar.

O ministro ainda rejeitou qualquer processo de normalização de Israel na região.

Instantes antes de o governo do Irã tomar a palavra, Israel já havia rejeitado a resolução proposta na ONU que pede um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Enquanto isso, o embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, acusou o governo de Israel de estar fazendo 2 milhões de pessoas reféns.

*Jamil Chade/Uol

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Irã alerta Israel e EUA que situação pode ficar ‘incontrolável’

O ministro iraniano das Relações Exteriores, Hosein Amir Abdolahian, advertiu neste domingo (22) os governos dos Estados Unidos e de Israel que a situação pode ficar “incontrolável” no Oriente Médio se os dois países “não acabarem imediatamente com os crimes contra a humanidade e o genocídio em Gaza”.

“Hoje a região é como um barril de pólvora (…) Gostaria de alertar os Estados Unidos e o regime fantoche israelense que se não acabarem imediatamente com os crimes contra a humanidade e o genocídio em Gaza, tudo é possível a qualquer momento e a região ficaria incontrolável”, afirmou o chanceler iraniano em uma entrevista coletiva conjunta com a homóloga sul-africana Naledi Pandor, segundo a Exame.

A comunidade internacional teme um agravamento e a propagação da guerra iniciada em 7 de outubro entre o grupo islamista palestino Hamas e Israel, com o aumento dos confrontos entre o grupo libanês Hezbollah e o Exército de Israel, na fronteira com o Líbano.

O governo dos Estados Unidos reforçou sua presença na região, com a mobilização de um segundo porta-aviões para “dissuadir ações hostis contra Israel ou qualquer esforço direcionado a ampliar a guerra após os ataques do Hamas”.

O ministro iraniano advertiu que “qualquer erro de cálculo durante o conflito, o genocídio, o massacre e a migração forçada dos habitantes de Gaza e Cisjordânia podem ter graves consequências para a região e para os interesses dos países agressores”.

Pandor fez um apelo à comunidade internacional para que “preste mais atenção” à difícil situação dos palestinos no âmbito do que chamou de “vergonhosa” ofensiva contra Gaza.

O conflito começou após uma operação sem precedentes de combatentes do Hamas que invadiram o território israelense e mataram mais de 1.400 pessoas, a maioria civis.

Os bombardeios de represália de Israel mataram mais de 4.600 pessoas, a maioria civis, segundo autoridades de Saúde do movimento islamista Hamas, que governa Gaza desde 2007.

Pouco depois do ataque, o Irã celebrou a ofensiva, mas insiste que não se envolveu na ação, na qual mais de 200 pessoas foram sequestradas.

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Após bombardeio em hospital, ministro do Irã pede ‘embargo completo’ e expulsão de embaixadores de Israel: ‘O tempo acabou’

Hossein Amir Abdollahian apela por formação de equipe de advogados islâmicos para analisar possíveis crimes de guerra cometidos em Gaza.

O ministro das Relações Exteriores do Irã disse que “o tempo acabou” para Israel após o bombardeio em um hospital de Gaza deixar centenas de mortos, nesta terça-feira. Em uma postagem na rede social X (antigo Twitter), Hossein Amir Abdollahian culpou as forças de Tel Aviv pelo “massacre de mulheres e crianças inocentes” na unidade de saúde al-Ahli.

O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, culpou Israel pelo ataque ao hospital e afirmou que ao menos 500 pessoas morreram durante o bombardeio — números apresentados por outras autoridades palestinas citam até 870 vítimas. Já as Forças Armadas israelenses culparam outro grupo armado palestino, a Jihad Islâmica, pelo bombardeio, chegando a publicar um vídeo institucional demonstrando o porquê de o ataque ter sido conduzido pelo grupo. A peça foi posteriormente apaga. A Jihad Islâmica nega envolvimento, segundo O Globo.

“Chegou a hora da unidade global da humanidade contra este falso regime mais odiado que o Isis [Estado Islâmico, na sigla em inglês] e a sua máquina de matar”, afirmou o ministro iraniano.

Nesta quarta-feira, Amirabdollahian afirmou que os membros da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) deveriam impor um embargo ao petróleo e expulsar todos os embaixadores israelenses. Uma reunião urgente do grupo foi convocada na cidade de Jeddah para discutir a escalada do conflito, deflagrado a partir do ataque terrorista do Hamas contra Israel em 7 de outubro.

“O ministro das Relações Exteriores [do Irã] pede um embargo imediato e completo a Israel por parte dos países islâmicos, incluindo sanções ao petróleo, além de expulsar os embaixadores israelenses se as relações com o regime sionista tiverem sido estabelecidas”, afirmou o ministério, em comunicado.

Abdollahian também pressiona pela formação de uma equipe de advogados islâmicos para documentar e analisar possíveis crimes de guerra cometidos por Israel em Gaza.

Na segunda-feira, ao voltar de viagem para se reunir com líderes do Hamas, do Hezbollah e da Síria, Abdollahian havia alertado que múltiplas frentes seriam abertas contra Israel se os ataques do país continuassem a matar civis.

A versão de Israel não convence países árabes, como destaca o colunista do GLOBO Guga Chacra. Como consequência imediata do ataque no hospital, foram cancelados o encontro de líderes árabes com o presidente americano, Joe Biden, na Jordânia, e a reunião do Conselho de Segurança da ONU que iria votar uma resolução patrocinada pelo Brasil sobre o conflito e a ajuda humanitária a Gaza. Biden desembarcou nesta quarta em Tel Aviv para demonstrar apoio ao aliado israelense e endossou a narrativa israelense sobre o bombardeio no al-Ahli.

— Fiquei profundamente triste e indignado com a explosão ontem no hospital em Gaza. E com base no que vi, parece que foi feito pelo outro time, não por vocês — disse Biden, em um pronunciamento a jornalistas no hotel Kempinski, ao lado de Netanyahu.

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Lula conversa com presidentes do Irã e Turquia sobre situação em Gaza

Presidente Lula falou por telefone com líderes do Oriente Médio sobre a guerra entre Israel e o Hamas. Governo tenta tirar cidadãos de Gaza.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone, nesta terça-feira (17/10), com os presidentes do Irã, Ebrahim Raisi, e da Turquia, Recep Erdogan, sobre a tragédia humanitária causada na Faixa de Gaza pela guerra entre Israel e Hamas, no Oriente Médio, segundo o Metrópoles.

cessar fogo na região, e da criação de um corredor humanitário, tanto para permitir a retirada de cidadãos estrangeiros, bem como permitir a entrada de ajuda humanitária à população no epicentro do conflito.

Os telefonemas foram acompanhados pelo chanceler Mauro Vieira, que esteve presencialmente no Palácio da Alvorada pela manhã. O chefe do Executivo federal está trabalhando da residência oficial desde as cirurgias que fez no quadril e nas pálpebras, em 29 de setembro.

Segundo o Planalto, Lula também pediu ajuda internacional para a liberação de cerca de 30 cidadãos brasileiros que aguardam na saída de Gaza. O presidente turco se dispôs a contribuir com os trâmites para abertura de Rafah, na fronteira com o Egito.

Lula pede por brasileiros presos em Gaza
Após quase 11 dias de conflito entre Israel e o grupo fundamentalista Hamas, o governo federal tenta, por vias diplomáticas, meios para retirar em segurança cerca de 30 brasileiros e parentes palestinos presos no epicentro do embate, a Faixa de Gaza.

As tratativas são para resgatar 22 brasileiros, sete palestinos portadores de Registro Nacional de Imigração (estrangeiros com visto temporário ou com visto de autorização de residência) e mais três parentes próximos de origem palestina, que permanecem alojados em residências na região de Khan Yunis, ao sul de Gaza.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o chanceler Mauro Vieira estão em negociações com representantes do governo do Egito, de Israel e da Autoridade Palestina na tentativa de garantir um cessar-fogo para que um ônibus com brasileiros deixe o território palestino rumo a solo egípcio, onde o grupo será aguardado por um avião presidencial.

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Líder do Irã pede reação contra Israel; Biden vai à zona de guerra

Aiatolá Khamenei volta a sugerir ataques de seus aliados em meio a escalada no sul do Líbano.

A esgrima retórica entre os Estados Unidos e o Irã acerca da guerra entre Israel e o Hamas, que gera temores de uma escalada regional com dimensões militares do conflito, ganhou novos capítulos nesta terça (17), diz a Folha.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que Israel está cometendo “um genocídio” de palestinos na Faixa de Gaza e voltou a insinuar que seus aliados, como o Hamas, que provocou a atual guerra com seu ataque terrorista do dia 7 passado, deverão agir contra Tel Aviv.

“Ninguém pode confrontar os muçulmanos e as forças de resistência se os crimes contra os palestinos do regime sionista continuarem”, afirmou a estudantes em Teerã. “O bombardeio de Gaza deve parar imediatamente. Nós devemos responder, devemos reagir ao que está acontecendo.”

A retaliação de Israel ao ataque já matou 2.800 palestinos. Khamenei, cujo país não reconhece o Estado judeu desde que a teocracia foi implantada em 1979, naturalmente não fez menção ao ataque do Hamas, que deixou 1.300 mortos. O país nega ter participado da ação.

Na véspera, o presidente Ebrahim Raisi havia falado em uma ação iminente do que chama de forças de resistência, algo repetido nesta terça pelo chefe-adjunto da temida Guarda Revolucionária, mas até aqui não houve nada além da troca de fogo na fronteira do Líbano com o Hizbullah –outro grupo bancado por Teerã.

Por lá, a situação permanece tensa. As IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla inglesa) mataram quatro militantes do Hizbullah que invadiram seu território nesta terça.

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Irã lança alerta de ameaça regional e Egito propõe cúpula

O governo do Egito propõe a realização de uma cúpula para tentar dar uma resposta à crise entre palestinos e israelenses, enquanto a diplomacia internacional se mobiliza para tentar impedir que a nova etapa do conflito se transforme em uma guerra regional. Os esforços ocorrem num momento em que o governo iraniano faz um alerta de que não há como garantir que uma invasão de Gaza não resulte num confronto regional.

Neste domingo, o Egito enviou convites a governos estrangeiros e principalmente para países do Oriente Médio.

De acordo com as autoridades do Cairo, há uma tentativa de que haja uma coordenação para que a ajuda humanitária também possa chegar aos palestinos. O governo egípcio, porém, mantém sua postura de que os palestinos não devem ser deslocados da Faixa de Gaza e de que precisam ser mantidos na região.

O argumento oficial é de que o êxodo esvaziaria ainda mais a causa palestina, ainda que diplomatas garantam que a medida tem como objetivo evitar a criação de um gueto palestino em seu território, que faz fronteira com Gaza.

Não há, por enquanto, qualquer indicação de quando essa reunião poderia ocorrer.

Num comunicado, o governo apenas afirmou que está “pronto para fazer qualquer esforço para acalmar a situação atual que envolve os combates entre Israel e o Hamas”. Mas também deixou claro que sua segurança nacional não seria rifada.

O anúncio ocorre no momento em que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, desembarca no Cairo para consultas. Nos últimos dias, ele esteve em cinco países árabes, na esperança de costurar uma posição conjunta de condenação ao Hamas. Nesta segunda-feira, ele está sendo esperado em Tel Aviv.

Irã lança alerta
Apesar dos esforços americanos, o governo do Irã fez um alerta de que “ninguém pode garantir” o controle do conflito se houver, de fato, uma invasão terrestre de Gaza por parte de Israel.

A declaração ocorreu num momento ainda que o governo dos EUA enviou um segundo porta-aviões para a região, supostamente para impedir que a crise transborde para outros países.

“Se os ataques do regime sionista (Israel) contra os cidadãos indefesos e o povo de Gaza continuarem, ninguém poderá garantir o controle da situação e a não expansão dos conflitos”, disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian. Ele esteve com o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al-Thani, debatendo a situação.

Um dia antes, ele se reuniu com o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, no Catar. Num comunicado do grupo islâmico, foi anunciado que o encontro serviu para que houvesse um acordo para “continuar a cooperação”.

Ainda segundo o comunicado, oi iraniano elogiou o ato do Hamas o qualificou como uma “vitória histórica” contra Israel.

*Jamil Chade/Uol