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Israel mantém maior operação militar em uma década na Cisjordânia e deixa 17 mortos

Ofensiva, concentrada principalmente em Tulkarm e Jenin, já foi considerada violação do direito internacional pela ONU.

O Exército de Israel continua nesta quinta-feira (29/08) a maior operação militar em uma década deflagrada na Cisjordânia ocupada, iniciativa que arrisca agravar o conflito no Oriente Médio e definida como “violação do direito internacional” pela ONU.

A ofensiva permanece concentrada principalmente na área de Tulkarm, no norte do território palestino, e em Jenin, enquanto as tropas israelenses se retiram do campo de Al Fara, perto de Tubas.

Segundo a agência de notícias palestina Wafa, citando fontes médicas, 17 pessoas foram mortas durante os bombardeios israelenses na área, incluindo oito em Jenin, cinco em Tulkarem e quatro em Tubas, e mais de 30 ficaram feridas.

Em novo boletim, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza disse que pelo menos 40.602 pessoas foram mortas desde o início da guerra em 7 de outubro, incluindo 68 vítimas nas últimas 24 horas. Ao todo, 93.855 pessoas ficaram feridas.

Além dos civis, o comandante do grupo palestino Jihad Islâmica, Osama Gadallah foi morto na última quarta-feira (28/08) em um ataque de drone em Rafah, no sul de Gaza, informaram as Forças de Defesa Israelenses (FDI), como é chamado o exército do país.

Sanções contra colonos
Enquanto Israel vem aumentando o nível de violência contra palestinos na Cisjordânia, o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, reclamou das sanções impostas pelos Estados Unidos aos colonos israelenses no território ocupado.

O país fez um apelo a Israel para que lute contra estes grupos “extremistas acusados de alimentar a violência sobre palestinos no território”.

“A violência dos colonos extremistas na Cisjordânia provoca um intenso sofrimento humano, prejudica a segurança de Israel e compromete as perspectivas de paz e de estabilidade na região”, declarou o porta-voz do Departamento de Estado [norte-]americano, Matthew Miller.

“É essencial que o governo israelense exija que os indivíduos e as entidades responsáveis pela violência contra os civis na Cisjordânia sejam responsabilizados”, acrescentou.

Já um comunicado divulgado pelo gabinete de Netanyahu, também nesta quarta-feira, classificou a medida norte-americana contra os colonos – que são considerados ilegais pelas leis internacionais – como “muito graves”.

A medida afeta, sobretudo, a organização governamental Hashomer Yosh e seus dirigentes acusados de fornecerem apoio material à colônia não autorizada pelo governo israelense de Meitarin, na Cisjordânia, segundo o Departamento de Estado. O grupo Yitzhak Levi Filant, considerado o coordenador de “segurança” da colônia de Yitzhar também foi sancionado.

*BdF

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Irã diz que ataque do Hezbollah mostra Israel perdendo seu poder de dissuasão

Chancelari iraniana afirma que governo de Benjamin Netanyahu não é mais capaz de prever ataques contra o próprio território

O Irã disse nesta segunda-feira (26) que Israel perdeu o seu poder de dissuasão e que o equilíbrio estratégico na região mudou contra o país, após os ataques do grupo armado libanês Hezbollah.

O Hezbollah lançou centenas de foguetes e drones contra Israel na manhã de domingo (25), enquanto os militares israelenses afirmavam ter atacado o Líbano com cerca de 100 jatos para impedir um ataque maior, em um dos maiores confrontos em mais de 10 meses de guerra na fronteira.

“Apesar do apoio abrangente de estados como os Estados Unidos, Israel não poderia prever a hora e o local de uma resposta limitada e gerenciada pela resistência. Israel perdeu seu poder de dissuasão”, escreveu o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanaani, no X.

Kanaani acrescentou que Israel “tem agora de se defender dentro dos seus territórios ocupados” e que “os equilíbrios estratégicos sofreram mudanças fundamentais” em detrimento de Israel.

Qualquer repercussão importante nos combates, que começaram paralelamente à guerra em Gaza, corre o risco de se transformar numa conflagração regional que envolverá o Irã, que apoia o Hezbollah, e os Estados Unidos, o principal aliado de Israel.

O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, disse que a barragem do grupo, uma represália pelo assassinato do comandante sênior Fuad Shukr no mês passado, foi concluída “conforme planejado”.

Com três mortes confirmadas no Líbano e uma em Israel após os debates de domingo, ambos os lados indicaram que estavam felizes em evitar uma nova escalada por enquanto, mas alertaram que poderia haver mais ataques por vir.

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Hezbollah diz que está pronto para usar mísseis balísticos de alta precisão contra Israel

O grupo Hezbollah informou neste domingo (25) que já está preparado para usar seus mísseis balísticos e de alta precisão contra Israel se for necessário. A declaração é do secretário-geral do movimento libanês, Hassan Nasrallah, em um discurso ao vivo na TV Al-Manar.

“O Hezbollah não tem a intenção de usar mísseis balísticos e de alta precisão contra Israel. Mas eles podem ser usados no futuro”, disse Nasrallah.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que as forças israelenses realizaram um ataque preventivo contra alvos do grupo e destruíram milhares de mísseis depois que a inteligência detectou preparativos para um ataque ao território do país.

O Exército de Israel informou que cerca de 100 aviões da força aérea participaram da operação para destruir alvos e armas do Hezbollah.
Já o ataque em massa do movimento foi uma resposta ao recente assassinato do alto comandante do grupo, Fuad Shukr, em um ataque aéreo israelense a um prédio residencial nos subúrbios do sul de Beirute.

Mais de 320 foguetes contra o país

O Hezbollah lançou na madrugada deste domingo mais de 320 foguetes contra o norte de Israel. “Como parte da resposta inicial à agressão nos subúrbios ao sul de Beirute, que levou à morte do comandante Fuad Shukr e de vários de nossos respeitados cidadãos, os combatentes da Resistência Islâmica lançaram um grande ataque aéreo usando UAVs [veículos aéreos não tripulados] nas profundezas da entidade sionista”, diz o comunicado.

Mais cedo, as Forças de Defesa de Israel (FDI) atacaram o sul do Líbano, justificando ter detectado a ofensiva em grande escala planejada pelo Hezbollah.

O Hezbollah informou que completou a primeira fase de ataques retaliatórios contra Israel, atingindo com sucesso 11 alvos militares.

*Sputnik

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Líder supremo do Irã ordena ataque direto a Israel, afirma “The New York Times”

Khamenei prometeu “punição severa”, após atentado em Teerã que matou chefe do Hamas.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, ordenou um ataque direto a Israel em retaliação ao assassinato de Ismail Haniyeh, chefe do grupo terrorista Hamas, durante um bombardeio em Teerã. A informação foi divulgada pelo jornal “The New York Times”. A ordem foi dada após uma reunião de emergência do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã. Khamenei prometeu “punição severa” e criticou a ação como uma violação à integridade territorial iraniana.

O assassinato de Haniyeh, que ocorreu enquanto ele visitava Teerã para a posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, provocou reações intensas. O Hamas confirmou a morte de seu líder, e o governo iraniano anunciou um funeral para quinta-feira (1º), seguido do enterro em Doha, no Catar.

Israel, por sua vez, não assumiu a responsabilidade pelo ataque. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mencionou apenas “golpes esmagadores” contra aliados do Irã, sem especificar o caso de Haniyeh. Netanyahu afirmou que Israel responderá a qualquer agressão, e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, destacou que o país está preparado para todas as possibilidades, apesar de não desejar uma guerra.

Em resposta à ameaça iraniana, Israel está em alerta máximo para possíveis retaliações, enquanto o líder supremo do Irã orientou a Guarda Revolucionária e o Exército iraniano a preparar planos de defesa e ataque.

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Israel bombardeia abrigo da ONU: ‘Ao menos 30 palestinos foram assassinados; está cheio de crianças sob os escombros’, diz Fepal; vídeos

E assim segue Israel, matando todos os palestinos sem qualquer impedimento.

*Viomundo

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Manifestantes marcham contra Netanyahu em várias cidades de Israel

Familiares de reféns pedem retomada imediata de negociações com o Hamas.

Manifestantes contrários ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu marcham em várias cidades de Israel, pedindo a libertação dos reféns sequestrados em 7 de outubro e a realização de eleições gerais.

Muitos manifestantes nas ruas de Tel Aviv, Haifa, Rehovot e outros atacaram Netanyahu, acusando o seu governo de corrupção e criticando a forma como lidou com a guerra contra o Hamas em Gaza após os ataques de 7 de outubro.

Famílias de reféns também estão realizando uma manifestação pedindo uma retomada imediata das negociações com o Hamas para “avançar num acordo que traga todos de volta”.

O número total de pessoas raptadas em Israel e detidas em Gaza é de 125, de acordo com uma contagem baseada em números do Gabinete do Primeiro Ministro israelense (PMO). Destes, 121 foram sequestrados no dia 7 de outubro e outros quatro já estavam detidos antes dos ataques.

O gabinete acredita que pelo menos 37 reféns do ataque de 7 de outubro estão mortos e os seus corpos estão sendo mantidos em Gaza.

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Espanha nega porto a navio que transportava toneladas de armas para Israel

Governo espanhol diz que decisão condiz com política do país tomada desde 7 de outubro de proibir exportações de material bélico a israelenses.

A Espanha recusou nesta quinta-feira (16/05) a permissão para que um navio com destino a Israel, que transportava uma carga de armas, fizesse escala no porto de Cartagena, no sudeste do país. A informação foi anunciada pelo Ministério das Relações Exteriores espanhol.

O navio Marianne Danica teria solicitado autorização para escalar em 21 de maio. Segundo o jornal espanhol El País, a estrutura de bandeira dinamarquesa carregaria quase 26,8 toneladas de material explosivo de Madras, na Índia, para o porto de Haifa, em Israel.

O veículo também detalhou que o remetente da mercadoria é a empresa indiana Siddhartha Logistics, e o destinatário é a empresa Israel Cargo Logistics.

O ministro José Manuel Albares declarou que a decisão tomada por sua pasta é consistente com a política da Espanha de proibir as exportações de todas as armas para Israel desde a intensificação das operações israelenses, em 7 de outubro.

“Detectamos o navio e recusamos a permitir que atraque. Esta será uma política consistente com qualquer navio que transporte armas e carga de armas israelenses e que queira atracar nos portos espanhóis”, acrescentou.

Entre os países europeus, a Espanha tem se destacado por sua postura crítica com relação aos ataques de Israel na Faixa de Gaza e atualmente trabalha na reunião de outras nações do continente na tentativa de estabelecer o reconhecimento do Estado palestino.

De acordo com o Ministério da Saúde palestino, nesta quinta-feira, as operações israelenses já deixam mais de 35.272 mortos no enclave, enquanto quase 80 mil estão feridos.

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Fecha-se o cerco a Israel que segue a massacrar palestinos inocentes

Se o cerco é só de mentirinha, não se sabe.

No caso em questão, coligações lideradas por PT e PL das ações questionam a legalidade da conduta de Moro no período pré-eleitoral. As siglas que movem a ação afirmam que o ex-juiz realizou atos com grande alcance e altos investimentos financeiros, o que teria gerado vantagem ilícita em relação aos outros candidatos.

Moro se filiou, inicialmente, ao Podemos como pré-candidato à Presidência da República. As siglas que movem a ação indicam que o ex-juiz realizou atos com grande alcance e altos investimentos financeiros, o que teria gerado vantagem ilícita em relação aos outros candidatos.

Em 2021, Moro se desfiliou do Podemos, pelo qual era pré-candidato à Presidência. Próximo ao prazo final para troca partidária, em 2022, migrou para o União Brasil a fim de concorrer ao cargo de deputado federal pelo estado de São Paulo. Diante do indeferimento da transferência de domicílio eleitoral, Moro passou a pleitear a vaga de senador pelo estado do Paraná.

No início do mês de abril, o TRE-PR, com placar de 5 a 2, decidiu contra a cassação do senador. Os autores das ações, no entanto, recorreram da decisão e o caso subiu para o TSE. Já na corte superior, o Ministério Público Eleitoral se manifestou contra a cassação.

Sergio Moro foi eleito senador por Santa Catarina com 1,9 milhão de votos, ou 33,5% dos votos válidos, nas Eleições Gerais de 2022.

*Blog do Noblat

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Hamas aceita proposta de cessar-fogo em Gaza enquanto Israel avalia acordo

Documento redigido pelos mediadores Catar e Egito desenha cessar-fogo permanente e fim do bloqueio ao enclave; autoridades israelenses alegam que texto ‘não é o mesmo’ discutido anteriormente.

O grupo palestino Hamas divulgou um comunicado nesta segunda-feira (06/05) afirmando ter aceitado uma proposta de cessar-fogo em Gaza, sugerida pelos mediadores Catar e Egito.

“Ismail Haniya, chefe do aparato político do movimento Hamas, teve uma ligação telefônica com o primeiro-ministro do Catar, xeique Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani, e com o ministro da Inteligência do Egito, senhor Abbas Kamel, e informou-os da aprovação de sua proposta para um acordo de cessar-fogo”, disse o grupo, em comunicado.

Segundo fontes consultadas pelo jornal catari Al Jazeera, a proposta inclui três fases, com destaque para o cessar-fogo permanente entre os militantes do Hamas e o exército de Israel.

O portal destacou que cada fase do acordo deve ter uma duração de 42 dias, com a trégua começando na primeira fase”, juntamente com a retirada israelense do corredor de Netzarim, que Israel usa para dividir o norte e o sul de Gaza”.

O cessar-fogo permanente viria na segunda fase do acordo, com o fim “das operações militares e hostis e a retirada completa das forças israelenses de Gaza”.

“A proposta também inclui uma cláusula que aprova o fim do bloqueio de Gaza na terceira fase”, destacou a Al Jazeera.

Assim, um dos funcionários do Hamas indicou que “a bola agora está no campo de Israel”. No entanto, a resposta de Israel sobre o acordo ainda não foi oficializada, enquanto as autoridades fazem a avaliação. O jornal catari informa que “do lado israelense não há absolutamente nenhuma confirmação”.

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Israel acumula fracassos estratégicos e militares em Gaza, afirma NYT

Jornal novaiorquino enfatiza que além de não libertar reféns nem ‘destruir o Hamas’, como prometido, Tel Aviv gerou discórdia com aliados ao planejar invadir Rafah.

“Israel não alcançou seus principais objetivos na guerra”, nos quais, segundo a nação, consistem na libertação de reféns e na “destruição total do Hamas”. É o que diz uma reportagem publicada pelo jornal The New York Times, em 22 de abril.

Segundo o veículo norte-americano, foram mais de seis meses de um conflito custoso no qual Tel Aviv ficou à mercê de seus aliados próximos, enquanto gerou tensões globais decorrentes do alto número de palestinos massacrados pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), da fome instalada em Gaza e dos assassinatos a funcionários humanitários que auxiliavam as vítimas da guerra na região.

Dados apontados pela matéria indicam que as baixas militares de Israel começaram a aumentar, com cerca de 260 mortos e mais de 1.500 feridos desde que a nação intensificou suas operações no território palestino, em 7 de outubro de 2023.

As autoridades de Tel Aviv afirmam que cerca de 133 israelenses permanecem reféns em Gaza. No entanto, as negociações para garantir um acordo que possibilite o retorno de pelo menos alguns deles em troca do cessar-fogo e da libertação de prisioneiros palestinos, exigido pelo Hamas, seguem num impasse.

Em um contexto em que as forças israelenses relatam um aumento no número de baixas do grupo de resistência palestino, sem nenhum soldado de seu exército sendo morto desde 6 de abril, e as crescentes ameaças do premiê Benjamin Netanyahu para invadir Rafah, considerado o “último abrigo humanitário” dos palestinos, o The New York Times questiona: “quem governará Gaza e fornecerá sua segurança se os combates acabarem?”

Para a pergunta, autoridades norte-americanas e israelenses, membros do Hamas e palestinos no enclave foram ouvidos pela reportagem.

Douglas London, oficial aposentado da CIA que trabalhou 34 anos na agência, responde que “por mais danos que Israel possa ter infligido ao Hamas, o grupo ainda tem capacidade, resiliência, financiamento e uma longa fila de pessoas esperando para se integrar ao grupo”.

Tel Aviv crê que quatro batalhões do Hamas estão baseados na cidade de Rafah, e que milhares de outros combatentes se refugiaram na região, em meio a um milhão de civis palestinos. E para as IDF, esses batalhões devem ser desmantelados por meio de uma incursão terrestre.

A orientação israelense para que os palestinos se “desloquem a áreas mais seguras” entra em contradição, segundo Washington, uma vez que grande parte do enclave já está inabitável em decorrência dos seis meses de ataques.

“É um momento oportuno para Israel fazer a transição para uma nova fase [da guerra], focada em operações de contraterrorismo muito precisas, particularmente dada a situação de 1,2 a 1,3 milhão de palestinos, todos agrupados dentro de Rafah e seus arredores”, disse o tenente-general Mark C. Schwartz, comandante aposentado de Operações Especiais dos Estados Unidos, que coordenou a segurança norte-americana para Israel e para a Autoridade Palestina.

*Opera Mundi