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Papa Jato, a corrupção em escala industrial

Esse trabalho contribuirá imensamente para que o valor do nosso cachê triplique, quiçá quadruplique.

Este é apenas um exemplo do pensamento do empresário de palestras e cursos Deltan Dallagnol, mostrando que, como procurador federal, é um grande homem de negócios. Para um país onde a maioria das instituições foi capturada pelo mercado, a produção e venda de palestras e cursos sobre a eficiência do combate à corrupção, gera prosperidade.

Certa vez, li na Folha que o procurador Dallagnol havia sido contratado por uma associação médica para ministrar palestras, certamente pago por um desses laboratórios que bancam regabofes para a máfia do jaleco branco, e perguntei a mim mesmo, um procurador federal vai palestrar para uma plateia de médicos para que eles avaliem o quê? Que valor tem uma palestra dessa para uma associação de médicos?

Agora entendo o porquê. A organização da empresa de Dallagnol estava preparada para atender a qualquer área do conhecimento humano, contanto que o contratante mostrasse eficiência na hora de oferecer o valor da barganha.

Sim, era uma equação política que o próprio Dallagnol acabou fazendo pelo conhecido ativismo antipetista da classe médica no Brasil. Mas não era exatamente essa a ordem das coisas, mas Dallagnol não economizou elogios ao ativismo dos médicos em prol do combate à corrupção. Imagina isso! E, empenhado em fazer daquela noite um stand up agradável, construiu pontes comparando a Lava Jato a uma intervenção cirúrgica. Sua ficção agradou em cheio ao público presente.

Enfim, Dallagnol não queria causar qualquer atrito conceitual, por isso empenhava-se em formar lógicas desconexas para que o rendimento das palestras alcançasse o maior número possível de interessados. Ou seja, como diz o ditado, Dallagnol usou a Lava Jato para espalhar milho no chão e atrair quem estivesse disposto a ciscar no terreiro do aparelho judiciário do Estado em troca de uma gorda transferência bancária para as contas de seus laranjas.

Tudo estaria perfeito se não fosse o uso de uma máquina de propaganda na grande mídia, sobretudo na Globo em troca de vazamentos e escandalização jurídica feitos por procuradores, juízes que unia uma poderosa indústria de delação e vazamentos com a de palestras e cursos ricamente recompensados.

Os coroados procuradores e o ex-juiz Moro transformaram-se em celebridades em busca de fama e dinheiro, de extorsões e negócios, sem tributações ou tribunais para lhes incomodar, rumo à porta do céu.

Trocando em miúdos, Lula foi condenado e preso por um tribunal do crime.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Gilmar Mendes sobre abuso de autoridade: “Temos de encerrar o ciclo de falsos heróis”

O Ministro do STF, Gilmar Mendes, é defensor do projeto aprovado pelo Senado que prevê punição para abuso de autoridade. Ele, que também votou pela liberdade de Lula, disse,

“O cemitério está cheio desses falsos heróis. Eles são apresentados por vocês (mídia) como tal e acreditam nisso. Depois, coitados, passam a ter um grande problema de depressão, obviamente antes de desaparecerem por completo”.

Na avaliação de Gilmar Mendes, a proposta aprovada no Legislativo é apenas o ponto de partida para uma reforma na legislação e a correção de rumos contra exageros cometidos por juízes, promotores e policiais. A entrevista foi concedida ao jornal O Estado de S.Paulo.

Segundo o Ministro, o projeto pode evitar o surgimento de “falsos heróis” que cometem excessos “em nome supostamente” de um combate à criminalidade.

“O cemitério está cheio desses falsos heróis. Eles são apresentados por vocês (mídia) como tal e acreditam nisso. Depois, coitados, passam a ter um grande problema de depressão, obviamente antes de desaparecerem por completo”, conclui.

 

*Com informações do 247