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Ao contrário de Lula, governadores liberais aceleram privatizações

Enquanto Lula freia venda de Correios e outras estatais, governadores como Tarcísio, Zema, Ibaneis e Leite avançam em planos de privatização.

De acordo com o Metrópoles, a polarização entre esquerda e direita na política brasileira está bem marcada quando o tema é a privatização de empresas estatais. Enquanto o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpriu uma promessa de campanha e tirou da fila da venda os Correios e outras seis empresas públicas, governadores que foram eleitos ou reeleitos em cima de uma plataforma liberal na economia estão ampliando esforços, com a finalidade de passar para a iniciativa privada empresas de seus estados.

O freio nos planos de privatização de estatais iniciados no governo de Jair Bolsonaro (PL) foi puxado pelo governo de Lula no início do feriadão da Semana Santa, na quinta-feira (6/4). Além dos Correios, o governo petista tirou do Programa Nacional de Desestatização (PND) estatais como Empresa Brasil de Comunicação (EBC); Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro); e Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev). A ação está alinhada com outras iniciativas realizadas nas primeiras semanas de governo, como a interrupção de estudos sobre a privatização da Petrobras, maior empresa pública do país.

Bandeira histórica do PT, o veto às privatizações tem sido defendido por Lula desde a campanha eleitoral do ano passado, quando o então candidato chegou a advogar pela reversão da venda das ações da Eletrobras – plano que até agora não foi posto em prática.

A convicção de Lula não mudou nem sob a pressão por aumento na arrecadação federal imposta pelos planos apresentados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no projeto do novo arcabouço fiscal, que exige um aumento de até R$ 150 bilhões por ano no montante que entra nos cofres do governo. Para os petistas, empresas estatais são um patrimônio público e devem atuar alinhadas com objetivos traçados pelo estado.

Um dia antes do anúncio do governo Lula, na quarta-feira (5/4), três governadores de partidos mais à direita defendiam um estado mais enxuto e expunham planos de privatização ou concessão de estatais e obras de infraestrutura, como estradas, em um evento promovido pelo Bradesco em São Paulo. Para Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, e Tarcísio de Freitas (Republicanos, foto em destaque), de São Paulo, a venda das estatais melhora a eficiência dos serviços e evita que os cofres públicos arquem com eventuais prejuízos causados por aparelhamento e má administração.

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Política

Em mais uma culpa de Bolsonaro, preço do leite dispara e assusta consumidores

Economista do Dieese critica falta de planejamento na cadeia do leite. “A dúvida é se esse preço vai baixar. A gente acha que não”.

Rede Brasil Atual – Entre os vários alimentos que vêm registrando altas expressivas de preços, ampliando e aprofundando a fome no país, o leite é o “vilão” do momento. Nos mercados, o litro do leite longa vida já ultrapassa a casa dos R$ 7. A alta do produto, em junho, foi de 3,45%, cinco vezes a inflação oficial do período, que ficou em 0,69%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Em 12 meses, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), o preço do leite cobrado pelos produtores acumula elevação de 21,6%.

Parte do aumento se dá em função da entressafra do leite, de março a outubro, o que ocorre todo ano, sem novidade. Outro agravante é o fenômeno La Niña, que vem provocando secas nas regiões produtoras pelo segundo ano consecutivo. Mas além desses fatores, o Dieese também destaca o crescimento das exportações e a queda nas importações, que reduziram a quantidade de leite disponível.

supervisora de pesquisas do Dieese, Patrícia Costa, cita a desvalorização do real, que encarece o custo de vacinas e medicamentos que são aplicados no gado leiteiro. Além disso, o crescimento das exportações de soja e milho também aumenta o preço da alimentação seca dos animais. As altas nos preços dos combustíveis e da energia elétrica também pesam no custo. Mas não é só isso.

Faltam planejamento e políticas públicas para o setor, segundo a especialista. “Os problemas da cadeia do leite vêm desde o governo anterior. Você pode subsidiar, investir, pode pensar em diversas soluções. Mas não estão fazendo nada disso. Então, o preço do leite explodiu. No patamar em que está hoje, a dúvida é se esse preço vai baixar. E a gente acha que não. Porque essas questões não estão resolvidas”, disse Patrícia, em entrevista nesta segunda-feira (4).

(Des)Alimenta Brasil

Patrícia destaca que uma das formas de conter a alta do preço do leite é investir nos pequenos produtores. O governo Bolsonaro, no entanto, vem fazendo justamente o oposto. Uma das principais ferramentas de estímulo era o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), criado em 2003, no governo Lula. O atual governo substituiu o PAA pelo Alimenta Brasil.

Não foi só a mudança de nome. Também houve restrição severa na aplicação de recursos. Em 2012, por exemplo, o PAA chegou a aplicar R$ 586 milhões do orçamento federal. Em 2021, por outro lado, foram R$ 58,9 milhões. Até maio deste ano, o programa do governo Bolsonaro aplicou apenas R$ 89 mil. Os dados são de um levantamento do UOL, no mês passado.

Para a supervisora do Dieese, alimentação é “assunto de segurança nacional”. “Não dá para deixar ao sabor do mercado. Tem que ter planejamento, tem que se pensar políticas, tem que subsidiar, tem que investir. Não dá para deixar assim: ‘Ah, deixa rolar, que vai ser bom’. Não vai ser, não está sendo. A gente vê isso sistematicamente. Não tem nada de bom quando você deixa só o mercado agir.”

No caso do leite, a questão é ainda mais “grave”, segundo ela. Isso porque se trata de um alimento praticamente “insubstituível”, em função das suas especificações nutricionais, sobretudo como fonte de cálcio. Os que mais sofrem, segundo ela, são crianças carentes em fase de crescimento. E idosos, também pobres, que necessitam do leite para fortalecer os ossos.

“Já se deu de barato que a população não vai comer carne de primeira. Mas come carne de segunda, come frango. Você até consegue pensar em substitutos. No caso do feijão, se não tem o carioquinha, vai o preto. No caso do leite, não tem. O que vai botar no lugar?”, comentou.

“TÁ TUDO CARO”

Os internautas também protestaram hoje contra a carestia. O termo “TÁ TUDO CARO” registrou mais de 13 mil postagens no Twitter ao longo do dia. E o leite apareceu como um dos principais protagonistas das queixas. Confira as principais publicações:

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Política

Todos os candidatos da 3ª via têm um pensamento fútil sobre o Brasil

Não, não falo aqui apenas dos tucanos, Dória e Leite. Mandetta e Ciro, seguem, cada um a seu estilo, a mesma pagada. Moro, nem isso.

O figurino de lobo solitário não veste essa turma.

Na verdade, os apostadores da terceira via, não sabem em que os candidatos a candidatos podem ser úteis.

Falar em Deus, combate à corrupção, família e armas, não surte efeito algum.

Bolsonaro talhou todos esses truques eleitoreiros depois que fez o que fez, ou o que não fez, na pandemia e na economia.

Todos esses sofismas políticos estão desidratados depois de quase 3 anos de governo Bolsonaro.

Como colocar emoção na fala desses pálidos candidatos sem um mínimo de inspiração? Ninguém sabe, ninguém nem se atreve a palpitar.

Dória vai para a televisão mostrar ao povo como fazer o seu chá?

Eduardo Leite vai confiar seus sentimentos à população e acha que isso basta?

Mandetta vai falar de pandemia quando o país estará totalmente livre dela?

Ciro continuará na sua gastura pessoal tentando pintar Lula e Dilma com as cores que escolheu, se isso só fez piorar sua colocação nas pesquisas?

Todas essas figuras representam candidaturas mortas. No máximo, serão candidatos caranguejos andando de lado, ou candidatos Coalhada com seu pique no lugar.

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