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Economia

AGU pede liminar contra privatização da Eletrobrás a partir do caso 3G Radar

Agência Brasil – A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou nova manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) para defender a suspensão de dispositivos da Lei 14.182 de 2021, norma que autorizou a privatização da Eletrobras, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro.

No documento enviado nesta quinta-feira (15) ao Supremo, o órgão diz que um grupo minoritário (o 3G Radar), que detém 0,05% das ações da Eletrobras, indicou três representantes para o Conselho de Administração, enquanto a União, dona de 42% das ações, não fez nenhuma indicação.

Com base nas argumentações, a AGU voltou a defender a concessão de liminar para suspender o modelo criado pela privatização da companhia, que reduziu a participação da União nas votações do conselho da empresa. A lei proibiu que acionista ou grupo de acionistas exerçam poder de voto maior que 10% da quantidade de ações.

“O risco e a urgência necessários ao deferimento da medida cautelar foram devidamente demonstrados, seja em razão dos graves obstáculos que a União vem sofrendo na gestão da empresa, seja devido ao elevado investimento público ainda existente na Eletrobras, empresa que possui atuação imprescindível e estratégica no setor energético nacional”, diz a manifestação.

O modelo de participação acionária é contestado por ação direta de inconstitucionalidade protocolada no início do mês passado.

A AGU ressalta que o objetivo da ação não é reestatizar a Eletrobras, mas resguardar o interesse público e os direitos de propriedade da União.

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Justiça

Juiz Eduardo Appio pede liminar para reassumir comando da Lava Jato

O juiz Eduardo Appio encaminhou ao corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, um pedido de liminar para reassumir o comando da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde os processos da Operação Lava Jato são julgados, diz o 247.

O documento enviado nesta quarta-feira (7) menciona reportagem do jornalista Luis Nassif no jornal GGN que revela que o desembargador Marcelo Malucelli, pai de João Eduardo Malucelli (que é sócio de Sergio Moro), articulou para que o juiz Luiz Antonio Bonat assumisse a vaga de Moro na 13ª Vara no início de 2019.

Bonat é simpatizante da autodenominada força-tarefa. Deltan Dallagnol, então coordenador da Lava Jato de Curitiba, chegou a comemorar sua possível ida à 13ª Vara: “Meooo caneco”. Em seguida, disse que tinha uma reunião marcada com Bonat e que teria de comparecer para “garantir” que o juiz não desistiria de assumir a vara de Moro. Bonat assumiu a vaga e apenas saiu em 2022. Sua sucessora foi Gabriela Hardt, também simpatizante da força-tarefa.

Appio, em seu mais recente pedido, argumenta que a revelação da articulação de procuradores lavajatistas para definir a sucessão da 13ª Vara corrobora a constatação de que “foi afastado do exercício da função jurisdicional não por ter, em tese, praticado qualquer infração disciplinar, mas por representar um contraponto crítico à pretendida sucessão” na vara. “Isto é, o Peticionário não foi, de longe, aquele desejado. Era preciso eliminar o contraponto”, complementa.

A defesa do juiz ainda afirma que o TRF-4, responsável por seu afastamento da 13ª Vara, “não reúne as condições necessárias para promover o devido processo legal, bem como o julgamento justo do Peticionário, na medida em que severamente comprometida em sua imparcialidade”.

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Renan Calheiros entra com recurso contra liminar que o impede de ser relator da CPI: ‘Por que tanto medo?’

Após liminar que o impede de tomar posse como relator da CPI da Covid-19, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) criticou a decisão concedida pela Justiça Federal do Distrito Federal e anunciou que irá recorrer. O político também acusou o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de promover “medidas orquestradas” contra ele na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).

A decisão liminar em primeira instância atendeu a um pedido feito numa ação popular movida pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP), aliada do presidente Jair Bolsonaro. Renan afirma que vai apresentar recurso e acusa o governo de ter participação na iniciativa.

Segundo Renan Calheiros, “A decisão é uma interferência indevida que subtrai a liberdade de atuação do Senado. Medidas orquestradas pelo governo Jair Bolsonaro e antecipada por seu filho. A CPI é investigação constitucional do Poder Legislativo e não uma atividade jurisdicional”, escreveu ele, em seu perfil nas redes sociais.

“Nada tem a ver com Justiça de primeira instância. Não há precedente na história do Brasil de medida tão esdrúxula como essa. Estamos entrando com recurso e pergunto: por que tanto medo?”, acrescentou, em seguida.

A CPI da Covid, que vai investigar ações e eventuais omissões do governo federal em meio à pandemia, além de fiscalizar recursos da União repassados a estados e municípios, começa amanhã e será realizada de forma semipresencial, com a possibilidade de participação dos senadores tanto pessoalmente quanto virtualmente.

Na primeira reunião devem ser eleitos o presidente e o vice. Depois disso, o presidente nomeia um relator.

Acordo já selado levando em conta a proporcionalidade das bancadas indicava (até então) que Renan Calheiros, integrante do partido com maior número de membros, deveria ficar com a relatoria, enquanto Omar Aziz (PSD-AM), da segunda maior bancada da Casa, seria o presidente. A vice-presidência ficaria a cargo do líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do primeiro requerimento de criação da CPI.

O desenho se mostra pouco favorável ao governo, que estuda estratégias para minimizar os danos da CPI.

O fato de Calheiros ter um filho governador é um dos argumentos que embasou ação apresentada pela deputada Carla Zambelli à Justiça Federal. Ela pedia que o político fosse impedido, em caráter liminar, de assumir a relatoria da CPI.

Devido à pressão, Calheiros chegou a se declarar “parcial” e garantiu que não iria votar nem relatar temas que envolvam Alagoas na comissão.

*Com informações do Uol

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