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O pronunciamento de um moribundo desesperado

Perdoem-me os que cultuam a ideia de que Bolsonaro é tão forte politicamente quanto Lula, não, não é! E o processo de derretimento de sua imagem se amplia a cada dia e não há preço possível que se possa pagar para impedir a difusão de críticas que já estão na quase totalidade do povo brasileiro.

Bolsonaro, nesta quarta-feira, em seu discurso ornamental, só deu oportunidade ao povo de mostrar que ele existe e que, se uma parte da sociedade estava tolhida de se manifestar por conta da pandemia, ontem,  a população sapecou as panelas até mesmo em redutos mais elitistas na hora em que Bolsonaro arrotou aquele monte de mentiras em mais um vexame.

A capacidade de reinventar lambanças parece não ter fim. O sujeito escolheu fazer um pronunciamento em rede nacional justo no dia em que a médica Luana Araújo descascou e engoliu cada senador bolsonarista da CPI, desancando o próprio Bolsonaro um dia após a Dra. Nise Yamaguchi resumir em sua fala a tragédia proporcionada pelo gabinete paralelo que trata das questões da saúde brasileira em função da escolha criminosa do presidente de produzir a tal imunidade de rebanho através da contaminação generalizada.

Aliás, devemos incluir nessa nova realidade que coloca Bolsonaro na boca do inferno que, em nenhum momento qualquer senador bolsonarista na CPI condenou as acusações dos senadores oposicionistas de mentirem ou acusarem sem provas o fato macabro de que Bolsonaro efetivamente trabalhou para que centenas de milhares de brasileiros morressem, como estão morrendo, para se chegar ao nível de contaminação que nos levasse, de forma odiosa, à suposta imunidade de rebanho.

Por isso, seu discurso ontem, que desconsiderou a morte de praticamente meio milhão de brasileiros, por culpa exclusiva sua, ele sentiu imediatamente a fúria da sociedade e ampliação da revolta repercutida através das panelas e gritos de “fora Bolsonaro!”, mostrando que não só a oposição forte do Brasil ao seu governo é duradoura e cresce de maneira exponencial, sobretudo depois do início da CPI da Covid.

O iluminismo às avessas que representa o terraplanismo dos bolsonaristas está em convulsão, daí qualquer palavra vinda da boca de Bolsonaro é, no mínimo, desconsiderada, mas na maioria das vezes, achincalhada e cada vez menos acatada pelo povo.

Do outro lado, seus apoios atrofiam tanto nas redes quanto nas ruas, e a sociedade expressa cada vez mais seu repúdio a um governo que, desde o primeiro dia de gestão, agrava crises ampliando um fenômeno inédito na história do país de quem vive produzindo crises para tentar encobrir a crise do dia anterior.

Pode-se tranquilamente afirmar que o governo Bolsonaro está diante de um caos suficiente para cair de podre sem dar tempo de sua chegada a 2022.

Bolsonaro foi atingido em cheio, no meio, e não há ajuste político que reverta esse quadro ou ao menos lhe dê qualquer esperança que permita, diante de tal isolamento, produzir o estancamento da sua hecatombe política.

Aquilo que Bolsonaro produziu ontem foi sua auto extrema-unção

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Assista ao depoimento da médica Luana Araújo na CPI da Covid

“Todos nós somos a favor de uma terapia precoce que exista. Quando ela não existe, ela não pode se tornar uma política de saúde pública. Essa é uma discussão delirante, anacrônica e contraproducente. Estamos na vanguarda da estupidez. É como se estivéssemos decidindo de que borda da Terra plana a gente vai pular”.

“Saúde pública não existe sem o povo. Eu se sou gestora, eu posso dar as ordens. Mas se não tenho a parceria popular, elas não vão fazer.”

“Eu, como diversos infectologistas, desde o começo da pandemia, sofremos diversas ameaças”.

“Durante meus 10 dias lá, eu tive acesso direto ao ministro. E até o momento da minha saída esse comportamento se manteve o mesmo”.

“Eu entrei e mergulhei no trabalho […] Meu desejo na secretaria era antecipar problemas. Eu não encontrei nenhuma resistência”.

“Por essa polarização esdrúxula, politização incabível maiores talentos não estavam à disposição, não queriam trabalhar na secretaria. Temos cérebros incríveis nesse país”.

Assista:

https://youtu.be/9jjhZnKbGC4

*Com informações do G1

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A frieza e o desprezo de José Medeiros com a morte por covid de seu assessor parlamentar

Militante feroz de Bolsonaro, José Medeiros (Podemos-MT), se pronunciou de forma fria, protocolar sobre a morte por covid de seu assessor, José Roberto Feltrin.

A indiferença com que Medeiros falou sobre a morte de seu assessor em uma notinha desprovida de qualquer comoção, tem uma explicação, ele e Bolsonaro foram acusados de culpados pelo próprio Feltrin, em áudio, pelo estado de saúde em que se encontrava, à beira da morte, por falta das vacinas que Bolsonaro nunca quis comprar.

Medeiros, por sua vez, não mostra qualquer traço de compaixão pela morte de quem disse que o ajudou tanto no Senado quanto na Câmara.

Numa atitude calhorda, que foi denunciada por José Roberto Feltrin e que está impactando tantas pessoas com a gravação, Medeiros mostra que a falta de empatia com a dor dos brasileiros não é exclusividade de Bolsonaro, mas do próprio bolsonarista.

Isso acontece no momento em que se tem a notícia pela infectologista Luana Araújo que assumiu a Secretaria de Combate à Covid do Ministério da Saúde deixou o cargo em que ficou por nove dias, por não aceitar as determinações impostas por Bolsonaro, o que revela que, mesmo com a CPI mostrando que Bolsonaro, agindo de forma criminosa, nunca quis comprar as vacinas contra a covid, motivo pelo qual quase meio milhão de brasileiros perderam a vida.

O mesmo pode-se dizer, em termos de absoluta fala de caráter, por total desconsideração com seu assessor parlamentar do bolsonarista José Medeiros que fez uma série de postagens após a morte de seu assessor, com absoluta tranquilidade, desdenhando das vítimas da covid.

O pior é que, na fala de José Roberto Feltrin, na gravação que deixou, ele desabafa e com toda razão, que nada acontece com Bolsonaro ou com José Medeiros.

A pandemia, além de seguir fazendo mais de 2 mil vítimas diárias, tende a se expandir com uma provável terceira onda, o que deixa qualquer um indignado com a total ausência de compaixão e de interesse de Bolsonaro em buscar uma solução urgente de combate efetivo à covid, que é a vacinação em massa.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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