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‘Relações Obscenas’, livro sobre a #VazaJato, será lançado dia 08 de outubro no Rio de Janeiro

Sessenta artigos distribuídos por 420 páginas fazem de ‘Relações obscenas: as revelações do The Intercept’ o livro do momento. No Rio de Janeiro, o livro será lançado, dia 08 de outubro, na ABI – Associação Brasileira de Imprensa. Rua Araújo Porto Alegre, nº 71 – Centro, Rio de Janeiro – RJ. Auditório Belizário Souza, 7º andar.

O livro foi organizado por Wilson Ramos Filho, Maria Inês Nassif, Hugo Cavalcanti Melo Filho e Mirian Gonçalves, e conta com ilustrações de Renato Aroeira. O prefácio é escrito pelo jornalista e escritor Fernando Morais.

No lançamento, um debate sobre a obra e o momento em que vivemos, com participação de Wilson Ramos Filho, Gisele Cattadino, Marta Skinner, Simone Schreiber, Luiz Fernando Lobo, Juca Kfouri e Wadih Damous.

‘Relações obscenas’ traz uma análise crítica de intelectuais e figuras do campo progressista brasileiro sobre um dos maiores escândalos da história do país, destrinchando as relações pouco apropriadas entre o Ministério Público Federal, o Judiciário e setores da direita. O livro será vendido no evento.

Confira os autores presentes no livro: Fernando Morais, Juca Kfouri, Tarso Genro, Laurindo Lalo Leal Filho, Mauro de Azevedo Menezes, Gustavo Conde, Grijalbo Fernandes Coutinho, Marthius Sávio Cavalcante Lobato, Leonardo Isaac Yarochewsky, Carlos Nicodemos, Germano Silveira da Siqueira, Samuel Pinheiro Guimarães, Vanessa Grazziotin, Valdete Souto Severo, Marcelo Ribeiro Uchôa, Bruno Moreno Carneiro Freitas, Rodrigo Gava, Pedro Estevam Serrano, Fernando Hideo Lacerda, Rafael Fagundes, Rafael Borges, Rafaela Azevedo de Otero, Rubens R R Casara, Mariella Pittari, Jorge Bheron Rocha, Lusmarina Campos Garcia, Jane Salvador de Bueno Gizzi, Ricardo Nunes de Mendonça, Marcia Tiburi, Isabela de Andrade Pena Miranda Corby, Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira, Digo Bacha e Silva, Alexandre Gustavo Melo Franco Bahia, Luis Felipe Miguel, Aberto Carlos de Almeida, Gisele Cittadino, Cezar Britto, Djamila Ribeiro, Breno Tardelli, Ana Costa, Miriam Debieux Rosa, Leonardo Maia, Eduardo Surian Matias, Geraldo Prado, Carol Proner, Juliana Neuenschwander, Lenio Luiz Streck, Eder Bomfim Rodrigues, Hugo Cavalcanti Melo Filho, Eugênio José Guilherme de Aragão, Guilherme Lobo Machioni, Carlos Eduardo Azevedo Pimenta, Wadih Damous, Nuredin Ahmad Allan, Nasser Allan, Sergio Graziano Sobrinho, João Ricardo Dornelles, Fernando Augusto Henrique Fernandes, Tales Ab´Sáber, Patrícia Valim, João Gabriel Lopes, Ângela Carrato, Eliara Santana, Luiz Carlos Azenha, Renata Mielli, Paula Saleh, Martonio Mont´Alverne Barreto Lima, Jorge Bheron Rocha, Gabriela Shizue Soares de Araujo, Magda Barros Biavaschi, Carlos Eduardo Fernandes da Silveira, Maria Goretti Nagime Barros Costa, Normando Rodrigues, Marta Skinner, Kiko Nogueira, Lourdes Nassif, Vera Chaia, Altamiro Borges, Márcia Bechara, Beto Vasques e Erika Campelo.

 

*Da redação

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Ciro parece querer disputar espaço com Olavo de Carvalho

Em entrevista à BBC, como exemplo das estratégias equivocadas do “hegemonismo petista”, Ciro Gomes disse que Marcia Tiburi teve um desempenho pífio nas eleições no Rio de Janeiro porque ela “faz apologia do cu na televisão”:

“Quantos votos teve a candidata a governadora do Rio de Janeiro nas eleições passadas? Você tem ideia? Rio de Janeiro é a maior concentração de artista por metro quadrado, intelectuais, engenheiros, do Brasil. É a sede da Globo, da ABI, enfim, de tudo o que é progressista. Sabe quantos porcento PT tirou lá? Dois por cento. Porque a Marcia Tiburi, que é uma figura respeitável, queridíssima e tal, faz apologia do cu na televisão. Eu tenho até vergonha de citar e isso não quer dizer que não haja uma grande interessante questão nesta tese da Marcia Tiburi, mas foi o que dominou o debate no Rio de Janeiro. Você quer uma governadora que faz apologia?”.

É esse tipo de “crítica [que] permite uma boa discussão sobre a viabilidade de um projeto nacional dentro de um modelo democrático brasileiro”? É isso um polemista nato? Para mim, Ciro de muito já não passa mais de um boquirroto amargurado que abriu mão de seu compromisso com a democracia. Agora parece querer disputar espaço com Olavo de Carvalho.

Na entrevista com Lula, Mino Carta afirmou que cultivou um “ódio sublime” de Haddad quando esse, numa entrevista cheia de cascas de banana para ele escorregar, elogiou a Lava Jato. Mas não me lembro dessa indignação quando Ciro diz que Lula não é um preso político, além de um caudilho latino-americano corrupto e traidor.

“Até quando eu vou ter que engolir em nome de uma pseudounidade que essa gente se aproprie o país, roube feito um condenado, se acostume com a vida e as frivolidades da burguesia? O que aconteceu com o Lula? O Lula se corrompeu. Desculpa, é doído dizer isso, mas o Lula se corrompeu. Ele virou sabe o quê? Um caudilho sul-americano. É o culto à personalidade. Toda a agenda do país agora é refém do egoísmo do Lula.” (leia a entrevista aqui).

Sei lá… Não entendo como jornalistas tarimbados, tão críticos com relação ao PT e sua direção, fechem os olhos para estes comportamentos nada dignificantes de Ciro Gomes. Sinceramente.

 

*Por André-Kees Schouten/GGN

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CARAVANA POR LULA LIVRE EUROPA SERÁ RECEBIDA NA FRANÇA, SUÍÇA E BÉLGICA

Entre os próximos dias 25 e 28, França, Suíça e Bélgica serão visitados pela Caravana Lula Livre Europa. A iniciativa é dos comitês Lula Livre espalhado por diversos países e tem como objetivo ampliar as denúncias sobre a prisão política de Lula.

“A Caravana Lula Livre Europa tem o objetivo de fazer um movimento na França e países próximos sobre o que está acontecendo no Brasil. Ao mesmo tempo que falaremos de Lula e de sua perseguição política, abordaremos a fragilidade das instituições brasileiras”, afirma a jornalista Maria Luísa Souto Maior, uma das organizadoras do evento. “Desde 2013, o Brasil vem sendo sacudido por uma série de eventos que nos levou até a eleição de Bolsonaro. Achamos que os jornais franceses ficaram, muitas vezes, a reboque da imprensa nacional (Estadão, Globo e Folha principalmente) e não fizeram um trabalho mais elaborado para explicar ao seu leitor como funcionam as instituições brasileiras”, afirma Maria Luisa.

“Então começamos a pensar em divulgar ao cidadão francês e europeu a questão do lawfare (guerra jurídica) no caso Lula e de como o Judiciário brasileiro não é uma instituição que respeita a Constituição Federal, não está funcionando de acordo com o Estado democrático de direito”, disse a jornalista.

“Lula é corrupto ou não? Essa é a pergunta que mais nos fazem, quando sabem que somos brasileiros”, conta a jornalista que vive há 18 anos em Paris. “Por isso estamos organizando a Caravana Lula Livre Europa: para que se discuta o que e como foi criada a operação Lava Jato, seus reais interesses, com quem eles têm relação e ao mesmo tempo falar da perseguição política-jurídica que sofre o ex-presidente Lula.”

“Vamos contar o ano da história do Brasil que se seguiu à prisão do ex-presidente Lula, a partir de algumas das milhares de cartas que ele recebeu”, relata a historiadora francesa Maud Chirio Zahar. “As cartas são relatos desse ano trágico, mas também histórias de vida, testemunhos de solidariedade, afeto, coragem.”

As cartas serão lidas por cerca de 40 pessoas, a maioria atores profissionais, brasileiros e franceses, mas também músicos ou figuras públicas exiladas do Brasil de Bolsonaro, como Jean Wyllys e Marcia Tiburi. “Além dessas pessoas, que lerão as cartas, o show conta com a participação de dezenas de voluntários: historiadores que contribuíram para selecionar as cartas – no âmbito do projeto Linhas de Luta – cineastas e técnicos que vão filmar, tradutores.”

Muitos artistas participarão do espetáculo, como o cantor Chico Buarque, os atores Antonio Pitanga, Camila Pitanga, Marieta Severo, Renata Sorrah, Inez Viana, os coreógrafos Volmir Cordeiro, Wagner Schwartz, a atriz, cineasta e cantora portuguesa Maria de Medeiros.