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Justiça

PF diz ao STF que Mauro Cid é elo entre Bolsonaro e milicianos

Preso nesta quarta-feira (3) por integrar um esquema de falsificação de cartões de vacina que funcionaria no Palácio do Planalto, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid é tratado pela Polícia Federal – em justificativa admitida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes – como o elo entre Jair Bolsonaro (PL) e milícias em uma conspiração política.

Na investigação sobre fraudes em atestados de vacinação, relatou a Polícia Federal ao ministro, segundo a Veja, surgiram evidências de “tratativas para execução de um golpe de estado” e “tentativa de abolição violenta” do regime democrático.

Os trechos transcritos por Moraes no mandado de prisão de Mauro Cid, por fraude em documentos do Sistema Único de Saúde, não detalham quais seriam os indícios ou provas disponíveis sobre o envolvimento dele e de Bolsonaro num plano para golpe de estado.

Indica apenas que ambos contavam com a colaboração de milícias digitais e, também, mantinham laços com uma fração do crime organizado de Duque de Caxias

(RJ), na Baixada Fluminense, “no planejamento de um golpe de Estado”.

Neste caso, Mauro Cid estaria atuando com um militar da reserva, Ailton Gonçalves Moraes Barros, “e pessoas ainda não identificadas”.

Para a polícia, “seja nas redes sociais, seja na realização de inserções de dados falsos de vacinação contra a Covid-19, ou no planejamento de um golpe de Estado, o elemento que une seus integrantes está sempre presente, qual seja, a atuação no sentido de proteger e garantir a permanência no poder”.

Acrescenta: “A milícia digital reverberou e amplificou por multicanais a ideia de que as eleições presidenciais foram fraudadas, estimulando aos seus seguidores ‘resistirem’ na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para uma intervenção federal comandada pelas forças militares, sob o pretexto de aturarem como um Poder Moderador, com base em uma interpretação peculiar do art. 142 da Constituição Federal.”

“Os arquivos de áudio e capturas de tela de mensagens trocadas no aplicativo WhatsApp” — prossegue — “evidenciaram a arquitetura do plano criminoso pelo grupo investigado. Apesar de não terem obtido êxito na tentativa de golpe de Estado, sua atuação, possivelmente, foi um dos elementos que contribuíram para os atos criminosos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023.”

O relato policial foi aceito pelo juiz, que deu prazo até a segunda-feira 3 de julho para apresentação das evidências.

Ao impedir a ascensão de Mauro Cid ao comando do Primeiro Batalhão de Ações de Comando, Lula e o ministro José Múcio, no mínimo, livraram o Exército de um grande constrangimento.

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Política

Braço direito de Bolsonaro, coronel Cid fez ‘jogo duplo’ para reaver joias sauditas de R$ 16,5 milhões, revelam depoimentos à PF

Ao lidar com a Receita, Cid tomou providências que só podem ser feitas para itens com destinação pública. Já entre a equipe ligada ao gabinete presidencial, Cid tratou as joias como um presente pessoal destinado ao ex-presidente.

A análise dos depoimentos de testemunhas à Polícia Federal no caso das joias de R$ 16,5 milhões, enviadas pela Arábia Saudita e retidas pela Receita Federal, revela que o então assessor e braço direito de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, fez “jogo duplo” para reaver o conjunto milionário e destiná-lo ao então presidente, segundo o G1.

Nos últimos dias de dezembro de 2022, no fim do governo Bolsonaro, Cid providenciou a documentação necessária para realizar um procedimento burocrático junto à Receita Federal que só pode ser feito em caso de bens com destinação pública – e não privada.

Esse procedimento era necessário para retirar o conjunto milionário da alfândega. Enquanto isso, no entanto, ele atuou internamente para que, uma vez que as joias saíssem da Receita, elas fossem para o acervo privado de Jair Bolsonaro.

O objetivo era obter a liberação de um conjunto de joias de R$ 16,5 milhões apreendido pela Receita com a comitiva oficial do governo brasileiro que havia viajado para a Arábia Saudita em outubro de 2021.

Os itens foram encontrados na mala de um assessor do Ministério de Minas e Energia e não foram declarados à Receita como item pessoal, o que obrigaria o pagamento de imposto. Por conta disso, as joias acabaram retidas.

O conjunto valioso poderia ter entrado no Brasil sem o pagamento de imposto, desde que fosse declarado como presente para o Estado brasileiro, mas, neste caso, ficaria com a União.

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Política

Operação para resgatar joias milionárias começou com pedido de Bolsonaro, aponta depoimento de braço-direito de ex-presidente à PF

Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente, foi ouvido pela Polícia Federal em 5 de abril, em São Paulo.

A tentativa frustrada de recuperação, por parte do governo federal, de joias recebidas da Arábia Saudita que estavam retidas na alfândega no Aeroporto de Guarulhos (SP) começou com um pedido de Jair Bolsonaro (PL), de acordo com depoimento prestado à Polícia Federal (PF) por Mauro Cid, que era ajudante de ordens do ex-presidente à época.

Segundo alegou Cid à PF, Bolsonaro informou a ele em meados de dezembro de 2022 sobre a existência de um presente retido pela Receita Federal e pediu que ele checasse se era possível regularizar os itens. De acordo com Cid, não houve ordem de recuperação do presente por parte do ex-presidente, mas sim uma solicitação.

Segundo Cid, esta ocasião foi a primeira vez que a ajudância de ordens acionou a Receita Federal para pedir a incorporação de bens ao ex-presidente, mas que era comum que ele buscasse presentes para Bolsonaro em todo o país.

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Política

Saiba quem é Mauro Cid, o conselheiro no pé do ouvido de Bolsonaro no caso das joias

O ex-ajudante de ordens foi designado para tentar reaver as joias dadas ao então presidente pela Arábia Saudita e apreendidas pela Receita Federal.

Segundo O Globo, no dia 1º de julho de 2021, o então presidente Jair Bolsonaro começava uma das suas tradicionais lives semanais no Palácio da Alvorada com uma dica a seus apoiadores. Na transmissão, fez uma recomendação de um livro que nunca chegou a abrir, mas foi lido por seu ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, que destacou alguns trechos que julgava ser interessantes. Bolsonaro gostou do que viu e citou uma passagem sobre a ingratidão na política, fazendo uma referência indireta à infidelidade de ex-correligionários.

Na sequência, vociferou contra uma notícia selecionada por Cid sobre uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de investigar uma organização criminosa suspeita de espalhar notícias falsas. O tema estimulou o mandatário a lançar dúvidas infundadas sobre o sistema eleitoral, acusação que, mais tarde, colocou Bolsonaro na própria mira do inquérito. O fiel escudeiro assistia à cena atrás das câmeras.

De forma discreta, o tenente-coronel, de 43 anos, foi uma presença constante ao lado de Bolsonaro durante os quatro anos de governo. O militar da ativa ganhou a confiança ao assumir funções que iam além de carregar a mala e o celular do chefe. A maior evidência disso ocorreu no fim do ano passado, quando Cid tentou reaver as joias dadas pelo governo da Arábia Saudita e apreendidas pela Receita Federal — o presente seria incorporado ao acervo pessoal do então presidente.

Pessoas próximas a Bolsonaro dizem que o ajudante de ordens teria convencido o chefe de que a operação daria certo. A investida atabalhoada pode levar o antigo ocupante do Palácio do Planalto a responder a mais uma investigação.

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Política

Ajudante de ordens do Planalto se envolveu em outras polêmicas de Bolsonaro, além do caso das joias; veja quais

Pelo ex-presidente, o assessor direto já foi denunciado, teve complicações por interferências, atos antidemocráticos e até “demissão”.

De acordo com O Globo, as tentativas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de reaver as joias avaliadas em R$ 16,5 milhões apreendidas pela Receita Federal trouxeram novamente à tona o trabalho do ajudante de ordens e tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid. O ajudante de ordens é um secretário particular em tempo integral, uma espécie de braço direito do presidente, um faz tudo: carrega celulares, recepciona visitas, anota as demandas e atende pedidos pessoais do chefe do Executivo.

No caso de Cid, o papel dele extrapolou suas funções, tornando-se um conselheiro de Bolsonaro, o que chegou a causar ciumeira no Palácio do Planalto. Cid é um dos integrantes da equipe que viajou com ex-presidente para os Estados Unidos, dois dias antes de terminar o mandato.

A proximidade com Bolsonaro fez Cid participar dos “rolos” do ex-presidente e acabou sendo alvo de pedido de indiciamento da Polícia Federal e convidado a prestar depoimento no inquérito dos atos antidemocráticos.

Confira abaixo os principais “rolos” do tenente-coronel Mauro Cid.

Joias

O ajudante de ordens foi autor do ofício entregue por um assessor dele, o sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva, no dia 29 de dezembro de 2022, no escritório da Receita Federal do Aeroporto de Guarulhos, para tentar reaver as joias que seriam presente do governo da Arábia Saudita a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

As câmeras de segurança registraram o momento em que Jairo fala com o supervisor da alfândega em Guarulhos. Na gravação é possível ver que o militar liga para Mauro Cid e chega, inclusive, a tentar passar o telefone para o auditor da Receita, para que o assessor de Bolsonaro negocie ele mesmo a liberação das peças. O auditor, então, diz que não pode falar ao telefone e explica o procedimento oficial para liberação de objetos apreendidos. Depois de novas tentativas infrutíferas, o assessor do braço direito de Bolsonaro vai embora.

A relação do ajudante de ordens no caso é um dos pontos que pode comprovar que o ex-presidente sabia e também atuava para tentar ficar com o estojo com colar, anel, par de brincos e um relógio de diamantes da marca Chopard.

Atos antidemocráticos

Em 2020, Mauro Cid foi chamado para prestar depoimento no inquérito dos atos antidemocráticos aberto pelo STF, após a Polícia Federal encontrar mensagens trocadas entre o ajudante de ordens e o blogueiro Allan dos Santos. Santos havia escrito que era a favor da intervenção das Forças Armadas, e Cid respondeu: “Opa”, o que foi o suficiente para ser chamado para depor.

Informações falsas

O braço direito de Bolsonaro também foi alvo de pedido de indiciamento da Polícia Federal (PF), junto com o ex-presidente. Segundo a PF, eles cometeram o delito de incitação a crime sanitário por estimular as pessoas a não usarem máscaras. O inquérito foi aberto a pedido da CPI da Covid por causa de uma “live” na qual o ex-presidente fez uma associação falaciosa entre o uso da vacina contra o coronavírus ao vírus da Aids. Cid foi apontado como responsável pela produção do material divulgado pelo presidente.

O relatório final da PF foi encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, mas deve ser analisado agora na primeira instância porque Bolsonaro perdeu o foro privilegiado ao deixar a Presidência.

Pagamentos em dinheiro vivo

Investigações sob o comando do STF apontam que Mauro Cid pagava contas do clã presidencial em dinheiro vivo. Entre as contas pagas pelo ajudante de ordens, estão faturas de cartão de crédito adicional emitido no nome de Rosimary Cardoso Cordeiro, funcionária do Senado Federal e amiga próxima de Michelle. A investigação, que corre sob sigilo, apontou que era Michelle quem usava o cartão adicional de Rosimary, o que foi reconhecido por Bolsonaro.

Mauro cid é suspeito de operar “caixa paralelo” nos saques de recursos dos cartões corporativos. A Polícia Federal, que conduz a investigação, aponta que parte dos recursos usados vinha de saques dos cartões corporativos do governo. Os investigadores mapearam saques e pagamentos feitos por Cid na agência do Banco do Brasil que funciona no Planalto.

Elo com apoiadores radicais

A mesma investigação aponta ainda que Cid atuava como elo entre Bolsonaro e apoiadores radicais que organizavam a “militância bolsonarista nas redes”. O blogueiro Allan dos Santos, que teve a prisão decretada por Moraes e vive nos Estados Unidos, é um dos nomes apontados como contatos mais frequentes do ajudante de ordens do ex-presidente.

Bolsonaro também aparece como interlocutor em mensagens e teria gravado áudios que indicam que ele tinha conhecimento de que seu Mauro Cid era quem dava as ordens ao “exército digital” nas redes.

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