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PF investiga relato de Cid de que Braga Netto atuou como elo entre Bolsonaro e acampamento golpista

Ex-ministro da Defesa não se manifestou; antes, afirmou que suas idas ao Palácio da Alvorada após derrota no segundo turno se deram devido à infecção na perna do ex-presidente.

A Polícia Federal investiga se o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro no ano passado, atuou como elo entre o ex-presidente e integrantes dos acampamentos montados em frente aos quartéis do Exército que pediam intervenção militar após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A apuração tem como base o depoimento do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que fechou um acordo de delação premiada com a PF homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo O Globo.

Procurado, Braga Netto afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que desconhece o teor da delação e não pode se manifestar sobre processo sigiloso.

De acordo com o relato de Cid à PF, Braga Netto costumava atualizar Bolsonaro sobre o andamento das manifestações golpistas e fazia um elo entre o ex-presidente e integrantes dos acampamentos antidemocráticos.

Reportagem do site Metrópoles, publicada em novembro do ano passado, exibiu fotos de pessoas que estavam acampadas em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, frequentando a casa onde funcionou o comitê de campanha da chapa Bolsonaro-Braga Netto. Na ocasião, o ex-ministro da Defesa dava expediente no local.

 

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Justiça

Caso Marielle: apontado como elo entre matadores e mandante foi segurança de bicheiro e citado na CPI das Milícias

Delação do ex-PM Élcio de Queiroz trouxe à tona um novo personagem na investigação da execução da vereadora. Edmilson da Silva de Oliveira, mais conhecido como Macalé, foi acusado de ter ligações com grupo criminoso que atua em Oswaldo Cruz, segundo O Globo.

A delação do ex-PM Élcio de Queiroz trouxe à tona um novo personagem na investigação da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes: o policial militar reformado Edimilson Oliveira da Silva, o Macalé. Apontado como o intermediário entre o mandante do crime e o ex-sargento Ronnie Lessa, acusado de atirar nas duas vítimas, ele apareceu em investigações de crimes envolvendo o jogo do bicho e a milícia antes de ser morto em 2021.

Em outubro de 2019, na apuração do atentado contra Shanna Harrouche Garcia, filha do bicheiro Waldemir Paes Garcia, o Maninho, a polícia citou Macalé como “integrante da organização criminosa” do contraventor Bernardo Bello — ex-cunhado da vítima. Em seu depoimento, Shanna afirmou que Belo tinha como braços armados os policiais militares Wagner Dantas Alegre, José Carlos Roque Barbosa e Macalé. Na época, o ex-cunhado — que hoje está foragido — negou as acusações.

O nome de Macalé apareceu ainda na investigação do assassinato de Alcebíades Paes Garcia, o Bid, tio de Shanna e irmão de Maninho, em fevereiro de 2020. Segundo o depoimento dela, o suspeito do crime teria se encontrado com Macalé num restaurante dias depois do crime.

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Justiça

PF diz ao STF que Mauro Cid é elo entre Bolsonaro e milicianos

Preso nesta quarta-feira (3) por integrar um esquema de falsificação de cartões de vacina que funcionaria no Palácio do Planalto, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid é tratado pela Polícia Federal – em justificativa admitida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes – como o elo entre Jair Bolsonaro (PL) e milícias em uma conspiração política.

Na investigação sobre fraudes em atestados de vacinação, relatou a Polícia Federal ao ministro, segundo a Veja, surgiram evidências de “tratativas para execução de um golpe de estado” e “tentativa de abolição violenta” do regime democrático.

Os trechos transcritos por Moraes no mandado de prisão de Mauro Cid, por fraude em documentos do Sistema Único de Saúde, não detalham quais seriam os indícios ou provas disponíveis sobre o envolvimento dele e de Bolsonaro num plano para golpe de estado.

Indica apenas que ambos contavam com a colaboração de milícias digitais e, também, mantinham laços com uma fração do crime organizado de Duque de Caxias

(RJ), na Baixada Fluminense, “no planejamento de um golpe de Estado”.

Neste caso, Mauro Cid estaria atuando com um militar da reserva, Ailton Gonçalves Moraes Barros, “e pessoas ainda não identificadas”.

Para a polícia, “seja nas redes sociais, seja na realização de inserções de dados falsos de vacinação contra a Covid-19, ou no planejamento de um golpe de Estado, o elemento que une seus integrantes está sempre presente, qual seja, a atuação no sentido de proteger e garantir a permanência no poder”.

Acrescenta: “A milícia digital reverberou e amplificou por multicanais a ideia de que as eleições presidenciais foram fraudadas, estimulando aos seus seguidores ‘resistirem’ na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para uma intervenção federal comandada pelas forças militares, sob o pretexto de aturarem como um Poder Moderador, com base em uma interpretação peculiar do art. 142 da Constituição Federal.”

“Os arquivos de áudio e capturas de tela de mensagens trocadas no aplicativo WhatsApp” — prossegue — “evidenciaram a arquitetura do plano criminoso pelo grupo investigado. Apesar de não terem obtido êxito na tentativa de golpe de Estado, sua atuação, possivelmente, foi um dos elementos que contribuíram para os atos criminosos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023.”

O relato policial foi aceito pelo juiz, que deu prazo até a segunda-feira 3 de julho para apresentação das evidências.

Ao impedir a ascensão de Mauro Cid ao comando do Primeiro Batalhão de Ações de Comando, Lula e o ministro José Múcio, no mínimo, livraram o Exército de um grande constrangimento.

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