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Guerra nas ruas se Lula for solto, é o que diz o governo Bolsonaro

O desespero com a possibilidade de Lula ser solto é tão grande que fez com que o governo Bolsonaro lançasse uma nota, em forma de chantagem, na coluna Radar da revista Veja.

Eles querem que Lula termine seus dias na solitária da Polícia Federal em Curitiba. Para tanto lançaram a seguinte nota em forma de chantagem:

“A área de segurança do governo está preocupada com a escalada de tensão entre lulistas e defensores da Lava-Jato nas últimas semanas. O receio é que a guerrilha das redes sociais ganhe as ruas, caso o STF liberte Lula na terça.”

A manutenção de Lula preso, mesmo que de forma injusta e a partir de um conluio entre o Ministério Público e o juiz da ação não se trata mais de uma questão de justiça. Mas de uma forma de impedir que Bolsonaro estimule suas milícias para transformar o país num caos.

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The Intercept: A Lava Jato usou o judiciário para fins políticos

Se, antes, suspeitava-se que a Lava Jato era um grupo político com articulação com membros do Ministério público, ou seja, disfarçado de judiciário, com um juiz que manipulava para influenciar o jogo político e mudar a história política do país, agora, com a certeza, o que mais falta?

As conversas “secretas” intensamente divulgadas pelas redes sociais e até mesmo pela grande mídia, escancaram que a tão venerada Lava Jato, na verdade, atuava marginal à lei. Tudo em nome do combate à corrupção. Foram tão afoitos que saíram atropelando princípios jurídicos básicos e arrombando o estado de direito, de forma a não ter contestação de tão límpidas que são as provas divulgadas.

A Lava Jato, sem o menor pudor e com a certeza da impunidade, usou indevidamente o aparato jurídico para atender interesses políticos. O Código de Ética do Ministério Público, o estatuto da magistratura e a Constituição foram todos burlados. É um caso claro de corrupção.

Da mesma forma, usaram o poder do Estado para interferir nas eleições, o que também está explícito nas conversas entre procuradores. Faltando 12 dias para a eleição, os usurpadores traçaram estratégias para impedir a entrevista de Lula e dificultar a vitória de Haddad.

Vejam o diálogo abaixo:

Acreditava-se que Moro trabalhava como linha auxiliar da acusação, mas ficou claro que ele era o chefe da Lava Jato. Ele dava broncas, cobrava ações e recomendou a Dallagnol que enquadrasse uma procuradora que apresentou mau desempenho nas audiências.

 

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Flávio Dino, governador do Maranhão, dá aula a Moro do que é ser juiz

Flavio Dino é governador do Maranhão pelo PSdoB e está no seu segundo mandato. O governador usou suas redes sociais nesta quarta-feira (12) para dizer a Moro o que um juiz não deve fazer.

Dino passou em primeiro lugar no mesmo concurso para juiz prestado também por Sergio Moro, disse:

‘Fui juiz federal por 12 anos e nunca mandei no Ministério Público”

 

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O Ministro Marco Aurélio Mello (STF) detona Sergio Moro; “Coitado do juiz Moro”

O que o Ministro Marco Aurélio Mello (STF) disse sobre Moro:

“Coitado do juiz Moro. O presidente o colocou numa sabatina permanente quando anunciou que houvera um acordo para ele deixar uma cadeira efetiva, abandonando 22 anos de magistratura, para vir pra Esplanada e ser auxiliar dele, presidente da República, colocando-o na vitrine – O juiz dialoga com as partes – e o Ministério Público é parte acusadora no processo – com absoluta publicidade, com absoluta transparência. Se admitiria um diálogo com os advogados da defesa? Não. Também não se pode admitir, por melhor que seja o objetivo, não se pode admitir com o Ministério Público. Em direito, meio justifica o fim; o fim ao meio, não.”

“Não se combate corrupção a ‘ferro e fogo'”, pode representar um retrocesso para a democracia, diz Marco Aurélio Mello.

“Que houve algo que discrepa da organicidade do judiciário, houve. O juiz dialoga com as partes, e o Ministério Público é parte acusadora, Estado acusador, no processo, com absoluta publicidade, com absoluta transparência. Se admitiria um diálogo com os advogados de defesa? Não. Também não se pode admitir, por melhor que seja o objetivo, com o Ministério Público”. Disse o Ministro.

E mais:

“Se havia combinação de atos do Ministério público e do juiz, aí realmente se tem algo grave”, diz.

E conclui:

“Fica desgastado em termos de nome para o Supremo”.

 

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E Frota floresce no laranjal do PSL: ex-motorista diz ter sido usado como laranja pelo deputado

E segue a novela “O Laranjal do PSL”. O protagonista agora é o deputado federal Alexandre Frota. A acusação foi feita por seu ex-motorista Marcello Ricardo Silva ao Ministério Público de São Paulo. O motorista afirmou que o deputado pediu pra ele assumir a titularidade de duas empresas dele, oferecendo em troca, compensações.

Marcello disse também que Frota o orientou a receber pagamentos de terceiros e que repassou o dinheiro para a esposa do deputado. É o que informa a reportagem foi publicada na Folha pelos jornalistas Ricardo Della Cota e Camila Mattoso.

O motorista trabalhou na campanha do parlamentar e foi pago pelos serviços prestados por empresários amigos de Frota. Os recursos não foram declarados à justiça eleitoral. Frota, defendeu-se, dizendo ser vítima de “práticas de ameaças e extorsão”.

“Enquanto eu recebi dinheiro na minha conta como caixa 2 na campanha, aí eu servi. As duas empresas dele que constam no meu nome, para isso eu servi, agora eu não presto mais?”

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Jair fora de si: Porque o tsunami está por vir

“As investigações em curso podem ajudar a esclarecer se há ligação entre o tráfico internacional de armas e o decreto de Jair Bolsonaro, que amplia o porte de armas.”

Certamente o povo brasileiro não está preparado para assistir a cenas de Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e outras pessoas da família sendo presos. Isso seria inimaginável até a semana passada, mas essa hipótese, ainda turva, surge no horizonte.

O Ministério Público e a Polícia Civil do Rio de Janeiro avançam sobre o crime organizado no Estado, penetram nos subterrâneos da família Bolsonaro e põem o presidente da República, recém-eleito e empossado, em situação dramática.

As poses de Jair Bolsonaro e seus filhos em fotografias com “milicianos” fizeram sucesso nas redes sociais durante a campanha eleitoral. Agora devem juntar-se a outras provas da intimidade da família do presidente da República com os “milicianos”.

Os investigadores devem apresentar à Justiça, em breve, uma das mais poderosas organizações criminosas do país e revelar a maior fraude eleitoral da história das eleições no Brasil, montada com fake news.

A “direita compenetrada”, ao dar sinais de que tem ao alcance informações espantosas sobre Jair Bolsonaro e sua família, já deve ter tomado decisão e esquadrinhado a operação que vai apeá-lo do poder. Os editoriais dos jornais e das revistas têm demonstrado isso.

Depois do namoro firme da “direita compenetrada” com a extrema direita caricata até recentemente, e de andar de mãos dadas pelas ruas das cidades, com suas máscaras, no golpe de Estado de 2016, para derrubar a presidente Dilma, agora solta a mão, se despede, como se não tivesse nenhuma responsabilidade com o agravamento da crise econômica e com a tragédia social e moral do país.

Além de desastroso, absolutamente incapaz de tomar qualquer iniciativa para reverter a crise, Jair Bolsonaro tornou-se nitroglicerina pura aos olhos do poder econômico. Um perigo iminente, com a aproximação do calor das investigações do Ministério Público e da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Os sintomas são cada vez mais evidentes.

O fio da meada é a decretação das prisões, em flagrante, convertida em prisão preventiva, de Alexandre Motta Silva, proprietário do apartamento onde foram encontrados 117 fuzis, de uso restrito, e do ex-policial militar, Ronnie Lessa, (acusado de matar Marielle Franco). Os dois respondem a processo por tráfico de armas.

Nas investigações do submundo do crime organizado no Rio de Janeiro, chegaram a um grande volume de dinheiro movimentado pelo filho do presidente, Flávio Bolsonaro. Por meio de uma imobiliária, os negócios renderam R$ 9 milhões, sem origem declarada, a compra de 19 imóveis e ligações com a empresa MCA Participações, com sede no Panamá, conhecido paraíso fiscal.

Estranhamente surgiram nessa história três personagens norte-americanos nos negócios imobiliários de Flávio Bolsonaro: o corretor Glenn Dillard e dois investidores, Charles Eldering e Paul Maitinho, que também passaram a fazer parte do rol de investigados.

Essas informações, constantes nos documentos em poder do Ministério Público, divulgados pela imprensa, despertaram fortes suspeitas de crime de lavagem de dinheiro.

Em 2008, o deputado Marcelo Freixo, do PSol, presidiu a CPI das Milícias, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, produziu um relatório pedindo o indiciamento de 225 políticos, policiais, agentes penitenciários, bombeiros e civis.

No fluxo do combate ao crime organizado no Rio de Janeiro, em 2011, Marcelo Freixo presidiu outra CPI na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que investigou o tráfico de armas no Estado. Consta no relatório aprovado na Comissão, com voto contrário do deputado Flávio Bolsonaro, que 2.024 pessoas foram indiciadas, processadas ou presas na década passada, no Estado, envolvidas com o crime de tráfico de armas. Entre elas, 82 policiais militares, 32 bombeiros, 29 policiais civis, quatro agentes penitenciários, três policiais federais, 88 militares das forças armadas (65 do Exército, 12 da Marinha, 11 da Aeronáutica), dois guardas municipais e 250 civis, além de 1.531 pessoas sem qualificação.

Os próximos meses devem trazer à tona muitas surpresas. Os indícios são cada vez mais evidentes de que a organização criminosa formada por “milicianos”, acusada de construir ilegalmente os três edifícios que desabaram no Rio de Janeiro, matando 24 pessoas, pode ser a mesma que comanda o tráfico de armas no Estado.

As investigações em curso podem ajudar a esclarecer se há ligação entre o tráfico internacional de armas e o decreto de Jair Bolsonaro, que amplia o porte de armas.

A campanha contra o Estatuto do Desarmamento, liderada por Jair Bolsonaro, e o decreto se complementam, favorecendo o comércio clandestino de armas.

Uma CPI para investigar o tráfico internacional de armas no Brasil está sendo cogitada na Câmara dos Deputados, a fim de levar para o âmbito federal as investigações. Isso poderia contribuir politicamente com as instituições públicas que estão atuando no Rio de Janeiro.

Certamente ao perceber o que está por vir, o Congresso, arrastado pelo “Centrão”, virou as costas para o capitão e toca agenda própria. Os líderes do Governo e do PSL, partido de Jair Bolsonaro, estão sendo ignorados nas reuniões. Militares mais graduados das Forças Armadas, da ativa, e os da assessoria direta do presidente, têm demonstrado frieza nos últimos dias e discreto recuo.

Até Olavo de Carvalho, mentor de Jair Bolsonaro, disse que não vai mais se meter no governo. Bateu em retirada, entrou na toca, depois de derrotado no embate com militares, e ridicularizado em matérias de capa das revistas Veja e Istoé.

Para completar o isolamento, o Ministério Público deu um tiro fatal no decreto que amplia o porte de armas, a “menina dos olhos” da campanha eleitoral de Jair Bolsonaro. Foi implacável numa nota técnica enviada à Câmara e ao Senado afirmando que o decreto é inconstitucional.

Como se estivesse em estado de surto, após ser informado sobre a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico, do filho Flávio Bolsonaro, de Fabrício Queiroz, e mais 94 pessoas envolvidas, entre essas, “milicianos amigos íntimos da família”, no maior escândalo a céu aberto no Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro viajou para o Texas, sem agenda com nenhuma autoridade dos Estados Unidos, para participar de uma cerimônia insignificante, desgastada por causa dele mesmo, e bater na porta de George W. Bush, “senhor da guerra”, sem ser convidado, para posar ao lado dele numa foto.

Em New York, onde o prefeito Bill de Blasio rejeitou a presença dele, recentemente, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o presidente do Senado, David Alcolumbre, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, se encontraram para participar de um evento, no mesmo período.

Uma oportunidade interessante para conversas sussurradas, num bom restaurante, entre os três chefes de poderes da República, sobre qual caminho seguir caso a evolução dos acontecimentos, nos próximos meses, leve à necessidade de afastar Jair Bolsonaro.

O texto divulgado pelo presidente da República nas redes sociais e a convocação de uma manifestação para o dia 26 de junho lembram os ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor, candidatos inventados pela elite econômica e pela mídia para barrar Brizola e Lula .

O primeiro renunciou alegando sabotagem de “forças ocultas”, como insinua Jair Bolsonaro, E o segundo chamou uma manifestação de apoiadores vestidos de verde e amarelo. O povo foi às ruas, mas de preto e em protesto.

No Senado, será apresentada uma representação contra Flávio Bolsonaro, no Conselho de Ética e o Judiciário do Rio de Janeiro mandou ampliar as investigações sobre ele. Tudo indica que essas duas frentes levarão à cassação do mandato e prisão dele.

A primeira dama Michelle Bolsonaro, por sua vez, deverá ser convocada para depor sobre os cheques recebidos de Fabrício Queiroz, que curiosamente está desaparecido, despertando suspeitas até de ter sido morto.

Paulo César Farias, homem de confiança de Fernando Collor de Melo, estava sendo investigado, na época, no chamado “Esquema PC”, por ser o homem forte da “ República de Alagoas”. PC Farias foi fuzilado junto com a namorada, num hotel em Maceió.

Ex-assessores de Jair Bolsonaro, também irão depor, para explicar como eram aplicadas as verbas de gabinete, quando Jair Bolsonaro era deputado federal.

Esse liame de relações perigosas com o dinheiro público e com “milicianos” suspeitos de envolvimento com o tráfico de armas fará a tempestade perfeita sobre Jair Bolsonaro nos próximos meses.

Ele sentiu que o pior está por vir. E já deve ter percebido que a “direita compenetrada” está tramando o descarte dele.

Por isso Jair está fora de si.

 

 

 

 

*Do Congresso em Foco/Laurez Cerqueira