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EUA acusam Irã de fornecer mísseis balísticos à Rússia e anunciam sanções

MRE do Irã negou as informações da mídia dos EUA.

Os Estados Unidos anunciarão novas sanções contra o Irã ainda hoje, incluindo sobre a companhia aérea nacional Iran Air, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, nesta terça-feira durante uma coletiva de imprensa em Londres, ao lado do secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy.

“Os Estados Unidos anunciarão mais sanções contra o Irã ainda hoje, incluindo medidas adicionais sobre a Iran Air. Esperamos que aliados e parceiros também anunciem suas próprias medidas contra o Irã”, disse Blinken.

Blinken afirmou que a medida dos EUA vem após Washington confirmar relatórios de que a Rússia recebeu carregamentos de mísseis balísticos do Irã, e que Moscou usaria essas armas nas próximas semanas.

Ele também mencionou que a Rússia estava compartilhando tecnologia com o Irã, incluindo questões nucleares.

O Ministério das Relações Exteriores do Irã negou na segunda-feira relatos da mídia dos EUA sobre o suposto fornecimento de armas à Rússia.

Na semana passada, a CNN relatou, citando fontes, que o Irã teria transferido mísseis balísticos de curto alcance para a Rússia para uso em operações militares na Ucrânia.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ao comentar o relatório da CNN, disse que tais informações nem sempre correspondem à realidade.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, afirmou anteriormente que quaisquer tentativas de vincular a cooperação entre Rússia e Irã ao conflito na Ucrânia foram feitas apenas para justificar o contínuo fornecimento de armas do Ocidente para Kiev.

*Sputnik

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Hezbollah diz que está pronto para usar mísseis balísticos de alta precisão contra Israel

O grupo Hezbollah informou neste domingo (25) que já está preparado para usar seus mísseis balísticos e de alta precisão contra Israel se for necessário. A declaração é do secretário-geral do movimento libanês, Hassan Nasrallah, em um discurso ao vivo na TV Al-Manar.

“O Hezbollah não tem a intenção de usar mísseis balísticos e de alta precisão contra Israel. Mas eles podem ser usados no futuro”, disse Nasrallah.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que as forças israelenses realizaram um ataque preventivo contra alvos do grupo e destruíram milhares de mísseis depois que a inteligência detectou preparativos para um ataque ao território do país.

O Exército de Israel informou que cerca de 100 aviões da força aérea participaram da operação para destruir alvos e armas do Hezbollah.
Já o ataque em massa do movimento foi uma resposta ao recente assassinato do alto comandante do grupo, Fuad Shukr, em um ataque aéreo israelense a um prédio residencial nos subúrbios do sul de Beirute.

Mais de 320 foguetes contra o país

O Hezbollah lançou na madrugada deste domingo mais de 320 foguetes contra o norte de Israel. “Como parte da resposta inicial à agressão nos subúrbios ao sul de Beirute, que levou à morte do comandante Fuad Shukr e de vários de nossos respeitados cidadãos, os combatentes da Resistência Islâmica lançaram um grande ataque aéreo usando UAVs [veículos aéreos não tripulados] nas profundezas da entidade sionista”, diz o comunicado.

Mais cedo, as Forças de Defesa de Israel (FDI) atacaram o sul do Líbano, justificando ter detectado a ofensiva em grande escala planejada pelo Hezbollah.

O Hezbollah informou que completou a primeira fase de ataques retaliatórios contra Israel, atingindo com sucesso 11 alvos militares.

*Sputnik

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Irã tem maior arsenal de mísseis do Oriente Médio

O ataque do Irã contra duas bases militares no Iraque que abrigam tropas dos Estados Unidos reacendeu os questionamentos sobre o tamanho do poderio bélico do país persa.

Desde a década de 1980, Teerã promove um programa de desenvolvimento de mísseis balísticos (que seguem trajetórias pré-definidas) de curto e médio alcance que serviu de argumento para o presidente dos EUA, Donald Trump, romper o acordo nuclear de 2015 e reintroduzir sanções contra o Irã.

Os mísseis balísticos do arsenal iraniano são o Shahab-1 (alcance de 300 km), o Shahab-2 (500 km), o Qiam-1 (750 km), o Fateh-110 (de 300 km a 500 km), o Zolfaghar (700 km) e o mais potente deles, o Shahab-3 (2 mil km). Esse último poderia atingir boa parte da Europa Oriental, mas nenhum tem alcance para chegar aos EUA.

Segundo um relatório divulgado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos em novembro de 2019, a “ausência de uma força aérea moderna” fez dos mísseis balísticos o principal componente do arsenal bélico iraniano para dissuadir seus adversários de atacá-lo.

“O Irã tem a maior força de mísseis no Oriente Médio, com um inventário substancial de mísseis de curto alcance, mísseis balísticos de curto alcance e mísseis balísticos de médio alcance que podem atingir alvos em toda a região”, diz o relatório.

Nos últimos anos, o país também tem trabalhado no desenvolvimento de foguetes espaciais, o que, na visão do Pentágono, pode servir de teste para tecnologias de um possível míssil balístico intercontinental. O Irã, contudo, não detém armas nucleares.

Os números exatos são desconhecidos, mas estima-se que o Exército do Irã tenha 523 mil militares na ativa, de acordo com o International Institute for Strategic Studies, think tank britânico citado pela rede BBC.

Essa cifra representa pouco menos da metade do contingente americano, mas o Irã tem apenas 25% da população dos Estados Unidos.

O país persa ainda se aproveita de sua localização privilegiada no Estreito de Ormuz, entre os golfos Pérsico e de Omã, para exercer seu poder naval.

Ao longo de 2019, as autoridades iranianas apreenderam diversos navios petroleiros na região, que é a principal rota de transporte dessa commodity em todo o mundo.

No cenário externo, Teerã também financia e treina grupos como o libanês Hezbollah, milícias xiitas no Iraque e rebeldes houthis no Iêmen.

Esse ativismo internacional também foi visto na guerra da Síria, onde o Irã foi importante para a manutenção do regime de Bashar al-Assad, e deu combustível para o antagonismo com sua grande rival na região, a sunita Arábia Saudita, aliada dos EUA.

 

 

*Com informações do Uol

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Militares dos EUA abandonam 2 bases na Síria e seguem rumo ao Iraque

Militares estadunidenses abandonaram duas bases no nordeste da Síria e se dirigiram para o Iraque, segundo mídia.

De acordo com a agência de notícias estatal SANA, cerca de 40 caminhões com equipamento militar abandonaram a base de Khrab Jir na província de Hasakah e seguiram em direção à fronteira com o Iraque. Por sua vez, da base na cidade de Shadadi saíram 50 caminhões com equipamento militar e se dirigiram para o posto de controle na fronteira com o Iraque.

A agência de notícias informa que a medida está ligada ao “preparo para a retirada final das tropas ocupantes”. No entanto, a agência não divulga as fontes da informação.

Na madrugada da quarta-feira (8), o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC) anunciou o início da operação de vingança após o assassinato do general iraniano Qassem Soleimani. O Irã realizou ataques com mais de uma dúzia de mísseis balísticos contra duas bases aéreas no Iraque, que abrigam as tropas norte-americanas. De acordo com a mídia, ataques provocaram morte de 80 pessoas.

Foto aérea da base militar Ain Al-Asad, que abriga militares dos EUA no Iraque

Foto aérea da base militar Ain Al-Asad, que abriga militares dos EUA no Iraque

Antes, o IRGC convocou os EUA para que retirassem as tropas do Oriente Médio para evitarem mais vítimas.

 

 

*Com informações do Sputnik