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A mídia, principal fiadora da tragédia nacional, dá cambalhotas para explicar o fracasso Bolsonaro

Ora, a mídia brasileira acha mesmo que alguém perderia tempo em saber o que ela acha dessa tragédia neoliberal do governo Bolsonaro?

Não foi para isso mesmo que elegeram o monstro amazônico, jogando pra debaixo do tapete seu passado imundo?

Não é preciso quebrar a coluna com contorcionismos retóricos. Ninguém quer saber o que essa mídia de banco acha da saída da Ford do Brasil.

Agora, o empresariado paratatá sente no lombo o preço de uma política econômica falsificadora, mostrando que não aprendeu nada com as tragédias neoliberais dos governos Figueiredo, Sarney, Collor, FHC e os dois anos do rato sabotador, mais conhecido como Temer, o sócio de Cunha (mantenha isso viu!).

O tal “custo Brasil”, que tanto o empresariado reclama, é um coquetel de ganância por superlucros, pagamentos de salários miseráveis aos trabalhadores e a tentativa da revogação da Lei Áurea.

Agora, a mídia quer dar palestrinhas com o seu colunismo guedista para explicar que o problema da nossa economia começou no dia D, na hora H, e terá solução também nesse mesmo dia e na mesma hora, junto com a vacinação de Pazuello.

Vergonha alheia é pouco pra essa gente.

Como eu li numa rede social sobre o comportamento da mídia:

Thiago L. de Souza
Todo um baile para evitar falar o que precisa ser dito: o golpe, do qual a mídia fez parte, gerou uma incerteza e instabilidade e criou um descrédito internacional em relação ao Brasil, cujo preço estamos todos pagando. Ninguém venceu no final das contas, tava certa a Dilma!

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro, o monstro amazônico, criou o dia do fogo, o dia do inferno

Quem, na época da eleição, disse que Bolsonaro não era aquele monstro torpe, acertou, ele é muito pior. Bolsonaro mostrou agora como é capaz de fazer parceria com o inferno para, na sua psicopatia, botar fogo no mundo.

Um sujeito com fixação por tortura, por ditadura e assassinatos como Bolsonaro, que acha que índio é lixo, que quilombola é gado como os generais que o cercam, não deveria surpreender ninguém por provocar um crime contra a humanidade, chamado o Dia do Fogo.

Tudo foi arquitetado por Bolsonaro para que esse dia chegasse, é só ver a matéria da Revista Exame desta semana denunciando que “queimadas disparam e multas do Ibama despencam a um terço sob Bolsonaro”. Então, de cara, é bom desmistificar a fala do general Villas Bôas chamando o boicote proposto por Emmanuel Macron ao Brasil, de “tolice francesa”.

Certamente, o dia do fogo, criado por Bolsonaro, passou pela sala do general para levar um carimbaço informal dessa autofagia bruta, que invade a alma da terra brasileira. Esses caras ainda falam em patriotismo.

O olho de Bolsonaro sempre simbolizou o ódio que ele tem dos índios, dos quilombolas, a favor dos que esmagam por vingança, por prazer, povos originários que cruzam o caminho dessa embriaguez proporcionada pela ganância.

Se hoje a humanidade repudia o monstro amazônico por tacar fogo em seu país em linha direta com os fazendeiros que, de forma orquestrada, escolheram um dia para demonstrar que a guerra contra a fauna e a flora da Amazônia era pra valer e que, junto, Bolsonaro instituía o fim da própria civilização com valor histórico e conquista dos povos, é porque a legião de demônios que transformou a Amazônia num inferno para animais, índios, moradores do entorno da floresta e toda a vegetação, não pode ser vista com venda nos olhos diante da fixação de Bolsonaro por destruição.

Foi sabotagem sim, do exército, do bolsonistão, como classificou Bob Fernandes.

Bolsonaro não quis baratear a guerra contra quem ele considera inimigo do “desenvolvimento da Amazônia”, e levou o seu comando de guerra ao extremo, mandando os fazendeiros aliados incendiarem tudo num mesmo dia, o dia do fogo, o dia do inferno amazônico, para impor uma nova realidade, como ele próprio não cansa de expressar em suas verborragias. Para ele, teremos chegado à idade do fogo.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas