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Mundo

Mortes com nomes, endereços e reconhecimento facial

“Um pranto que devemos chorar junto, mas sem aceitar que mortos palestinos sejam reduzidos apenas a números”, escreve Hildegard Angel.

O Fórum Latino Palestino realizou um protesto comovente nas areias de Copacabana contra o massacre de crianças em Gaza, humanizando as vítimas palestinas, com nomes e idades, tendo, junto ao sudário de cada uma, fincada uma rosa. Sua humanização é o que não nos vem sendo apresentado, diferente do que ocorre com os 1.400 mortos pelo Hamas, cujas histórias, biografias e fotos são diariamente mostradas nos telejornais. Uma campanha muito bem realizada por Israel. Um pranto que devemos chorar junto, mas sem aceitar que mortos palestinos sejam reduzidos apenas a números por essa mesma mídia inconsequente.

A contagem dos mortos em Gaza – mais de dez mil – aumenta a cada minuto, a cada segundo. Bombardeios atacam compulsivamente, em contínuas tempestades de artefatos assassinos. Estima-se que um mesmo número de cadáveres se encontre sob os escombros de concreto. Alguns ainda vivos, em agonia, soterrados, contando tempo até se entregarem a Alá. Há os que morreram em chamas, atingidos pelas bombas incendiárias. Há os que padecem dos ferimentos de fósforo branco, que perfura pele e carne.

Se fosse um filme de Hollywood, assistiríamos das nossas poltronas, ao lado de um saco de pipocas. O filme de Gaza nos obriga a ter ao lado um saco de vômito. Há o registro de um rastro de pessoas mortas numa estrada, quando caminhavam, não sei se para o Norte ou para o Sul, obedecendo às determinações de Israel, que são tantas e de tal forma contraditórias, que não conseguimos acompanhar.Bombardeiam cortejo de ambulâncias e depois dizem que atingiram civis sem querer, pois visavam um militante do Hamas. Nossa saúde mental nos aconselha a acreditar, mas nem as mais medíocres inteligências conseguem.

Israel ataca seus “inimigos” com maestria e absoluta precisão, direto no alvo almejado. Através de drones, lança bombas pelas janelas de apartamentos, em andares determinados. As labaredas denunciam.

Com cada jornalista marcado para morrer vai a família inteira. Foi assim com o chefe da sucursal da Al Jazeera, Wael Al Dahdouh, eliminado em casa com cinco parentes. Assim foi com o jornalista da TV Palestina, Mohammed Abu Havan, assassinado com 11 familiares. Dessa forma, revidam os jornalistas “desobedientes”, que insistem em se manter ativos.

Retaliação com precisão, armamento monitorado e reconhecimento facial. Vingança contra a imprensa corajosa, que exibe as atrocidades, antes escondidas sob os tapetes de outras guerras, no Iraque, na Síria, no Afeganistão, na Líbia e em tantos morticínios distantes, contra povos “estranhos”, que falam línguas esquisitas e professam religiões, hábitos e culturas diferentes.

*Hildegard Angel/247

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Opinião

Sou responsável pelas 700 mil mortes de brasileiros sim, qual o problema?

Em última análise, Bolsonaro deixou claro que não acredita que será punido por seus incontáveis crimes, pior, ele tem razão quando diz “mandei, qual o problema?” Em resposta à pergunta da Folha se ele havia mandado fake news para o empresário sem escrúpulos Meyer Nigri, com o pedido de “espalhe ao máximo”.

Ora, não é a mesma Folha que, dia desses, contestou sua possível prisão?

A Folha suprimiu qualquer lembrança recente de um sujeito responsável pelo morticínio criminoso de mais de 700 mil brasileiros, como se as vidas ceifadas de centenas de milhares de pessoas não tivessem qualquer importância, como se ninguém chorasse a perda de seus entes queridos, por culpa exclusiva de um presidente que fez tudo o que podia para não só desdenhar da vacina, como vender aos quatros cantos do país a ideia de que medicamentos ineficazes, como a Cloroquina, curariam as pessoas e, portanto, elas não precisariam tomar vacinas, usarem máscaras e manterem o distanciamento social.

E o que vimos? uma multidão de zumbis verde e amarelo seguir à risca o que um irresponsável, que fazia questão de aglomerar para disseminar e potencializar a contaminação do coronavírus nBrasil como um todo.

Essa irresponsabilidade chegou a matar mais 4 mil pessoas por dia, num país que tem o melhor sistema de vacinação do mundo, tragédia que jamais aconteceria se o Brasil tivesse um presidente responsável, os brasileiros teriam a vacina na hora certa, o que reduziria as mortes a 5%., o que não é pouco. Acontece que Bolsonaro é que banalizou os números para dizer, em outras palavras, que a preocupação com os brasileiros vitimadas pela covid era uma tolice e que isso não tinha a menor importância.

Bolsonaro, não satisfeito, usou bilhões em verba pública para patrocinar canais na internet e no sistema de comunicação do país, como a Jovem Pan, para que seus asseclas reforçassem todas as fake news cretinas e criminosas que Bolsonaro mandava, e ainda diz, “mandei sim, qual o problema?”

Debochou das pessoas com covid e falta de ar sim, era essa a ideia, foi para isso que os bolsonaristas votaram nele, qual o problema?

Pelo jeito, nenhum, porque até hoje não foi responsabilizado por qualquer morte, o que não faz sentido e não tem a menor explicação.

Bolsonaro é bicho, corrupto. Seu clã comprou e exibiu na cara dos brasileiros quatro mansões hollywoodianas, verdadeiros castelos de ostentação que, na compra mais escandalosa de uma delas, a de Flávio, foi justificada dizendo que havia comprado a mansão, avaliada em R$ 16 milhões com os lucros de uma lojinha de chocolates de 30 metros quadrados. O cínico, arrogante, ainda chamou o hacker Delgatti de criminoso, assim como agrediu Renan Calheiros na CPI do genocídio.

Tudo isso se dá porque o clã inteiro carrega com ele a certeza que ficará impune sim, qual o problema? Afinal, a mídia e a justiça brasileiras não veem qualquer problema nos incontáveis crimes praticados por esse selvagem que deveria estar enjaulado há muito tempo, mas ainda esperam provas de que Bolsonaro é um criminoso sim, qual o problema?

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Política

Mortes pela PM paulista no Guarujá, em São Paulo, podem chegar a 19

A Ouvidoria das Polícias de São Paulo apura denúncias de mais nove mortes por intervenção policial que teriam ocorrido entre o domingo (30) e esta segunda-feira (31) no Guarujá, no litoral paulista, em uma grande operação das forças de segurança paulistas. Caso se confirmem as nove mortes, o número total de vítimas da operação chegaria a 19, segundo a Folha.

O órgão de controle policial e o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) receberam relatos dessas mortes de moradores e familiares das vítimas, mas procura registros de boletos de ocorrência que possam confirmá-las.

Representantes dos dois órgãos e da comissão de direitos humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) foram à Delegacia de Guarujá na noite desta segunda para pedir informações à polícia, que não confirma todas as denúncias.

A ouvidoria apurava dez casos até a tarde de domingo, e novas incursões da Polícia Militar ocorreram nas favelas da cidade entre a tarde e a noite de domingo e ao longo desta segunda.

Para chegar ao número de dez mortes, a ouvidoria leva em conta não só as mortes confirmadas em boletins de ocorrência, mas também lesões corporais por arma de fogo que podem ter levado à morte mais tarde.

Na manhã desta segunda, quando a contagem da ouvidoria ainda era de dez mortes sendo apuradas, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) contestou os números. A pasta confirmou apenas oito mortes.

A megaoperação da polícia é uma resposta à morte de um soldado da Rota (força da elite da PM paulista) no Guarujá, na última quinta-feira (27), em um crime que gerou comoção entre os agentes.

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Política

Gonçalo Vecina: Elcio Franco era quem operava Ministério da Saúde e é o grande responsável por mortes na pandemia

O médico sanitarista Gonçalo Vecina afirmou nesta segunda-feira (8) no programa Boa Noite que o coronel do Exército Elcio Franco era o responsável pela gestão da pandemia dentro do Ministério da Saúde. Vecina fez a análise em um contexto no qual o militar também apareceu entre os envolvidos no plano de um golpe feito por aliados de Jair Bolsonaro (PL), diz o 247.

“O que aconteceu do ponto de vista administrativo do Ministério da Saúde é da responsabilidade do Elcio. Não ter comprado vacina é da responsabilidade do Elcio. Ter tentado comprar a vacina Covaxin com aquele um dólar a mais é da responsabilidade do Elcio”, afirmou.

“O secretário-executivo é o que maneja o ministério por dentro, enquanto que o ministro é o que maneja o ministério por fora. Como Pazuello não entendia de nada e não manejava, Elcio era o operador, que tinha a ver com a questão de dinheiro, das compras de produtos que estão vencendo. Tudo isso é de responsabilidade do Elcio, a operação da máquina”, complementou.

Em 2021, Franco foi alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, que sugeriu a autoridades o indiciamento dele. Parlamentares da CPI fizeram outras 79 acusações por crimes relacionados à pandemia do coronavírus.

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Política

Sob Bolsonaro, mortes de ianomâmi por desnutrição cresceram 331%

Nos quatro anos anteriores, foram 41 mortes. O crescimento pode ser ainda maior, porque os dados referentes a 2022 ainda estão sendo contabilizados.

O número de mortes por desnutrição de indígenas da etnia yanomami aumentou 331% nos quatro anos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em comparação com os quatro anos anteriores, segundo o Correio Braziliense.

O aumento está registrado em dados obtidos com exclusividade pela BBC News Brasil por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Entre 2019 e 2022, 177 indígenas do povo yanomami morreram por algum tipo de desnutrição, segundo dados do Ministério da Saúde.

Nos quatro anos anteriores, foram 41 mortes. O crescimento pode ser ainda maior, porque os dados referentes a 2022 ainda estão sendo contabilizados.

Nas últimas semanas, o governo federal decretou estado de emergência por conta do agravamento das condições de saúde dos yanomami.

A decisão foi tomada em meio à forte repercussão nacional e internacional gerada por imagens de indígenas da etnia visivelmente desnutridos.
Salto no primeiro ano de governo

Os dados liberados pelo Ministério da Saúde mostram a quantidade e as causas das mortes registradas nos Distrito Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), órgãos responsáveis pela saúde dos povos originários. As informações vão de 2013 a 2022.

Em 2013 e 2014, as mortes de yanomami por desnutrição totalizaram oito e seis, respectivamente.

Na somatória dos quatro anos seguintes (2015 a 2018), nos governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), o total foi de 41. Nos quatro anos seguintes, já sob Bolsonaro, o número foi de 177.

Os dados indicam um salto no número de mortes por desnutrição entre os yanomami já no primeiro ano do governo Bolsonaro, 2019.

*Com Correio Braziliense

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Política

Herança de Bolsonaro: Hospitais lotados, doações e mortes, a situação ianomâmi uma semana após decreto de emergência

A herança maldita deixada por Bolsonaro.

Governo Lula se empenha o máximo para salvar os indígenas, mas o estrago feito por Bolsonaro é cruel. O governo ampliou atendimento à população e enviou Força Nacional do SUS para o território.

Uma semana após o decreto de emergência em saúde devido à crise humanitária na Terra Indígena Yanomâmi, em Roraima, o governo ampliou o atendimento à população que sofre com desnutrição e malária, mas não conseguiu evitar novas mortes.

Na sexta-feira, foram registradas as mortes de seis indígenas Ianomâmis, na comunidade de Surucucu e em Boa Vista, capital de Roraima, para onde haviam sido levados. Entre as vítimas, havia uma mulher e uma criança de 9 anos. As outras quatro vítimas eram homens, sendo um deles um líder da comunidade. A informação é do presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena, Júnior Hekurari.

Identificada como Rodênia Yanomami, 33 anos, a mulher estava internada na UTI do Hospital Geral de Roraima, com um quadro grave de desnutrição. Já os corpos dos homens e da criança, até as últimas atualizações, ainda não tinham sido resgatados por estarem em local de difícil acesso em Surucucu, região a cerca de 270 km da capital.

No mesmo dia, exatamente uma semana após o governo federal decretar estado de emergência em saúde no território indígena, um hospital de campanha erguido pela Força Aérea Brasileira (FAB) começou a funcionar no pátio da Casa de Apoio ao Indígena (Casai), em Boa Vista.

Segundo os últimos dados atualizados do Ministério da Saúde, a nova unidade já atendeu 30 pacientes. A previsão é que o hospital faça 40 atendimentos por dia, podendo chegar a 300 caso haja necessidade. A estrutura improvisada é uma alternativa para desafogar a Casai, que até sexta-feira atendia 576 indígenas – o local, com capacidade máxima de 300 pessoas, chegou a suportar 777 há dez dias.

O hospital de campanha conta com cerca de 30 militares médicos nas especialidades de pediatria, ginecologia, clínica médica, ortopedia, neonatologia e radiologia, além de enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de enfermagem. O local também tem aparelhos de raio-x e para a realização de ultrassonografias, junto a uma farmácia e a um laboratório com capacidade de realizar alguns exames laboratoriais.

Segundo a nova organização, os pacientes atendidos pela equipe da Força Nacional do SUS nas aldeias serão encaminhados ao hospital da FAB. Assim como a Casai, a estrutura consegue estabilizar o paciente, mas não internar. Neste caso, os indígenas em casos graves são enviados para o Hospital Geral de Roraima, e, no caso de crianças, ao Hospital Santo Antonio.

*Com informações de O Globo

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Covid-19

Mortes por covid-19 no Brasil aumentam e chegam a 363 em 24 h, segundo ministério

Em boletim divulgado hoje (28), o Ministério da Saúde informou que o Brasil contabilizou 363 novas mortes provocadas pela covid-19. A doença causou 693.562 óbitos em todo o país desde o começo da pandemia.

Pelos números do ministério, houve 38.434 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje. O total de infectados chegou a 36.264.721 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 34.891.300 casos recuperados da doença até aqui, com outros 679.859 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

*Com Uol

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Uncategorized

7 de Setembro: militantes fichados pela PF por atos extremistas preparam protestos; veja quem são

O grupo de radicais incentiva a presença nas ruas no feriado e fala em mortes entre “inimigos do Brasil”, “expulsar demônios” e fim dos “discursos moderados” contra a “tirania”

Estadão – Pelo menos 25 militantes e canais fichados na polícia por ações extremistas e notícias falsas estão na linha de frente da mobilização para o 7 de Setembro. Eles reúnem um total de 30 milhões de seguidores. O grupo de radicais incentiva a presença nas ruas no feriado e fala em mortes entre “inimigos do Brasil”, “expulsar demônios” e fim dos “discursos moderados” contra a “tirania”.

Há um mês o Estadão monitora os influenciadores radicais, que argumentam usar apenas “figuras de linguagem” em sua atuação nas redes. Mas eles têm um histórico de ações reais de violência política, como a invasão ao plenário da Câmara, em 2016, além de citações nos inquéritos dos Atos Antidemocráticos e das Fake News, de 2020, e o da desmonetização de canais que faturavam com mentiras, de 2021.

Atualmente, o grupo se articula em torno do discurso de ataque do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) ao Supremo Tribunal Federal (STF), em especial ao ministro Alexandre de Moraes.

Sem impedimentos legais, esses influenciadores estão a postos a aumentar, a todo instante, o tom dos discursos de Bolsonaro – alguns têm experiência no planejamento de ações reais de radicalismo. O ato partidário promovido pelo presidente está previsto para cidades como Brasília, Rio e São Paulo.

Candidata a deputada federal pelo PTB de Santa Catarina, Dileta Corrêa da Silva organiza a manifestação em Balneário Camboriú. Há seis anos, ela e outros 56 militantes formavam o movimento que quebrou a porta de vidro do plenário da Câmara e invadiu o local para defender a intervenção militar. “Faria tudo novamente e faria até melhor, chamaria mais pessoas, colocaria mais pessoas no plenário”, afirmou Dileta ao Estadão.

Após a invasão, ela foi proibida de entrar na Casa e teve de ir ao STF para restaurar o direito de entrar no local. Os advogados da candidata defendem a invasão, alegando que o ato foi “o mais espetacular” dos quais ela participou. E convenceram o ministro Edson Fachin que decidiu a favor dela, contrariando a opinião do Ministério Público Federal.

Não foi a primeira ação envolvendo a militante radical. Em 2017, Dileta foi decisiva nas redes sociais para propagar o motim da Polícia Militar do Espírito Santo, apoiada por Bolsonaro. Quanto ao seu comportamento no dia 7, ela diz que não fará nem mesmo discurso.

O grupo de radicais incentiva a presença nas ruas no feriado e fala em mortes entre “inimigos do Brasil”, “expulsar demônios” e fim dos “discursos moderados” contra a “tirania”

Está na hora de Bolsonaro reagir. Ele está jogando limpo com homens sujos. Tem que bater da medalhinha para cima, ou perderá a confiança do povo. pic.twitter.com/8mujGkhnzZ
— BOB JEFF 14 (@Cristia64583054) September 5, 2022

Candidato à presidência da República, mas com registro cassado pelo TSE, o ex-deputado Roberto Jefferson, que está em prisão domiciliar, divulgou um vídeo cobrando do presidente Jair Bolsonaro uma reação dura contra o ministro Alexandre de Moraes para garantir que as pessoas se manifestem. Ele classificou o magistrado como o chefe da “milícia judicial” e disse que o presidente deveria mandar prender os atiradores de elite escalados para a segurança do ato em Brasília.

“É o Xandão que vai estabelecer o que o povo pode fazer em 7 de Setembro? Ano passado foi um fracasso, você fez um discursinho meia boca com medo de não sei o quê e agora você vai deixar eles mijarem em você? Poste não mija em cachorro, Bolsonaro. Reaje, Bolsonaro, ou acabou. Ou pede o boné e acabou.”

Sem discurso moderado

Foragido da Justiça brasileira, o blogueiro Allan dos Santos estimulou, em um e-mail a seus seguidores, mais ação. “Não dá mais para usar o ‘discurso moderado’ como ferramenta contra a tirania”, escreveu. “Por isso, 7 de setembro será um dia tão importante. Além de ser o bicentenário da Independência do Brasil, será, também, o dia em que vamos mostrar que nada pode ser maior que a força popular”. Questionado, por e-mail, ele não respondeu.

Entre os influenciadores que tiveram o faturamento de canais barrados pela Justiça Eleitoral está Camila Abdo. Ela mantém uma série de contas nas redes sociais de apoio a Bolsonaro e críticas a ministros do STF. Na última quinta-feira, 1º, promoveu uma live no YouTube com o comentarista José Carlos Bernardi, que foi demitido da rádio Jovem Pan após sugerir ‘matar um monte de judeus’ para o Brasil enriquecer – ele agora é candidato a deputado estadual em São Paulo pelo partido do presidente.

Na transmissão, Bernardi citou um trecho da Bíblia que narra uma guerra e afirmou que a manifestação da próxima quarta-feira, será um “marco de libertação”. “Esse reboliço acontecerá agora no 7 de Setembro entre os inimigos do Brasil, eles mesmo vão se matar”. Em seguida, os dois afirmaram que a declaração se tratava de uma figura de linguagem. “Só para deixar claro, figura de linguagem é tipo assim: ‘entendeu, Supremo?’ Ah, como se fosse. Ele não está incitando morte de ninguém, tá bom? É como se fosse, um exemplo”, disse Camila.

“Chegou a hora de expulsarmos estes demônios”

Blogueiro punido pelo TSE com a perda de receita por vídeos de notícias falsas, em 2021, Emerson Teixeira de Andrade se apresenta nas redes sociais como “Professor Opressor”. Os vídeos dele fazem paródias a Alexandre de Moraes. No mesmo dia em que Bolsonaro chamou o magistrado de vagabundo, ele postou uma convocação no Twitter: “Vagabundos vão comendo pela beirada e acabando com a sua liberdade aos poucos. Você vai permitir isso ou vai para as ruas dia 7 de setembro?”, publicou, seguido de uma imagem com a mensagem: “Chegou a hora de expulsarmos estes demônios”.

“Me perguntaram se eu tinha coragem de tomar o Congresso”

O Estadão identificou 14 manifestantes que participaram da invasão à Câmara para pedir intervenção militar, por meio de vídeos da época, entrevistas e redes sociais. Seis anos depois, lideranças do grupo estão firmes na defesa de Bolsonaro. Além de Dileta, outros dois lançaram candidaturas à Câmara e a Assembleias Legislativas. Era 16 de novembro de 2016. O plenário estava praticamente vazio. O deputado Capitão Augusto (PL-SP) direcionava uma mensagem a eleitores de Ourinhos, no interior de São Paulo, quando foi interrompido pelo grupo que atropelou a segurança e entrou aos gritos no espaço restrito aos parlamentares e assessores. Um servidor que cruzou o caminho dos invasores foi derrubado com uma rasteira. A invasão forçou o fim da sessão.

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Documentário põe Bolsonaro como responsável por mortes por Covid-19

“Eles poderiam estar vivos” sustenta que estratégia de imunidade de rebanho foi responsável por mais da metade das mortes na pandemia; vídeo.

O documentário “Eles poderiam estar vivos” sustenta que a estratégia do governo federal de imunidade de rebanho por contágio foi responsável por mais da metade das mortes na pandemia.

O filme conta com consultoria de epidemiologistas, médicos, biólogos e pesquisadores e parceria com o Instituto Mário Schenberg, formado por coletivos de divulgação científica como Observatório Covid-19, Todos pela Vacina e Rede Análise.

Embasado nessas entrevistas, o diretor, Gabriel Mesquita, afirma que Jair Bolsonaro foi responsável pela maioria das mortes durante a pandemia, ao estimular que as pessoas se contaminassem, negar recomendações científicas e boicotar a campanha de vacinação.

O filme independente é financiado por meio de uma campanha na internet (https://apoia.se/elespoderiamestarvivos). O dinheiro arrecadado será usado para finalizar o longa, que tem previsão de lançamento para antes das eleições.

Confira o trailer:

*Com metrópoles

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Política

“Catástrofes acontecem”, diz Bolsonaro das mortes em PE; Veja 8 frases de desprezo

Presidente fala de forma fria e desumana a cada tragédia enfrentada pelo país. Confira outras vezes em que o mandatário demonstrou indiferença com mortes de brasileiros.

Depois de dias sem se pronunciar sobre a tragédia das chuvas que já deixou 91 mortos em Pernambuco, o presidente Jair Bolsonaro resolveu sobrevoar por algumas horas a Região Metropolitana do Recife, bem ao estilo que mais aprecia, cercado de militares e numa aeronave da Aeronáutica.

Após a aparição nos céus, o presidente deu uma declaração rodeado por ministros e figuras que habitualmente o bajulam no Estado, e aproveitou ainda para fazer jogo político, atacando o governador Paulo Câmara (PSB) e dizendo “que é preciso arregar as mangas e trabalhar”, justamente no dia em que veio à tona que chefe do Executivo federal já tirou 15 miniférias em três anos e gastou R$ 38 milhões no cartão corporativo da Presidência.

“E daí, lamento. Quer que eu faça o que?” – A ser cobrado sobre o recorde de 5.050 mortos pela Covid-19.

“A gente lamenta todos os mortos, mas é o destino de todo mundo” – Disse como “palavra de conforto” a uma seguidora que pediu falasse sobre os 31.199 mortos pela Covid-19.

“País de maricas” – Gritou ao ser referir a um país apavorado com 162.829 mortes pela Covid-19.

“Chega de frescura e mimimi… Vão ficar chorando até quando?” – Indignado pelo luto do país diante de 260.970 mortes pela Covid-19.

“Covid apenas encurtou a vida delas por alguns dias ou algumas semanas” – Falou a dois representantes da extrema-direita alemã que o visitavam, diante da marca de 584.421 mortos pela Covid-19.

“Lamento profundamente, mas é um número insignificante” – Esbravejou ao ser perguntado sobre as mortes de crianças pela Covid-19.

“Não há o que se dizer. Não há o que falar. O que tinha que ser feito pelo estado já foi feito, agora é aguardar a finalização” – Explicou a jornalistas ao ser questionado sobre a morte por tortura e asfixia de Givanildo de Jesus Santos, praticada por agentes da PRF.

*Com Forum

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