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Negligência do Exército com invasão no Planalto foi interrompida após diálogo duro entre Dino e general

Num dos momentos mais tensos do 8 de janeiro, quando, enfim, as forças do Exército começaram a desocupar o Palácio do Planalto tomado pela horda de vândalos, deu-se um diálogo entre Flávio Dino e o comandante militar do Planalto, general Gustavo Dutra de Menezes, que revela o grau de negligência com que a tentativa de golpe estava sendo tratada por alguns militares.

Tentando mostrar algum controle da situação, o general disse ao ministro numa das salas do Ministério da Justiça:

— Já estão evacuando o palácio.

Ao que Dino perguntou:

— Quantos presos?

Dutra de Menezes também respondeu com outra pergunta:

— Presos?

Foi o bastante para Dino, já com os nervos à flor da pele, sair do sério:

— Presos, general. Tem que prender, general. Eles cometeram um crime, general.

Foi só então que Dutra de Menezes ligou para um coronel mandando deter os baderneiros. A propósito, o general deixará em breve o posto que ocupa.

*Lauro Jardim/O Globo

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Mundo

‘Facebook papers’: quais são as acusações contra a gigante da tecnologia

Documentos internos revelados por ex-funcionária, e divulgado pela mídia americana, colocam empresa em meio a novo escândalo. Grupo acaba de mudar de nome, e agora se chama Meta.

O Facebook mudou o nome da empresa controladora do grupo, que reúne Instagram e WhatsApp, para Meta. A mudança aconteceu em meio ao escândalo de documentos internos vazados, um caso que ficou conhecido como “Facebook Papers”.

A estratégia de trocar o Facebook Inc. para Meta Plataforms Inc. é vista como uma tentativa de se afastar das recentes polêmicas, mas também está diretamente ligada com o projeto de metaverso da gigante de tecnologia, um ambiente virtual que promete criar todo um mundo tecnológico para convivência.

Durante a série de vazamentos, a empresa negou algumas das acusações, além de dizer que muitas das informações veiculadas foram tiradas do contexto.

Ao g1, a empresa disse que “a premissa central nestas histórias é falsa” e afirmou que tem mais de 40 mil pessoas “trabalhando para deixar as pessoas seguras”(veja mais explicações da empresa na reportagem).

  • Celebridades tratadas de forma diferente: em um sistema conhecido como XCheck (verificação cruzada), certos perfis, como o de esportistas e políticos, eram submetidos a regras diferentes sobre o conteúdo que poderiam postar.
  • Negligência diante de atos criminosos: funcionários relatam que a resposta da empresa era “fraca” diante de alertas relacionados a cartéis de droga e tráfico de pessoas operados na plataforma.
  • Instagram “tóxico”: uma pesquisa conduzida pela empresa apurou como o Instagram estava afetando adolescentes, mas não compartilhou resultados que sugeriam que a plataforma é um lugar “tóxico” para muitos jovens.
  • Algoritmos que incitam ódio: o Facebook tentou tornar plataforma mais saudável, mas ela ficou mais violenta. A empresa mudou o algoritmo em 2018 para aproximar usuários de seus amigos e familiares, mas identificou que a alteração teve o efeito contrário. Mark Zuckerberg teria resistido a fazer mudanças por entender que elas fariam usuários interagirem menos.
  • Demora para mudar falha conhecida: atraso para reverter o engajamento de postagens com o botão “raiva”, sabidamente relacionado a conteúdos “tóxicos” e com desinformação.
  • Dúvidas sobre usuários ativos: uma apresentação interna sugeriu que a empresa não sabia a quantidade de usuários ativos. No documento, executivos afirmaram que o fenômeno de usuários com várias contas era “muito prevalente” entre os novos cadastros. A empresa teria analisado 5.000 cadastros e concluído que, no máximo, 56% eram de usuários reais.
  • Moderação com relação a atividades extremistas: diminuição dos esforços para policiar conteúdo que promovesse violência, desinformação e discurso de ódio após as eleições americanas, o que teria aberto espaço para a organização da invasão do Capitólio.

Delatora foi ao congresso dos EUA

No início de outubro, Frances Haugen, ex-gerente de produtos da rede social, testemunhou no Capitólio depois de vazar para as autoridades e o “Wall Street Journal” documentos internos que detalham como o Facebook sabia que seus sites eram potencialmente prejudiciais para a saúde mental dos jovens.

Haugen disse que quer fazer as pessoas entenderem que a rede social pode ser tão perigosa quanto útil e que, portanto, deve ser controlada.

Acusações de negligência

Depois do depoimento de Haugen, um conjunto de jornais dos Estados Unidos investigou relatórios internos da companhia. Em alguns dos relatos há demonstrações de esforços da empresa para controlar a escalada da desinformação, já em outros, preocupações da rede com sua perda de engajamento e reputação.

O que diz Facebook

O Facebook nega os argumentos de Haugen e afirma que a funcionária “tirou de contexto” os documentos para apresentar um “retrato infiel” da companhia.

O Facebook disse que “a premissa central nestas histórias é falsa”.

“Sim, somos um negócio e temos lucro. Mas a ideia de que lucramos às custas do bem-estar e da segurança das pessoas não compreende onde residem nossos próprios interesses comerciais. Temos mais de 40 mil pessoas trabalhando por um objetivo: manter as pessoas seguras no Facebook. Apenas em 2021, devemos investir mais de US$ 5 bilhões em segurança e integridade, mais do que qualquer outra empresa do setor de tecnologia mesmo quando considerada a nossa escala”, diz a companhia.

A empresa admitiu que as críticas à maneira como implementou seu sistema de verificação cruzada são “justas” — mas disse que o sistema foi projetado para criar “uma etapa adicional” quando o conteúdo postado exige maior compreensão.

O Facebook afirma ainda que muitos documentos citados pelo Wall Street Journal continham “informações desatualizadas e costuradas juntas para criar uma narrativa que encobre o ponto mais importante: o próprio Facebook identificou os problemas com verificação cruzada e vem trabalhando para resolvê-los”.

*Com informações do G1

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MPF processa Pazuello em R$ 122 mi por omissão na compra de vacinas

Órgão diz que ex-ministro cometeu negligência na condução da pandemia.

O MPF apresentou à Justiça uma ação de improbidade administrativa contra o ex-ministro Eduardo Pazuello. O órgão afirma que Pazuello cometeu omissão e negligência na condução da pandemia, como em negociações para a compra de vacinas.

Protocolada na quarta-feira (30/6) na 20ª Vara de Justiça Federal, a ação tem a assinatura de oito procuradores e pede que o ex-ministro responda por quase R$ 122 milhões de dano aos cofres públicos.

Também solicita que Pazuello ressarça o valor integral do prejuízo, pague multa, perca função pública e tenha os direitos políticos suspensos de cinco a oito anos.

Os procuradores mencionaram seis atitudes do ex-ministro, incluindo suposta omissão na compra de vacinas, adoção ilegal do “tratamento precoce” e omissão na ampliação de testes de Covid-19.

O processo corre, no momento, em segredo de Justiça por ter documentos sigilosos.

*Guilherme Amado/Metrópoles

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Política

CPI da Covid já vê crimes de Bolsonaro na condução da pandemia e pode pedir seu indiciamento

Comissão pode pedir ao Ministério Público Federal o indiciamento do presidente.

Segundo matéria publicada na Folha, técnicos e integrantes do grupo majoritário da CPI da Covid, formado por senadores independentes e oposicionistas, acreditam que já há elementos que levam à incriminação do presidente Jair Bolsonaro por crime sanitário, ou seja, contra a saúde pública.

Em seu relatório final, a comissão pode pedir ao MPF (Ministério Público Federal) o indiciamento do mandatário por ilícitos que entendem que ele cometeu na gestão da pandemia.

A existência de crime sanitário é uma das vertentes de investigação desse grupo majoritário da CPI. O principal objetivo dos depoimentos e da coleta de evidências daqui para frente será atestar que Bolsonaro também cometeu crime contra a vida.

Os senadores acreditam que os depoimentos prestados até o momento no âmbito da comissão confirmaram que Bolsonaro e seus comandados tinham real consciência do impacto da pandemia e que deveriam ter agido para minimizar os efeitos à população, incluindo com uma mudança na postura pessoal do próprio presidente.

A CPI realizou até o momento seis oitivas. Compareceram como testemunhas à comissão os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, o atual ocupante da pasta, Marcelo Queiroga; o diretor presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres; o ex-secretário Fabio Wajngarten (Comunicação da Presidência) e o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo.

Os parlamentares do grupo majoritário da CPI consideram que pelo menos três falas em depoimentos podem ser consideradas provas da omissão e negligência do governo.

Eles citam inicialmente a apresentação à comissão de uma carta que Mandetta disse ter sido entregue ao presidente da República ainda em março, quando esse ainda era ministro da Saúde.

A carta alerta para os riscos da pandemia e mostra estimativas de que o Brasil poderia chegar a 180 mil mortes pela Covid até o fim de 2020, isso se medidas, principalmente políticas de isolamento social, não fossem adotadas.

Outro fato encarado como prova de negligência é a informação de que a oferta de venda de vacinas da Pfizer ficou parada no governo por dois meses em 2020, o que veio à tona no depoimento de Wajngarten.

A informação foi em seguida confirmada, e sua gravidade ampliada, com a fala de Carlos Murillo (Pfizer), ao apontar que a empresa fez ao Brasil ao menos cinco ofertas de doses de vacinas contra o coronavírus e que o governo federal ignorou proposta para comprar 70 milhões de unidades do imunizante no ano passado.

Esses senadores também mencionam a pressão para ampliar o uso da hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19.

Para integrantes da CPI, está claro que o governo Bolsonaro boicotou a aquisição de vacinas, pois acreditava na imunização natural, ou imunidade de rebanho, que aponta que a imunidade coletiva é atingida quando um percentual da população é infectado.

“Vemos que o crime contra a saúde pública já está caracterizado”, afirma o senador Rogério Carvalho (PT-SE), membro suplente da CPI e um dos principais nomes do grupo independente e oposicionista, em relação a questões de saúde.

“Quando você deixa de adotar medidas, você está de forma culposa cometendo crime contra a saúde pública. Mas, quando você tem os meios e não age, então existe dolo”, completou.

A equipe do relator e os senadores próximos a ele, portanto, consideram que já há elementos suficientes para sustentar a tese de negligência deliberada no enfrentamento à pandemia e nos esforços para evitar uma escalada das mortes, configurando crime sanitário.

Legalmente se trabalha com duas hipóteses em relação a esse eventual crime.

Administrativamente Bolsonaro pode ser acusado de crime de responsabilidade por atuar contra o direito à saúde, que é um direito fundamental garantido pela Constituição.

Em outra esfera os parlamentares próximos a Renan Calheiros, relator da comissão, mencionam o crime de epidemia, previsto no Código Penal e que seria praticado pela ação de promover de maneira deliberada a transmissão da doença.

Rogério Carvalho explica que o próximo passo seria provar o crime contra a vida, o que, na prática, seria demonstrar que o crime contra a saúde pública resultou nas mortes de pessoas, em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

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