Para quem gosta de roncar grosso, bancando o valente da rua, Bolsonaro agora pisa miúdo, fala manso e se entrega mostrando que a denúncia feita pelos irmãos Miranda colocou o genocida na marca do pênalti.
Bolsonaro parece ter tomado chá de camomila e se acalmado na marra diante das indigestas revelações dos Miranda na CPI da Covid. Pior, não teve coragem de negar ou ao menos se contrapor com argumentos. Ele disse apenas que não manda em nada.
O que foi dito pelo deputado e seu irmão são denúncias acatadas pela maioria dos senadores e abraçadas pelo presidente da CPI, Omar Aziz, pelo relator Renan Calheiros e pelo vice- presidente, Randolfe Rodrigues.
Mas a coisa não para aí, Randolfe e Cajuru querem que Bolsonaro explique por que não acionou a Polícia Federal como prometeu aos irmãos Miranda.
O fato é que não teve como Bolsonaro desprezar a gravidade da crise em que está enfiado, e sua voz macia confirma isso. Escolheu na marra abdicar do seus rompantes histriônicos decidindo se contradizer ao afirmar que tinha controle sobre tudo em seu governo e, agora, segundo ele, não tem mais controle sobre nada.
Com esse argumento, ele joga toda a responsabilidade dessa teia de corrupção na compra da vacina covaxin na conta de do seu líder na Câmara, Ricardo Barros que, por sua vez, tem sua convocação pela CPI a ser votada ainda essa semana. Ou ele se contrapõe aos irmãos Miranda ou a Bolsonaro.
Trocando em miúdos, não há mais tempo e nem espaço para manobra de Bolsonaro e seu bando, porque alguém nesse furdunço terá que chamar para si a responsabilidade do malfeito para limpar a barra de alguém.
A pergunta é, Barros está disposto a esse sacrifício? Pela cara de assustado e a fala macia, o próprio Bolsonaro acha que não.
*Carlos Henrique Machado Freitas
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