Categorias
Opinião

Afundado num pântano, se Bolsonaro ficar calado, afunda, se falar, afunda também

A manifestação, convocada no atropelo, foi a suposta saída, a de buscar uma estratégia que anulasse uma transparente prova material de sua autoria na tentativa de golpe de Estado, que acabou não ocorrendo antes da eleição de 2022, talvez pela esperança da vitória, mas que acabou chegando às vias de fato no dia 8 de janeiro, logo após a posse de Lula.

Em função da violência empregada pelos prodigiosos terroristas do bolsonarismo mais radical, a tentativa de explosão de uma bomba, diante dos olhos do Brasil, no aeroporto de Brasília, no dia da diplomação de Lula, certamente não estava desprovido de apoio de Bolsonaro..

Na verdade, Bolsonaro, que nunca teve qualquer grandeza, não teria, após sua derrota e apresentaria suas armas, experimentando em cada ação sublinhada pela violência e fixando preliminarmente uma ação programática alheia à legalidade.

Bolsonaro foi o arquiteto do conjunto da obra golpista, não em somente um movimento, mas em vários, uns mais, outros menos tradicionais. Tudo feito com a colaboração de seus mais próximos aliados.

Toda aquela dramaticidade, na busca por uma solução violenta, cantada como pedra por Bolsonaro, por perceber que seria derrotado, está longe de ser uma exceção, ao contrário, sempre esteve consciente de que, mesmo de forma delirante, não tinha outra saída para se manter no poder sem ser através de alguma forma de golpe.

Isso, mesmo sem uma técnica propriamente dita, ficou indubitavelmente explícito naquela reunião ministerial em que ele tinha como conceito final o golpe em estado puro.

Assim, Bolsonaro imaginou que, através de uma manifestação barulhenta que viesse a ocorrer, sem cartazes e frases de guerra contra o Supremo, os efeitos contra a sua prisão seriam facilmente alcançados, como quem se acha a própria divindade, um semideus, um herói mítico que, tendo o povo como instrumento, a qualquer momento poderia enfrentar o judiciário e, com isso, extinguir qualquer prova de culpa.

No entanto, Bolsonaro, hoje, chegou na Paulista de um jeito e saiu da manifestação do mesmo jeito, o que lhe reduziu o tamanho, porque afundou ainda mais no pântano e o colocou mais perto da prisão.

Categorias
Uncategorized

Sem conseguir rivalizar com Lula ou STF, Bolsonaro segue empacado no seu próprio pântano

Espertamente, Lula, que mantém nível saudável de distância de Bolsonaro nas pesquisas, não vai dar, como não está dando, qualquer sinal de que pretende ser usado para consumo eleitoral de Bolsonaro caindo em falsas polêmicas eleitoreiras de um candidato à reeleição que não tem uma linha sequer no portfólio de feitos do seu governo.

Por outro lado, depois de atacar o STF no Maracanãzinho para criar uma agenda qualquer que produza um inimigo imaginário, ministros ouvidos hoje jogam água fria nas pretensões de Bolsonaro e dizem que a verborragia do valentão de janela não passa de gordura saturada, típica de boquirrotos que tentam utilizar o Supremo para alavancar uma candidatura que não ata, nem desata, derivada de um governo que não tem, sequer para consumo interno, qualquer proposta que possa dar tração a uma candidatura que se encontra num pântano.

O STF fez questão de registrar que essa doença que Bolsonaro enfrenta na campanha, não terá médico ou remédio dentro do STF, e que ele que apresente o produto dos seus 4 anos de governo para ver se mantém algum cacife para ao menos ganhar um up para que não seja derrotado no primeiro round no dia 2 de outubro.

Em outras palavras, aquele discurso fabricado de Bolsonaro, atacando o STF, de fazer uma ponte para o 7 de setembro, e esta, para o dia 2 de outubro, não contará com o apoio de Lula, menos ainda do STF para dar galeio a uma falsa guerra que só existe na cabeça de Bolsonaro para nutrir uma candidatura que se mantém empacada, quando muito, andando de lado, enquanto tem pesadelos cada dia mais intensos com a proximidade das eleições.

As cápsulas da sua garrucha cospem ácido de festim, já que não tem servido de alimento para dar um ânimo ao gado sonolento e cada dia mais desanimado com a reeleição do bolostrô que habita o Palácio do Planalto.

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Com o chão cada dia mais mole, Bolsonaro arrasta Forças Armadas para o seu pântano

O panorama político no Brasil aponta para o fim trágico do governo Bolsonaro. Não há plano de combate à pandemia do coronavírus, muito menos qualquer outra coisa que não seja um “deus dará” no campo da economia.

Até o empresariado mais incauto já não acredita nos rojões retóricos tirados da cartola de Paulo Guedes.

É nítido que não há planos A, B ou C, não há nada. A ideia de que o mercado se autorregula e pode ser a locomotiva do país, caiu de podre, pior, Bolsonaro usa como desculpa a tragédia do coronavírus e, logicamente o isolamento social como vilão da tragédia econômica.

Resultado, é o que disse o ex-economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld, sobre o governo Bolsonaro, ele não protege vidas e nem a economia.

Na verdade, o economista foi diplomático, porque a fala correta deveria ser, Bolsonaro não governa, não tem a mínima capacidade de ocupar a presidência da República, caiu de paraquedas na cadeira com uma comunhão de picaretagens e mostra cada dia que quem apostou no cavalão, comprou uma mula manca empacada que não sai do lugar e que terá que ser sacrificada.

Sua mais recente cartada foi desmontar o ministério da Saúde para propagar mais vírus no país, colocando militares  no lugar de técnicos e, com isso, as Forças Armadas vão para a vitrine da maior tragédia sanitária da história do país, enquanto Bolsonaro faz suas pirotecnias fascistas para um público que encolhe, dia após dia, a olhos vistos.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas