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Vanguarda do caos: em dois dias bolsa brasileira perde valor equivalente a uma Petrobras inteira, R$ 356 bilhões

A ofensiva da extrema direita contra o congresso tem apenas um motivo, o Brasil mergulhou nas trevas e não sabe como sair e, portanto, precisa criar um fato político para seguir tirando Bolsonaro do foco das denúncias da relação de sua família com as milícias e do fracasso do seu governo, sobretudo na economia.

Em meio a mais um fracasso neoliberal paratatá, Petrobras inicia processo para vender participação de 51% na Gaspetro.

A depreciação do real de forma galopante, mesmo com três intervenções do Banco Central para conter o dólar que já chegou a R$ 4,51, sinaliza que o vírus da desconfiança na economia brasileira é irreversível.

Para piorar, Bolsonaro, um mentiroso compulsivo usa informação falsa para desmentir notícia de que compartilhou vídeo sobre ato contra o Congresso e o STF, o que intensifica ainda mais a desconfiança de investidores.

Mourão, no entanto, a seu modo, cheio de enigmas, corre para apagar o incêndio obedecendo às instruções do mercado, ou seja, que o Brasil seguirá sendo uma democracia liberal, o que, em outras palavras, significa que a economia seguirá no sentido do caos em que o mercado e não os cidadãos é o centro das decisões do país, o que significa que teremos sempre não um cálculo político, mas econômico sobre os rumos do país.

Com o presente clima internacional de desaceleração brutal da economia por conta da, já pandemia do coronavírus, a economia brasileira, que se mostra uma tragédia, tende a apresentar um resultado ainda mais trágico.

Mas como disse Mourão, que o Brasil vive uma democracia de mercado, o Congresso promete mais dois arrochos contra a população com as reformas administrativa e tributária, porque o show dos lucros para os banqueiros não pode parar e, em consequência, uma enorme riqueza do país vai parar nas mãos da agiotagem e o setor produtivo será novamente penalizado.

Isso traz um aspecto bastante interessante, mesmo que Bolsonaro não governe, como não governa, e se preocupe somente em ampliar os negócios da família, no submundo da milícia, mercado e Congresso tocam a agenda neoliberal debatendo entre eles qual o discurso de “retomada do crescimento” eles utilizarão para mais duas reformas, como as outras, do trabalho e da Previdência que jogaram o país no buraco e como isso será recebido pelos investidores, que já estão de cabelo em pé com o que ocorre no mundo com o coronavírus e, no Brasil, com Bolsonaro.

Moral da história: Investidores estrangeiros tiram R$ 34 bilhões da Bolsa no Brasil em 2020.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Mentiras, fracasso, isolamento e repulsa, o resultado trágico do pronunciamento de Bolsonaro na ONU

A única conclusão a que se pode chegar com o pronunciamento suicida de Bolsonaro na ONU, é que, vendo a economia brasileira se esfarelar, sua aprovação desabar em nove meses, ele foi para o tudo ou nada para se agarrar ao núcleo radical do bolsonarismo.

à exceção dos governos dos EUA e de Israel, Bolsonaro atacou o planeta inteiro, atacou a mídia nacional e, sobretudo a internacional dizendo que elas mentiram sobre a dimensão do incêndio na Amazônia, incêndio este convocado por ele próprio, conhecido como “O Dia do Fogo” e que a Amazônia está cem por cento preservada.

E foi além, disse que não obedeceria às ordens do velho ambientalismo, que é um regime ditatorial globalista e, como o novo imperador do Brasil, não se curvaria a líderes indígenas como o Cacique Raoni, considerado pela ONU um símbolo da liderança indígena no Brasil.

Bolsonaro, certamente, presume que, condenado ao flagelo, urge buscar abrigo na parte deformada da sociedade brasileira.

A imoralidade do discurso de Bolsonaro não tem precedentes. A utilização da tribuna da ONU para atacar parceiros históricos do Brasil, anunciar boicotes e perseguições políticas, assim como grifar que o braço do Estado continuará a esmagar negros, índios e pobres, ao mesmo tempo em que mostrava uma servidão rastejante a Trump, representou uma atitude beligerante com o mundo e colonialesca com os EUA.

Bolsonaro foi a apoteose de sua própria ruína. O ardor de sua cólera contra quem ele considera inimigo, revela o quanto está dominado pelo medo de ser cuspido do poder a qualquer momento. Por isso, construiu miragens num vulcão extraordinário de fake news, tendo como destino não quem o assistia na Assembleia, mas seu gado, como alguém que regia uma manada de imbecis de fora para dentro do Brasil.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas