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MP do Rio recebe denúncia de plano da milícia ligada ao clã Bolsonaro para assassinar promotora do Caso Marielle

Nesta sexta-feira (31), num programa da Glononews com Camarotti, vi o depoimento assombroso de Raul Jungmann que dava conta do domínio das milícias no Rio e, como ele está infiltrado na estrutura do estado e da cidade.

A mesma, milícia exaltada por Bolsonaro, premiada por seus filhos no legislativo, que faz parte do esquema de laranjas do clã Bolsonaro e que tem o privilégio de um olhar complacente do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, volta às manchetes mostrando que está disposta a tudo para defender seu cartel.

Um alerta do disque denúncia informa que Adriano da Nóbrega, chefe de um grupo de matadores, planeja matar Simone Sibilio, coordenadora de operações contra milícias.

Adriano da Nóbrega é o mesmo que fez Moro receber uma saraivada de críticas por não estar entre os bandidos mais perigosos procurados pela polícia, numa lista disponibilizada por Moro.

Pior, Adriano da Nóbrega fez parte do esquema corrupto de rachadinha de Flávio Bolsonaro, que atua como testa de ferro do pai, que é o chefe de Moro.

De acordo com o MP, o miliciano Adriano Nóbrega, além de ter duas parentes que trabalhavam na Câmara dos Deputados, controlava contas que abasteciam Queiroz que, por sua vez, abastecia as contas de Flávio.

Além de tudo, o próprio Bolsonaro fez discurso caloroso em favor de Adriano e Flávio o condecorou com a medalha Tiradentes.

Agora, uma denúncia traz a informação de um plano de Adriano Nóbrega para assassinar a coordenadora do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ, Simone Sibilio, uma das responsáveis pelas investigações da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, há quase dois anos, e das Operações Intocáveis I e II .

O ex-capitão da PM, Adriano Magalhães da Nóbrega, é acusado de ser o chefe do grupo mais expressivo de assassinos de aluguel do Rio, responsável pela milícia de Rio das Pedras e da Muzema, favelas onde as ações do Gaeco, com o apoio da Polícia Civil, ocorreram de um ano para cá. Na quinta-feira, foi desencadeada a Operação Intocáveis II, na qual 45 mandatos de prisão foram expedidos pela Justiça a pedido do Gaeco.

A maioria dos acusados atuava em Rio das Pedras e havia policiais civis e militares a serviço da quadrilha de milicianos, segundo a promotoria.

Um dos denunciados que foi preso nesta quinta-feira é o ex-PM, Dalmir Pereira Barbosa. De acordo com a informação do Disque denúncia, Adriano, ex-policial do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), contaria com o auxílio de Dalmir, um dos chefes do segundo escalão da milícia de Rio das Pedras, para o plano do assassinato de Sibilo.

O alerta do Disque denúncia, classificado como importante e de difusão imediata, em agosto do ano passado, fez com que o Ministério Público do Rio (MPRJ) redobrasse a segurança dos promotores que atuam no Caso Marielle. A denúncia trazia a informação de um plano para assassinar a coordenadora do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado ( Gaeco ) do MPRJ, Simone Sibilo, uma das responsáveis pelas investigações da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, há quase dois anos, e das Operações Intocáveis I e II .

A denúncia informa que a ordem seria do ex-capitão da PM, Adriano Magalhães da Nóbrega, acusado de ser o chefe do grupo mais expressivo de assassinos de aluguel do Rio, responsável pela milícia de Rio das Pedras e da Muzema, favelas onde as ações do Gaeco, com o apoio da Polícia Civil, ocorreram de um ano para cá. Na quinta-feira, foi desencadeada a Operação Intocáveis II, na qual 45 mandatos de prisão foram expedidos pela Justiça a pedido do Gaeco. A maioria dos acusados atuava em Rio das Pedras e havia policiais civis e militares a serviço da quadrilha de milicianos, segundo a promotoria.

Um dos denunciados que foi preso nesta quinta-feira é o ex-PM Dalmir Pereira Barbosa. De acordo com a informação do Disque denúncia, Adriano, ex-policial do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), contaria com o auxílio de Dalmir, um dos chefes do segundo escalão da milícia de Rio das Pedras para o plano do assassinato de Sibilio.

O alerta do Disque denúncia diz também que ele mora no condomínio Barra Palace e que anda com seguranças. Um deles seria um policial civil conhecido como Lalá, responsável por pagar propinas a policiais de delegacias distritais e especializadas.

Outro dado da denúncia recebida pelo MP é de que o Condomínio Figueiras, na Muzema — onde 24 pessoas morreram vítimas do desabamento de dois prédios, em abril do ano passado — pertence à milícia local. Uma cancela foi colocada na porta do condomínio obrigando os moradores a pagarem para entrar. Além disso, segundo o alerta do Disque denúncia, todos os milicianos andam armados e que um dos matadores é Fabiano Cordeiro Ferreira, o Mágico, um dos últimos presos da Operação Intocáveis, do ano passado.

Em nota, o MP-RJ informou que a coordenação do Gaeco não se manifestaria sobre o assunto. Segundo a assessoria dos órgãos informou que “as questões relativas à segurança institucional são absolutamente sigilosas, como é o caso da segurança pessoal de membros e o sistema de proteção daqueles que se encontram em situação de risco potencial”. E segue dizendo: “A Coordenadoria de Segurança e Inteligência acompanha todos os casos e tem por rotina adotar as medidas protetivas cabíveis”.

Nesta quinta-feira, o presidente do Tribunal de Justiça, o desembargador Cláudio de Mello Tavares, informou que juízes também estão recebendo ameaças de morte por parte do crime organizado, mas especificamente de alvos da Intocáveis II. Há cinco meses, foi criada a 1ª Vara Criminal Especializada no Combate ao Crime Organizado. Os magistrados desta vara já entraram na lista dos milicianos, segundo Mello Tavares.

 

*Da redação/Com informações do Globo

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MP-RJ: Com argumentação falaciosa, Dodge provocou balburdia processual no caso Marielle

A ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge foi alvo de severas críticas pela promotora-chefe da investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A promotora chefe da investigação do assassinato de Marielle não economizou fogo contra a ex PGR Raquel Dodge.

Os ataque estão registrados em documento de 71 páginas que corre em segredo de justiça obtido pelo G1.

O Ministério Público do Rio foi enfático ao afirmar que o comportamento de Dodge pode municiar a defesa dos acusados.

Dizendo em documento que Dodge causou prejuízos incomensuráveis ao caso, Simone Sibilio do MP-RJ acusa Dodge de usar argumentação falaciosa, provocando balburdia processual no caso Marielle causando um grande malefício.

As críticas constam das alegações finais do MPRJ no Incidente de Deslocamento de Competência (IDC) de número 24, aberto pela ministra Laurita Vaz após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), em 17 de setembro do ano passado – perto da saída de Dodge do posto.

 

 

*Com informações do portal G1

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A mão invisível da milícia

Com milícia em expansão, confrontos policiais no Rio miram tráfico e somam só 3% em áreas de milicianos.

O dia 7 de abril de 2018 ainda não havia amanhecido quando dezenas de policiais civis chegaram ao Sítio 3 Irmãos, em Santa Cruz, zona oeste do Rio. A ação tinha o objetivo de prender o miliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko —chefe da Liga da Justiça, maior milícia do estado.

A operação foi um desastre: o criminoso fugiu durante troca de tiros que deixou quatro de seus seguranças mortos. Autoridades policiais insistiram na versão de que um show de pagode, com venda de ingressos e ampla divulgação, era uma reunião de paramilitares.

Não demorou para que as histórias de inocentes presos injustamente proliferassem na imprensa. Mais de 150 pessoas foram detidas, mas quase todas foram libertadas semanas depois, quando o MP (Ministério Público) do Rio admitiu que não havia elementos para imputar crimes a 138 presos. Levantamento da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas) entregue à Defensoria Pública mostrou que 139 detidos nunca tinham sido sequer investigados por envolvimento com grupos paramilitares.

Esse tipo de confronto armado entre policiais e paramilitares é raridade, como mostra levantamento inédito feito pelo UOL com base em registros do Laboratório de Dados sobre Violência Armada Fogo Cruzado.

A análise de 2.959 tiroteios com a presença de agentes de segurança na cidade do Rio entre 5 de julho de 2016 e 30 de setembro de 2019 revela um padrão. Na prática, o Rio é uma cidade com duas polícias: uma que promove incessante e violento confronto contra o tráfico de drogas e outra leniente com as milícias.

Para chegar a essa constatação, a reportagem analisou os locais onde esses confrontos armados ocorreram a fim de checar se essas áreas eram dominadas pelo crime organizado e determinar quais grupos criminosos atuavam ali. As trocas de tiros envolvem sobretudo a Polícia Militar, responsável pelo policiamento ostensivo e por operações regulares em comunidades. Também há, em menor número, registros envolvendo operações da Polícia Civil e das Forças Armadas —que atuaram no Rio durante intervenção federal na segurança do estado, em 2018.

Apesar de já ocuparem parte considerável da cidade, as áreas de milícia foram palco de apenas 88 trocas de tiro com as forças de segurança em mais de três anos —2,97% do total. Atualmente, conforme levantamento feito pelo UOL com base em informações do MP do Rio, mais de 40% do território da capital já é dominado por esses grupos.

Por outro lado, 2.333 tiroteios se deram em favelas dominadas pelas três principais facções de traficantes do estado —o equivalente a 78,8% do total de tiroteios envolvendo agentes de segurança em mais de três anos.

Esse movimento acontece em um cenário em que as milícias, apontadas hoje como a principal ameaça à segurança no Rio, expandem seus tentáculos sobre territórios até então dominados pelo tráfico —não só com a tolerância da polícia em áreas já controladas por milicianos, conforme indica o levantamento, mas com a ajuda de agentes de segurança para tomada de comunidades, segundo investigações em curso no estado.

Para a promotora Simone Sibilio, coordenadora do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) do MP, a Operação Intocáveis, deflagrada em janeiro de 2019, dá um vislumbre dessa diferença. A ação prendeu parte das lideranças do Escritório do Crime —milícia que controla a comunidade do Rio das Pedras, na zona oeste, que é investigada por ligação com a morte da vereadora Marielle Franco. Entre os presos, está o major Ronald Paulo Alves Pereira, um dos líderes do grupo.

“Eles [os milicianos] têm sim, proteção”, diz, citando como exemplo o fato de Ronald estar prestes a chegar à patente de tenente-coronel, na qual estaria apto a comandar batalhões de área ou unidades especializadas da PM. “Não temos operação [de combate às milícias] sem a participação de agentes públicos.”

Ainda de acordo com a promotora, embora ainda não existam provas cabais de que batalhões da PM estão atuando a serviço das milícias, isso é uma hipótese plausível. “Não identificamos ainda a ação dolosa de um batalhão, o que há é uma inferência [nesse sentido]. Mas a gente não descarta porque a omissão é clara”, pontua.

A conclusão é de que, na Cidade Maravilhosa, apenas determinados CEPs são alvo da política de confronto que norteia a segurança pública há décadas.

A Secretaria de Estado da Polícia Militar do Rio de Janeiro defendeu rigor no combate a grupos criminosos, mas não se manifestou sobre o resultado do levantamento do UOL.

 

 

*Com informações do Uol

*Foto destaque: Uol